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ANÁLISE DE TEXTO LITERÁRIO-PROSA

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“Fora no dia da minha chegada. Jantara com um companheiro de viagem, e ávidos ambos de conhecer a corte, saímos de braço dado a percorrer a cidade. Íamos, se não me engano, pela Rua das Mangueiras, quando, voltando-nos, vimos um carro elegante que levavam a trote largo dois fogosos cavalos. Uma encantadora menina, sentada ao lado de uma senhora idosa, se recostava preguiçosamente sobre o macio estofo, e deixava pender pela cobertura derreada do carro a mão que brincava com um leque de penas escarlates.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José. Lucíola. 12 ed. São Paulo: Ática, 1988. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000137.pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 5 – José de Alencar e o projeto literário brasileiro, é correto afirmar sobre o romance Lucíola:
Nota: 10.0
	
	A
	é lido por parte da crítica literária como um representante da fase histórica.
	
	B
	é aludido como uma quebra no projeto alencariano, já que se afasta da estética romântica a partir da estratégia de fluxo de consciência.
	
	C
	apresenta uma crítica direta ao comportamento libertário de algumas mulheres no século XIX.
	
	D
	usa um narrador em terceira pessoa, escolhendo a cidade de São Paulo como o espaço no qual as personagens transitam. 
	
	E
	juntamente com Senhora e Diva, é categorizado como um dos romances de “perfis de mulheres”.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 5, Tema 2 (Lucíola - 1’ a 2’), o romance Lucíola é uma obra de característica urbana, publicada em 1862, e foi caracterizado pelo próprio Alencar com um dos romances de “perfis de mulheres”.
 
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o seguinte extrato de texto:
“[...] O que é um personagem? Um ser construído por meio de signos verbais, no caso do texto narrativo escrito, e de signos verbi-voco-visuais, no caso de textos de natureza híbrida como as peças de teatro, os filmes, as novelas de televisão etc. As personagens são, portanto, representações dos seres que movimentam a narrativa por meio de suas ações e/ou estados”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FRANCO JÚNIOR, Arnaldo. Operadores de leitura da narrativa. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3. ed. Maringá: Eduem, 2009. p. 38.
Levando em conta o extrato de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a propagação do estudo da personagem, no Brasil, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que aponta corretamente a obra que, reunindo diversas reflexões sobre esse componente da ficção no final dos anos 60 do século XX, destaca-se por seu pioneirismo:
Nota: 10.0
	
	A
	A obra que primeiramente divulgou os estudos da personagem, no Brasil, tem como título justamente A personagem, de Beth Brait.
	
	B
	O livro A personagem de ficção, que traz os estudos de Antonio Candido e de outros autores sobre o tema, é também reconhecido por seu pioneirismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), pois: “A difusão do estudo da personagem, no Brasil, contou com iniciativa pioneira, no final dos anos 1960, resultado das atividades docentes de um grupo de professores ao longo daquela década. Data de 1968 o prefácio, assinado por Antonio Candido, para a coletânea que o teórico organizou sob o título A personagem de ficção [...]. Além do enfoque literário, destaca-se abordagem da personagem no teatro e da personagem cinematográfica, enriquecendo o painel com a possibilidade de paralelos. O ensaio dedicado à personagem romanesca traz notícia do estado da crítica sobre esse componente da ficção e reflexões sobre sua composição pertinentes ainda hoje” (livro-base, p. 72).
	
	C
	A obra As estruturas narrativas, de Tzvetan Todorov, foi a primeira a divulgar os estudos sobre a personagem de ficção em solo brasileiro.
	
	D
	No Brasil, o livro responsável pela difusão do estudo da personagem, chama-se Introdução à análise da narrativa, de Benjamin Abdala Júnior.
	
	E
	A formação da literatura brasileira, de Antonio Candido, foi o primeiro livro a divulgar um estudo sistemático sobre a personagem de ficção no Brasil.
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“[...] enquanto a força do contar estórias se faz, permanecendo, necessária e vigorosa, através dos séculos, paralelamente uma outra história se monta: a que tenta explicar a história destas estórias, problematizando a questão desse modo de narrar – um modo de narrar caracterizado, em princípio, pela própria natureza desta narrativa: a de simplesmente contar estórias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GOTLIB, Nadia Battella. Teoria do conto. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1190. p. 7,8.
De acordo com a passagem textual e com os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre possíveis acepções da palavra “conto”, analise as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	O conto é, antes de tudo, a transformação da poesia em prosa.
	
	B
	O conto é o relato oral de um acontecimento ocorrido com o autor.
	
	C
	O conto de fadas, por sua gênese oral, pode dispensar a figura do narrador.
	
	D
	O conto é o relato de um acontecimento.
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Comentário: “Em Teoria do conto [...], Nádia Battela Gotlib faz interessante levantamento sobre a caracterização do conto ao longo do tempo e transcreve recomendações dirigidas a contistas, pronunciamentos de contistas renomados, como Mário de Andrade, Julio Cortázar e Horácio Quiroga. Seu ponto de partida lista três acepções da palavra conto, buscadas em Cortázar via Julio Casares: ‘1. relato de um acontecimento; 2. narração oral ou escrita de um acontecimento falso; 3. fábula que se conta às crianças para diverti-las’” (livro-base, p. 49). A afirmativa C está incorreta, uma vez que a figura do narrador é imprescindível ao conto, qualquer que seja o tipo, por se tratar de narrativa.
	
	E
	O conto é o texto produzido como forma de síntese de grandes romances, com objetivo de conquistar leitores.
 
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a seguinte afirmação:
“Para compreender em que sentido é tomada a palavra formação, e por que se qualificam de decisivos os momentos estudados, convém principiar distinguindo manifestações literárias, de literatura propriamente dita, considerada aqui um sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. Estes denominadores são, além das características internas, (língua, temas, imagens), certos elementos de natureza social e psíquica, embora literariamente organizados, que se manifestam historicamente e fazem da literatura aspecto orgânico da civilização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981. p. 23.
Conforme a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “sistema literário brasileiro”, o qual é consolidado, segundo Antonio Candido, por Machado de Assis, sabe-se que tal sistema é constituído por uma tríade. Sendo assim, analise as assertivas e indique a alternativa que apresenta corretamente os elementos dessa tríade:
Nota: 10.0
	
	A
	Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar e Machado de Assis.
	
	B
	Obras de ficção, teoria literária e crítica literária.
	
	C
	Autor, obra e público.
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Comentário: A alternativa certa é a letra (c), uma vez que: “Para o crítico literário Antonio Candido, que trabalha com a noção de sistema literário, é com Machado que o sistema se consolida definitivamente. É com sua obra que se verifica o amadurecimento da literatura brasileira e nela a conjunção de universalidadeque, inclusive, projeta nossa literatura à cena da literatura mundial. [...] Para Candido, o sistema literário é constituído pela tríade formada por autor, obra e público [...]” (livro-base, p. 213).
	
	D
	Narrador, narrativa e narratário.
	
	E
	Romance, conto e novela.
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A coincidência perfeita entre o desenvolvimento cronológico da diegese e a sucessão, no discurso, dos acontecimentos diegéticos, não se encontra possivelmente em nenhum romance. Aos desencontros entre a ordem dos acontecimentos no plano da diegese e a ordem por que aparecem narrados no discurso, daremos a designação de anacronias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 751.
Considerando essa citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distância entre o “tempo da narração” e o “tempo do narrado”, segundo Mendilow, analise as assertivas e assinale a única alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As distâncias entre tais tempos resultam em modalidades romanescas distintas.
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Comentário: A questão está correta, uma vez que “É abordado [por Mendilow] [...] o aspecto da distância entre o tempo da narração e o tempo do narrado, resultando em diferentes modalidades romanescas (livro-base, p. 180).
	
	B
	O romance autobiográfico é retrospectivo e não há distância entre os tempos.
	
	C
	No romance epistolar, não existe aproximação entre um tempo e outro.
	
