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Mandado de Segurança e Ação Popular

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AULA 7: MANDADO DE SEGURANÇA E AÇÃO POPULAR 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 3 
CONCEITO CONSTITUCIONAL DO MANDADO DE SEGURANÇA 5 
OBJETO, LEGITIMIDADE E MODALIDADES DO MANDADO DE SEGURANÇA 6 
CONCEITO DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO 11 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MANDADO DE SEGURANÇA 11 
AÇÃO POPULAR 20 
ATIVIDADE PROPOSTA 22 
REFERÊNCIAS 22 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23 
CHAVES DE RESPOSTA 27 
ATIVIDADE PROPOSTA 27 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 28 
 
 
 
 
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Introdução 
No âmbito dos writs constitucionais, a figura jurídica do mandado de 
segurança tem o papel de proteger direito líquido e certo contra atos 
realizados com abuso de poder ou ilegalidade. Uma vez violado um direito 
fundamental, abre-se espaço para a impetração de tal remédio constitucional. 
 
Já em defesa do patrimônio público, moralidade administrativa e meio 
ambiente, o direito brasileiro reservou ao cidadão a prerrogativa de acionar os 
poderes competentes por intermédio da ação popular, um instrumento 
importante de democracia participativa/direta. 
 
Nesta aula, iremos examinar estes dois grandes remédios constitucionais, 
quais sejam o mandado de segurança e a ação popular. 
 
Sendo assim, é objetivo desta aula: 
1. Analisar a dinâmica jurídico-processual dos writs constitucionais do 
mandado de segurança e da ação popular. 
 
 
 
Conteúdo 
O writ constitucional do mandado de segurança tem como fonte mais próxima 
a já analisada doutrina brasileira do habeas corpus. Já em perspectiva 
comparada, podemos citar as seguintes fontes: do direito anglo-saxão: o writ 
 
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ou mandamus; do direito mexicano: o juicio de amparo e do direito luso: o 
instituto da segurança. 
 
Com rigor, o mandado de segurança é criação do direito brasileiro que surgiu 
a partir do abandono da teoria perfilhada por Rui Barbosa, na qual a figura do 
habeas corpus atuava como se fosse um verdadeiro mandado de segurança. 
 
Nesse sentido, como já estudado na aula passada, a textura aberta da Carta 
Magna de 1891 deu azo para a consolidação da interpretação ampliativa do 
habeas corpus que habitou o direito pátrio desde esta época até a Reforma 
Constitucional de 1926, cujo objetivo era exatamente o de limitar o espaço 
jurídico deste remédio constitucional, restringindo-o à defesa da liberdade de 
locomoção. 
 
Assim sendo, é bem de ver que a criação do mandado de segurança no Brasil 
vem como reação ao afastamento do habeas corpus como remédio jurídico de 
proteção de toda e qualquer ameaça ou lesão efetiva dos direitos individuais, 
que deixou de existir desde 1926 até a promulgação da Constituição de 1934, 
evento que inaugura oficialmente o uso do mandado de segurança como writ 
constitucional no nosso país. 
 
Em termos simples, entre 1926 (ano da reforma constitucional da figura do 
habeas corpus) até 1934 (ano da positivação constitucional do mandado de 
segurança), existiu uma lacuna no direito brasileiro, na qual o cidadão comum 
ficou desprovido de uma ação constitucional que o protegesse contra violação 
de direito líquido e certo, por abuso de poder ou ilegalidade. É a Constituição 
de 1934 a grande defensora da segunda dimensão dos direitos fundamentais, 
que se preocupa também com a criação de um instituto jurídico-processual de 
cunho liberal de primeira dimensão. Rezava seu artigo 113, inciso 33: 
 
Dar-se-á mandado de segurança para a defesa de direito, certo e 
incontestável, ameaçado ou violado por ato manifestamente 
 
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inconstitucional ou ilegal de qualquer autoridade. O processo será o 
mesmo do habeas corpus, devendo ser sempre ouvida a pessoa do 
direito público interessada. O mandado não prejudica ações 
petitoriais competentes. 
 
O writ constitucional do mandado de segurança, a partir de 1934, teve 
previsão constitucional em todos os documentos brasileiros, com exceção da 
Constituição polaca de 1937, outorgada pelo Estado Novo de Getúlio Vargas. 
 
