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0 1 SUMÁRIO 1 ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA OBESIDADE ........................................ 3 1.1 A obesidade do ponto de vista psicológico: .......................................... 5 2 PSICOLOGIA APLICADA A NUTRIÇÃO E A COMPULSÃO ALIMENTAR 9 3 PROCESSOS DA AVALIAÇÃO FEITA PELO PROFISSIONAL ............... 10 3.1 Avaliação clínica e laboratorial ........................................................... 10 3.2 Avaliação do comportamento alimentar ............................................. 10 3.3 Avaliação do comportamento alimentar ............................................. 11 3.4 Aplicando a psicologia à saúde e estética .......................................... 11 4 TRANSTORNOS EMOCIONAIS SÃO INIMIGOS NA LUTA CONTRA O EXCESSO DE PESO ................................................................................................ 12 4.1 Tratamento da depressão .................................................................. 13 4.2 A dificuldade para emagrecer ............................................................. 14 4.3 O que é a depressão? ........................................................................ 18 4.4 Diferença depressão e tristeza ........................................................... 19 4.5 Buscar ajuda profissional! Tratamento ............................................... 20 4.6 Fatores que colaboram para melhorar a depressão ........................... 21 5 OBESIDADE E AUTOESTIMA ................................................................. 22 6 OBESIDADE E AUTOESTIMA: REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E PRÁTICA ESPORTIVA COMO MUDANÇA DE ATITUDE. ....................................................... 25 7 A AUTOESTIMA EM ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE 27 7.1 A dupla relação entre autoestima e obesidade .................................. 31 7.2 Como melhorar sua autoestima enfrentando a obesidade ................. 31 8 DISTORÇÃO DA IMAGEM CORPORAL .................................................. 32 8.1 Entendendo como ocorre a distorção da imagem corporal ................ 32 8.2 Sinais de alerta de distorção da imagem corporal .............................. 33 2 8.3 Características da distorção da imagem corporal .............................. 35 8.4 Etapas para a recuperação de distorção da imagem corporal ........... 35 8.5 Fome psicológica ou fome de verdade ............................................... 36 8.6 Fome psicológica pode ser um sinal de ansiedade ............................ 37 8.7 Por que a fome psicológica acontece? ............................................... 38 8.8 Como prevenir .................................................................................... 38 9 PSICOLÓGICO, EMOCIONAL X EMAGRECIMENTO….......................... 39 9.1 Quando o emocional interfere no emagrecimento .............................. 42 9.2 Crianças com obesidade são mais propensas ao isolamento social .. 45 9.3 Para combater a obesidade infantil .................................................... 46 10 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 49 3 1 ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA OBESIDADE A Obesidade é uma doença que preocupa atualmente médicos e psicólogos, e vem sendo discutida nos últimos anos com a preocupação tanto física quanto emoci- onal desses pacientes. Fonte: gastro.com.br Várias são as causas que apresentam como consequências a obesidade e em especial a obesidade mórbida. A obesidade vem sendo estudada de forma mais efetiva nos últimos anos na busca de explicações que permitam intervenções mais eficazes no processo de ema- grecimento. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos, mostram que aproximadamente 30% da população está com peso 20% acima do recomendado (Cabreira,1998). No Brasil, pesquisa aponta um crescimento de 3,9% da obesidade na popula- ção adulta - 24 a 64 anos - entre 1974 e 1989, de 5,7% para 9,6% (Monteiro, 1995). Sob o ponto de vista médico, obesidade é o excesso de tecido adiposo no or- ganismo (Amaro,1979; Cabreira,1998; Morais, l900). É considerada uma doença crô- nica e inter-relacionada direta e indiretamente com algumas outras situações patoló- 4 gicas contribuintes da morbimortalidade como doenças cardiovasculares, osteomus- culares e neoplásticas. (Cabreira 1998). Além disso e por causa disso, a obesidade é responsável por um alto custo na saúde pública. A obesidade é uma enfermidade heterogenia de origem multifatorial, resultante da combinação de fatores genéticos, metabólicos, neuroendócrinos, dietéticos, soci- ais, familiares e psicológicos (Bettarello, 1993). Vários métodos podem ser utilizados para estimar o total de gordura no corpo, mas a relação peso/altura é a medida antropométrica mais utilizada e a mais simples de obter. Assim o índice de massa corpórea (IMC) é obtido pela divisão do peso (Kg) pela altura ao quadrado (Cabreira,1998; Morais,1990). Com IMC acima de 30, o indi- víduo é considerado obeso. Fonte: queroperderpesocomsaude.com Rosenbaum (1997) coloca que 90% a 95% dos pacientes voltam a engordar após o tratamento clínico da obesidade. Considerando-se que apenas 5% dos casos de obesidade, tem sua etiologia conhecida (fatores hormonais e constitucionais), somos levados a investigar outros fatores como o psicológico. 5 1.1 A obesidade do ponto de vista psicológico: Podemos estudar o indivíduo isoladamente, ou como um conjunto de indivíduos tomados como unidade, ou ainda de forma mais ampla, nas instituições sociais. (Ble- ger,1984). Os dinamismos psíquicos individuais têm sido relatados com maior frequência e mais amplamente na tentativa de responder o que a gordura representa para o obeso. No enfoque clínico tradicional a ênfase está no dinamismo psíquico individual, dando relevância ao conflito, às defesas e possibilidades de solução dos sintomas, sempre em relação àquele indivíduo isoladamente. O contexto sócio - cultural ao qual está inserido é levado em consideração, mas a análise centra-se no indivíduo. É o que Bleger (1984) chama de âmbito psicossocial. A literatura psicanalítica é, inclusive, bastante coincidente na maioria dos pontos que explicam a obesidade e o obeso neste enfoque clínico individual. O bebê chora de fome, sente-se mal, logo que come, sente-se bem. Quando adulto, frente a qualquer aborrecimento ou tensão nervosa, come para sentir-se bem, como o bebê (Paiva,1957). Fonte: www.muitochique.com 6 A mãe que relaciona comida com ser forte, poderá estar concorrendo para fixar no alimento os futuros problemas emocionais. A satisfação é além de motivo de pra- zer, um símbolo de segurança (Freed, apud Paiva, 1957). Newburgh constatou que seus pacientes obesos, conscientes ou inconsciente- mente encontravam no alimento uma forma de amortecer suas emoções (apud Paiva, 1957). Um adulto que não encontra satisfação na vida, rechaça o intenso desejo de afeto dos demais e se refugia nas pautas primárias de conduta, as satisfações orais. Por outro lado, seria também um desejo de amor com intensas tendências agressivas de devorar ou possuir (Alexander, apud Paiva,1957). Freud em 1895, já chamava a atenção para a bulimia como um equivalente do ataque de angústia. Fonte: twitter.com Vários autores referem o período do emagrecimento do obeso. A fixação no período oral é uma defesa contra regressões mais profundas e graves, ou seja, a adiposidade funciona como defesa ao surgimento de núcleos psicóticos (Martins, 1986; Amaro, 1979; Silva e Ribeiro, 1973; Perestrello, 1961; Paiva, 1957). 