	D
	No romance que se apresenta na forma de diário, existe uma distância ainda maior entre esses dois tempos.
	
	E
	Não há a possibilidade de a narração focalizar o futuro, pois este nunca será o “tempo do autor”.
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“Nesse método [preconizado por Henry James] como explica W. Y. Tindall, o autor tem uma função bem específica, e extremamente discreta: ‘não o que ele observa, mas o observador observando é o assunto, e a mente deste o nosso teatro’. Para indicar esse personagem central, em cuja mente se apresentam os acontecimentos, Henry James se vale de diversos termos. Ora o chama de ‘center’, ‘register’ ou ‘reflector’ ora de ‘sentient subject’, ou ainda ‘perceiver’, ‘vessel of consciousness’, mirror’, ‘center light’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 24.
Tendo em conta a citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o entendimento de Henry James a respeito do narrador do romance, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	De acordo com Henry James, o narrador deve intervir e fazer digressões, a fim de desviar o foco do leitor da personagem central da história.
	
	B
	Para Henry James, sem fazer interferências nem digressões que desviem a atenção da história, o narrador deve parecer impessoal.
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Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história. Ligia Chiappini Moraes Leite [...] afirma que o ideal, para ele, e para muitos teóricos que o sucedem, ‘é a presença discreta de um narrador que [...] possa dar a impressão ao leitor que a história se conta a si própria, de preferência, alojando-se na mente de uma personagem que faça o papel de Refletor de suas ideias’. A pesquisadora nota que assim se dá ‘o desaparecimento estratégico do Narrador, disfarçado numa terceira pessoa que se confunde com a primeira’ [...]” (livro-base, p. 112, 113). As demais alternativas estão incorretas, pois afirmam exatamente o contrário do entendimento de Henry James sobre o narrador do romance.
	
	C
	Para Henry James, a interferência do autor no romance é bem-vinda, sobretudo quando ela se faz de maneira direta, alterando os rumos da narrativa.
	
	D
	No que se refere ao romance, Henry James defende a narrativa em primeira pessoa, por considerá-la desfavorável à dispersão.
	
	E
	Henry James é favorável à aproximação da ficção ao drama. A seu ver, o ideal é uma alternância de narrativa e diálogo, sem descrição alguma.
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“Rejeitando qualquer dogmatismo reducionista que originaria uma classificação rígida e estática, os formalistas russos conceberam o gênero literário como uma entidade evolutiva, cujas transformações adquirem sentido no quadro geral do sistema literário e na correlação deste sistema com as mudanças operadas no sistema social, e por isso advogaram uma classificação historicamente descritiva dos gêneros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 371.
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a teoria dos gêneros e o fato de René Wellek e Austin Warren estabelecerem distinções entre a “teoria clássica” e a “teoria moderna”, assinale a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	A descrição é uma característica atribuída à teoria clássica dos gêneros.
	
	B
	As regras prescritas pela teoria clássica dos gêneros apresentam um acentuado autoritarismo.
	
	C
	A moderna teoria dos gêneros, contrariamente à teoria clássica, possui um caráter evidentemente descritivo.
Você acertou!
Comentário: “Uma das obras do século XX fundamentais para o estudo do campo que estamos examinando, Teoria da literatura [...], de René Wellek e Austin Warren, faz uma advertência que merece atenção: ‘Qualquer pessoa interessada pela teoria dos gêneros deve ter cuidado em não confundir as diferenças entre a teoria ‘clássica’ e a moderna. A teoria clássica é normativa e prescritiva, embora as suas ‘regras’ não contenham o ridículo autoritarismo que tantas vezes lhe é atribuído. [...]. A moderna teoria dos gêneros é claramente descritiva. Não limita o número das espécies possíveis e não prescreve regras aos autores. Admite que as espécies tradicionais possam ‘misturar-se’ e produzir uma espécie nova [...]. Reconhece que os gêneros podem ser construídos tanto numa base de englobamento ou ‘enriquecimento’ como de ‘pureza’. Em lugar de sublinhar a distinção entre as várias espécies interessa-se [...] em descobrir o denominador comum de uma espécie, os seus processos e objetivos literários’ [...]” (livro-base, p. 34).
	
	D
	A moderna teoria dos gêneros não admite a mistura entre os gêneros tradicionais, mas reconhece a existência de novas espécies de textos literários.
	
	E
	Para René Wellek e Austin Warren a teoria clássica evoluiu ao longo dos anos até se tornar equivalente à teoria moderna.
 
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o trecho de texto:
“A autobiografia literária não é, portanto, a invenção de algo não vivido, mas os fatos revistos, à distância, pelo sujeito que lhes imprime tonalidades da imaginação. Como afirma Luiz Costa Lima: ‘Entre a ficção e a autobiografia, o eu se impõe como barra separadora’. O eu se estabelece na mediação destes territórios vizinhos, criando o entre lugar do discurso autobiográfico, resultado da relação sujeito e objeto”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: TURCHI. Maria Zaíra. Graciliano Ramos: memórias cruzadas. In: REMÉDIOS, Maria Luiza. Literatura confessional: autobiografia e ficcionalidade. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997. p. 209.
Tendo por referência o trecho textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero do romance Tropical sol da liberdade, selecione a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	O livro Tropicalsol da liberdade, ainda que apresente outras personagens envolvidas na trama, pode ser considerado como uma “autobiografia” de Ana Maria Machado, de acordo com os moldes tradicionais desse gênero.
	
	B
	Neste romance as memórias da personagem Lena se confundem com as experiências de vida da autora.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b). “[...] Tropical sol da liberdade, romance em que as memórias da personagem Lena se confundem com as experiências de vida da autora” (livro-base, p. 253). “O texto é narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente seletivo, para usar a tipologia de Friedman. Sua intenção é passar as impressões, os pensamentos e os detalhes das personagens. Às vezes, é utilizado o discurso indireto livre, fundindo-se a voz do narrador com as palavras e os pensamentos da personagem. O enredo traz a vida de uma mulher chamada Lena, que experimentou os anos de chumbo da ditadura militar” (livro-base, p. 255).
	
	C
	O enredo do romance é o registro da vida da própria escritora durante os anos de da Guerra Fria, incluindo as experiências vividas em seu autoexílio na França.
	
	D
	A publicação de Tropical sol da liberdade fez com que a autora se distanciasse da literatura infantojuvenil a ponto de se contrapor às convicções literárias de Lobato.
	
	E
	O livro é narrado em primeira pessoa, característica de uma autobiografia.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“[...] o romancista pode acompanhar as personagens desde o seu nascimento até a morte, detendo-se nos aspectos que julgar relevantes para a história que conta; pode abranger 8 ou 80 anos da vida de suas personagens, sem outra restrição que aquela imposta pela coerência interna da obra”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1970. p. 178.
Levando em conta o extrato de texto e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a abordagem da instância temporal feita por Jean Pouillon em O tempo do romance, sabe-se que o crítico propõe uma classificação em dois tipos. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que apresenta corretamente tal classificação:
Nota: 10.0
	
	A
	romances psicológicos e romances urbanos.
	
	B
	romances de duração e romances de destino.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “[...] aparece O tempo no romance (1948, com tradução brasileira em 1974), de Jean Pouillon [...]. Para chegar à ‘Expressão do tempo’, título da referida segunda parte, em que propõe classificação em dois tipos – ‘romances de duração’ e ‘romances de destino’ – divisão decorrente da forma como o tempo é apresentado na narrativa, o autor parte do procedimento que denomina ‘compreensão dos personagens’. No primeiro grupo estão os romances ‘que se propõem apenas a descrever a evolução de um personagem, talvez sem pretender insistir sobre a sua contingência, mas, em todo caso, sem nela querer ver a todo custo a marca de uma fatalidade’ [...]. No segundo grupo estão os romances que ‘se empenham em desvendar o que presidiria necessariamente a [...] evolução [da personagem]’ [...]” (livro-base, p. 168).
	