Em suma, é a teoria brasileira do habeas corpus e sua avançada visão 
hermenêutica que serve de inspiração para o nascimento do mandado de 
segurança, remédio heroico que veio colmatar vácuo jurídico que habitou o 
direito brasileiro durante o longo período que vai de 1926 até 1934. 
 
Conceito Constitucional do Mandado de Segurança 
O mandado de segurança é uma inovação do constitucionalismo pátrio e está 
previsto na nossa Constituição no seu artigo 5º, inciso LXIX, cujo texto reza: 
 
Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido 
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando 
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público. 
 
Assim sendo, a figura jurídica do mandado de segurança é um remédio 
constitucional, cujo objetivo é proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data. 
 
Trata-se de uma ação constitucional processual de rito especial focada na 
defesa de direito subjetivo individual ou coletivo, privado ou público, contra 
ilegalidade ou abuso de poder de autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
 
 
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O mandado de segurança era regido por diversas leis (1533/51 e 4348/64), 
que foram revogadas pela lei n. 12.016/2009, que atualmente regula tal ação 
constitucional, cujo artigo 1º salienta sua finalidade de combater a ilegalidade 
e o abuso de poder (especialização para atos não amparados pelo HC e HD), 
transformando-se em derradeira proteção da pessoa física ou jurídica contra 
atos de autoridade (autoridade coatora será sempre uma pessoa natural), 
seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Sua 
interpretação exige o “diálogo de fontes” com as normas do Código de 
Processo Civil. 
 
 Em suma, o mandado de segurança é o remédio constitucional concedido 
por autoridade judiciária para proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público. 
 
Objeto, Legitimidade e Modalidades do Mandado de Segurança 
O objeto do mandado de segurança pode ser ato ou omissão de autoridade 
pública ou de agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder 
público que viole de maneira ilegal ou com abuso de poder direito líquido e 
certo. 
 
No dizer de Dimitri Dimoulis e Soraya Lunardi, há quatro hipóteses de 
limitação do objeto em relação a: 
 
 
1. Ato do Poder Judiciário 
 
Qualquer decisão do Judiciário poderia ser questionada em mandado de 
segurança, sob a alegação de ferir direito de uma das partes. Se isso 
ocorresse, surgiriam infinitos processos paralelos, pois a parte inconformada 
 
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poderia questionar a decisão internamente mediante recurso e externamente 
com mandado de segurança. E a decisão final poderia também ser 
questionada com mandado de segurança. Para evitar essa patologia 
processual, a Lei 12.016 estabelece duas regras de origem jurisprudencial: 
 
 Primeiro, a subsidiariedade. O ato da autoridade pública que contraria 
direito líquido e certo só pode ser impugnado com mandado de 
segurança se não houver recurso com efeito suspensivo (art. 5º, inc. 
11). 
 
 Segundo, a definitividade: Não se conhece mandado de segurança 
contra decisão que transitou em julgado (art. 5º, inc. I1I). 
 
2. Lei 
A Súmula 266 do STF não admite mandado de segurança contra lei em tese, 
isto é, questionamento da lei independentemente de sua aplicação. 
 
3. Ato administrativo 
Quando for possível apresentar recurso administrativo com efeito suspensivo 
e sem exigência de caução, considera-se desnecessária a intervenção do 
Judiciário, conforme a regra da subsidiariedade. 
 
4. Ato de gestão comercial do setor público 
O art. 1º, § 2º, daLei 12.016 exclui do mandado de segurança atos de 
gestão comercial de administradores de empresas públicas, de sociedades de 
economia mista e de concessionárias de serviço público. A justificativa é que 
tais atos comerciais são passíveis de questionamento no âmbito de processos 
comuns. 
 
É importante destacar que o writ do mandado de segurança só é cabível 
quando ficar caracterizado abuso de poder ou ilegalidade que viole direito 
líquido e certo. A ilegalidade significa a desconformidade de atuação ou 
 
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omissão contrária à lei positiva, ao passo que o abuso de poder é o ato que, 
embora praticado por autoridade competente, se verifica o excesso de poder 
(ato que extrapola os limites da lei muito embora sua aplicação seja feita 
dentro das formalidades legais) ou desvio de poder (ato praticado com 
finalidade diferente daquela prevista pela lei). Em outras palavras, a 
ilegalidade é a ofensa tanto à lei quanto à Constituição e o ato abusivo será 
classificado como excesso de poder quando a atuação for fora da 
competência e desvio de poder quando, embora dentro da competência não 
mirar no interesse público. 
 