7 Para Kahtalian o excesso de peso para o indivíduo constitui-se como uma “mu- leta” que tem que carregar pelo resto da vida, ou seja, nele localiza-se o foco de sua angústia e dificuldades sociais, levando-o a isolar-se do meio social no qualestá in- serido. Uma vez estabelecida a obesidade, o indivíduo passa a viver em função das dificuldades que o excesso de peso lhe traz. É nesse momento que uma série de aspectos ligados a gordura passam a incomodar o obeso. Este deixa de se expor em lugares públicos, praia, restaurantes, shopping, etc. Atualmente populações inteiras estão comendo mais do que deveriam, o que deflagrou num verdadeiro surto de obesidade, deixando de ser uma preocupação da minoria, constituindo-se num problema que merece atenção, levando vários profissio- nais de diversas áreas a pesquisar sobre as causas da obesidade. A obesidade é fenômeno de causas complexas e multifatoriais onde não só os fatores orgânicos, psicológicos, sociais e ambientais estão envolvidos no seu apare- cimento. Esta passou a ser vista como uma doença que em alguns casos pode levar à morte. Fonte: dicassobresaude.com 8 Quando o assunto é obesidade, logo imaginamos um indivíduo que come em demasia. Isso certamente se comprova em alguns casos, mas o que leva essas pes- soas a comerem em excesso, que função exerce a comida na vida dessas pessoas? Desde o início da civilização, a comida ocupa um lugar de extrema importância na vida dos indivíduos. Enquanto que para algumas pessoas o comer é somente uma fonte de preservação, para o obeso é muito mais do que isto, a comida é uma maneira dele obter prazer, o qual muitas vezes ele não consegue obter de outras formas. Comer excessivamente também pode ser uma forma de lidar com seus medos e frustrações, ou seja, diante de uma situação adversa, o indivíduo recorre à comida, para não entrar em contato com as angústias. O que se observa em alguns pacientes, é que vão muito mais além, ou seja, a comida é vista como a substituição de um afeto, ou a gratificação que eles tanto al- mejam. Inseridos numa sociedade onde ser magro é sinônimo de saúde e beleza, em que todos se curvam em torno da ditadura da balança, na tentativa de se enquadrarem nos ideais de beleza, o obeso mórbido é tido pela mesma sociedade como uma pes- soa sem força de vontade, que leva uma vida sedentária. Quando dizemos que é através do corpo que o homem se relaciona com o mundo, o obeso não escaparia à regra. Contudo, percebe-se existir um desencontro entre o mundo real e o imaginário nesses pacientes. Há total depreciação do próprio corpo, uma imagem corporal distorcida, uma vez que este corpo não corresponde ao seu ideal de ego, e da sociedade. E nem sempre estar diante do espelho para o obeso é vivenciado como um momento praze- roso, pois a seu ver, o obeso entra em contato com seu próprio “eu”, através da ima- gem refletida no espelho, onde o real e o imaginário se encontram. Assim, diante da clara dificuldade dos pacientes obesos em lidar com a ansie- dade depressiva e os sentimentos cotidianos de frustração, esses utilizam-se da co- mida como um recurso de busca de potência. Dessa forma o indivíduo obeso, mesmo estando perfeitamente lúcido das con- sequências que a própria obesidade lhe pudesse causar quanto à sua saúde física e emocional, utiliza-se do comer para descarregar a sua agressividade, fortalecendo e reforçando sua obesidade. 9 Considerando-se todos os fatores relacionados anteriormente constatamos a importância do tratamento multidisciplinar da obesidade, onde a psicologia tem papel preponderante. 2 PSICOLOGIA APLICADA A NUTRIÇÃO E A COMPULSÃO ALIMENTAR A psicologia tem um papel-chave na área da Nutrição, uma vez que o compor- tamento alimentar integra as atividades absolutamente necessárias ao ser humano. A compreensão dos estados motivacionais e dos processos fisiológicos e metabólicos que levam à sensação de fome, saciedade e à necessidade da ingestão calórica, ajuda o profissional nutricionista a observar possíveis desordens de apetite no paci- ente. Fonte: www.dicascomoemagrecer.com.br A compulsão alimentar, também conhecida como Transtorno do Comer Com- pulsivo, é um transtorno alimentar caracterizado pela ingestão excessiva e sem con- trole de alimentos em curto espaço de tempo, o que pode levar à obesidade ou não. Nem todos os pacientes compulsivos são obesos, mas podem ter descontrole do peso corporal. A compulsão alimentar nestes pacientes pode ocorrer após períodos de dieta restritiva, o que os diferencia de alguns pacientes que apresentam comportamentos 10 compensatórios (vômitos, abuso de laxantes) para controle do peso após episódios de compulsão alimentar – são aqueles com bulimia nervosa. Ainda há os pacientes que evitam a ingestão alimentar para não ganhar peso (anorexia nervosa). A avaliação psicológica do paciente feita pelo Nutricionista não será aprofun- dada como a de um profissional psicólogo ou psiquiatra, mas pode ser focada em três partes: avaliação clínica e laboratorial, avaliação do comportamento alimentar e inves- tigação da história psiquiátrica prévia. 3 PROCESSOS DA AVALIAÇÃO FEITA PELO PROFISSIONAL 3.1 Avaliação clínica e laboratorial Para avaliar se o paciente apresenta sobrepeso ou obesidade, e em qual grau, o Índice de Massa Corporal (IMC) é o mais utilizado. Dependendo do grau de obesi- dade, esse índice ajuda a perceber complicações clínicas como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, etc., que serão definidas pelos exames laboratoriais e clínicos, ou mesmo se relacionar com a gravidade da compulsão alimentar. Exames laborato- riais também podem identificar deficiências nutricionais, cujas consequências podem levar aos distúrbios psicológicos e alimentares. 3.2 Avaliação do comportamento alimentar A forma como a pessoa se alimenta varia muito entre uma e outra. Caracterís- ticas como “beliscar” o dia todo, ter ataques compulsivos com diversos alimentos ou com um em específico, ou mesmo fazer jejum prolongado após episódios de compul- são, auxiliam a supor um diagnóstico de Transtorno do Comer Compulsivo. Outros parâmetros, como idade do início dos episódios, momentos em que esses “ataques” são exacerbados ou reduzidos também devem ser levados em conta. 11 3.3 Avaliação do comportamento alimentar A principal parte é descartar a presença de transtornos alimentares, seja o Transtorno do Comer Compulsivo ou anorexia e bulimia nervosa, por exemplo. Dife- renciá-los entre si é importante para adequar o cardápio do paciente, até mesmo para encaminhá-los a uma ajuda especializada, fator que é fundamental. Episódios de com- pulsão alimentar podem figurar junto com outras condições médicas, como depressão, ansiedade, diabetes e deficiências nutricionais. Assim, não somente a avaliação clí- nica é importante, mas também associá-la às outras investigações. 3.4 Aplicando a psicologia à saúde e estética A maioria dos pacientes que chega ao consultório do nutricionista, o faz para aprender a se alimentar e, consequentemente, melhorar a estética e a saúde. Enten- der as aflições e anseios daqueles que buscam auxílio profissional é fundamental. Além de ser um fator fisiológico, o ato de comer relaciona-se com o social, o prazer e com a fuga para alívios emocionais – daí podem se desencadear ataques compulsivos de alimentos. Como dissemos anteriormente, essa condição pode ou não levar à obe- sidade, mas definitivamente causa o descontrole do peso corporal e de distúrbios me- tabólicos que em nada se relacionam à saúde. Fonte: www.dp.mt.gov.br 12 4 TRANSTORNOS EMOCIONAIS SÃO INIMIGOS NA LUTA CONTRA O EX- CESSO DE PESO Entre eles está a depressão, que provoca desânimo, tristeza profunda, mau humor, falta de prazer em realizar as tarefas de que mais gosta alterações de sono e apetite. Muita gente acaba descontando tudo isso na comida, o que leva ao aumento de peso, perda da autoestima e ansiedade. É importante não confundir tristeza com depressão. Segundo a Escola Americana, os sintomas devem se estender por duas semanas ou mais, aí sim é horade procurar ajuda médica. O excesso de peso é uma das causas que leva a pessoa a ficar depressiva, além do estresse crônico. "Não existe exame para detectar a depressão. Os sintomas é que caracteriza o