	C
	romances de ficção científica e romances policiais.
	
	D
	romances regionalistas e romances históricos.
	
	E
	romances sentimentais e romances de aventura.
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o trecho de texto:
“A teoria da narrativa (‘narratologia’) é um ramo ativo da teoria literária e o estudo literário se apoia em teorias da estrutura narrativa: em noções de enredo, de diferentes tipos de narradores, de técnicas narrativas. A poética da narrativa, como poderíamos chamá-la, tanto tenta compreender os componentes na narrativa quanto analisa como narrativas obtêm seus efeitos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 86.
Partindo do trecho textual citado e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as categorias constitutivas da narrativa de ficção ou, mais especificamente, sobre o objeto de estudo da narratologia, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O objeto de estudo da narratologia são: personagem, autor, enredo e espaço.
	
	B
	As categorias constitutivas da narrativa ficcional são apenas: o tempo e o espaço.
	
	C
	O objeto de estudo da narratologia está centrado na relação entre autor e leitor.
	
	D
	As categorias que constituem a narrativa ficcional são: o enredo, o narrador e as personagens.
	
	E
	As categorias que constituem a narrativa ficcional são: personagem, narrador, tempo e espaço.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (e), pois: “[...] na prosa de ficção o acontecimento não é a questão central. É o modo com se dá a tessitura da intriga que garante o sucesso ou o fracasso da obra. A percepção desse modo de produzir os efeitos esperados de uma narrativa de ficção [...] provocou a especialização de uma vertente da teoria literária que se denomina narratologia – definida como o estudo das categorias constitutivas da narrativa, a saber, personagem, narrador, tempo e espaço – cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na segunda metade do século XX” (livro-base, p.).
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Consciente da natureza intrincada e fluida destes problemas – o erro de Nomi Tamir decorre, em última instância, da sua análise estritamente linguística de um fenômeno dependente de um sistema semiótico de segundo grau –, Genette considera que a persona do narrador não deve ser caracterizada e definida em função de formas gramaticais, mas em função do seu estatuto narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 761.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a classificação do narrador segundo Gérard Genette, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Heterodiegético
2. Homodiegético
3. Autodiegégico
( ) É um narrador estranho à história que narra.
( ) É ao mesmo tempo narrador e protagonista da história narrada.
( ) É o narrador que narra sua própria experiência sem ocupar o centro da narrativa.
( ) É um narrador que se vale predominantemente da 3ª pessoa para contar a história.
Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	3 – 3 – 2 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 2
	
	D
	1 – 3 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, tendo em vista que a sequência 1 – 3 – 2 – 1 está correta: “A herança deixada pelos ventos estruturalistas, especialmente quanto à especialização do vocabulário, é bem aproveitada pela narratologia. [...] falta comentar uma distinção rentável para a análise literária, estabelecida pelo teórico francês Gérard Genette [...]. Trata-se da distinção entre narrador heterodiegético, homodiegético e autodiegético. Lembre-se que diegese é a história narrada. O [1] narrador heterodiegético ‘relata uma história à qual é estranho, uma vez que não integra nem integrou, como personagem, o universo diegético em questão’, ou seja, não participa do enredo [...]. Este é o tipo de narrador mais corrente na tradição ocidental. Exprime-se predominantemente em terceira pessoa, ainda que a primeira pessoa possa aparecer na narrativa uma ou outra vez. [2] Homodiegético é o narrador que narra sua própria experiência, ou seja, é também personagem, mas personagem secundário. [3] Se aparecer na narrativa como protagonista, o narradorserá autodiegégico” (livro-base, p. 145,146).
	
	E
	3 – 2 – 1 – 3
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“[...] o narrador do romance [...] perde a distância, torna-se íntimo, ou porque se dirige diretamente ao leitor, ou porque nos aproxima intimamente das personagens e dos fatos narrados. Essa proximidade pode nos dar a ilusão de que estamos diante de uma pessoa nos expondo diretamente seus pensamentos, quando, na verdade, tanto o NARRADOR como o leitor ao qual ele se dirige são seres ficcionais que se relacionam com os reais, através das convenções narrativas [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1989. p. 11,12.
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre reflexões sistemáticas pioneiras quanto à constituição do “narrador”, relacione corretamente os autores às suas respectivas intervenções:
1. Walter Benjamin
2. Henry James
3. Percy Lubbock
4. Wayne Booth
( ) Defende que o narrador do romance tem que parecer impessoal, não deve intervir, bem como não deve fazer digressões que desviem o foco da história.
( ) Um de seus objetos de estudo é a obra de Nikolai Leskov. Tal escolha decorre da percepção do crítico “de que a arte de narrar está em vias de extinção”.
( ) Superando de vez o risco de se compreender autor como a pessoa do escritor, deve-se a esse crítico a expressão autor implícito, a qual até hoje permanece eficaz.
( ) Defende que a complexa questão do método, no fazer ficcional, é guiada pelo questão do ponto de vista, isto é, da relação estabelecida entre o narrador e a história.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois a sequência correta é 2 – 1 – 4 – 3. 2. “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história” (livro-base, p. 112). 1. “Um dos textos mais citados a respeito do assunto [...] é o ensaio intitulado justamente ‘O narrador’, de Walter Benjamin [...]. A motivação do ensaísta para abordar esse autor [Nikolai Leskov] decorre da percepção ‘de que a arte de narrar está em vias de extinção’, arte da qual Leskov é um remanescente, na avaliação de Benjamin [...]” (p. 108,109). 4. “A complementaridade está em expressão cunhada por Booth, autor implícito, que supera definitivamente o risco de se entender autor como a pessoa do escritor, expressão que não perdeu sua eficácia ainda hoje” (p. 116). Por fim, 3. Percy Lubbock “Depois de fazer o percurso analítico, centrando-se em obras específicas e eventualmente evocando outros autores para comparação, sempre atento aos procedimentos do narrador, o primeiro parágrafo do capítulo final não poderia ser mais claro quanto à importância deste: ‘Tenho para mim que toda a intrincada questão do método, no ofício da ficção, é governada pelo problema do ponto de vista – o problema da relação que se estabelece entre o narrador e a história [...]” (p. 115).
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o fragmento do poema “Canto do regresso à pátria”, de Oswald de Andrade:
“Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá / Minha terra tem mais rosas / E quase que mais amores / Minha terra tem mais ouro / Minha terra tem mais terra [...] Não permita Deus que eu morra / Sem que eu volte pra São Paulo / Sem que veja a Rua 15 / E o progresso de São Paulo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1989. p. 357.
Tendo em conta o fragmento textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os romances modernos, observa-se a presença de determinado recurso que resulta na ridicularização da tradição. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que indique corretamente qual é esse recurso, presente também no poema citado:
Nota: 0.0
	
	A
	A paralepse.
	
	B
	A paródia.
Comentário: A alternativa (b) está certa, pois: “[...] alguns termos aparecerão para qualificar romances modernos, como romance heroico (ou épico), romance picaresco, romance pastoral, este último mais raramente, mas ainda possível, não porque conservam a estrutura desses ancestrais, mas porque resgatam alguns aspectos da temática e da caracterização de personagens. Traço que queremos destacar é a presença do cômico, via paródia, resultando na ridicularização da tradição. Essa forma de questionar o passado parece ser uma constante na história da arte. Não deixa de ser um diálogo, ainda que pelo tensionamento, com o pretérito” (livro-base, p. 44).
	
	C
	O pastiche.
	
	D
	A polifonia.
	
	E
	A redundância.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A importância assumida pelo tempo nas obras modernas mais significativas nem por isso facilita a missão do crítico, pois que a palavra tempo reveste significações diferentes consoante os quadros de referência que lhe damos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 170.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “os problemas temporais da ficção”, o teórico inglês Adam Abraham Mendilow aponta três características do tempo. Analise as assertivas e indique aquela que menciona corretamente que características são essas:
Nota: 10.0
	
	A
	Passado, presente e futuro.
	
