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Marx

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O CAPITAL
O capital é uma relação social de dominação, baseada na distinção social entre capitalistas e trabalhadores. Ele só existe em economias capitalistas e é produto da circulação, tendo origem no dinheiro mercantil.
O CARÁTER FETICHISTA DAS MERCADORIAS
Na produção de mercadorias, a relação básica entre os homens "assume, a seus olhos, a forma fantástica de uma relação entre coisas". A mercadoria esconde relações sociais muito importantes, que não são percebidas nas trocas ou nos bens, e as relações sociais se transformam em coisas. Essa transferência das relações sociais para as coisas é o centro e a essência da doutrina do fetichismo de Marx. O trabalho do indivíduo só se afirma como parte do trabalho da sociedade através das relações que ato de troca estabelece diretamente entre os produtos e indiretamente, por meio deles, entre os produtores.
TEORIA DA HISTÓRIA
Na produção social que os homens realizam as relações de produção correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade - fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social.
Enquanto as forças materiais de produção são dinâmicas e estão sempre mudando, as relações materiais de produção são estáticas e reforçadas pela superestrutura. O conflito entre elas revoluciona o sistema, criando novas relações de produção que permitam um maior desenvolvimento das forças de produção. Ocorre então um período de revolução social. Com a transformação da base econômica, toda a superestrutura é transformada.
TEORIA DO VALOR
Valor de uso
É um pré-requisito para o consumo que toda a mercadoria tenha a propriedade de suprir necessidades humanas. O valor de uso, porém, é a expressão de uma relação entre o consumidor e o objeto consumido, não uma relação social, e por isso não interessa à economia
Valor de troca
O valor de troca é a expressão da relação quantitativa entre as mercadorias, o meio através do qual todas as mercadorias podem ser diretamente comparadas. Essa relação quantitativa expressa o fato de que as mercadorias trocadas são frutos do trabalho humano numa sociedade baseada na divisão do trabalho e em que os produtores trabalham de forma privada e independente. 
O valor de troca ou valor de uma mercadoria é o tempo de trabalho socialmente necessário para a sua produção, considerando as condições normais de produção, a competência média e a intensidade do trabalho no tempo. O tempo de trabalho socialmente necessário inclui o trabalho contido no capital e nas matérias-primas. Assim, o valor de um produto é medido em unidades simples de trabalho médio. O trabalho especializado é um múltiplo do não-especializado.
TRABALHO ÚTIL E TRABALHO ABSTRATO
O valor representa o trabalho humano abstratamente, o dispêndio de uma força de trabalho uniforme. Trata-se de um trabalho comum a toda atividade produtiva. São abstraídas todas as diferenças específicas entre os vários tipos e processos do trabalho, reduzindo-os a um denominador comum, o trabalho abstrato, simples e homogêneo, que permite comparar gêneros diferentes entre si. 
O trabalho específico, que gera valor de uso, é chamado trabalho útil, aquele que caracteriza o uso particular de cada mercadoria diferente. O trabalho que cria valor de troca, no entanto, é o trabalho abstrato.
CAPITALISMO E MAIS-VALIA
Capitalismo
A produção de mercadorias não implica necessariamente o capitalismo. De fato, o alto grau de desenvolvimento da produção de mercadorias é uma precondição necessária ao aparecimento do capitalismo. 
Na produção de mercadorias simples, o produtor vende seu produto a fim de adquirir outros, que satisfaçam suas necessidades específicas (M-D-M’). No capitalismo, por outro lado, o capitalista, atuando nessa qualidade, vai ao mercado com o Dinheiro, compra Mercadorias (força de trabalho e meios de produção) e então, após a conclusão do processo de produção, volta ao mercado com um produto que novamente transforma em Dinheiro (D-M-D’, D’>D). A transformação qualitativa do valor de uso é aqui substituída pela expansão quantitativa do valor de troca como objetivo da produção. O capitalista só tem motivo para trocar dinheiro pela força de trabalho e meio de produção se com isso puder conseguir uma quantidade maior de dinheiro. O aumento do dinheiro, a diferença entre D' e D, é o que Marx chama de mais-valia e constitui a renda do capitalista.
Mais-valia
O que determina o valor da força de trabalho é o tempo de trabalho socialmente necessário para produzir as necessidades culturais do trabalhador. O exército industrial de reserva mantém o salário em seu nível de subsistência. O valor produzido pelos trabalhadores em sua jornada de trabalho é superior ao necessário para sua subsistência, gerando um excedente de que os capitalistas se apropriam. 
