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m3_2_novo-ambiente-regulatorio

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1
Sistemas de comunicaSistemas de comunicaççãoão
e novas tecnologiase novas tecnologias
MMóódulo 3: Capitalismo informacionaldulo 3: Capitalismo informacional
3.2: Constru3.2: Construçção de novo ambiente regulatão de novo ambiente regulatóóriorio
Prof. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos Dantas
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. 
IBM: uma rede mundial nos anos 1970IBM: uma rede mundial nos anos 1970A IBM foi uma A IBM foi uma 
das primeiras das primeiras 
corporacorporaçções, no ões, no 
mundo, a mundo, a 
conceber e conceber e 
implantar uma implantar uma 
rede mundial de rede mundial de 
computadores, computadores, 
envolvendo suas envolvendo suas 
ffáábricas, bricas, 
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fornecedoras. A fornecedoras. A 
descridescriçção dessa ão dessa 
rede, feita ao rede, feita ao 
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trabalho: a maior trabalho: a maior 
parte da parte da 
informainformaçção era ão era 
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sua sede, nos sua sede, nos 
EUA. EUA. 
Elaboração: Marcos Dantas
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O capital que 
não dorme
Quarenta anos depois das redes pioneiras da IBM e poucas outras,Quarenta anos depois das redes pioneiras da IBM e poucas outras, todo o todo o 
capitalismo capitalismo ““globalglobal”” se apse apóóia em amplas e velozes infraia em amplas e velozes infra--estruturas estruturas 
mundiais de comunicamundiais de comunicaçções, pelas quais trafegam os negões, pelas quais trafegam os negóócios financeiros cios financeiros 
e das corporae das corporaççõesões--redes (redes (““anulaanulaçção do espaão do espaçço pelo tempoo pelo tempo””). Poucas e ). Poucas e 
gigantescas corporagigantescas corporaçções controlam essas redes mundiais, as principais ões controlam essas redes mundiais, as principais 
delas herdeiras dos antigos monopdelas herdeiras dos antigos monopóólios nacionais: AT&T, lios nacionais: AT&T, BritishBritish
Telecom, Deutsche Telecom, Deutsche TelekomTelekom, , TelefTelefóónicanica espanhola, NTT etc.espanhola, NTT etc.
TóquioHong-KongLosAngeles
Nova 
York
Londres
Frankfurt
12h18h 0h
Mercados Mercados 
financeiros financeiros 
As redes globais mantém o capital financeiro operando 24 horas por dia e 
permitem transações entre as empresas à volta de todo o mundo.
2
Os atores da mudanOs atores da mudanççaa
ESTADOS UNIDOSESTADOS UNIDOS EUROPAEUROPA
ExecutivoExecutivo
CongressoCongresso
JustiJustiççaa
FCCFCC
RecRecéémm--
chegadoschegados
(MCI, (MCI, 
Turner etc.)Turner etc.)
AT&TAT&T
IndIndúústria stria 
de de 
informinformáática tica 
(IBM,Apple (IBM,Apple 
etc.)etc.)HollywoodHollywood
Radiodifusores Radiodifusores 
(NBC, CBS, (NBC, CBS, 
ABC etc.)ABC etc.)
Grupos de Grupos de 
cidadãoscidadãos
••••••••Conselhos Conselhos 
europeuseuropeus
•••••••• Estados Estados 
nacionaisnacionais
Operadores Operadores 
de TV paga de TV paga 
((BSkyBBSkyB, , 
BeterlmannBeterlmann, , 
Canal Canal PlusPlus
etc.)etc.) exex--PTTsPTTs(BT, FT, DB (BT, FT, DB 
etc.)etc.)
IndIndúústria stria 
eletroeletro--
eletrônica eletrônica 
(Philips, (Philips, 
Siemens, Siemens, 
Nokia etc.)Nokia etc.)
Radiodifusores Radiodifusores 
estatais (BBC, estatais (BBC, 
ARD etc.)ARD etc.)