	B
	Brevidade, distância e velocidade.
	
	C
	Transitoriedade, sequência e irreversibilidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está certa, pois: Mendilow, “no capítulo intitulado ‘Os problemas temporais da ficção’, um trecho enfeixa os ditos problemas: ‘A linguagem, então, é um meio formado de unidades consecutivas que constituem uma forma de expressão linear, a qual progride, sujeita às três características do tempo – transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Como pode o romancista trabalhando em tal meio veicular uma impressão de simultaneidade, de movimento para a frente e para trás, de imobilidade? Como pode comunicar imediação, e o senso do fluir da vida, e a duração em todos os seus modos? [...]” (livro-base, p. 170).
	
	D
	Fugacidade, transcendência e perpetuidade.
	
	E
	Perenidade, pausa e efemeridade.
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“O texto do romance pode ainda conter referências a outro tempo – o tempo da instância narrativa, o tempo em que se situa e se processa a própria escrita do romance. Esse tempo, imediatamente vinculado com a voz do narrador e com a focalização da narrativa, pode manter relações muito importantes com o tempo da diegese e com o tempo do discurso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 750.
Conforme o extrato textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos em uma obra, Ducrot e Todorov tratam da quantidade proporcional de “tempo da história” em uma unidade de “tempo da escrita”, enumerando cinco possibilidades. Sobre essa classificação, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Escamoteamento
2. Resumo
3. Estilo direto
4. Análise
5. Digressão
( ) Quando a unidade de tempo da escrita se alonga.
( ) Às vezes satisfaz uma vontade do escritorde demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa.
( ) Quando não há correspondência, na escrita, a um período da história.
( ) Quando um longo período da história é condensado em poucas páginas.
( ) Quando uma unidade da escrita corresponde a uma unidade de tempo da história, como nos diálogos.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	5 – 1 – 4 – 3 – 2
	
	B
	2 – 3 – 5 – 4 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 5 – 4
	
	D
	3 – 4 – 2 – 1 – 5
	
	E
	4 – 5 – 1 – 2 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois a sequência 4 – 5 – 1 – 2 – 3 está correta, ou seja: “O passo seguinte no texto de Ducrot e Todorov é o exame da forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos: o tempo da história e o tempo da escrita. A primeira relação diz respeito à direção das duas temporalidades [...]. A segunda relação refere-se à distância entre os dois tempos [...]. A terceira relação tem em vista a quantidade proporcional de tempo da história em uma unidade de tempo da escrita. São enumeradas cinco possibilidades: [1] quando não há correspondência, na escrita, a um período da história, trata-se do escamoteamento. [2] Quando um longo período da história aparece em poucas páginas, a denominação é evidente: resumo. [3] Quando uma unidade de tempo da escrita corresponde a uma unidade de tempo na história, como nos diálogos, trata-se do estilo direto. [...]. A seguinte é bastante evidente: [4] quando a unidade de tempo da escrita se alonga mais, comporta a análise. Finalmente, a última [...] trata-se da [5] digressão. Pode ocupar menos de uma linha ou até páginas, pode ser uma descrição ou uma reflexão de caráter filosófico. Quanto à sua eficácia, depende sempre da situação e também da percepção do leitor. Pode servir como pista para aclarar uma situação ou o caráter de uma personagem, assim como pode provocar o desinteresse do leitor. Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa” (livro-base, p. 183-185).
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto de texto abaixo:
“Durante vários séculos, só os ricos se podiam oferecer livros; o público de leitores era limitado por salários que apenas permitiam uma estrita subsistência, pela ausência de lazeres das classes sociais mais numerosas, pela deficiência de luz à noite, pela impossibilidade de isolamento nas habitações superpovoadas, pela falta de bibliotecas de empréstimo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OULLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 9.
Segundo o excerto textual e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os fatores que contribuíram significativamente para incrementar a produção ficcional europeia ao longo da Idade Moderna, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A difusão da imprensa e a redução do analfabetismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), tendo em vista que: “Com a difusão da imprensa e a diminuição do número de analfabetos, fenômenos que ficam aqui registrados em uma linha, mas de fato se estendem por mais de século, a produção ficcional passou por significativo incremento [...]. ‘No meio do século XVII, um amante de ficção que vivesse na França, na Espanha ou na Inglaterra tinha à sua disposição um repertório de romances heroicos inspirados pelo romance helenístico [...]’” (livro-base, p. 43, 44).
	
	B
	A valorização da literatura nas Universidades e a criação de bibliotecas públicas.
	
	C
	O surgimento da tipografia e a profissionalização do ofício de escritor.
	
	D
	A publicação de obras populares e a luta dos intelectuais pelo fim da censura.
	
	E
	O aparecimento dos primeiros computadores e a redução no custo dos livros.
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“[...] no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária [...]. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 84.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero narrativo, sabe-se que, durante muito tempo, ele recebeu um tratamento diferenciado em relação aos chamados “gêneros clássicos”. Sendo assim, leia as afirmativas abaixo e sinalize a alternativa que aponta corretamente essa distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O romance foi considerado, desde a Antiguidade, um gênero nobre, diferentemente do gênero lírico, que passou a ser valorizado somente após a era vitoriana.
	
	B
	No século XVIII, as teorias sobre o gênero épico valorizaram qualitativamente o romance, já os estudos sobre os demais gêneros foram superiores em quantidade.
	
	C
	Na Grécia Antiga, o romance era considerado um gênero nobre, pois, além de ser produzido e consumido pela nobreza, apresentava reis e rainhas como protagonistas.
	
	D
	Ao contrário dos gêneros clássicos, lírico, épico e dramático, o gênero narrativo não foi objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, pois: “Voltemos à origem do gênero narrativo, que não é nobre, ao contrário dos gêneros clássicos, o lírico, o épico e o dramático, entendendo-se por nobreza, nesta passagem, o fato de ter sido produzido e ter sido objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade” (livro-base, p. 38). Além disso, Wellek e Warren afirmam que: “‘A teoria e a crítica literárias concernentes ao romance são muito inferiores, tanto em quantidade como em qualidade, à teoria e à crítica sobre poesia’ [...]. Lembremos que essa afirmação é datada de pouco antes da metade do século passado” (livro-base, p. 39).
	
	E
	Até o classicismo, a teoria e crítica literárias sobre o romance eram superiores em quantidade e qualidade, se comparadas às que existiam sobre os demais gêneros.
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“[...] os teorizadores do novo romance acentuam a complementaridade tempo/espaço, resolvida no interior da narrativa a partir do ato da leitura, independentemente desse exterior assim neutralizado – neutralização que de certo modo traduz a negação de uma racionalidade reclamada sobretudo pela literatura realista”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 134.
Tendo em conta a citação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o conceito de “cronotopo” artístico-literário, sabe-se que ele se refere à interligação das relações temporais e espaciais. Sendo assim, verifique as seguintes opções e marque a alternativa que aponta corretamente o teórico que formulou tal conceito:
Nota: 10.0
	
	A
	Gaston Bachelard, em A poética do espaço.
	
	B
	Mikhail Bakhtin, no texto “Formas de tempo e de cronotopo no romance”, reunido em Questões de literatura e de estética: a teoria do romance.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está correta, pois: “Mikhail Bakhtin, no texto ‘Formas de tempo e de cronotopo no romance’, produzido em 1937-1938 e publicado como um capítulo do volume Questões de literatura e de estética: a teoria do romance, [...] propõe chamar cronotopo ‘à interligação fundamental das relações temporais e espaciais, artisticamente assimiladas na literatura [...]; nele é importante a expressão da indissolubilidade de espaço e de tempo (tempo como a quarta dimensão do espaço)’ [...]”(livro-base, p. 193).
	
	C
	Michel Butor, no ensaio “O espaço no romance”, que integra o livro Repertório.
	
