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Aplicações de biomateriais em protése humana

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Poli (metacrilato de metila) (PMMA) para aplicação em próteses odontológicas
A fabricação de próteses dentárias é um dos problemas enfrentados na área odontológica, devido ao tempo gasto e a especificidade do material a ser utilizado.
O material a ser utilizado como base para a produção de próteses deve apresentar as seguintes características (ANDRZEJEWSKA, 2001):
· Resistência mecânica e durabilidade;
· Propriedades térmicas satisfatórias;
· Precisão de processamento e estabilidade dimensional;
· Estabilidade química;
· Insolubilidade e baixa sorção em fluidos orais;
· Ausência de gosto e odor;
· Biocompatibilidade;
· Aparência natural;
O uso de próteses dentárias remonta desde a época do Egito antigo, com registros de esqueletos datados de 3100-2181 a.C. encontrados com anéis de ouro fixados aos dentes adjacentes à zona edêntula. Além disso, os egípcios também realizavam próteses para substituir dentes que faltavam, conectando-se o dispositivo prostético aos dentes naturais com fios de ouro (FORSHAW, 2009).
Os polímeros acrílicos se destacam para confecção de próteses odontológicas por possuírem propriedades adequadas, como a biocompatibilidade aceitável, fácil manuseio, fácil reparação e baixo custo. Além disso, as próteses a base de resinas acrílicas são insípidas, inodoras, não tóxicas, não irritante aos tecidos bucais, insolúveis na saliva ou qualquer outro fluido corpóreo, apresentam comportamento estável no interior da cavidade bucal, boa capacidade de polimento e ainda são passíveis de desinfecção sem afetar suas propriedades físico-mecânicas, bem como suas características de estética (FORTES, 2007).
Atualmente, o polímero acrílico Poli(metacrilato de metila), mais conhecido como PMMA, é o material mais utilizado como base para a confecção de resinas acrílicas (LUCENTE, 2015). 
O Poli (metacrilato de metila), também chamado de Polimetilmetacrilato, PMMA (fórmula molecular (C5O2H8)n) , popularmente denominado como acrílico, é um polímero conhecido, principalmente, por suas propriedades óticas e mecânicas, além da sua resistência à ácidos minerais e orgânicos, soluções alcalinas diluídas e concentradas, soluções inorgânicas, hidrocarbonetos alifáticos, gorduras, óleos e grande parte de gases. 
A resina é fornecida ao profissional técnico em prótese como um sistema pó e líquido. O líquido (solvente) tem como componente químico principal o monômero metil metacrilato (MMA) e uma pequena quantidade de hidroquinona, inibidor de polimerização que garante a estabilidade durante o armazenamento. O pó contém microesferas pré-polimerizadas de polimetilmetacrilato, previamente misturado com peróxido de benzoíla, iniciador da reação (CAMACHO, et. al, 2014). Na Figura 1 pode ser vista uma prótese a base de PMMA.
Figura 1 – Prótese dentária à base de PMMA
Em relação à sua polimerização, o PMMA é linear e polimerizado por adição em que requer um iniciador com centro reativo, podendo ser um radical livre, um cátion ou um ânion. Nesse tipo de polimerização, nenhuma molécula pequena é eliminada como produto e a polimerização é caracterizada principalmente pela abertura ou quebra de ligações duplas entre átomos de carbono. 
A formação do poli (metacrilato de metila) ocorre a partir do monômero metacrilato, na presença de peróxido orgânico, conduzido a, aproximadamente, 40 °C. A estrutura molecular do PMMA e de seu respectivo monômero seguem na Figura 2.
Figura 2 - Estrutura molecular do metacrilato de metila (MMA) (1) e PMMA (2) 
Apesar de suas qualidades, as resinas a base de polimetilmetacrilato (PMM) ainda se mostram um material com resistência questionável, devido principalmente ao grande número de fraturas dos artefatos confeccionados com esse material, sendo que essas fraturas podem ser evitadas, conhecendo bem o material, suas indicações e limitações, respeitando todas suas necessidades de manipulação e pela utilização de princípios protéticos adequados, durante a confecção das próteses. Assim, a função mastigatória induz a resina da base protética ao estresse e em poucos anos propicia sua deterioração, ocasionando a fratura.
Referências Bibliográficas:
ANDRZEJEWSKA E., Photopolymerization kinetics of multifuncional monomers, Progressing in Polymer Science v.26, 605-665, 2001
CAMACHO, Daiane Pereira; SVIDZINSK, Terezinha Inez Estivalet; FURLANETO, Márci Cristina; LOPES, Murilo Baena; CORRÊA, Giovani De Oliveira. RESINAS ACRÍLICAS DE USO ODONTOLÓGICO À BASE DE POLIMETILMETACRILATO. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR, [S. l.], ano 2014, v. 6, n. 3, p. 63-72, 8 abr. 2014.
FORSHAW, R. J. The practice of dentistry in ancient Egypt. British Dental Journal, [S.L.], v. 206, n. 9, p. 481-486, maio 2009. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1038/sj.bdj.2009.355.
FORTES, C.B.B.; Caracterização e Propriedades de Resinas Acrílicas de Uso Odontológico – Um Enfoque Voltado para Biossegurança. Porto Alegre. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2007. Tese (Doutorado).
LUCENTE, Ana Glaucia Bogalhos. Síntese e Caracterização de Poli(metil metacrilato - co - metacrilato de butila) para aplicação odontológica. Orientador: Leila Peres. 2015. 124 p. Tese (Doutorado em Engenharia Química) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015.

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