Partidos Partidos 
polpolííticos, ticos, 
sindicatos sindicatos 
etc.etc.
IndIndúústria stria 
audiovisual audiovisual 
e cinemae cinema
Pentágono
3
Para expandir as redes a serviPara expandir as redes a serviçço das corporao das corporaçções foi necessões foi necessáário implementar rio implementar 
profundas reformas polprofundas reformas polííticotico--regulatregulatóórias.rias. As mudanAs mudançças, realizadas ao longo de 20 as, realizadas ao longo de 20 
anos, resultaram das pressões e contraanos, resultaram das pressões e contra--pressões dos diversos blocos de interesse. O pressões dos diversos blocos de interesse. O 
Estado serviu de Estado serviu de arena da luta de classesarena da luta de classes, arbitrando os conflitos. Os novos marcos , arbitrando os conflitos. Os novos marcos 
regulatregulatóórios expressarão os acordos pactuados. rios expressarão os acordos pactuados. 
3
1954 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 2000199819961994
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Nasce novo modelo de radiodifusão, fechado e pago, Nasce novo modelo de radiodifusão, fechado e pago, 
concorrendo com os monopconcorrendo com os monopóólios da radiodifusão aberta. lios da radiodifusão aberta. 
Modelo dual: o espectro aberto Modelo dual: o espectro aberto éé compartilhado por uma compartilhado por uma 
emissora pemissora púública e emissoras comerciais. blica e emissoras comerciais. 
1954 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 2000199819961994
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(1974)(1974)
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Melhorar a qualidade da TV justificaria investimentos pMelhorar a qualidade da TV justificaria investimentos púúblicos blicos 
e permitiria enfrentar concorrência das TVs comerciais. e permitiria enfrentar concorrência das TVs comerciais. 
O processo de liberalizaO processo de liberalizaçção comeão começça a ser acelerado, na Europa. a a ser acelerado, na Europa. 
O fim do monopO fim do monopóólio da AT&T provoca um lio da AT&T provoca um 
““terremototerremoto”” no mundo das comunicano mundo das comunicaçções. ões. 
Consenso mundial prConsenso mundial próó liberalizaliberalizaçção. ão. 
4
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1984
1986
1988
1990
1992
2000
1998
1996
1994
Sob pressão de agências de publicidade, o 
parlamento britânico revoga o monopólio da 
BBC. Nasce a ITV comercial.
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Elaboração: Marcos Dantas
NHK e corporações eletro-eletrônicas 
japonesas se associam para pesquisar TVAD
França abole o monopólio estatal de radiodifusão 
e começa a liberar as freqüências hertzianas para 
as operadoras de telefonia
Governo britânico privatiza a 
British Telecom. 
Decisão da CorteConstitucional abole o 
monopólio estatal na radiodifusão alemã
Decisão judicial abole monopólio da AT&T 
nas telecomunicações dos EUA
Corporação Disney assume o controle da 
ABC e a GE adquire a NBC
Cúpula européia decide investir no projeto MAC-
HD, sob liderança da Philips e outras indústrias
Grupo Time-Warner lança o HBO, canal de TV 
por assinatura
1975
Começam as transmissões da CNN por 
cabo e satélite
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1998
1996
1994
Sob pressão de agências de publicidade, o 
parlamento britânico revoga o monopólio da 
BBC. Nasce a ITV comercial.
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Elaboração: Marcos Dantas
NHK e corporações eletro-eletrônicas 
japonesas se associam para pesquisar TVAD
França abole o monopólio estatal de radiodifusão 
e começa a liberar as freqüências hertzianas para 
as operadoras de telefonia
Governo britânico privatiza a 
British Telecom. 
Decisão da Corte Constitucional abole o 
monopólio estatal na radiodifusão alemã
Decisão judicial abole monopólio da AT&T 
nas telecomunicações dos EUA
Corporação Disney assume o controle da 
ABC e a GE adquire a NBC
Cúpula européia decide investir no projeto MAC-
HD, sob liderança da Philips e outras indústrias
Privatização do Canal Plus, criado pelo 
Estado para introduzir a TV a cabo na França
As antigas PTTs dão lugar à France 
Télécom e à Deutsche Telekom. 