	D
	Antonio Dimas, em Espaço e romance.
	
	E
	Luis Alberto Brandão, em Teorias do espaço literário.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a seguinte afirmação:
“O conto foi, em sua primitiva forma, uma narrativa oral, frequentando as noites de lua em que antigos povos se reuniam e, para matar o tempo, narravam ingênuas estórias de bichos. Reminiscências desse tempo são as figuras, ainda próximas de nós, de Tio Remus, recriada em filme por Walt Disney, Pai João, dos serões coloniais, ou Dona Benta, registrada por Monteiro Lobato”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Luzia de Maria R. O que é conto. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984. p. 8.
Conforme essa afirmação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a gênese do conto, analise as assertivas e indique a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O conto surgiu no século X, a partir das sucessivas narrativas de Sherazade, em As mil e uma noites.
	
	B
	O surgimento do conto ocorre em 1353, com a publicação da obra Decameron, de Giovanni Boccaccio.
	
	C
	A origem do conto é desconhecida, mas sabe-se que ele já existia centenas de anos antes de Cristo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, uma vez que: “Massaud Moises, no Dicionário de termos literários [...], apresenta longo percurso dessa forma, iniciando por apontar-lhe a ‘gênese desconhecida’. O autor afirma que ‘exemplares podem ser localizados centenas de anos antes do nascimento de Cristo’ e se detém no cultivo do conto nos ‘últimos séculos da era medieval’ [...], considerando que o estado desse período perdurou até o século XVIII. Nesse momento, o pesquisador situa a autonomização em relação ao romance e à novela e localiza ‘época de esplendor’ no século XIX [...]” (livro-base, p. 48).
	
	D
	O conto surgiu com as grandes navegações do século XVI, quando os marinheiros retornavam cheios de histórias para contar.
	
	E
	Os primeiros contos surgiram na Idade Média, com a publicação de uma coletânea de histórias curtas de autoria desconhecida.
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“Embora a expressão ‘ponto de vista’ (‘point de vue’) seja de uso comum em francês, mesmo como termo técnico da crítica literária, Jean Pouillon, ao tratar do assunto em obra publicada em 1946 – Temps et le Roman –, preferiu usar, nesse sentido, a palavra vision”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 15.
Partindo do fragmento textual e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia proposta por Jean Pouillon a respeito do narrador, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. A visão “com”
2. A visão “por detrás”
3. A visão “de fora”
( ) Nesse modo de visão, uma personagem é eleita para ocupar o centro da narrativa e identifica-se com o narrador.
( ) Por meio dessa visão, o que o leitor sabe das personagens do romance é dado pelo personagem central.
( ) Nesse modo de visão, a apresentação da personagem se dá pelo que se pode observar dela, sua conduta, seus predicados, como ela vive, enfim.
( ) Nesse modo de visão, a narrativa é caracterizada pela onisciência do narrador, o qual é capaz de penetrar até mesmo na mente das personagens.
( ) Esse modo de visão corresponde a uma narrativa baseada na observação de fatos externos. É o procedimento dominante nos romances “realistas” do século XIX.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	3 – 2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	1 – 1 – 3 – 2 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa certa é a letra (b), pois a sequência 1 – 1 – 3 – 2 – 3 está correta: “Na [1] visão ‘com’, uma personagem é escolhida como centro da narrativa, recebendo atenção maior, ou pelo menos diferente da atribuída às demais. A preposição com é referente à identificação da personagem com o narrador, embora o termo não apareça nessa passagem. A centralidade não decorre de a personagem ser vista no centro, mas do fato de todas as demais personagens serem vistas da perspectiva dela e de as ações serem percebidas por ela. Daí que o reconhecimento desse tipo de romance não se dá pela maneira como é vista a personagem central, que não é vista efetivamente, mas pela maneira como vê as outras. De seu modo de ser depende o que o leitor sabe dos outros” (livro-base, p. 118). De acordo com a referida tipologia, a “[2] visão ‘por detrás’ significa visão do psiquismo da personagem. O autor distancia-se para vê-la por dentro. Nos termos psicanalíticos que adota, Pouillon marca a diferença entendendo a visão ‘com’ como consciência pura e simples, enquanto a visão ‘por detrás’ comporta o conhecimento refletido. ‘O romancista [...] não se encontra em seu personagem, mas sim distanciado dele; [...] a finalidade desse distanciamento é a compreensão imediata dos móveis mais íntimos que o fazem agir e pensar; [...] ele vê os fios que sustentam o fantoche e desmonta o homem’ [...]. Atento às possibilidades narrativas, o teórico marca os riscos e as fragilidades da posição, lembrando que o autor sabe tudo de antemão, mas precisa encontrar uma ordem que garanta a eficácia da narrativa e a atenção do leitor [...]” (p. 119,120). Por último, “a [3] visão ‘de fora’ é a apresentação da personagem pelo que se pode observar dela, incluindo aspecto físico, meio em que vive e também conduta, na medida em que esta é perceptível nas ações, no relacionamento com o mundo que a cerca, cabendo ao leitor concluir sobre seu modo de ser. O procedimento não é exclusivo de um estilo de época específico, mas é o dominante nos romances chamados realistas, cuja época áurea situa-se na segunda metade do século passado” (p. 121).
	
	C
	2 – 2 – 3 – 1 – 1
	
	D
	1 – 3 – 3 – 2 – 1
	
	E
	2 – 1 – 2 – 1 – 3
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a afirmação:
“A tipologia da ficção em prosa é muito vasta. Temos, por exemplo, o romance picaresco [...], cavaleiresco [...], de aventura [...], sentimental [...], histórico [...], autobiográfico [...], de capa e espada [...], psicológico [...], romântico [...], gótico ou de terror [...], realista [...], de formação [...], naturalista [...], existencialista [...] de realismo crítico [...], de realismo fantástico [...], psicanalítico [...], de experimentalismo formal [...]. Outras classificações são feitas não em função do aspecto temático, mas tendo em conta a predominância de um dos elementos constitutivos do gênero narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 117.
Considerando a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia romanesca, relacione corretamente os tipos de romance às suas respectivas características:
1. Romance pastoral ou sentimental
2. Romance picaresco
3. Romance de aventura
4. Romance psicológico
( ) É o tipo de romance em que o narrador se ocupa primordialmente dos estados emocionais de suas personagens.
( ) Nesse tipo de romance, o herói de origem humilde e caráter duvidoso, valendo-se de astúcia e de artimanhas, engana a todos se fazendo passar por um autêntico herói.
( ) Esse tipo de romance tem como característica prender a atenção do leitor em virtude da sequência frenética de ações.
( ) Nesse tipo de romance, a trama é tecida em torno de uma história amorosa. É a modalidade que o público leigo mais identifica como romance.
Agora, selecione a alternativa que menciona a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
Você acertou!
Comentário:A alternativa correta é a letra (c), uma vez que a sequência correta é 4 – 2 – 3 – 1. “[1] O romance pastoral ou sentimental, tipo praticamente desaparecido, gira em torno de uma história de amor, um idílio preferencialmente em cena bucólica. É a modalidade popularmente mais identificada como romance pelo público leigo. Por extensão, é comum fazer referência a uma relação amorosa entre personagens referenciais, até pessoas de nosso convívio, como romance. [...] [2] O herói do romance picaresco é a contraface da figura heroica anteriormente descrita [heróis de epopeia], uma vez que o pícaro é justamente aquele que tem origem humilde e caráter duvidoso, mas consegue, com astúcia e artimanhas, enganar a todos e se fazer passar por herói autêntico. [...] Se é a sequência frenética de ações que prende a atenção do leitor, temos um [3] romance de aventuras, que pode ser, ao mesmo tempo, épico ou picaresco, e também histórico. [...] Se o narrador se ocupa, acima de tudo, dos estados emocionais da personagem, temos um [4] romance psicológico” (livro-base, p. 46,47).
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“[...] com Barthes, Greimas, Genette, Todorov e Bremond, a narrativa encontrou-se invariavelmente no centro de estudos de índole teórica que procuravam [...] atingir e descrever as categorias ‘universais’ que regem a enunciação do discurso. E isso porque, de fato, o legado teórico-metodológico do Estruturalismo contemplava de forma muito mais generosa o domínio do discurso e das suas condições de produção [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 5.
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos sobre o objeto de estudo da narratologia, considere as proposições a seguir e assinale a alternativa que aponta corretamente suas categorias constitutivas:
Nota: 10.0
	
	A
	Personagem, narrador, tempo e espaço.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois: “[...] na prosa de ficção o acontecimento não é a questão central. É o modo como se dá a tessitura da intriga que garante o sucesso ou o fracasso da obra. A percepção desse modo de produzir os efeitos esperados de uma narrativa de ficção [...] provocou a especialização de uma vertente da teoria literária que se denomina narratologia – definida como o estudo das categorias constitutivas da narrativa, a saber, personagem, narrador, tempo e espaço –, cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na segunda metade do século XX” (livro-base, p. xx).
	