quadro da doença "Quando começar a sentir que algo não está bem, é importante procurar ajuda", Dificuldades para resolver os problemas e encarar os sentimentos como an- gústia, solidão, carência, podem desencadear a depressão. "O ser humano não con- segue viver sem prazer, precisa de pelo menos um. "Muita gente busca o prazer na comida, o que momentaneamente resolve, mas pode levar a obesidade". É comum confundir a tristeza com a depressão. "Quando a pessoa permanece no estado de tristeza sem motivo, pode ser um indício de depressão", explica Olga Tessari. "O indivíduo fica desanimado, não acha graça em nada. Não acha saída, solução e pensa até em suicídio", relata. Entre os sintomas mais comuns da depres- são estão: •Baixa autoestima; •Dificuldade de concentração e de tomar decisões; •Sentimento de culpa; •Reação suicida; •Baixa energia ou fadiga; •Diminuição da libido sexual; •Medo; •Insegurança; •Pensamentos Negativos; •Falta de interesse pelas coisas que normalmente eram estimulantes; 13 •Falta de iniciativa; •Desânimo acentuado; •Cansaço; • Pouca alegria de viver; •Irritabilidade; •Sensação de Vazio; •Mudança de apetite, para mais ou menos, com ganho de peso de até 20%; •Alteração do sono; •Tristeza sem motivo aparente; •. Mau humor Fonte: www.bonde.com.br 4.1 Tratamento da depressão É importante procurar tratamento completo para a depressão, que consiste no uso de medicamentos antidepressivos e psicoterapia, que ajudará o paciente a vencer frustrações, medos e ausências, encarar as situações e sentimentos. "O tratamento inclui técnicas de aconselhamento e ensina a pessoa a lidar com a dificuldade, além do uso de medicamentos, que pode se estender por até um ano", conta Segal. 14 "O preconceito em relação ao psicólogo pode atrasar o tratamento. Muitas ve- zes a pessoa procura um médico com a queixa de excesso de peso, pois quer ema- grecer. No consultório acaba tendo noção do que está acontecendo". "Os resultados aparecem entre três e seis meses. Seguindo o tratamento correto e completo dificil- mente ocorre uma recaída", completa. O profissional acolhe o indivíduo sem julgá-lo ou cobrar dele uma atitude que não pode ter naquele momento. Com um obeso, por exemplo, aborda o excesso de peso e o quadro depressivo, para que se conscientize e consiga iniciar uma dieta e recuperar a autoestima. Do contrário não conseguirá vencer. "É essencial mostrar para a pessoa outras formas de prazer, de se sentir bem, ter autoestima para lidar com a nova fase de emagrecimento". Fazer exercícios físicos ajuda a melhorar os sintomas da depressão, principal- mente os treinos aeróbicos, como caminhada, corrida e natação. "A atividade física faz bem para a saúde, eleva a liberação de endorfina, substância que promove o bem- estar. Mudanças na alimentação também são importantes. "O corpo é uma máquina, para funcionar direito precisa de combustível. Com alimentos adequados o organismo reage melhor", afirma Olga Tessari. "A educação alimentar é para a vida toda". 4.2 A dificuldade para emagrecer Quem é que nunca tentou uma dieta para emagrecer, conseguiu e depois de um tempo percebeu que o peso voltou a ser o mesmo ou até superior ao que era antes de emagrecer? Quais são os fatores que levam a pessoa a voltar a engordar? Por que há gordos e magros? Quais são as causas da obesidade? 2% da população de obesos tem problemas glandulares, 8% possuem distúr- bios do pâncreas, 30% tem hábitos alimentares errados e cerca de 60% são obesos devido a conflitos emocionais. 15 Fonte: www.ademirpestana.com.br Os primeiros 10% da população de obesos deve ser tratada por um médico endocrinologista já que, devido aos distúrbios orgânicos, a pessoa sempre voltará a engordar enquanto não corrigir o problema. Vamos falar dos 90% restantes, come- çando pelos 30% que são gordos por hábitos alimentares errados. O hábito é a se- gunda natureza do homem! Infelizmente, ninguém nos ensina a comer! Aprendemos a comer por tentativa e erro: esta comida é gostosa, aquela é hor- rível e assim por diante. Seguimos os hábitos alimentares de nossos pais (nem sem- pre corretos). Além disso, por desconhecermos as necessidades do nosso corpo (em termos de nutrientes), comemos de forma desequilibrada e irregular, gerando uma ansiedade do próprio corpo em querer que você forneça a ele os nutrientes adequados, provo- cando aquela "gula" insaciável: você come sem parar e nunca se sente saciado uma vez que , com certeza, não forneceu o alimento certo para o seu organismo (e o corpo "ordena" que você continue comendo na expectativa de que você vá fornecer o que ele está necessitando!). Exemplo: seu corpo está carente de vitaminas e sais minerais e provoca a "gula": ao invés de você comer frutas ou uma salada, ingere bolachas, salgadinhos ou 16 doces(alimentos ricos em carboidratos) e a "gula" persiste porque você não ingeriu os nutrientes exigidos. Na nossa sociedade, comemora-se tudo com comida! Encontros, casamentos, aniversários, visitas, cinema, passeios, em todas as situações o alimento está pre- sente de forma marcante! Quem nunca ouviu alguém dizer: "hoje eu vou a uma festa, vou fazer jejum o dia todo para comer na festa tudo o que eu tenho direito e até um pouco mais?" Ou ainda:"eu vou ao Shopping só para comer naquele fast-food!" Temos hábitos alimentares da época em que vivíamos do trabalho no campo, onde era necessária a ingestão de grande quantidade de alimentos altamente calóri- cos para que pudéssemos ter energia suficiente para podermos plantar, colher, etc. Hoje em dia, vivemos em cidades onde nosso gasto energético é ínfimo, mas a ali- mentação continua a mesma! Consequência: engordar! Os conflitos emocionais: 60% dos obesos! Um exemplo de como o alimento possui um forte componente emocional co- meça na infância: imagine um bebê no berço que chora porque está incomodado com uma luz forte que o impede de abrir os olhos. A mãe vem correndo com uma mama- deira enorme dizendo que o bebê está chorando porque está com fome (para a mãe qualquer choro do bebê é sinal de fome!). O bebê suga toda a mamadeira, fica pros- trado e com uma sensação física muito agradável pela ingestão exagerada de ali- mento e passa a associar que quando está incomodado com algo é só comer que o problema desaparece! E continua neste comportamento pela vida afora, toda vez que se sentir incomodado com algo. Outro exemplo: quem é que nunca ouviu da mãe que se comesse tudo seria uma criança boazinha ou que o irmão dela é mais querido pela mãe porque sempre come tudo (com fome ou sem fome)? Passamos a associar amor e afeto com comida: "se eu comer tudo, a mamãe vai gostar mais de mim". Mais um exemplo: uma pessoa que morre de medo de viajar de avião: ingere muitas bebidas alcoólicas ou calmantes, fica bêbado ou sedado e, aparentemente, supera o seu medo (é como se seu conflito houvesse desaparecido!). Sempre que há algum conflito emocional (ansiedade, tensão, agitação, solidão, tédio, carências, perdas - de namorado, marido, de emprego, etc., planos que não dão certo, excesso de obrigações, falta de lazer, privações ou outros conflitos), é natural 17 que se busque uma forma de acabar com este conflito - ninguém gosta de ficar so- frendo! Só que a forma que procuramos para acabar com ele nem sempre é satisfa- tória. Fonte: scabora.com.br Alguns exemplos: beber, ingerir calmantes, drogar-se, criar manias, brigar, iso- lar-se, comer! O problema não desaparece, apenas fica em segundo plano, fora da consciência por um certo tempo, retornando com toda força depois, levandoa pessoa a buscar novamente o alívio temporário! Esse círculo vicioso não tem fim porque o conflito não é resolvido, apenas sufocado! Outro fator que leva à ingestão exagerada de alimentos é a falta de prazeres e de coisas boas acontecendo na vida! Observe que o gordo é uma pessoa aparentemente feliz, sem problemas, que está sempre rindo e brincando! Na realidade, ele está abarrotado de serotonina, uma