Grupo Time-Warner lança o HBO, canal de TV 
por assinatura
1975
Começam as transmissões da CNN por 
cabo e satélite
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(1974)
(1974)
FCC monta comissão com representantes da 
indústria e da radiodifusão para estudar TVAD
Livro Verde das Telecomunicações estabelece 
o programa de liberalização europeu
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Sob pressão de agências de publicidade, o 
parlamento britânico revoga o monopólio da 
BBC. Nasce a ITV comercial.
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Elaboração: Marcos Dantas
NHK e corporações eletro-eletrônicas 
japonesas se associam para pesquisar TVAD
França abole o monopólio estatal de radiodifusão 
e começa a liberar as freqüências hertzianas para 
as operadoras de telefonia
Governo britânico privatiza a 
British Telecom. 
Decisão da Corte Constitucional abole o 
monopólio estatal na radiodifusão alemã
Decisão judicial abole monopólio da AT&T 
nas telecomunicações dos EUA
Corporação Disney assume o controle da 
ABC e a GE adquire a NBC
Cúpula européia decide investir no projeto MAC-
HD, sob liderança da Philips e outras indústrias
Privatização do Canal Plus, criado pelo 
Estado para introduzir a TV a cabo na França
As antigas PTTs dão lugar à France 
Télécom e à Deutsche Telekom. 
Grupo Time-Warner lança o HBO, canal de TV 
por assinatura
1975
Começam as transmissões da CNN por 
cabo e satélite
Murdoch lança a SkyTV na Inglaterra
Al Gore, vice-presidente dos 
EUA, propõe a “autoestrada
da informação”
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Diretriz Televisão Sem Fronteiras estabelece 
cotas máximas de 50% para a produção 
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o programa de liberalização europeu
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1994
Sob pressão de agências de publicidade, o 
parlamento britânico revoga o monopólio da 
BBC. Nasce a ITV comercial.
C
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Elaboração: Marcos Dantas
NHK e corporações eletro-eletrônicas 
japonesas se associam para pesquisar TVAD
França abole o monopólio estatal de radiodifusão 
e começa a liberar as freqüências hertzianas para 
as operadoras de telefonia
Governo britânico privatiza a 
British Telecom. 
Decisão da Corte Constitucional abole o 
monopólio estatal na radiodifusão alemã
Decisão judicial abole monopólio da AT&T 
nas telecomunicações dos EUA
Corporação Disney assume o controle da 
ABC e a GE adquire a NBC
Cúpula européia decide investir no projeto MAC-
HD, sob liderança da Philips e outras indústrias
Privatização do Canal Plus, criado pelo 
Estado para introduzir a TV a cabo na França
As antigas PTTs dão lugar à France 
Télécom e à Deutsche Telekom. 
Grupo Time-Warner lança o HBO, canal de TV 
por assinatura
1975
Começam as transmissões da CNN por 
cabo e satélite
Murdoch lança a SkyTV na Inglaterra
Al Gore, vice-presidente dos 
EUA, propõe a “autoestrada
da informação”
A FCC decide adotar a TV digital
Relatório Bangemann traça as linhas da 
política européia para as telecomunicações e 
audiovisual
Philco, Thomson, ARD, BBC, Sky e mais 
uma centena de organizações se associam 
para desenvolver TV digital européia 1993, 
sob os auspícios da Comunidde Européia
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(1974)
(1974)
Diretriz Televisão Sem Fronteiras estabelece 
cotas máximas de 50% para a produção 
audiovisual não-européia na TV
FCC monta comissão com representantes da 
indústria e da radiodifusão para estudar TVAD
Livro Verde das Telecomunicações estabelece 
o programa de liberalização europeu
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6
1954
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
2000
1998
1996
1994
Sob pressão de agências de publicidade, o 
parlamento britânico revoga o monopólio da 
BBC. Nasce a ITV comercial.