	B
	Autor, personagem, enredo e espaço.
	
	C
	Tempo e espaço.
	
	D
	Autor e leitor
	
	E
	Enredo, narrador e personagem.
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“[...] os teorizadores do novo romance acentuam a complementaridade tempo/espaço, resolvida no interior da narrativa a partir do ato da leitura, independentemente desse exterior assim neutralizado – neutralização que de certo modo traduz a negação de uma racionalidade reclamada sobretudo pela literatura realista”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 134.
Tendo em conta a citação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o conceito de “cronotopo” artístico-literário, sabe-se que ele se refere à interligação das relações temporais e espaciais. Sendo assim, verifique as seguintes opções e marque a alternativa que aponta corretamente o teórico que formulou tal conceito:
Nota: 10.0
	
	A
	Gaston Bachelard, em A poética do espaço.
	
	B
	Mikhail Bakhtin, no texto “Formas de tempo e de cronotopo no romance”, reunido em Questões de literatura e de estética: a teoria do romance.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está correta, pois: “Mikhail Bakhtin, no texto ‘Formas de tempo e de cronotopo no romance’, produzido em 1937-1938 e publicado como um capítulo do volume Questões de literatura e de estética: a teoria do romance, [...] propõe chamar cronotopo ‘à interligação fundamental das relações temporais e espaciais, artisticamente assimiladas na literatura [...]; nele é importante a expressão da indissolubilidade de espaço e de tempo (tempo como a quarta dimensão do espaço)’ [...]” (livro-base, p. 193).
	
	C
	Michel Butor, no ensaio “O espaço no romance”, que integra o livro Repertório.
	
	D
	Antonio Dimas, em Espaço e romance.
	
	E
	Luis Alberto Brandão, em Teorias do espaço literário.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto do conto A Cartomante, de Machado de Assis:
“Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Vilela seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, Machado. A cartomante. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br/paulomartins/livros-classicos-de-literatura/a-cartomante-de-machado-de-assis-pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 4 – Machado de Assis, é correto afirmar sobre o projeto ficcional machadiano:
Nota: 10.0
	
	A
	trata-se de um conjunto representativo para estudar a produção literária barroca.
	
	B
	representa o ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 4, Tema 1 (Machado de Assis - 9’ a 10’), o crítico brasileiro Antonio Bosi irá destacar o fato de que a produção de Machado de Assis representará o ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira.
	
	C
	dá continuidade ao preceito indigenista da primeira geração romântica.
	
	D
	rompe com as fronteiras entre lírica e prosa, demarcando o início do Modernismo.
	
	E
	transforma-se no grande representante da expressão simbolista nacional.
 
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A importância assumida pelo tempo nas obras modernas mais significativas nem por isso facilita a missão do crítico, pois que a palavra tempo reveste significações diferentes consoante os quadros de referência que lhe damos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 170.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “os problemas temporais da ficção”, o teórico inglês Adam Abraham Mendilow aponta três características do tempo. Analise as assertivas e indique aquela que menciona corretamente que características são essas:
Nota: 10.0
	
	A
	Passado, presente e futuro.
	
	B
	Brevidade, distância e velocidade.
	
	C
	Transitoriedade, sequência e irreversibilidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está certa, pois: Mendilow, “no capítulo intitulado ‘Os problemas temporais da ficção’, um trecho enfeixa os ditos problemas: ‘A linguagem, então, é um meio formado de unidades consecutivas que constituem uma forma de expressão linear, a qual progride, sujeita às três características do tempo – transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Como pode o romancista trabalhando em tal meio veicular uma impressão de simultaneidade, de movimento para a frente e para trás, de imobilidade? Como pode comunicar imediação, e o senso do fluir da vida, e a duração em todos os seus modos? [...]” (livro-base, p. 170).
	
	D
	Fugacidade, transcendência e perpetuidade.
	
	E
	Perenidade, pausae efemeridade.
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“O texto do romance pode ainda conter referências a outro tempo – o tempo da instância narrativa, o tempo em que se situa e se processa a própria escrita do romance. Esse tempo, imediatamente vinculado com a voz do narrador e com a focalização da narrativa, pode manter relações muito importantes com o tempo da diegese e com o tempo do discurso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 750.
Conforme o extrato textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos em uma obra, Ducrot e Todorov tratam da quantidade proporcional de “tempo da história” em uma unidade de “tempo da escrita”, enumerando cinco possibilidades. Sobre essa classificação, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Escamoteamento
2. Resumo
3. Estilo direto
4. Análise
5. Digressão
( ) Quando a unidade de tempo da escrita se alonga.
( ) Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa.
( ) Quando não há correspondência, na escrita, a um período da história.
( ) Quando um longo período da história é condensado em poucas páginas.
( ) Quando uma unidade da escrita corresponde a uma unidade de tempo da história, como nos diálogos.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	5 – 1 – 4 – 3 – 2
	
	B
	2 – 3 – 5 – 4 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 5 – 4
	
	D
	3 – 4 – 2 – 1 – 5
	
	E
	4 – 5 – 1 – 2 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois a sequência 4 – 5 – 1 – 2 – 3 está correta, ou seja: “O passo seguinte no texto de Ducrot e Todorov é o exame da forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos: o tempo da história e o tempo da escrita. A primeira relação diz respeito à direção das duas temporalidades [...]. A segunda relação refere-se à distância entre os dois tempos [...]. A terceira relação tem em vista a quantidade proporcional de tempo da história em uma unidade de tempo da escrita. São enumeradas cinco possibilidades: [1] quando não há correspondência, na escrita, a um período da história, trata-se do escamoteamento. [2] Quando um longo período da história aparece em poucas páginas, a denominação é evidente: resumo. [3] Quando uma unidade de tempo da escrita corresponde a uma unidade de tempo na história, como nos diálogos, trata-se do estilo direto. [...]. A seguinte é bastante evidente: [4] quando a unidade de tempo da escrita se alonga mais, comporta a análise. Finalmente, a última [...] trata-se da [5] digressão. Pode ocupar menos de uma linha ou até páginas, pode ser uma descrição ou uma reflexão de caráter filosófico. Quanto à sua eficácia, depende sempre da situação e também da percepção do leitor. Pode servir como pista para aclarar uma situação ou o caráter de uma personagem, assim como pode provocar o desinteresse do leitor. Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa” (livro-base, p. 183-185).
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o fragmento do poema “Canto do regresso à pátria”, de Oswald de Andrade:
“Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá / Minha terra tem mais rosas / E quase que mais amores / Minha terra tem mais ouro / Minha terra tem mais terra [...] Não permita Deus que eu morra / Sem que eu volte pra São Paulo / Sem que veja a Rua 15 / E o progresso de São Paulo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1989. p. 357.
Tendo em conta o fragmento textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os romances modernos, observa-se a presença de determinado recurso que resulta na ridicularização da tradição. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que indique corretamente qual é esse recurso, presente também no poema citado:
Nota: 10.0
	
	A
	A paralepse.
	