São legitimados ativos para impetrar MS: 
 
 Pessoas físicas ou jurídicas nacionais ou estrangeiras; 
 
 Universalidades reconhecidas por lei (sem personalidade jurídica) que 
possuam capacidade processual (“espólio, massa falida, condomínio de 
apartamentos; herança; sociedade de fato; devedor insolvente”); 
 
 Órgãos públicos de grau superior, na defesa de suas prerrogativas; 
 
 Agentes políticos; 
 
 Ministério Público; 
 
 Sociedade de economia mista ou empresa pública: Súmula STJ n° 333 - 
Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida 
por sociedade de economia mista ou empresa pública. 
 
 Pessoas naturais: A Lei 12.016 no seu art. 1° p. 1° indica a viabilidade de 
impetração contra pessoas naturais. 
 
 
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 Parlamentar contra o “processamento” desrespeitoso (tramitação) de PEC 
ou PL ao processo legislativo constitucional. Nota: prejudicialidade da ação 
se a tramitação se consuma pela elaboração normativa (sem prejuízo de 
ajuizamento de ADI). 
 
A figura abaixo destaca as modalidades do MS, a saber: preventivo ou 
repressivo e individual ou coletivo. 
 
 O mandado de segurança tanto pode ser repressivo de uma ilegalidade já 
cometida, como preventivo quando o impetrante puder sofrer violação de 
direito líquido e certo por parte de autoridade. 
 
Pode ainda ser individual ou coletivo. Ao contrário do mandado de segurança 
individual, o coletivo pode ser impetrado por partido político com 
representação no Congresso Nacional, bem como por organização sindical, 
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos um ano. 
 
A presente Constituição inovou nesta matéria instituindo a figura do 
mandado de segurança coletivo. Trata-se, pois, de uma garantia 
processual por parte de determinados entes coletivos, para que estes entes, 
em nome próprio ou de alguns de seus membros, possam proteger 
determinado direito líquido e certo não observado por autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Este 
tipo de recurso processual, contudo, é um privilégio de algumas instituições, 
expressamente mencionadas no texto da Constituição. 
 
 Assim sendo, com fulcro no art. 5o, LXX, o mandado de segurança coletivo 
somente poderá ser impetrado por: a) partido político com representação no 
Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em 
defesa dos interesses de seus membros e associados. 
 
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 Pairam, todavia, algumas dúvidas sobre o alcance do mandado de segurança 
coletivo. Há que se questionar, nestes termos, se o instrumento processual 
defenderia exclusivamente os interesses dos membros integrantes dos entes 
legitimados para a impetração do mandamus, ou se também haveria o writ de 
proteger os chamados direitos difusos. Ficamos, neste caso, com a segunda 
opção, até porque os partidos políticos brasileiros, que estão legitimados à 
ação, devem ser efetivamente nacionais, sendo então criados para a defesa 
de um projeto nacional, mas não, ao menos em tese, para a postulação junto 
ao Judiciário de interesses corporativos ou pessoais de lideranças políticas. 
 
Não se deve confundir mandado de segurança coletivo com mandado de 
segurança individual com vários autores, ou seja, enquanto o mandado de 
segurança coletivo visa à defesa de interesses de seus membros ou 
associados e por isso mesmo não há nem mesmo necessidade de autorização 
dos seus integrantes (o texto constitucional já dá tal autorização), no 
segundo caso, os direitos continuam individuais, apenas sendo postulados em 
uma única ação (litisconsórcio ativo em mandado de segurança individual). 
 
Michel Temer levanta questão interessante no que tange à formação de coisa 
julgada material da decisão que julgar o mandado de segurança coletivo, ou 
seja, uma decisão desfavorável em mandado coletivo impediria a impetração 
do writ individual de um filiado a uma organização coletiva (partido político, 
associação, organização sindical ou entidade de classe). A resposta é a 
seguinte; se a decisão for favorável, faz coisa julgada, se desfavorável não 
faz, o que significa dizer que fica autorizado o mandado individual quando a 
organização coletiva tiver insucesso (TEMER, p. 203). 
 O quadro abaixo destaca este tipo de intelecção. 
 
Mandado de Segurança 
 
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Não se deve confundir mandado de segurança coletivo com mandado de 
segurança individual com vários autores (litisconsórcio ativo em mandado de 
segurança individual). 
O mandado de segurança coletivo visa à defesa de interesses de seus 
membros ou associados e por isso mesmo não há nem necessidade de 
autorização dos seus integrantes (o texto constitucional já dá tal autorização), 
enquanto, no segundo caso, os direitos continuam individuais, apenas sendo 
postulados em uma única ação. 
 