substância secretada no organismo pela ingestão maciça de alimentos e que é responsável pela sensação de prazer, alegria e bem-estar! E o gordo fica cada vez mais gordo justamente porque acaba trocando muitos prazeres da vida pelo prazer de comer: porque chama muito a atenção, não vai à praia, clube ou caminha pela rua; não consegue namorar porque ninguém deseja um gordo(é assim que ele pensa e que a mídia enfatiza); priva-se de sair também porque seu excesso de peso é um fardo para carregar, não tem roupas agradáveis e na moda para usar ou os lugares não acomodam bem os gordos( as cadeiras são pequenas e frágeis demais para eles, por exemplo). E cada prazer que 18 é eliminado de sua vida é substituído por comida: a consequência é comer cada vez mais uma quantidade maior de alimentos e engordar cada vez mais!!! Como se pode verificar, existe uma gama enorme de fatores que provocam a obesidade. Quando se come para abafar um conflito, este não é resolvido e outro conflito aparece: o aumento de peso! E a ansiedade leva à uma ingestão maior de alimentos, provocando um au- mento de peso cada vez maior! Para emagrecer é preciso que se investigue a fundo esses fatores! E, principalmente, aprender a lidar com os conflitos da forma adequada com a ajuda de um (a) psicólogo (a). 4.3 O que é a depressão? Fonte: blog.natuclin.com.br A depressão pode se manifestar em qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer idade. Ela frequentemente interfere no dia a dia, causando dor e sofrimento não so- mente para quem tem o problema, mas também para aqueles que convivem com essa pessoa que sofre. Uma depressão grave em um membro da família pode causar sérios transtor- nos à vida familiar assim como à vida da pessoa doente. 19 Muitas vezes, a pessoa com depressão é tratada de forma preconceituosa pe- los próprios familiares e no local de trabalho é tida como preguiçosa ou irresponsável em função de suas dificuldades. A depressão é uma doença que envolve o físico, o humor, os pensamentos e o comportamento. Ela afeta a maneira como a pessoa se alimenta e como dorme, a maneira como se sente, o modo como pensa a respeito de si mesmo e a respeito da vida e altera radicalmente o seu comportamento no dia a dia. Sofrer de depressão não é um sinal de fraqueza ou uma condição que possa ser afastada por um esforço de vontade: a pessoa com depressão não é capaz de reagir e se sentir melhor sem algum tipo de tratamento: os sintomas da depressão, se não forem tratados, podem durar semanas, meses, anos ou até o fim da vida! A Depressão caracteriza-se por sensações extremas de abatimento, tristeza e vazio. 4.4 Diferença depressão e tristeza A diferença entre depressão e tristeza é que a tristeza é passageira, sendo consequência de um fator adverso da vida, mas a depressão perdura sem motivo aparente. Muito frequentemente, uma combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais estão envolvidos na gênese de uma depressão. Pessoas que tem baixa autoestima, que sempre veem a si mesmas e o mundo com pessimismo ou que são facilmente sobrecarregadas pelo estresse, são propen- sas a apresentar depressão. 20 Fonte: fraterluz.blogspot.com.br Uma perda grave, doenças crônicas, deficiências nutricionais, distúrbios hor- monais, dificuldades de relacionamento, problemas financeiros ou qualquer mudança indesejada nos padrões de vida também podem conduzir a um episódio depressivo. Os sintomas da depressão podem incluir falta de apetite e perda de peso ou, ao contrário, aumento de apetite com ganho de peso; insônia ou sono em excesso; mudanças nas atividades e comportamentos habituais; perda do interesse ou do pra- zer em atividades que eram prazerosas, inclusive sexual; cansaço excessivo, fadiga; perda de concentração, de atenção; irritabilidade ou raiva excessiva; queda acentuada no rendimento do trabalho e estudos; isolamento social; crises constantes de choro; visão pessimista do futuro, ruminação de eventos do passado; sensações injustifica- das de inutilidade, desvalorização, autoacusação, culpas em relação a si mesmo e ideias de suicídio ou morte. Apesar de haver muita coisa a ser feita para tratar a depressão, o passo mais importante é o primeiro: 4.5 Buscar ajuda profissional! Tratamento A escolha do tratamento da depressão irá depender da avaliação realizada por um profissional médico ou psicólogo. 21 Há uma grande variedade de medicamentos antidepressivos e psicoterapias que podem ser utilizados para tratar dos transtornos depressivos. As pesquisas revelam que o melhor tratamento é aquele que inclui medicação para obter um relativamente rápido alívio dos sintomas juntamente com tratamento psicológico (psicoterapia) para aprender maneiras mais efetivas de saber lidar com os problemas da vida, pois nosso cérebro é influenciado pela nossa maneira de pensar. A medicação por si só não é capaz de restaurar e manter o equilíbrio da quí- mica cerebral se não houverem mudanças na forma de pensar! 4.6 Fatores que colaboram para melhorar a depressão Devemos considerar que nosso organismo é uma máquina e que, para o seu bom funcionamento, é preciso respeitá-lo e cooperar para que ele funcione de forma adequada! A boa alimentação é um complemento vital a qualquer tipo de tratamento para depressão ou quaisquer outros distúrbios: afinal, nós somos o que comemos! Os neu- rotransmissores do cérebro responsáveis pelo bom funcionamento do nosso compor- tamento também são controlados pelos alimentos que comemos e os nutrientes con- tidos nos alimentos podem influenciar profundamente a bioquímica e a atividade ce- rebral. Especialistas em nutrição acreditam que uma dieta desequilibrada também pode gerar a depressão e que a nossa dieta ocidental, que enfatiza os fast-foods, os lanches rápidos e outros vícios alimentares, é a principal responsável. A prática de exercícios também é um componente importante no tratamento contra a depressão. O exercício por si só propicia grandes melhoras no estado de espírito e no controle do stress. Estudos demonstram que a depressão diminui com o aumento de atividade física 22 Fonte: www.iped.com.br 5 OBESIDADE E AUTOESTIMA Algumas mulheres conseguem viver de forma tranquila com a obesidade e mui- tas relatam as dores e delícias por ter quilos a mais do que o considerado padrão normal em nossa sociedade. Essa aceitação vai depender da forma que a pessoa foi criada, suas crenças e valores, além de considerarmos que o mais importante é com que a pessoa se vê, enxerga o corpo, e como reage a cultura do corpo magro pregado pela cultura atual. Na novela “Amor a Vida” a personagem Perséfone acaba com o casamento após sentir-se humilhada e desrespeitada pelo marido e colegas por estar acima do peso, deixando claro que cresceu ouvindo que era linda e resolveu que acima de tudo ela precisa se amar e se respeitar. Agora, quando crescemos dentro de uma família onde estar magro é um fator de extrema importância e isso é cobrado, tende-se a crescer com a auto estima baixa, acomodados com o peso ou em uma luta constante por algo que na grande maioria das vezes, não se tem força para mudar. Outras pessoas com a mesma forma de criação conseguem reverter o quadro, pois possui mais ferramentas internas que a possibilitam a persistir nos objetivos pretendidos. Desta forma, podemos afirmar que, 23 tudo vai depender da forma com que se enxerga,e os valores que lhe são passados e cobrados, além é claro do fator biológico de cada um. Fonte: www.saudecuf.pt Os fatores do aumento de peso são inúmeros e irão depender de cada caso, porém a auto estima, pessoas com mais iniciativa, persistentes, organizadas, acabam tendo uma facilidade maior de aderirem a uma reeducação alimentar e física. A auto aceitação vem de todo um contexto, poder valorizar as formas, respeitar o corpo, o biótipo, é um caminho que possibilita vive bem consigo mesmas. Sente-se bonita, sensual dentro de um corpo mais cheinho, reconhecer o feminino, e acima de tudo, saber de seu potencial como mulher. Quando somos bebês e sentimos algum desconforto, choramos, temos dor, a mãe tende a alimentar, e o leite vem da forma certa, morninho, proporcionando um estado de relaxamento, conforto e extremo prazer. Essas experiências em algumas pessoas são relacionadas com a tentativa do adulto, a procurar nos alimentos essa mesma sensação de tranquilidade, como o leite fazia. 