	B
	A paródia.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, pois: “[...] alguns termos aparecerão para qualificar romances modernos, como romance heroico (ou épico), romance picaresco, romance pastoral, este último mais raramente, mas ainda possível, não porque conservam a estrutura desses ancestrais, mas porque resgatam alguns aspectos da temática e da caracterização de personagens. Traço que queremos destacar é a presença do cômico, via paródia, resultando na ridicularização da tradição. Essa forma de questionar o passado parece ser uma constante na história da arte. Não deixa de ser um diálogo, ainda que pelo tensionamento, com o pretérito” (livro-base, p. 44).
	
	C
	O pastiche.
	
	D
	A polifonia.
	
	E
	A redundância.
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto de texto abaixo:
“Durante vários séculos, só os ricos se podiam oferecer livros; o público de leitores era limitado por salários que apenas permitiam uma estrita subsistência, pela ausência de lazeres das classes sociais mais numerosas, pela deficiência de luz à noite, pela impossibilidade de isolamento nas habitações superpovoadas, pela falta de bibliotecas de empréstimo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OULLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 9.
Segundo o excerto textual e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os fatores que contribuíram significativamente para incrementar a produção ficcional europeia ao longo da Idade Moderna, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A difusão da imprensa e a redução do analfabetismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), tendo em vista que: “Com a difusão da imprensa e a diminuição do número de analfabetos, fenômenos que ficam aqui registrados em uma linha, mas de fato se estendem por mais de século, a produção ficcional passou por significativo incremento [...]. ‘No meio do século XVII, um amante de ficção que vivesse na França, na Espanha ou na Inglaterra tinha à sua disposição um repertório de romances heroicos inspirados pelo romance helenístico [...]’” (livro-base, p. 43, 44).
	
	B
	A valorização da literatura nas Universidades e a criação de bibliotecas públicas.
	
	C
	O surgimento da tipografia e a profissionalização do ofício de escritor.
	
	D
	A publicação de obras populares e a luta dos intelectuais pelo fim da censura.
	
	E
	O aparecimento dos primeiros computadores e a redução no custo dos livros.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“[...] o narrador do romance [...] perde a distância, torna-se íntimo, ou porque se dirige diretamente ao leitor, ou porque nos aproxima intimamente das personagens e dos fatos narrados. Essa proximidade pode nos dar a ilusão de que estamos diante de uma pessoa nos expondo diretamente seus pensamentos, quando, na verdade, tanto o NARRADOR como o leitor ao qual ele se dirige são seres ficcionais que se relacionam com os reais, através das convenções narrativas [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1989. p. 11,12.
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre reflexões sistemáticas pioneiras quanto à constituição do “narrador”, relacione corretamente os autores às suas respectivas intervenções:
1. Walter Benjamin
2. Henry James
3. Percy Lubbock4. Wayne Booth
( ) Defende que o narrador do romance tem que parecer impessoal, não deve intervir, bem como não deve fazer digressões que desviem o foco da história.
( ) Um de seus objetos de estudo é a obra de Nikolai Leskov. Tal escolha decorre da percepção do crítico “de que a arte de narrar está em vias de extinção”.
( ) Superando de vez o risco de se compreender autor como a pessoa do escritor, deve-se a esse crítico a expressão autor implícito, a qual até hoje permanece eficaz.
( ) Defende que a complexa questão do método, no fazer ficcional, é guiada pelo questão do ponto de vista, isto é, da relação estabelecida entre o narrador e a história.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois a sequência correta é 2 – 1 – 4 – 3. 2. “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história” (livro-base, p. 112). 1. “Um dos textos mais citados a respeito do assunto [...] é o ensaio intitulado justamente ‘O narrador’, de Walter Benjamin [...]. A motivação do ensaísta para abordar esse autor [Nikolai Leskov] decorre da percepção ‘de que a arte de narrar está em vias de extinção’, arte da qual Leskov é um remanescente, na avaliação de Benjamin [...]” (p. 108,109). 4. “A complementaridade está em expressão cunhada por Booth, autor implícito, que supera definitivamente o risco de se entender autor como a pessoa do escritor, expressão que não perdeu sua eficácia ainda hoje” (p. 116). Por fim, 3. Percy Lubbock “Depois de fazer o percurso analítico, centrando-se em obras específicas e eventualmente evocando outros autores para comparação, sempre atento aos procedimentos do narrador, o primeiro parágrafo do capítulo final não poderia ser mais claro quanto à importância deste: ‘Tenho para mim que toda a intrincada questão do método, no ofício da ficção, é governada pelo problema do ponto de vista – o problema da relação que se estabelece entre o narrador e a história [...]” (p. 115).
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Consciente da natureza intrincada e fluida destes problemas – o erro de Nomi Tamir decorre, em última instância, da sua análise estritamente linguística de um fenômeno dependente de um sistema semiótico de segundo grau –, Genette considera que a persona do narrador não deve ser caracterizada e definida em função de formas gramaticais, mas em função do seu estatuto narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 761.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a classificação do narrador segundo Gérard Genette, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Heterodiegético
2. Homodiegético
3. Autodiegégico
( ) É um narrador estranho à história que narra.
( ) É ao mesmo tempo narrador e protagonista da história narrada.
( ) É o narrador que narra sua própria experiência sem ocupar o centro da narrativa.
( ) É um narrador que se vale predominantemente da 3ª pessoa para contar a história.
Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	3 – 3 – 2 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 2
	
	D
	1 – 3 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, tendo em vista que a sequência 1 – 3 – 2 – 1 está correta: “A herança deixada pelos ventos estruturalistas, especialmente quanto à especialização do vocabulário, é bem aproveitada pela narratologia. [...] falta comentar uma distinção rentável para a análise literária, estabelecida pelo teórico francês Gérard Genette [...]. Trata-se da distinção entre narrador heterodiegético, homodiegético e autodiegético. Lembre-se que diegese é a história narrada. O [1] narrador heterodiegético ‘relata uma história à qual é estranho, uma vez que não integra nem integrou, como personagem, o universo diegético em questão’, ou seja, não participa do enredo [...]. Este é o tipo de narrador mais corrente na tradição ocidental. Exprime-se predominantemente em terceira pessoa, ainda que a primeira pessoa possa aparecer na narrativa uma ou outra vez. [2] Homodiegético é o narrador que narra sua própria experiência, ou seja, é também personagem, mas personagem secundário. [3] Se aparecer na narrativa como protagonista, o narrador será autodiegégico” (livro-base, p. 145,146).
	