Conceito de Direito Líquido e Certo 
Em linhas gerais, direito líquido e certo é aquele que poderá ser demonstrado 
de plano no processo, mediante a apresentação de provas documentais, sem 
dilação probatória. 
A figura abaixo destaca pontos relevantes do conceito de direito líquido e 
certo. 
 
Mandado de Segurança 
Por direito líquido e certo se entende aquele que independe de qualquer outra 
prova além das apresentadas por ocasião da petição inicial. Assim sendo, 
falta de demonstração cabal dos fatos junto com a inicial implica na rejeição 
do writ. Na lição de Hely Lopes Meirelles, direito líquido e certo é o que se 
apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a 
ser exercitado no momento da impetração (MEIRELLES, p. 76). Não há 
espaço para dilação probatória. 
Características Gerais do Mandado de Segurança 
A necessária proteção de direito líquido e certo tem como consequência a 
impossibilidade de emprego do mandado de segurança contra “lei em tese”. 
Lei em tese é entendida como aquela lei genérica e abstrata. Diversamente, o 
mandado de segurança poderá ser utilizado contra leis de efeitos concretos, 
ou seja, aquela que lesiona direito líquido e certo. 
 
 
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Este remédio é um meio de impugnação autônoma que pode ser impetrado 
individualmente ou coletivamente. Neste último caso, desde que o autor 
(impetrante) seja partido político com representação no Congresso Nacional 
ou organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados. 
 
Da lição de Alexandre de Moraes, retira-se que a natureza jurídica do 
mandado de segurança é a de ação constitucional, de natureza civil, cujo 
objeto é a proteção de direito líquido e certo. A naturezacivil não se altera, 
nem tampouco impede o ajuizamento de mandado de segurança em matéria 
criminal, inclusive contra ato de juiz criminal, praticado no processo penal O 
mandado de segurança é um instrumento de garantia sem paralelo no direito 
estrangeiro. O impetrante pode ser pessoa física ou jurídica, nacional ou 
estrangeira, domiciliada ou não no país, além das universalidades 
reconhecidas por lei (espólio, massa falida) e os órgãos públicos 
despersonalizados, mas dotados de capacidade processual (chefia do Poder 
Executivo, Mesas do Congresso Nacional, Assembleias, Ministério Público). O 
prazo para impetração é de 120 dias. Reafirme-se que a pessoa jurídica de 
direito público sempre será parte legítima para integrar a lide em qualquer 
fase, pois suportará o ônus da decisão proferida em sede de mandado de 
segurança (MORAES, p. 158-161). 
 
É possível a concessão de liminar em mandado de segurança. Não é preciso 
esgotar todas as instâncias administrativas para o ingresso, embora não se 
admita a medida se o ato administrativo, por força de efeito suspensivo, 
ainda não estiver causando lesão (art. 5º, I, Lei nº1533/51). A existência de 
recurso administrativo com efeito suspensivo não impede, porém, o uso do 
mandado de segurança contra omissão da autoridade, nos termos da Súmula 
429 do STF. 
 
 
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Como acabamos de ver, o mandado de segurança é uma ação de 
impugnação autônoma e não um recurso. Portanto, incabível seu emprego 
contra ato judicial passível de recurso ou correição. No entanto, a 
jurisprudência admite seu emprego contra ato judicial teratológico (decisão 
judicial monstruosa), desde que não tenha transitado em julgado. 
 
São características da ação do mandado de segurança: 
 
 Documental: as provas devem ser pré-constituídas e acompanhar a petição 
inicial, de vez que não se admite no seu procedimento a oitiva de 
testemunhas ou a realização de perícias; 
 
 Subsidiária: o mandado de segurança deve ser utilizado quando não for 
cabível o emprego do habeas corpus e o habeas data; 
 
 Exigência de direito líquido e certo: comprovado de plano, não depende 
de prova futura, ou então: é aquele com força de autorizar o deferimento de 
mandado de segurança na medida em que é comprovado de plano, através 
de documentação inequívoca. 
 
 Direito de impetração: extinguir-se-á em 120 dias, contados da ciência, 
pelo interessado, do ato a ser impugnado. Este prazo não se interrompe, 
trata-se de um prazo de decadencial. 
 
É incabível a impetração de mandado de segurança, segundo a orientação 
jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal, contra decisão judicial com 
trânsito em julgado. 
 