C
ro
n
ologia
C
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ologia
Elaboração: Marcos Dantas
NHK e corporações eletro-eletrônicas 
japonesas se associam para pesquisar TVAD
França abole o monopólio estatal de radiodifusão 
e começa a liberar as freqüências hertzianas para 
as operadoras de telefonia
Governo britânico privatiza a 
British Telecom. 
Decisão da Corte Constitucional abole o 
monopólio estatal na radiodifusão alemã
Decisão judicial abole monopólio da AT&T 
nas telecomunicações dos EUA
Corporação Disney assume o controle da 
ABC e a GE adquire a NBC
Cúpula européia decide investir no projeto MAC-
HD, sob liderança da Philips e outras indústrias
Privatização do Canal Plus, criado pelo 
Estado para introduzir a TV a cabo na França
As antigas PTTs dão lugar à France 
Télécom e à Deutsche Telekom. 
Grupo Time-Warner lança o HBO, canal de TV 
por assinatura
1975
Começam as transmissões da CNN por 
cabo e satélite
Murdoch lança a SkyTV na Inglaterra
Al Gore, vice-presidente dos 
EUA, propõe a “autoestrada
da informação”
A FCC decide adotar a TV digital
Lei das Comunicações dos EUA revoga todas as 
restrições monopolistas da legislação anterior e 
redefine o papel da FCC
Lei de Radiodifusão britânica introduz o 
sistema “multiplexe” e “operador de rede” na 
televisão terrestre.
Leis de Telecomunicações da França e 
Alemanha extinguem os monopólios
Relatório Bangemann traça as linhas da 
política européia para as telecomunicações e 
audiovisual
Começam as transmissões de TVD-T nos 
EUA
Philco, Thomson, ARD, BBC, Sky e mais 
uma centena de organizações se associam 
para desenvolver TV digital européia 1993, 
sob os auspícios da Comunidde Européia
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(1974)
(1974)
Diretriz Televisão Sem Fronteiras estabelece 
cotas máximas de 50% para a produção 
audiovisual não-européia na TV
FCC monta comissão com representantes da 
indústria e da radiodifusão para estudar TVAD
Livro Verde das Telecomunicações estabelece 
o programa de liberalização europeu
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1982
1984
1986
1988
1990
1992
2000
1998
1996
1994
Sob pressão de agências de publicidade, o 
parlamento britânico revoga o monopólio da 
BBC. Nasce a ITV comercial.
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Elaboração: Marcos Dantas
NHK e corporações eletro-eletrônicas 
japonesas se associam para pesquisar TVAD
França abole o monopólio estatal de radiodifusão 
e começa a liberar as freqüências hertzianas para 
as operadoras de telefonia
Governo britânico privatiza a 
British Telecom. 
Decisão da Corte Constitucional abole o 
monopólio estatal na radiodifusão alemã
Decisão judicial abole monopólio da AT&T 
nas telecomunicações dos EUA
Corporação Disney assume o controle da 
ABC e a GE adquire a NBC
Cúpula européia decide investir no projeto MAC-
HD, sob liderança da Philips e outras indústrias
Privatização do Canal Plus, criado pelo 
Estado para introduzir a TV a cabo na França
As antigas PTTs dão lugar à France 
Télécom e à Deutsche Telekom. 
Grupo Time-Warner lança o HBO, canal de TV 
por assinatura
1975
Começam as transmissões da CNN por 
cabo e satélite
Murdoch lança a SkyTV na Inglaterra
Al Gore, vice-presidente dos 
EUA, propõe a “autoestrada
da informação”
A FCC decide adotar a TV digital
Lei das Comunicações dos EUA revoga todas as 
restrições monopolistas da legislação anterior e 
redefine o papel da FCC
Lei de Radiodifusão britânica introduz o 
sistema “multiplexe” e “operador de rede” na 
televisão terrestre.