24 Além do mais, ao passar o tempo todo tentando controlar a vontade de comer leva a pessoa a ficar mais ligada na comida, desencadeando mais vontade de comer, não fome, pois fome é um processo fisiológico, e aqui estamos falando somente do desejo, e quando se fala em desejo, sempre tem algum alimento específico do qual a pessoa acaba recorrendo, sendo que fome, a gente satisfaz com qualquer alimento. Quando vivemos em guerra com a obesidade focamos na perda de peso de forma que não desligamos dos outros fatores que também contribuem para uma perda de peso efetiva, sendo que se o indivíduo não aprende a aceitar suas limitações e fazer as pazes consigo mesmo. Raiva, tristeza, insatisfação, sexualidade ruim, casamento disfuncional, estar mal no emprego, entre outras possíveis questões (pois cada um tem uma problemá- tica), leva a um desconforto ainda maior, e quem tem um comportamento alimentar inadequado, acaba ganhando peso. Fonte: www.focandoanoticia.com.br Muitas vezes o estar obeso pode servir como forma de proteção, sabotagem, sendo melhor ficar com o peso conhecido, do que mudar, o que dá trabalho e exige comprometimento da parte das pessoas. 25 A terapia vai trabalhar vários aspectos importantes na vida de um paciente, focando nas principais áreas de vida, como financeiro, afetivo, qualidade de vida, es- piritualidade, relacionamentos pessoais, hobbies, profissional. A obesidade é somente um sintoma de alguma desarmonia na vida, algo que não está bem, sendo importante uma reavaliação do contexto geral, na busca de um equilíbrio. A comida deve ser somente para nutrir o corpo e não a alma. Resgatando aspectos importantes de vida, elevando a auto estima, o paciente pode entender as relações emocionais, desenvolvendo estratégias para comer de forma adequada, se responsabilizando por seu processo de perda de peso, seguindo a dieta da nutricionista e exercícios físicos. Se amar é um processo, e somente reavaliando sua história e aprendendo a se valorizar, se alcança o bem-estar e harmonia. 6 OBESIDADE E AUTOESTIMA: REEDUCAÇÃO ALIMENTAR E PRÁTICA ES- PORTIVA COMO MUDANÇA DE ATITUDE. Fonte: www.saltoconsciencial.com.br 26 A obesidade é considerada hoje uma doença crônica, uma epidemia, sendo já considerada pela OMS como a doença do século XXI, que provoca ou acelera o de- senvolvimento de muitas outras doenças e causa a morte precoce. “Sabemos que os transtornos emocionais são inimigos na luta contra o excesso de peso. Muita gente acaba descontando todos os problemas na comida, o que leva ao aumento de peso, ansiedade e perda da autoestima. Como se não bastassem também os inúmeros da- nos ao corpo, a obesidade causa uma brutal redução na autoestima e na qualidade de vida”, afirma a endocrinologista e psicanalista Soraya Hissa de Carvalho. Com a autoestima abalada, existem duas tendências sociais angustiantes para pessoas acima do peso ideal; uma é a grosseira e desumana discriminação estética e a outra é encarar o obeso como uma pessoa que não tem força de vontade e que ele é assim por que é preguiçoso. Algumas vezes, isto gera preconceito em relação à pessoa obesa, dificuldades para relacionamentos sociais e afetivos, problemas para encontrar emprego e até mesmo quadros psiquiátricos consequentes desta margina- lização. Segundo Soraya, autoestima significa acreditar e gostar de si mesmo sem restrições. “Conhecer as próprias qualidades e defeitos, acreditar e confiar em si e achar-se merecedor das coisas boas”, explica a psicanalista. Fonte: www.joya.life/pt-br 27 No caso da obesidade é preciso reconhecer essa situação com honestidade, olhar-se no espelho e assumir-se. De acordo com a psicanalista, quando reconhece- mos a realidade temos as opções de mudá-la ou não. “Nós não somos motivados a mudar aquilo cuja realidade negamos. Se olharmos no espelho e acharmos que esta- mos bem, ignorarmos nosso sobrepeso, não teremos motivação para mudar. Isto é um bloqueio que vai se fortalecendo cada vez mais. Quando aceitamos que estamos realmente fora do peso então podemos promover a mudança mais rápida”, argumenta a psicanalista. Para a endocrinologista, nossa cultura altamente consumista tem por hábito a ingestão excessiva de alimentos supérfluos, como doces, salgadinhos e guloseimas. Inclusive no relacionamento social, agraciamos nossas visitas, amigos, clientes ou grupos culturais com jantares, lanches, happy hour, cafezinho, bolo. “Além da nossa cultura que alimenta essa tendência, o mundo moderno traz obesidade, ou seja, quanto mais as cidades se urbanizam e a tecnologia se expande, mais aumenta a prevalência da obesidade. Nesses casos deve-se tratar completamente o paciente, tanto o quadro clínico como o psíquico. “Com um obeso, por exemplo, devemos cuidar do excesso de peso e o quadro depressivo, para que se conscientize e consiga iniciar uma dieta e recupe- rar a autoestima. Do contrário, não conseguirá vencer. É essencial mostrar para a pessoa outras formas de prazer, de se sentir bem, ter autoestima para lidar com a nova fase de emagrecimento”, exemplifica ela. Praticar exercícios físicos, que ajudam a melhorar os sintomas da depressão, principalmente os treinos aeróbicos, como caminhada, corrida e natação. “A atividade física faz bem para a saúde, eleva a liberação de endorfina, substância que promove o bem-estar”. Mudanças na alimentação também são importantes, segundo ela. “O corpo é uma máquina, para funcionar direito precisa de combustível. Com alimentos adequados o organismo reage melhor. A educação alimentar é para a vida toda”. 7 A AUTOESTIMA EM ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE A autoestima já virou moda, produto. Cada vez se torna mais difícil agradar o desejo da sociedade de chegar ao padrão de corpo ideal que é exposto na mídia. 28 Dessa forma adolescentes e jovens estão sempre em uma busca constante pelo corpo ideal, o corpo “esbelto” e magro e isso pode provocar uma frustação por jovens obe- sos, que se tornam escravos da beleza, e procuram uma formula rápida e eficaz para emagrecer, levando a situações prejudiciais à saúde. Mas o que realmente é autoestima? E como ela é influenciada? A autoestima pode ser definida como a condição que o indivíduo se enxerga, sendo benéfico ou maléfico, podendo ser eventualmente alterado pelo ambiente (TERRA; MARZIELE; ROBAZZI, 2013). Fonte: detoxemagrecendocomsaude.com No começo da puberdade é normal que haja aumento no desejo de obter um corpo que a mídia, ou a sociedade julguem ideal. Porém há evidências de que já no período pré-puberdade as crianças também se preocupem com seus corpos e, dessa forma, buscam perder peso. Um estudo realizado com adolescentes australianos, do sexo feminino mostrou a preocupação com o peso e a relação que os adolescentes estabelecem da magreza com a felicidade ea inteligência. De acordo com estudos dessa natureza, visualiza-se que o tipo físico está sujeito tanto à associação com tra- ços de personalidade, quando é avaliado por outra pessoa e com satisfação e a feli- cidade, quando é avaliado pelo próprio sujeito (HATTIE, 1992 apud PEIXOTO, 2003). Um dos fatores que leva o indivíduo a procurar essa ajuda é o próprio incômodo com 29 sua imagem corporal. Esse incômodo pode chegar a interferir com seu senso de au- toestima, principalmente porque nos dias atuais, a mídia e a moda valorizam o corpo magro e esbelto. Assim, esse incômodo pode parecer maior e vivenciado com senti- mentos de raiva, angustia e culpa por esses indivíduos. Em crianças obesas podem ser identificados