Segundo a Constituição, compete ao Supremo Tribunal Federal processar e 
julgar: 
 
 
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 Originariamente: o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas 
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data 
contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados 
e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da 
República e do próprio Supremo Tribunal Federal; 
 
 Em recurso ordinário: o habeas corpus, o mandado de segurança, o 
habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos 
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão. 
 
O Superior Tribunal de Justiça tem competência para processar e julgar: 
 
a) Originariamente: os mandados de segurança e os habeas data contra 
ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e 
da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; 
 
b) Em recurso ordinário: os mandados de segurança decididos em única 
instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a 
decisão. 
 
A competência constitucional da Justiça do Trabalho, no que se refere ao 
mandado de segurança, se limita ao julgamento e processamento destas 
ações quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
 
Destacam-se, ainda, as súmulas da jurisprudência dominante do Supremo 
Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça relacionadas ao mandado 
de segurança: 
 
a) Súmula STF nº 101 - O mandado de segurança não substitui a ação 
popular. 
 
 
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b) Súmula STF nº 269 - O mandado de segurança não é substitutivo de 
ação de cobrança. 
 
c) Súmula STF nº 271 - Concessão de mandado de segurança não produz 
efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser 
reclamados administrativamente ou pela via judicial própria. 
 
d) Súmula STF nº 272 - Não se admite como ordinário recurso 
extraordinário de decisão denegatória de mandado de segurança. 
 
e) Súmula STF nº 294 - São inadmissíveis embargos infringentes contra 
decisão do Supremo Tribunal Federal em mandado de segurança. 
 
f) Súmula STF nº 299 - O recurso ordinário e o extraordinário interpostos 
no mesmo processo de mandado de segurança, ou de habeas corpus, 
serão julgados conjuntamente pelo Tribunal Pleno. 
 
g) Súmula STF nº 304 - Decisão denegatória de mandado de segurança, 
não fazendo coisa julgada contra o impetrante, não impede o uso da 
ação própria. 
 
h) Súmula STF nº 319 - O prazo do recurso ordinário para o Supremo 
Tribunal Federal, em habeas corpus ou mandado de segurança, é de 
cinco dias. 
 
i) Súmula STF nº 330 - O Supremo Tribunal Federal não é competente 
para conhecer de mandado de segurança contra atos dos Tribunais de 
Justiça dos Estados. 
j) Súmula STF nº 392 - O prazo para recorrer de acórdão concessivo de 
segurança conta-se da publicação oficial de suas conclusões, e não da 
anterior ciência à autoridade para cumprimento da decisão. 
 
 
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k) Súmula STF nº 405 - Denegado o mandado de segurança pela 
sentença, ou no julgamento do agravo, dela interposto, fica sem efeito 
a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão contrária. 
 
l) Súmula STF nº 429 - A existência de recurso administrativo com efeito 
suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra 
omissão da autoridade. 
 
m) Súmula STF nº 430 - Pedido de reconsideração na via administrativa 
não interrompe o prazo para o mandado de segurança. 
 
n) Súmula STF nº 433 - É competente o Tribunal Regional do Trabalho 
para julgar mandado de segurança contra ato de seu presidente em 
execução de sentença trabalhista. 
 
o) Súmula STF nº 474 - Não há direito líquido e certo, amparado pelo 
mandado de segurança, quando se escuda em lei cujos efeitos foram 
anulados por outra, declarada constitucional pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
 
p) Súmula STF nº 506 - O agravo a que se refere o art. 4º da Lei nº 
4.348, de 26.6.64, cabe, somente, do despacho do Presidente do 
Supremo Tribunal Federal que defere a suspensão da liminar, em 
mandado de segurança, não do que a denega. 
 
q) Súmula STF nº 510 - Praticado o ato por autoridade, no exercício de 
competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a 
medida judicial. 
r) Súmula STF nº 511 - Compete à Justiça Federal, em ambas as 
instâncias, processar e julgar as causas entre autarquias federais e 
entidades públicas locais, inclusive mandados de segurança, ressalvada 
 
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a ação fiscal, nos termos da Constituição Federal de 1967, art. 119, § 
3º. 
 
s) Súmula STF nº 512 - Não cabe condenação em honorários de 
advogado na ação de mandado de segurança. 
 
t) Súmula STF nº 597 - Não cabem embargos infringentes de acórdão 
que, em mandado de segurança, decidiu, por maioria de votos, a 
apelação. 
 