	E
	3 – 2 – 1 – 3
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento de texto:
“Embora a expressão ‘ponto de vista’ (‘point de vue’) seja de uso comum em francês, mesmo como termo técnico da crítica literária, Jean Pouillon, ao tratar do assunto em obra publicada em 1946 – Temps et le Roman –, preferiu usar, nesse sentido, a palavra vision”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 15.
Partindo do fragmento textual e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia proposta por Jean Pouillon a respeito do narrador, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. A visão “com”
2. A visão “por detrás”
3. A visão “de fora”
( ) Nesse modo de visão, uma personagem é eleita para ocupar o centro da narrativa e identifica-se com o narrador.
( ) Por meio dessa visão, o que o leitor sabe das personagens do romance é dado pelo personagem central.
( ) Nesse modo de visão, a apresentação da personagem se dá pelo que se pode observar dela, sua conduta, seus predicados, como ela vive, enfim.
( ) Nesse modo de visão, a narrativa é caracterizada pela onisciência do narrador, o qual é capaz de penetrar até mesmo na mente das personagens.
( ) Esse modo de visão corresponde a uma narrativa baseada na observação de fatos externos. É o procedimento dominante nos romances “realistas” do século XIX.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	3 – 2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	1 – 1 – 3 – 2 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa certa é a letra (b), pois a sequência 1 – 1 – 3 – 2 – 3 está correta: “Na [1] visão ‘com’, uma personagem é escolhida como centro da narrativa, recebendo atenção maior, ou pelo menos diferente da atribuída às demais. A preposição com é referente à identificação da personagem com o narrador, embora o termo não apareça nessa passagem. A centralidade não decorre de a personagem ser vista no centro, mas do fato de todas as demais personagens serem vistas da perspectiva dela e de as ações serem percebidas por ela. Daí que o reconhecimento desse tipo de romance não se dá pela maneira como é vista a personagem central, que não é vista efetivamente, mas pela maneira como vê as outras. De seu modo de ser depende o que o leitor sabe dos outros” (livro-base, p. 118). De acordo com a referida tipologia, a “[2] visão ‘por detrás’ significa visão do psiquismo da personagem. O autor distancia-se para vê-la por dentro. Nos termos psicanalíticos que adota, Pouillon marca a diferença entendendo a visão ‘com’ como consciência pura e simples, enquanto a visão ‘por detrás’ comporta o conhecimento refletido. ‘O romancista [...] não se encontra em seu personagem, mas sim distanciado dele; [...] a finalidade desse distanciamento é a compreensão imediata dos móveis mais íntimos que o fazem agir e pensar; [...] ele vê os fios que sustentam o fantoche e desmonta o homem’ [...]. Atento às possibilidades narrativas, o teórico marca os riscos e as fragilidades da posição, lembrando que o autor sabe tudo de antemão, mas precisa encontrar uma ordem que garanta a eficácia da narrativa e a atenção do leitor [...]” (p. 119,120). Por último, “a [3] visão ‘de fora’ é aapresentação da personagem pelo que se pode observar dela, incluindo aspecto físico, meio em que vive e também conduta, na medida em que esta é perceptível nas ações, no relacionamento com o mundo que a cerca, cabendo ao leitor concluir sobre seu modo de ser. O procedimento não é exclusivo de um estilo de época específico, mas é o dominante nos romances chamados realistas, cuja época áurea situa-se na segunda metade do século passado” (p. 121).
	
	C
	2 – 2 – 3 – 1 – 1
	
	D
	1 – 3 – 3 – 2 – 1
	
	E
	2 – 1 – 2 – 1 – 3
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A importância assumida pelo tempo nas obras modernas mais significativas nem por isso facilita a missão do crítico, pois que a palavra tempo reveste significações diferentes consoante os quadros de referência que lhe damos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 170.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “os problemas temporais da ficção”, o teórico inglês Adam Abraham Mendilow aponta três características do tempo. Analise as assertivas e indique aquela que menciona corretamente que características são essas:
Nota: 10.0
	
	A
	Passado, presente e futuro.
	
	B
	Brevidade, distância e velocidade.
	
	C
	Transitoriedade, sequência e irreversibilidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está certa, pois: Mendilow, “no capítulo intitulado ‘Os problemas temporais da ficção’, um trecho enfeixa os ditos problemas: ‘A linguagem, então, é um meio formado de unidades consecutivas que constituem uma forma de expressão linear, a qual progride, sujeita às três características do tempo – transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Como pode o romancista trabalhando em tal meio veicular uma impressão de simultaneidade, de movimento para a frente e para trás, de imobilidade? Como pode comunicar imediação, e o senso do fluir da vida, e a duração em todos os seus modos? [...]” (livro-base, p. 170).
	
	D
	Fugacidade, transcendência e perpetuidade.
	
	E
	Perenidade, pausa e efemeridade.
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“[...] o contrato da ficção não exige um corte radical e irreversível com o mundo real, podendo (devendo, até, de acordo com concepções teórico-epistemológicas de índole sociológica) o texto ficcional remeter ao mundo real, numa perspectiva de elucidação que pode chegar a traduzir-se num registro de natureza didática”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 154.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distinção entre narrativa ficcional e narrativa não ficcional, analise as assertivas que seguem e indique a alternativa que aponta corretamente uma das condições determinantes para tal distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O que determina a diferença entre os dois tipos de narrativa é a possibilidade de comprovação sobre a existência concreta de um determinado lugar.
	
	B
	Na prosa de ficção, as personagens são criadas pelo autor, isto é, não é possível encontrar registros documentais sobre elas fora do universo ficcional.
	
	C
	A intencionalidade do autor é determinante para a distinção entre a narrativa ficcional e a narrativa não ficcional.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, tendo em vista que: “A primeira condição apontada como determinante da ficcionalidade é a intencionalidade. Algumas vezes, na prática analítica, dizemos que as intenções do autor pouco ou nada devem contar. Não é o caso quando se trata de qualificar uma obra como ficcional ou negar-lhe esse caráter: ‘entende-se que o fator primeiro da ficcionalidade é a colocação ilocutória do autor e o seu intuito de construir um texto na base de uma atitude de fingimento’ [...]. Mais uma vez, não podemos transportar o que é do cotidiano para a discussão sobre a criação artística. Nesse caso, não podemos transferir um juízo que é de um padrão de comportamento. Sempre nos ensinaram que o fingimento é uma atitude moralmente condenável, mas tal não vale para o ficcionista, que adota ou deve adotar deliberadamente o fingimento” (livro-base, p. 31). As demais alternativas estão incorretas, uma vez que tais assertivas não determinam o caráter ficcional ou não de uma narrativa.
	
	D
	A sequência cronológica dos fatos é determinante para que o leitor saiba se uma obra é ficcional ou não.
	
	E
	A biografia, bem como qualquer narrativa sobre uma ou mais personalidades históricas, não admite ficcionalidade, pois tratam de pessoas do mundo referencial que existiram em determinada época.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o seguinte trecho de texto:
“A principal causa, porém, de alongamento da temporalidade do discurso narrativo em relação à temporalidade diegética consiste na possibilidade que o narrador detém de instaurar uma espécie de narrativa segunda que se vem enxertar na diegese primária – ou, talvez melhor, que nasce dessa diegese primária e que se desenvolve, por vezes, dentro dela como uma espécie de metástase diegética [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 758.
Tendo por referência o trecho de texto citado e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o procedimento no qual o narrador introduz comentários, fazendo com que o tempo da diegese pare e o tempo do discurso narrativo seja alongado, examine as opções e aponte a alternativa que nomeia corretamente tal procedimento:
Nota: 10.0
	
	A
	Flashback.
	
	B
	Fluxo de consciência.
	
	C
	Prolepses.
	
	D
	Sumário.
	
	E
	Digressão.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois: “Outro procedimento qualificado como ‘artifício de importância’ é o ‘longueur propositado’ [...], isto é, o desdobramento excessivo de um espaço temporal, que se estende para além do que seria sua extensão cronológica. Nessa altura aparece a referência à digressão, procedimento buscado nas narrativas antigas, junto com o ‘episódio inserido [...] é a fábula dentro da fábula’, não mais como elemento decorativo, ‘enfatizando a sua relação com a passagem do tempo ficcional’ [...]. As digressões de Machado de Assis não passam despercebidas nem ao leitor pouco atento, por vezes aparecendo em poucas palavras, por vezes ocupando todo um capítulo [...]” (livro-base, p. 177,178).
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o fragmento do poema “Canto do regresso à pátria”, de Oswald de Andrade:
“Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá / Minha terra tem mais rosas / E quase que mais amores / Minha terra tem mais ouro / Minha terra tem mais terra [...] Não permita Deus que eu morra / Sem que eu volte pra São Paulo / Sem que veja a Rua 15 / E o progresso de São Paulo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1989. p. 357.
Tendo em conta o fragmento textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os romances modernos, observa-se a presença de determinado recurso que resulta na ridicularização da tradição. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que indique corretamente qual é esse recurso, presente também no poema citado:
Nota: 10.0
	
	A
	A paralepse.
	
	B
	A paródia.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, pois: “[...] alguns termos aparecerão para

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