por alterações comportamentais, sinais de sofrimento psíquico e baixo autoconceito (CARVALHO; CATANEO; MALFARÁ, 2005). Hoje, o índice de adolescentes obesas aumenta principalmente pela falta de atividade física no dia-a-dia, e pelos avanços tecnológicos, exemplos como: videoga- mes, televisão, computadores, notebooks, entre outros. Isso acaba prendendo a aten- ção deles e muitas vezes estes substituem a atividade física que poderia ser praticada em horários vagos, por atividades sedentárias. Dessa forma, a criança/adolescente torna-se menos ativo e em consequência é levado leva ao ganho de peso excessivo. Fonte: www.casulepsicologia.com.br “A obesidade é considerada atualmente como um problema de saúde pública tanto na população jovem como na adulta” (GIUGLIANO; CARNEIRO, 2004, p. 17). De acordo com Guimarães e colaboradores (2012), o aumento de sobrepeso e obeso em idade escolar foi de 240% no Brasil nesses últimos anos, um número assustador para uma faixa etária tão jovem, levando a vários problemas de saúde, contando com o lado psicológico que também é fortemente afetado. A obesidade pode ser caracte- rizada como uma doença na qual existe um desequilíbrio entre a ingestão de caloria 30 e o gasto da mesma, o que provoca um acumulo excessivo de gordura corporal no tecido adiposo, trazendo prejuízos à saúde (MCARDLE et al., 2002 apud CELES- TRINO; COSTA, 2006). Há outros fatores que levam a obesidade, como o desmame precoce e a alimentação inadequada que não provém da própria criança e sim da educação que ela recebe no âmbito familiar, principalmente nos períodos de acelera- ção do crescimento (GIUGLIANO; CARNEIRO, 2004). Pinheiro e Giugliani (2006) apud Matias et al. (2010) afirmam que a insatisfação com o peso corporal, tem incidência maior entre os jovens e adolescentes. Mostraram que 82% dos jovens brasileiros estavam insatisfeitos com seu peso. Levando em conta a aceitação social, o sentimento de insatisfação pré-dispõe problemas compor- tamentais (BOGT et al., 2006 apud MATIAS et al., 2010). Estudos comprovam a rela- ção da insatisfação corporal com a baixa autoestima (TOJO, 1996; RAICH, 1999 apud SILVA et al., 2009). Este presente estudo foi feito justamente para uma avaliação da autoestima em escolares com sobrepeso/obesidade, para constatação de diferença em relação aque- les com peso normal. Fonte: www.educacaofisica.com.br 31 7.1 A dupla relação entre autoestima e obesidade É mais simples do que pode parecer, mas estes dois problemas são interliga- dos em relações mutuas: Enquanto a obesidade provoca baixa autoestima pela ofensa emocional que vive entre os sentimentos de um indivíduo obeso, a baixa au- toestima estimula hábitos irregulares de alimentação e estilo de vida, que geram maior aumento de peso e contribuem com o agravamento de casos de obesidade. Essa segunda relação é feita pelo seguinte círculo vicioso: A frustração e ansi- edade promovida pela baixa autoestima promove a vontade de comer, que por sua vez estimula o prazer imediato, seguido por culpa e remorso pelas falhas cometidas, capazes de chegar novamente ao sentimento de angústia que promove toda a ação logo de começo. 7.2 Como melhorar sua autoestima enfrentando a obesidade Fonte: www.drmoisesdemelo.com.br Na luta contra a doença, o indivíduo precisa ser ainda mais forte e corajoso para mudar sua percepção sobre si mesmo e investir numa postura positiva, capaz de auxiliar no combate da doença e promover uma mudança real. Para deter a baixa autoestima, comece com a auto aceitação, compreendendo a razão de seus erros e dando novos significados a eles por meio da compreensão. 32 A partir disto, comece a respeitar a si mesmo, evitando ceder às condutas ina- dequadas e investindo em sua autovalorização. Neste momento, o investimento co- meça a andar. Você pode começar a promover melhorias em sua saúde e condição quando aceitar sua situação atual e lutar pela mudança, valorizando sua beleza natural, inte- rior e confiando em si mesmo. A caminhada começa pela sua própria força. 8 DISTORÇÃO DA IMAGEM CORPORAL Numa sociedade que cada vez mais privilegia o culto ao corpo belo em detri- mento ao uso do intelecto para alcançar sucesso na vida profissional e amorosa, o número de pessoas que estão desenvolvendo um transtorno dismórfico corporal é cada vez maior. Os fatores que levam o indivíduo a ter uma distorção da imagem corporal, além de seus possíveis sintomas e tratamento. 8.1 Entendendo como ocorre a distorção da imagem corporal Fonte: clinicaesportivajaneteneves.blogspot.com.br https://www.iped.com.br/educacao-fisica-e-esporte/curso/obesidade-e-atividade-fisica https://www.iped.com.br/educacao-fisica-e-esporte/curso/obesidade-e-atividade-fisica http://www.nutricaoemfoco.com/geral/distorcao-da-imagem-corporal/ http://www.nutricaoemfoco.com/geral/imagem-corporal/ 33 Como as pessoas se sentem sobre sua aparência é parte importante da ima- gem corporal e autoimagem. Muitas delas têm algum tipo de insatisfação com seus corpos físicos, e isso pode ficar mais evidente durante o período da adolescência, quando a aparência passa por várias mudanças. Embora muitas pessoas não estejam satisfeitas com algum aspecto de sua aparência, essas preocupações normalmente não ocupam constantemente os seus pensamentos levando-as a um transtorno mental. Mas para algumas delas, a preocu- pação com a aparência pode ser tão excessiva a ponto de causar uma perturbação emocional. Algumas pessoas se tornam tão obcecadas em uma perfeição corporal que imaginam que todos percebem os seus pequenos defeitos e não conseguem parar de pensar sobre sua aparência. Quando a pessoa fica constantemente preocupada ou aborrecida com as imperfeições de seu corpo, os especialistas dizem que ela está sofrendo de um transtorno dismórfico corporal. 8.2 Sinais de alerta de distorção da imagem corporal Há pessoas que insistem que estão obesas ou com sobrepeso quando os ou- tros repetidamente dizem-lhe que elas não estão. Não importa quanto peso elas per- deram, elas ainda vão sentir o corpo como imperfeito ou muito gordo. Normalmente as pessoas com distorção da imagem corporal descrevem seu corpo de uma maneira muito diferente do que o outro vê. Elas têm dificuldade em aceitar elogios sobre como estão bem com seu próprio corpo. Em geral elas se sentem mais “acima do peso e feias”, nos dias em que estão mais aborrecidas. É comum o indivíduo se sentir significativamente com mais gordura corporal de um dia apara outro, embora inconscientemente ele saiba que seu corpo não poderia ter mudado tão rapidamente durante a noite. Outro sinal comum na distorção da imagem corporal é que a pessoa pode se sentir bem emocional e fisicamente durante parte do dia, mas se algo der errado em sua vida, ela reagirá subitamente se sentindo gorda ou pouco atraente. 34 Fonte: www.suacorrida.com.br Vale ressaltar que a maioria das pessoas distorce o tamanho do corpo, em certa medida. Visto que todas elas só podem olhar-se através de um espelho, porém elas nunca podem ver-se a partir da perspectiva do outro. No entanto, se a pessoa apresentarsintomas de distorção corporal essa preocupação com a visão do outro será constante. Existem algumas pessoas que distorcem o tamanho do corpo, a tal ponto que o considera anormal. Por exemplo, um paciente anoréxico pode ver-se como obeso ao se olhar no espelho para o espanto dos outros que estão ao seu lado. Essa situa- ção, sugere o extremo, mas normalmente quando a pessoa vê o tamanho do seu corpo significativamente diferente de como os outros veem, isto é uma indicação de um transtorno distorção da imagem corporal. 35 8.3 Características da distorção da imagem corporal Fonte: br.pinterest.com As pessoas que apresentam sinais de distorções de imagem anormais do corpo tendem a ser: pessoas com baixa autoestima; perfeccionistas; esportistas com as exi- gências de peso, tais como jóqueis ou lutadores; portadores de transtornos alimenta- res; pessoas que tiveram alguém muito importante em sua vida que continuamente as criticavam sobre as imperfeições de seu corpo. 