u) Súmula STF nº 622 - Não cabe agravo regimental contra decisão do 
relator que concede ou indefere liminar em mandado de segurança. 
Legislação: Lei nº 1.533/51 (LMS). 
 
v) Súmula STF nº 624 - Não compete ao Supremo Tribunal Federal 
conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de 
outros tribunais. Legislação: CF, art. 102, I, d e § 1º. LOMAN, art.21, 
VI. 
 
w) Súmula STF nº 625 - Controvérsia sobre matéria de direito não impede 
concessão de mandado de segurança. Legislação: Lei nº 1.533/51 
(LMS). 
 
x) Súmula STF nº 626 - A suspensão da liminar em mandado de 
segurança, salvo determinação em contrário da decisão que a deferir, 
vigorará até o trânsito em julgado da decisão definitiva de concessão 
da segurança ou, havendo recurso, até a sua manutenção pelo 
Supremo Tribunal Federal, desde que o objeto da liminar deferida 
coincida, total ou parcialmente, com o da impetração. Legislação: Lei 
nº 4.348/64, art. 4º. Lei nº 8.038/1990, art. 25, § 3º. RISTF, art. 297, 
§ 3º. 
 
 
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y) Súmula STF nº 627 - No mandado de segurança contra a nomeação de 
magistrado da competência do Presidente da República, este é 
considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da 
impetração seja nulidade ocorrida em fase anterior do procedimento. 
 
z) Súmula STF nº 628 - Integrante de lista de candidatos a determinada 
vaga da composição de tribunal é parte legítima para impugnar a 
validade da nomeação de concorrente. Legislação: L. 1.533/51, art. 1º, 
§ 2º. 
 
aa) Súmula STF nº 631 - Extingue-se o processo de mandado de 
segurança se o impetrante não promove, no prazo assinado, a citação 
do litisconsorte passivo necessário. Legislação: L. 1.533/51, art. 19 
com a redação da L. 6.071/74. 
 
bb) Súmula STF nº 632 - É constitucional lei que fixa o prazo de 
decadência para a impetração de mandado de segurança. L. 1.533/51, 
art. 18. 
 
cc) Súmula STF nº 701 - No mandado de segurança impetrado pelo 
Ministério Público contra decisão proferida em processo penal, é 
obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo. Legislação: CF, 
art. 5º, LV. 
 
dd) Súmula STJ nº 105 - Na ação de mandado de segurança não se admite 
condenação em honorários advocatícios. 
 
ee) Súmula STJ nº 169 - São inadmissíveis embargos infringentes no 
processo de mandado de segurança. 
 
ff) Súmula STJ nº 177 - O Superior Tribunal de Justiça é incompetente 
para processar e julgar, originariamente, mandado de segurança 
 
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contra ato de órgão colegiado presidido por Ministro de Estado. 
Referência: CF/88, art. 105, I, b. 
 
gg) Súmula STJ nº 202 - A impetração de segurança por terceiro, contra 
ato judicial, não se condiciona à interposição de recurso. 
 
hh)Súmula STJ nº 213 - O mandado de segurança constitui ação 
adequada para a declaração do direito à compensação tributária. 
 
ii) Súmula STJ nº 333 - Cabe mandado de segurança contra ato praticado 
em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa 
pública. 
 
O mandado de segurança é disciplinado em inúmeros diplomas 
infraconstitucionais, a seguir listados: 
 
• Lei nº 1.533, de 31.12.51. Publicada no DOU de 31.12.51. Altera 
disposições do Código do Processo Civil, relativas ao mandado de 
segurança. 
 
• Lei nº 4.348, de 26.6.64. Publicada no DOU de 3.7.64. Estabelece 
normas processuais relativas a mandado de segurança. 
 
• Lei nº 5.021, de 9.6.66. Publicada no DOU de 15.6.66. Dispõe sobre o 
pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias asseguradas, em 
sentença concessiva de mandado de segurança, a servidor público civil. 
 
• Lei nº 6.071, de 3.7.74. Publicada no DOU de 4.7.74. Adapta ao Código 
de Processo Civil as leis que menciona, e dá outras providências. 
 
 
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• Lei nº 8.076, de 23.8.90. Publicada no DOU de 24.8.90. Estabelece 
hipóteses nas quais fica suspensa a concessão de medidas liminares, e dá 
outras providências. 
 