Leis de Telecomunicações da França e 
Alemanha extinguem os monopólios
Relatório Bangemann traça as linhas da 
política européia para as telecomunicações e 
audiovisual
Começam as transmissões de TVD-T nos 
EUA
Philco, Thomson, ARD, BBC, Sky e mais 
uma centena de organizações se associam 
para desenvolver TV digital européia 1993, 
sob os auspícios da Comunidde Européia
C
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(1974)
(1974)
Diretriz Televisão Sem Fronteiras estabelece 
cotas máximas de 50% para a produção 
audiovisual não-européia na TV
FCC monta comissão com representantes da 
indústria e da radiodifusão para estudar TVAD
Livro Verde das Telecomunicações estabelece 
o programa de liberalização europeu
4g
7
Um novo regime regulatUm novo regime regulatóório (rio (““flexflexíívelvel””))
A partir da quebra do monopA partir da quebra do monopóólio da lio da 
AT&T, em 1984, os blocos de capital AT&T, em 1984, os blocos de capital 
vão se movimentar a favor de uma vão se movimentar a favor de uma 
regulamentaregulamentaçção francamente liberal ão francamente liberal 
que permitirque permitiráá a emergência de novos a emergência de novos 
atores e a consolidaatores e a consolidaçção de novos ão de novos 
conglomerados mediconglomerados mediááticotico--
financeiros. O poder regulador da financeiros. O poder regulador da 
FCC FCC éé enfraquecido pela lei de 1996. enfraquecido pela lei de 1996. 
5
ESTADOS UNIDOSESTADOS UNIDOS
(amplo liberalismo)(amplo liberalismo)
EUROPA EUROPA 
(um novo Estado... europeu)(um novo Estado... europeu)
Para enfrentar a concorrência Para enfrentar a concorrência 
estadunidense e japonesa, o capital estadunidense e japonesa, o capital 
europeu promove a formaeuropeu promove a formaçção da União ão da União 
EuropEuropééia que assume a coordenaia que assume a coordenaçção ão 
das reformas liberais. Nessas reformas, das reformas liberais. Nessas reformas, 
o bloco de capital estatal sero bloco de capital estatal seráá um um 
importante ator, sabendo defender os importante ator, sabendo defender os 
seus interesses, ao mesmo tempo em seus interesses, ao mesmo tempo em 
que passa por transformaque passa por transformaçções que lhe ões que lhe 
permitem assumir caracterpermitem assumir caracteríísticas cada sticas cada 
vez mais comerciais atvez mais comerciais atéé, em muitos , em muitos 
casos, a completa privatizacasos, a completa privatizaçção.ão.
Na virada do sNa virada do sééculo XX para o XXI, as reformas jculo XX para o XXI, as reformas jáá estavam praticamente concluestavam praticamente concluíídas e das e 
um novo ambiente regulatum novo ambiente regulatóório fora estabelecido para atender rio fora estabelecido para atender àà realidade do capitalrealidade do capital--
informainformaçção (ão (““acumulaacumulaçção flexão flexíívelvel””, , ““sociedade do espetsociedade do espetááculoculo””). Mas persistiam as ). Mas persistiam as 
histhistóóricas diferenricas diferençças entre EUA e Europaas entre EUA e Europa
Como sempre, EUA Como sempre, EUA ≠≠≠≠≠≠≠≠ EuropaEuropa
Depois da Lei de 1996, o Depois da Lei de 1996, o 
desenvolvimento das comunicadesenvolvimento das comunicaçções foi ões foi 
praticamente entregue praticamente entregue ààs fors forçças do as do 
mercado (riscos e oportunidades mercado (riscos e oportunidades 
percebidos pelos investidores). O percebidos pelos investidores). O 
Estado (FCC, JustiEstado (FCC, Justiçça etc.) arbitra os a etc.) arbitra os 
conflitos. Gruposde pessoas mais conflitos. Grupos de pessoas mais 
articuladas, militantes e articuladas, militantes e ““competitivascompetitivas””
podem agir na defesa dos interesses do podem agir na defesa dos interesses do 
““consumidorconsumidor”” ou do ou do ““cidadãocidadão””. . 
