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Por: Vinícius Souza Mendes Usado em animais estressados, agressivos (que não permite manipulação no ambiente hospitalar), selvagens São considerados fármacos e promovem analgesia somática (tecidos mais super�ciais: pele, subcutâneo e ossos). Usado em pacientes com fraturas, lesões de pele. Caso seja feito alguma cirurgia de vísceras, precisamos associar algum analgésico Definição -Dissociação entre a atividade neuronal no tálamo e no sistema Límbico (não há a comunicação entre os dois) -Observa-se depressão da função neuronal no córtex cerebral (memória, atenção, percepção pensamento) e tálamo (transmissão de sinais sensitivos e motores) ao mesmo tempo em que não há o controle do sistema Límbico, ocorrendo a exacerbação. Sistema límbico: responsável pelo comportamento. Anestésicos Dissociativos Mecanismos de ação Antagonismo não competitivo pelos receptores glutaminérgicos do tipo NMDA (N-Metil-D-Aspartato): uma vez ligado, o glutamato não consegue se ligar nesses receptores NMDA -> não há entrada de sódio e cálcio, e saída de potássio -> hiperpolarização do neurônio -> diminuição da atividade neuronal (não há a sinapse excitatória que o glutamato promoveria). Pode ser usado em pacientes com dor crônica, dor fantasma Fonte: Mônica Horr -Aumentam o tônus serotoninérgico e dopaminérgico no SNC dando a sensação de prazer e euforia (associado com potencial de excitação do paciente) -Potencialização da atividade gabaérgica -> hiperpolarização das membranas neuronais -Agonismo por receptores opióides, potencializando esses fármacos -Antagonismo por receptores muscarínicos (receptores pós ganglionares no SNA parassimpático) -> aumento da atividade simpática (ex: no coração, promove a taquicardia). Anestésicos Dissociativos - Não se enquadram no esquema de Guedel, pois não são considerados anestésicos gerais, já que não causam relaxamento muscular e inconsciência: paciente permanece consciente, porém perdem a capacidade de controle do próprio corpo. NÃO PODEMOS ABRIR O ABDÔMEN DO ANIMAL APENAS COM ANESTÉSICO DISSOCIATIVO. - Não são hipnóticos - Amnésia - Analgesia - Manutenção dos re�exos protetores - Supressão do medo e da ansiedade - Estado cataleptóide (paciente permanece consciente porém com movimentos dissociados do meio) - Hipertonia muscular - Nistagmo (lateral) e midríase - Salivação excessiva Cetamina Principal anestésico dissociativo utilizado na medicina veterinária Farmacocinética - Absorvida pelas vias SC, IM, IV, Nasal, Oral, Retal e Medular. - Ligação 20 – 30% a proteínas plasmáticas: não precisamos nos preocupar em pacientes hipoalbuminêmicos - Solução transparente e inodora: se tiver com algum cheiro, pode ter contaminado e precisamos jogar fora - Biotransformação hepática e eliminação renal (cuidado em pacientes nefropatas, principalmente em doses anestésicas, se for dos analgésica é menos pior, mas temos que ter cautela mesmo assim) -Período de latência: 0,5-5 minutos - Período hábil: 30-40 minutos de duração, porém depende também da MPA (pode ter um prolongamento). - Apresentação comercial 5 ou 10% Convulsões? É uma polêmica - Subdoses (propriedades analgésicas potentes que não promovem anestesia) podem ter efeito anticonvulsivante -> protetor de membrana neuronal. Subdose: Infusão de cetamina 10 mcg/kg/min - Em doses altas pode aumentar a PIC e acarretar convulsões em pacientes com histórico prévio -> em geral deve-se evitar Pressão Intracraniana - Evitar em doses altas em casos de trauma craniano pois aumenta o �uxo sanguíneo cerebral: PIC -> NÃO UTILIZAR EM CASOS DE TCE. Associar com midazolam (fármaco de escolha, pois é hidrossolúvel principalmente se for utilizado pela via IM), diazepam e fentanil -> atenuam efeitos da cetamina na PIC Sempre associada para evitar reações adversas: rigidez muscular (que pode gerar dor depois que o paciente acordar), tremor muscular. - Fenotiazínicos -> deixa o animal mais relaxado - Benzodiazepínicos - Agonistas dos receptores alfa 2 adrenérgicos -> são sedativos e ótimos relaxantes musculares Doses: Cães e gatos -> 2 – 5 mg/kg IV 10 – 20mg/kg IM Grandes animais -> 2mg/kg IV Infusão contínua de analgésicos: - Cetamina: 10mcg/kg/min peq ; 2mg/kg/h gds - MLK (mor�na, lidocaína e cetamina): (mor�na: 3,3 mcg/kg/min, lidocaina: 50 mcg/kg/min, cetamina: 10 mcg/kg/min) - FLK (mor�na, lidocaína e cetamina): (fentanil: 5-10 mcg/kg/hora,lidocaina: 50 mcg/kg/min, cetamina: 10 mcg/kg/min) MLK e FLK usado durante o trans (para diminuir a quantidade do anestésico inalatório), paciente com dor severa. A dose da cetamina é apenas analgésica e não anestésica TILETAMINA (dissociativo)- Zolazepam (benzodiazepínico -> relaxamento muscular) -Não é vendido isolado, apenas associado - Latência 7 a 8 min IM 30 a 60 segundos IV - Período hábil anestésico = 15 a 30 minutos - Recuperação completa após 4 horas: -Tempo de metabolização: 4,5 horas zolazepam / 2,5 horas tiletamina (gatos: di�cilmente irá excitar pois o zolazepam dura mais tempo), 1 hora zolazepam / 1,2 hora tiletamina (cães: cão pode ter uma recuperação mais excitada) - Pode ser reaplicada Dose: Cão e gato 2-4mg/kg IV 5-15mg/kg IM Não ultrapassar 10 mg/kg, IV pois em gatos há relatos de depressão respiratória grave.
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