• Lei nº 8.437, de 30.6.92. Publicada no DOU de 1.7.92. Dispõe sobre a 
concessão de medidas cautelares contra atos do Poder Público e dá outras 
providências. 
 
• Lei nº 9.507, de 12.11.97. Publicada no DOU de 13.11.97. Regula o 
direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas 
data. 
 
Ação Popular 
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise à 
anulação do ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência. 
 
A Lei nº 4.717/65 regula a ação popular, indicando, em seu art. 1º, o rol de 
entidades estatais passíveis da proteção constitucional, a saber: 
 
qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a 
declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do 
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, de entidades 
autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição art. 
141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União 
representa os segurados ausentes, de empresas públicas, de 
serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja 
criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra 
com mais de 50% (cinquenta por cento) do patrimônio ou da 
receita ânua de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do 
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios e de quaisquer 
 
 21 
pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres 
públicos. 
 
Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o 
tesouro público concorra com menos de 50% (cinquenta por cento) do 
patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades 
subvencionadas, as consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos 
terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos. 
 
A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral. 
Não estão legitimados a propor ação popular: estrangeiros, apátridas, 
pessoas jurídicas, menores de 16 anos, demais incapazes e os que não 
estejam no pleno exercício de seus direitos políticos. 
 
O Ministério Público acompanhará a ação popular, cabendo-lhe promover a 
responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem. Se o autor desistir 
da ação ou der motivo à absolvição da instância, serão publicados editais nos 
prazos e condições previstos no art. 7º, II, ficando assegurado a qualquer 
cidadão bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 
90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da 
ação. É ainda facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou 
assistente do autor da ação popular. A ação popular deriva do princípio 
republicano. 
 
A ação popular, primeiramente concebida na Constituição de 1934, visa à 
participação mais ativa do cidadão brasileiro, para que este possa anular atos 
lesivos ao patrimônio público, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural. Na Constituição vigente, a ação popular assegura que qualquer 
indivíduo possa propô-la, ficando este autor, salvo comprovada má-fé, isento 
de custas judiciais e do ônus da sucumbência (art. 5o, LXXIII). A finalidade 
da ação popular é a defesa dos direitos difusos, na medida em que permite-
se a qualquer cidadão o exercício da função fiscalizadora do Poder Público. 
 
 22 
Deste modo, os cidadãos podem exercer esta fiscalização com base no 
princípio da legalidade e no conceito de res publica, que implica no 
pressuposto de os bens do Estado pertencerem ao povo. Importa destacar 
que apenas os cidadãos possuem legitimidade para a propositura da ação 
popular. O conceito de cidadão, para ficar mais claro, é o de indivíduo que 
possui direitos civis e políticos. No nosso caso, os menores de dezesseis anos, 
que não são cidadãos, estão proibidos de impetrar ação popular contra ato 
lesivo ao patrimônio público. A sentença da ação popular, de cunho 
condenatório, está sujeita a sofrer um duplo grau de jurisdição. Esta é uma 
condição de eficácia, operando-se com o julgamento da improcedência do 
pedido da ação. 
 
Atividade Proposta 
O Excelentíssimo Sr. Presidente da República Federativa do Brasil foiacusado 
de ter influído decisivamente no resultado de uma licitação cujo procedimento 
ocorreu em órgão do “Ministério das Compras Superfaturadas” para beneficiar 
pessoas de seu círculo político, bem como empresas de propriedade de seus 
familiares. "Zé Verde-Amarelo", cidadão brasileiro, morador do Estado do 
Acre, com a finalidade de anular a referida licitação e para preservar a 
intangibilidade do patrimônio público e a integridade do princípio da 
moralidade, resolveu propor Ação Popular (CF/88Art. 5°, LXXIII ) e o fez 
ingressando com este remédio no Supremo Tribunal Federal. É certo que um 
dos réus indicados pelo referido autor popular era o próprio Presidente da 
República. Com fundamento no Direito Constitucional positivo em vigor e na 
Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal responda: o STF teria 
competência para processar e julgar a mencionada ação? 
 
Referências 
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 
2009. 
 
 23 
 
SIQUEIRA JUNIOR, Paulo Hamilton. Direito processual constitucional. 6. ed. 
São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Código de processo penal comentado. 
São Paulo: Saraiva, 1997. v. 4. 
 
