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Anomalias pancreáticas • Pâncreas heterótropo O tecido pancreático pode ser encontrado de modo funcionante em vários órgãos, como parede gástrica distal, duodeno e jejuno proximal, divertículo de Meckel, cicatriz umbilical, cólon, vesícula, omento e mesentério, mais comumente nos 3 primeiros, e apresenta tecido de ilhotas apenas no estômago e no duodeno. Normalmente, apresenta se como nódulo submucoso irregular, composto de tecido amarelado com umbilicação central, de onde drena a secreção exócrina. Fonte:Google imagens¹ A importância clínica está nas possíveis e raras complicações (a maioria é assintomática e achado de exame): obstrução intestinal (não pelo tamanho, mas pela intussuscepção), ulcerações e hemorragias. O tratamento consiste, nesses casos, em excisão local para exclusão de malignidade. • Pâncreas divisium Malformação congênita mais comum do pâncreas, é determinada pela não fusão dos sistemas ductais dorsal e ventral durante a embriogênese, resultando em pâncreas dorsal, que drena pelo ducto de Santorini para a papila menor, enquanto o pâncreas ventral, composto de cabeça e processo uncinado, drena para a papila maior. Essa condição ocorre, em média, em 10% da população em geral, tendo importância clínica como motivo de discussão. Alguns autores acreditam que a condição relativa de obstrução ao fluxo, já que a maior parte da glândula drena para a papila menor, predisponha ao desenvolvimento de pancreatite, porém não há comprovação real, e o tratamento ainda é controverso. Além disso, o tratamento pode ser feito com colocação endoscópica de prótese na papila menor ou esfincteroplastia transduodenal da papila menor. • Pâncreas anular: É determinado por uma banda de tecido pancreático normal que envolve parcial ou completamente o duodeno em sua 2ª porção, estendendo-se para o interior da cabeça do pâncreas, com um ducto que se une ao ducto principal. Sua origem é atribuída à falha de rotação no sentido horário do pâncreas ventral ou à expansão de tecido pancreático ectópico na parede duodenal. Clinicamente, apresenta-se como obstrução duodenal, parcial ou completa, podendo se manifestar ainda na infância ou passar longo período assintomático, tornando-se sintomático no adulto ao redor dos 40 ou 50 anos, principalmente se houver um surto de pancreatite do segmento anular. O diagnóstico é feito por exames de imagem, com o achado sugestivo na radiografia simples de abdome de sinal “da dupla bolha” (o padrão é a tomografia computadorizada). O tratamento consiste em derivação cirúrgica, como a duodenoduodenostomia, duodenojejunostomia ou gastrojejunostomia. • Referências: 1. Google imagens , prepara enem. Disponível em: < https://static.preparaenem.com/conteudo_legenda/6ba17f9349ae99 d09d9ae97cbe0ec9ca.jpg > 2. GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, D.A. (Ed.). Cecil Medicina. 23 ed. Rio de Janeiro, https://static.preparaenem.com/conteudo_legenda/6ba17f9349ae99d09d9ae97cbe0ec9ca.jpg https://static.preparaenem.com/conteudo_legenda/6ba17f9349ae99d09d9ae97cbe0ec9ca.jpg RJ: Elsevier Saunders, c2009. 2v. 3. LONG, Dan L. et al. Medicina Interna de Harrison. 18 ed. Porto Alegre, RS: AMGH Ed., 2013. 2v.
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