6
ESTADOS UNIDOSESTADOS UNIDOS EUROPA EUROPA 
As heranAs herançças do as do ““estado do bem estar estado do bem estar 
socialsocial”” ainda exercem forte influência. ainda exercem forte influência. 
Os Os óórgãos reguladores são proativos e, rgãos reguladores são proativos e, 
em muitos paem muitos paííses, permeses, permeááveis veis àà pressão pressão 
de partidos, sindicatos, associade partidos, sindicatos, associaçções ões 
populares. As emissoras ppopulares. As emissoras púúblicas blicas 
cumprem um certo papel (reconhecido) cumprem um certo papel (reconhecido) 
de reguladoras da qualidade. As de reguladoras da qualidade. As exex--
PTTsPTTs ainda são responsainda são responsááveis pela veis pela 
universalizauniversalizaçção dos servião dos serviçços os 
essenciais. essenciais. 
Ao cabo de um processo histAo cabo de um processo históórico que durou cerca de 20 anos, não resta rico que durou cerca de 20 anos, não resta 
quase nada da antiga regulamentaquase nada da antiga regulamentaçção ão ““fordistafordista””. No novo cen. No novo cenáário, o papel rio, o papel 
do Estado do Estado éé basicamente regulador. As Comunicabasicamente regulador. As Comunicaçções não são mais ões não são mais 
““serviserviçços pos púúblicosblicos””, no m, no mááximo devem obedecer ao ximo devem obedecer ao ““interesse pinteresse púúblicoblico””
que, não raro, se confunde com que, não raro, se confunde com ““interesse do consumidorinteresse do consumidor””
8
ComunicaComunicaçções a serviões a serviçço do mercadoo do mercado
A Lei de 1996 possuA Lei de 1996 possuíía todo um a todo um 
capcapíítulo sobre tulo sobre ““obscenidade e obscenidade e 
violênciaviolência””, cuja aplica, cuja aplicaçção esbarrou na ão esbarrou na 
““primeira emendaprimeira emenda””... ... 
ESTADOS UNIDOSESTADOS UNIDOS EUROPA EUROPA 
A regulaA regulaçção varia, em detalhes, de paão varia, em detalhes, de paíís para s para 
papaíís, obedecendo a diretrizes europs, obedecendo a diretrizes europééias gerais:ias gerais:
a) separaa) separaçção conteão conteúúdo e transporte na TVDdo e transporte na TVD--T T 
((““operadores de redeoperadores de rede””););
b) tratamento isonômico para a b) tratamento isonômico para a radiodifusãoradiodifusão, , 
independentemente da plataforma (terrestre, independentemente da plataforma (terrestre, 
cabo ou satcabo ou satéélite);lite);
b) opb) opçção pela definião pela definiçção padrão na TVDão padrão na TVD--T T 
(multiplexa(multiplexaçção e multiprogramaão e multiprogramaçção);ão);
c) regras de protec) regras de proteçção ão àà infância e juventude, infância e juventude, ààs s 
identidades nacionais e regionais, identidades nacionais e regionais, àà privacidade privacidade 
Ao cabo de um processo histAo cabo de um processo históórico que durou cerca de 20 anos, não resta rico que durou cerca de 20 anos, não resta 
quase nada da antiga regulamentaquase nada da antiga regulamentaçção ão ““fordistafordista””. No novo cen. No novo cenáário, o papel rio, o papel 
do Estado do Estado éé basicamente regulador. As Comunicabasicamente regulador. As Comunicaçções não são mais ões não são mais 
““serviserviçços pos púúblicosblicos””, no m, no mááximo devem obedecer ao ximo devem obedecer ao ““interesse pinteresse púúblicoblico””
que, não raro, se confunde com que, não raro, se confunde com ““interesse do consumidorinteresse do consumidor””
Na maioria dos países europeus, 
sobretudo os ocidentais, os canais 
públicos nacionais são muito fortes, 
inclusive veiculando programas 
originários dos EUA. Os canais 
estadunidenses são mais fortes no 
Leste europeu. 