Exercícios de Fixação 
Questão 1 
Assinale a opção incorreta. 
 
a) A controvérsia sobre matéria de direito impede a concessão de ordem 
em mandado de segurança. 
b) Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, 
contra ela cabe a impetração de mandado de segurança. 
c) A concessão de mandado de segurança não produz efeitos 
patrimoniais em relação a período pretérito à impetração. 
d) Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito 
em julgado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 2 
Assinale a opção correta acerca de remédios constitucionais. 
 
 
 24 
a) A ação popular é o remédio constitucional cabível para o cidadão 
atacar ato lesivo à moralidade, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural. 
b) O habeas data é o remédio constitucional apropriado sempre que a 
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos 
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
c) São gratuitas as ações de habeas corpus, habeas data e mandado de 
segurança, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da 
cidadania. 
d) O mandado de injunção será concedido para assegurar o 
conhecimento de informações, constantes de registros ou bancos de 
dados de entidades governamentais ou de caráter público, relativas à 
pessoa do impetrante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 3 
Assinale a opção correta acerca de remédios constitucionais. 
 
 
 25 
a) A ação popular é o remédio constitucional cabível para o cidadão 
atacar ato lesivo à moralidade, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural. 
b) O habeas data é o remédio constitucional apropriado sempre que a 
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos 
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
c) São gratuitas as ações de habeas corpus, habeas data e mandado de 
segurança, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da 
cidadania. 
d) O mandado de injunção será concedido para assegurar o 
conhecimento de informações, constantes de registros ou bancos de 
dados de entidades governamentais ou de caráter público, relativas à 
pessoa do impetrante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 4 
A ação popular: 
 
 
 26 
a) Pode ser proposta por qualquer cidadão, com vistas a anular ato lesivo 
ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e aos direitos fundamentais da pessoa humana, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais, devendo arcar apenas 
com o ônus da sucumbência. 
b) Pode ser proposta por qualquer cidadão, desde que seja eleitor, com 
vistas a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que 
o estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
c) Pode ser proposta por qualquer cidadão maior de 16 anos de idade, 
sendo eleitor, e também por empresa, desde que de capital nacional e 
com sede e administração no país, com vistas a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o estado participe, à 
moralidade administrativa e ao meio ambiente. O cidadão, salvo 
comprovada má-fé, fica isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência. 
d) Pode ser proposta por qualquer pessoa, desde que tenha 
nacionalidade brasileira e, se necessário, esteja devidamente assistida, 
com vistas a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e aos direitos fundamentais da pessoa humana, arcando o autor com o 
ônus da sucumbência. 
 
 
 
 
 
 
Questão 5 
Em relação ao mandado de segurança, direito líquido e certo é aquele que: 
 
 
 27 
a) Decorre, como faculdade, de uma norma legal; 
b) Deve ser comprovado após o ajuizamento da ação; 
c) Incorporado ao patrimônio do titular, pode ser exercitado em ocasião 
ulterior; 
d) Comprovado de plano, não depende de prova futura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Proposta 
Resposta: O remédio a ser interposto por cidadão é a ação popular, com 
fundamento na moralidade administrativa. O órgão competente, entretanto, é 
o juízo de primeiro grau. O STF não é órgão competente para apreciar 
 
 28 
originariamente ação popular, seja o ato emanado de qualquer autoridade, 
mesmo do Presidente da República. Precedentes: AO – QO 859; AO – QO 
772; Pet. 1651; Pet. 682, sendo relatores os Min. Moreira Alves, Ellen Gracie, 
Celso de Melo e Marco Aurélio respectivamente. 
 
Exercícios de Fixação 
Questão 1 - A 
Justificativa: As afirmativas reproduzem o disposto nas súmulas 266, 271 e 
510, todas do STF. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: As assertivas reproduzem os incisos LXXII, LXXVII e LXXI, 
alteradas sutilmente, tornando-as incompatíveis com a redação original dos 
dispositivos do art. 5º da CRFB. A assertiva A, correta, reproduz basicamente 
o disposto no inciso LXXIII do mesmo artigo. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: As assertivas reproduzem os incisos LXXII, LXXVII e LXXI, 
alteradas sutilmente, tornando-as incompatíveis com a redação original dos 
dispositivos do art. 5º da CRFB. A assertiva A, correta, reproduz basicamente 
o disposto no inciso LXXIII do mesmo artigo. 
 
Questão 4 - A 
Justificativa: Sugestão de gabarito: resposta correta letra A, nos termos do 
art. 5º, LXXIII da CRFB. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: A figura do mandado de segurança não admite a dilação 
probatória.

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