8.4 Etapas para a recuperação de distorção da imagem corporal Embora seja um processo difícil e demorado é possível fazer a distorção da imagem corporal em progressão se normalizar. Algumas etapas essenciais para atin- gir a recuperação seriam: – Aceitação por parte da pessoa de que ela está distorcendo sua imagem com base na evidência do ponto de vista dos outros, que conseguem ver o corpo dela de maneira mais realista do que ela própria. – Decisão da pessoa em confiar no mundo, nos outros, e mais em si mesma quando se tratar de alguma percepção de seu corpo. 36 – A partir dessa decisão, a pessoa deve começar a trabalhar em aceitar que, apesar dela percebe-se e sentir-se com alguma grande imperfeição corporal, não é verdade, porque os outros a sua volta não percebem seu pequeno defeito. Vale ressaltar que quando a distorção da imagem corporal evolui para um trans- torno dismórfico corporal, a pessoa terá de fazer um acompanhamento psicológico. Fonte: pensandoapsicologia.blogspot.com.br 8.5 Fome psicológica ou fome de verdade Antes de tudo, é importante que o problema seja reconhecido corretamente. Quais são, afinal, as diferenças entre a fome “normal”, ou seja, a fome física, e a fome psicológica? A resposta pode ser óbvia para muitos, mas isso não quer dizer que não seja importante reafirmá-la. 37 Fonte: escrevalolaescreva.blogspot.com.br 8.6 Fome psicológica pode ser um sinal de ansiedade A fome física acontece quando há a necessidade de reabastecer o nosso corpo com energias – processo que se dá através da alimentação. O estômago envia a men- sagem para o cérebro, o que provoca aquela sensação de estômago vazio e nos faz pensar em comer Mas cuidado: não precisa chegar ao ponto de sentir pontadas na barriga de tanta fome. O recomendado é passar o dia comendo de três em três horas, em pe- quenas refeições. Já a fome psicológica não tem relação com essa necessidade de sustentação da vida. Nessa situação, come-se apenas porque a comida está disponível, mesmo que não tenhamos fome. Pode estar travestida naquela clássica “vontade de comer”. Assim, pode até parecer que você está comendo um alimento por seu sabor irresistí- vel, mas geralmente o hábito está ligado a uma causa psicológica. 38 8.7 Por que a fome psicológica acontece? Fonte: www.imgrum.net A fome psicológica pode ter origem na tristeza (branda e passageira ou um quadro clínico de depressão), raiva, frustração e, mais comumente, ansiedade. Em algumas pessoas nessas condições, comer seus alimentos preferidos – que muitas vezes são bastante calóricos – pode proporcionar um certo alívio imediato. É uma compensação que não se sustenta a longo prazo, por isso deve ser evitada. Em muitos casos essas condições psicológicas são passageiras, mas pode acontecer de se prolongar por alguns meses. Seja qual for o caso, a fome psicológica não deve ser ignorada, mas prevenida e trabalhada. Enganar-se pensando “é só hoje” pode ser um equívoco a longo prazo, pois muitas vezes não nos damos conta da frequência com a qual “pulamos a cerca” na alimentação. 8.8 Como prevenir A melhor maneira de não sofrer de fome psicológica é adotar um estilo de vida com menos estresse, que é a condição que nos traz a ansiedade. Ser uma pessoa relaxada tem muito a ver com a maneira com a qual encaramos os problemas cotidi- anos. http://vivomaissaudavel.com.br/saude-e-beleza/dicionario-da-saude/d/003213/depressao/ 39 Mas isso é algo para você ir tratando e pensando aos poucos – é difícil mudar a maneira como encaramos o mundo de uma hora para outra. Para resistir às tenta- ções imediatas da fome psicológica, há alguns truques. Quando aquela vontade de comer um chocolate chegar repentinamente, sem que haja a fome psicológica, pro- cure se distrair para não sucumbir. Levante-se do seu lugar, mesmo que esteja no trabalho, caminhe pelo corredor, vá ao banheiro, converse com o seu colega.... Em suma, distraia-se, pois como essa é uma condição psicológica, você pode simplesmente esquecer a vontade de comer aquele chocolate. O outro truque, que além de acabar com a fome psicológica, vai também trazer uma infinidade de benefícios à saúde, é a prática regular de exercícios físicos. Eles estimulam a liberação de serotonina, neurotransmissor associado à sensação de bem- estar, que combate o estresse e a ansiedade. Fonte: pt.depositphotos.com 9 PSICOLÓGICO, EMOCIONAL X EMAGRECIMENTO… Em alguns casos, são vários os problemas emocionais que podem levar ao aumento de peso ou impedir que a pessoa emagreça. Vejamos quais: http://vivomaissaudavel.com.br/saude-e-beleza/dicionario-da-saude/e/003211/estresse-e-ansiedade/ 40 Compulsão Alimentar: Pessoas que comem, não por fome, mas por ansie- dade, apressadamente ingerindo grandes quantidades de alimento num período curto de tempo, sentindo-se depois arrependidas ou culpadas, como se fosse uma forma de compensação. De repente começaram a comer e não param mais, a não ser quando estão empanturradas, cansadas ou com mal-estar. Se a compulsão estiver presente e não for tratada, inviabilizará todos os esforços da pessoa para emagrecer. Fonte: wikisaude.com Depressão: Hoje em dia afeta pessoas que estão deprimida, angustiada, triste, entre outras, uma alteração no comportamento alimentar para mais ou para me- nos, que pode levá-las a engordar ou a emagrecer. Há em alguns casos queda da motivação para dieta, exercício físico, autodepreciarão, pessimismo, isolamento, con- fusão mental. Quando a depressão estiver presente em algum grau no paciente a emagrecimento deverá ser tratada prioritariamente. 41 Fonte: www.youtube.com Ansiedade: É um dos maiores vilões, inimigo número um das dietas alimenta- res, apresenta-se em diversas formas (pânico, fobia social, ansiedade generalizada, fobias, stress pós-traumático, fobias especificas, entre outras), pessoas tensas, ex- cessivamente preocupadas, com pânico, com medos diversos, podem encontrar no alimento uma fuga para seus males para um estado interno de desconforto. Dificuldades Sexuais: Conjugais ou Afetivas, é sempre importante verificar o que se esconde por trás de uma obesidade ou excesso de peso. A gordura pode servir como escudo para evitar relacionamentos, não assumir a própria sexualidade ou mesmo como forma de rebelião passiva a situações conjugais conflituosas. Stress: Em alguns casos é comprovado que o stress influência sobre o peso corporal, seja pelo aumento, alguma medicação ou pelo aumento da quantidade de comida ingerida, que passa a atuar inadequadamente como mecanismo de anti- stress. Dificuldade de Controle de Impulsos: Pessoas impulsivas que não conse- guem adiar a gratificação a médio prazo, são mais vulneráveis a uma sabotagem em sua dieta. Problemas de Relacionamentos: Algumas pessoas têm dificuldades de rela- cionamento familiar,conjugal, namoro, social (timidez excessiva, agressividade social, baixa qualidade de vida social) podem levar a pessoa a atacar o prato de comida ou não. 42 Comer de forma excessiva motivado pelos sentimentos faz mal à saúde, quando os sentimentos afetam nosso estômago na hora de comer, fazendo com que a ansiedade, a raiva, a tristeza, aumentem nosso apetite, é preciso tomar alguns cui- dados. Isso porque, comer levado pelos sentimentos pode trazer sérios riscos para a saúde. Diante de diversas situações sempre buscamos encontrar uma saída para o sentimento de ansiedade, muitas pessoas acabam cometendo excessos alimentares como busca inconsciente, para amenizar sensações desagradáveis, tais como: can- saço, stress, solidão, tristeza, raiva, gerando um quadro de sobrepeso e até obesi- dade. Além das doenças relacionadas ao sobrepeso, como pressão alta, diabetes, doenças do coração e infarto, os efeitos emocionais também são preocupantes, mas mudar a forma de se alimentar envolve questões físicas e emocionais – difíceis de modificar e o principal responsável pelo fracasso das dietas. 