Consequentemente, a jornada de trabalho pode ser dividida em duas partes, trabalho necessário (salário) e trabalho excedente (mais-valia). O capitalista busca sempre ampliar a mais-valia.
LUCRO
Componentes do valor
Valor total = c + v + m
c = capital constante (máquinas e equipamentos)
v = capital variável (trabalho)
m = mais-valia
Taxa de mais-valia 
m’ = m/v
A taxa da mais-valia é a forma capitalista do que Marx chamava de taxa de exploração, ou seja, a razão entre o trabalho excedente e o trabalho necessário. A grandeza da taxa da mais-valia é determinada diretamente por três fatores: a extensão do dia de trabalho, a quantidade de mercadorias que participam do salário real e a produtividade do trabalho. O primeiro estabelece o tempo total a ser dividido entre o trabalho necessário e o excedente, o segundo e terceiro em conjunto determinam qual a parte desse tempo que deve ser considerada como trabalho necessário. 
A taxa da mais-valia pode ser elevada por uma extensão do dia de trabalho (mais-valia absoluta), ou pela redução do salario real, ou por um aumento na produtividade do trabalho (mais-valia relativa) ou, finalmente, por uma combinação dos três movimentos. 
A taxa de mais-valia é igual em todas as indústrias e firmas, desde que haja uma força de trabalho homogênea, transferível e móvel e que cada indústria e todas as firmas dentro de cada indústria usem exatamente a quantidade de trabalho socialmente necessário nas circunstâncias existentes. Essas são tendências do capitalismo. 
Composição orgânica do capital: medida da proporção com que o capital é equipado com máquinas e instrumentos no processo produtivo.
q = c/c+v
Taxa de lucro: é a razão entre a mais-valia e o dispêndio total de capital
p = m/c+v = m’ (1-q)
Essa fórmula supõe que não é paga uma renda pela terra. Marx supõe igualdade de lucro entre indústrias e firmas, dada a mobilidade do capital. Há também uma tendência declinante da taxa de lucros, pois c tende a crescer ilimitadamente, enquanto há um limite para o crescimento de m’. m’ tende a aumentar, levando à superexploração do trabalhador, porém se ela aumenta muito, há uma tendência à superprodução. 
PROBLEMA
Se as taxas de mais-valia e de lucro são em toda parte iguais, segue-se que, se a troca de mercadoria é feita de acordo com a lei do valor, as composições orgânicas do capital também devem ser em toda parte as mesmas. A igualdade nas taxas de mais-valia e de lucro foi estabelecida de acordo com tendências reais do funcionamento da produção capitalista, que são provocadas pela força da competição. Entre indústrias que produzam mercadorias inteiramente diferentes, através de métodos muito diversos, não existe tendência à igualdade da composição orgânica. É portanto inevitável a conclusão de que no mundo real da produção capitalista a lei do valor não domina diretamente.
ACÚMULO DE CAPITAL E CRISE
A competição leva à ao aumento do EIR e à concentração de capital. O lucro tende a cair. O investimento rápido em capital e mão-de-obra aumenta temporariamente a demanda e eleva os salários que os capitalistas devem pagar. Mas esses saláriosmais altos reduzem as taxas de mais-valia e de lucro, encerrando a expansão e enviando a economia para a direção oposta. A depressão destrói o valor monetário do capital fixo, permitindo que os capitalistas maiores adquiram todas as empresas menores a preço de barganha. Além disso, algumas fábricas fecham, os preços das mercadorias caem, os créditos ficam limitados e os salários são reduzidos. As taxas de mais-valia e lucro ficam, então, restauradas, e o investimento começa novamente. 
LEI DE MOVIMENTO DO CAPITALISMO
Os trabalhadores são a fonte de valor, porém parte dele é apropriada pelo capitalista na forma de mais-valia. A mais-valia é a origem do acúmulo de capital, que produz queda da taxa de lucro, agravamento das crises comerciais e desemprego tecnológico. Isso aumenta o exército industrial de reserva e contribui para o empobrecimento do proletariado. A queda da taxa de lucro e as crises comerciais também causam centralização do capital e concentração de riqueza. O resultado do processo é a luta de classes. A crise final do capitalismo levará a uma revolução que acabará com as classes, acabando assim com o capitalismo.

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