9.1 Quando o emocional interfere no emagrecimento Problemas psicológicos podem ser responsáveis pelo aumento de peso ou pelo boicote a programas de emagrecimento Fonte: www.tudoemfoco.com.br 43 O sobrepeso e a obesidade são resultado de vários fatores: genéticos, biológi- cos, nutricionais e psicológicos. O emocional pode ter papel tão decisivo quanto a genética – leva a pessoa a comer mais, funcionando como autêntico obstáculo à perda de peso e à aderência a um programa de emagrecimento. São vários os problemas psicológicos que podem provocar o aumento de peso ou impedir que a pessoa ema- greça: Fonte: www.amodireito.com.br 1- Compulsão alimentar: faz com que a pessoa coma não por fome ou prazer, mas por ansiedade, apressadamente, ingerindo grandes quantidades em curto perí- odo de tempo. Depois, sente-se culpada ou arrependida. Muitas vezes, os portadores desta compulsão estão em uma dieta personalizada, equilibrada e saborosa, mas, repentinamente, começam a comer sem controle, muito depressa e às escondidas. E só param quando estão empanturrados, cansados ou com mal-estar. Aí vem o arre- pendimento, mais ansiedade e o final de mais uma dieta. Se a compulsão estiver pre- sente e não for tratada, inviabilizará todos os esforços de emagrecimento. 2- Depressão: afeta o indivíduo como um todo. Quem está deprimido apre- senta, entre outros sintomas, alteração no comportamento alimentar, que pode levar ao ganho de peso. Ele fica sem motivação para a dieta, pessimista e se autodeprecia. 44 Quando a depressão está presente em algum grau no candidato a emagrecimento, deve ser tratada prioritariamente. 3- Ansiedade: é vilã número uma das dietas alimentares. Apresenta-se em di- versas formas: pânico, fobia social, ansiedade generalizada, agorafobia, estresse pós- traumático, fobias específicas, entre outras. Pessoas tensas, excessivamente preocu- padas, com pânico ou medos diversos podem buscar no alimento um remédio para seus males, para um estado interno de desconforto indefinido. Hoje, as formas clínicas de ansiedade são conhecidas, pesquisadas, e seu tratamento tem bom prognóstico. É mais fácil tratar a ansiedade do que os males dela decorrentes. 4- Estresse: é comprovado que o estresse tem influência sobre o peso corpo- ral, seja pelo aumento do cortisol circulante no sangue ou da quantidade de alimento ingerida, que passa a atuar como mecanismo ante estresse. Fonte: blog.neafconcursos.com.br 5- Dificuldades sexuais, conjugais, afetivas ou de relacionamento: é sem- pre importante verificar o que se esconde por trás da obesidade ou do excesso de peso. A gordura pode servir de escudo para evitar relacionamentos, não assumir a própria sexualidade ou mesmo como forma de rebelião passiva a situações conjugais conflitivas. Problemas de relacionamento familiar e social, como timidez excessiva, agressividade social e baixa assertividade, também podem levar a pessoa ao prato. 45 7- Impulsividade: pessoas que não conseguem adiar a gratificação imediata de um impulso – comer é gratificante em curtíssimo prazo, emagrecimento em médio prazo – são mais vulneráveis a sabotarem a dieta. Quando problemas psicológicos estão presentes, sejam eles causam ou efeito, dificultam ou inviabilizam a perda de peso. Por isso, devem ser tratados conjunta- mente. Na maioria dos casos, são problemas que podem ser superados, desde que seja feita uma abordagem psicológica adequada. Caso contrário, põem em xeque os mais competentes programas de emagrecimento e os mais sinceros propósitos de pessoas que sabem o que fazer, mas não conseguem realizar o que deveriam. 9.2 Crianças com obesidade são mais propensas ao isolamento social Fonte: www.dicasdesaude.info A obesidade aumenta as chances de uma criança ser socialmente isolada na escola, segundo uma pesquisa da University of Adelaide's Women's and Children's Hospital, na Austrália. http://www.minhavida.com.br/saude/temas/obesidade http://www.minhavida.com.br/temas/escola 46 O estudo analisou mais de 3.300 estudantes australianos por quatro anos - desde a pré-escola. As famílias foram recrutadas em 2004 e analisadas novamente em 2008. Durante esse tempo, foram tiradas medidas de altura e peso das crianças. Cuidadores primários (que podem ser pais, avós ou quem tiver mais contato com a criança) foram entrevistados sobre detalhes da vida da criança. Pais e profes- sores ainda foram convidados a preencher um questionário adicional, que fez um ba- lanço dos problemas de saúde mental e da qualidade de vida dos pequenos. Aos quatro e cinco anos de idade, 13% dos meninos e 16% das e meninas estavam com sobrepeso e aproximadamente 5% de ambos os sexos eram obesos. Os pesquisadores descobriram que essas crianças com obesidade, quando comparadas aos seus colegas de classe de mesma idade e peso normal, eram 20% mais propícias a ter dificuldades de relacionamento aos oito e nove anos. As dificuldades relatadas pelos pais e professores incluem provocações, rejei- ções, problemas em fazer amigos e não ser incluído em atividades sociais, como fes- tas de aniversário. Vale ressaltar que essas dificuldades só foram encontradas quando as crianças já estavam na faixa dos oito e nove anos, sendo que o fenômeno não foi observado naqueles em idade pré-escolar. 9.3 Para combater a obesidade infantil Fonte: www.mamaetagarela.com 47 Pequenos hábitos podem ajudar seu filho a se alimentar de maneira mais saudá- vel. Prato do tamanho certo: durante o crescimento do bebê, é normal observar mu- danças na quantidade de alimentos ingerida. No primeiro ano de vida, a criança apresenta um rápido desenvolvimento. Após completar um ano, a velocidade de crescimento diminui e, consequentemente, a quantidade de alimentos ingerida tende a ser menor. Por isso, não vale ficar preocupada se o seu filho começa a ingerir menos alimentos do que você espera. Horários regrados: se o almoço na sua casa é ao meio-dia, nem pense em dar uma mamadeira para a criança perto desse horário. Claro que o apetite vai sumir. As refeições realizadas junto à família incentivam a criança a comer e despertam o apetite dela para alimentos diferentes. Por isso, é importante incluir sempre sa- bores novos no cardápio e experimentá-los na companhia do seu filho. Dê exemplo: os hábitos alimentares da família servem de exemplo para a criança. Se as pessoas ao redor consomem refrigerante, frituras, salgadinhos e, oferecem à criança frutas, sucos e legumes, certamente, ela terá mais resistência para acei- tar esses alimentos que não são hábitos da família. Fonte: www.tempodemulher.com.br Espante a preguiça: parece loucura, mas algumas crianças têm preguiça de comer. Entretidas com outrasatividades, elas não sentem a menor vontade de http://www.minhavida.com.br/temas/refrigerante 48 interromper a brincadeira para exercitar a mastigação ainda mais quando o prato está muito cheio e o tempo perdido pode ser grande. Para ajudar nesse problema é ideal usar o aumento gradual na quantidade de comida e gratifica- ções logo após as refeições. Brincadeiras também são bem-vindas. Cozinhem juntos: prepare o menu com a ajuda da criança. Peça sugestões para ela, mas não deixe de direcionar o cardápio. Use a oportunidade para mostrar a importância balancear as refeições, consumir alimentos saudáveis e restringir aqueles mais calóricos e com menor qualidade nutricional. 49 10 BIBLIOGRAFIA ADAMI, F; T. C. FERNANDEZ; D. E. S. FRAINER; F. R. OLIVEIRA. Aspectos da cons- trução e desenvolvimento da imagem corporal e implicações na Educação Fí- sica. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, n.10 v.83, 2005. http://www.efdeportes.com/efd83/imagem.htm CARVALHO, A. M. P; CATANEO, C; MALFARÁ, C.T. Autoconceito e imagem corporal em crianças obesas. Universidade de São Paulo, Revista Pandeia, v. 15, p. 131-139, 2005. CELESTRINO, J.O, COSTA, A.S. 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