7
Mapa original baixado de http://200.198.28.154/sistema_crv/banco_objetos_crv/%7BAC29E67F-D703-43DA-BA31-
3EADD1241BD8%7D_mapa_mundi_politico.gif
LEGENDA
Fronteiras
O mundo assistiu, ao longo da dO mundo assistiu, ao longo da déécada 1990, um movimento de vigorosa expansão cada 1990, um movimento de vigorosa expansão 
das grandes das grandes ““telcostelcos”” na direna direçção da periferia capitalista. A Amão da periferia capitalista. A Améérica Latina foi o alvo rica Latina foi o alvo 
principal. As empresas estatais locais (na maioria, nacionalizadprincipal. As empresas estatais locais (na maioria, nacionalizadas nos anos 1960), as nos anos 1960), 
foram vendidas para as exforam vendidas para as ex--estatais europestatais europééias ou para operadoras de ias ou para operadoras de 
telecomunicatelecomunicaçções dos EUA. A Deutsche ões dos EUA. A Deutsche TelekonTelekon expandiu seus negexpandiu seus negóócios para o cios para o 
Leste Europeu e a Leste Europeu e a BritishBritish Telecom tornouTelecom tornou--se uma grande operadora se uma grande operadora ““globalglobal””, sem , sem 
deixar de atender deixar de atender àà economia e aos cidadãos britânicos. economia e aos cidadãos britânicos. 
A mesma velha histA mesma velha históória...ria...
Num relatNum relatóório de 2006, a rio de 2006, a 
TelefTelefóónicanica declara ter declara ter 
““repatriadorepatriado”” €€ 2,5 bilhões da 2,5 bilhões da 
AmAméérica Latinarica Latina
8
Com os lucros obtidos Com os lucros obtidos 
nos panos paííses perifses perifééricos, ricos, 
as as ““telcostelcos”” podem podem 
manter os servimanter os serviçços os 
bbáásicos que são sicos que são 
obrigadas a continuar obrigadas a continuar 
provendo em seus provendo em seus 
papaííses de origemses de origem
9
2.2.
Expansão da TV pagaExpansão da TV paga
Tanto as redes comerciais dos 
EUA, quanto as TVs estatais da 
Europa perdem audiências 
diante da oferta diversificada 
de canais por assinatura.
A liberalização das 
comunicações abre o mercado 
para a TV por assinatura. 
1800
1825
1850
1875
1900
1925
1950
1975
2000
TV por assinaturaTV por assinatura
19481948-- Pequenos empreendedores em cidadezinhas 
dos EUA instalam redes de cabo para distribuir 
sinais de TV.
1972 1972 –– A FCC regulamenta o serviço que deve 
oferecer 20 canais, no mínimo. Surge a Home Box 
Office (HBO) oferecendo vídeos de eventos 
esportivos e artísticos.
1975 1975 –– Ted Turner começa a enviar sinal de seu canal 
de TV, em Atlanta, por satélite para uma audiência 
nacional.
1976 1976 –– Nova regulamentação, nos EUA, permite que 
operadoras de cabo passem a retransmitir emissoras 
captadas via satélite
1977 1977 –– O Deutsche Bundespost começa a cabear a 
Alemanha.
1980 1980 –– Turner lança a Cable News Television (CNN)
1983 1983 –– A estatal francesa Havas cria o Canal Plus
para oferecer TV por assinatura via cabo.
1984 1984 –– Fim do monopólio da AT&T sobre as 
telecomunicações dos Estados Unidos.
19841984--1985 1985 –– Estimuladas pelo interesse das 
municipalidades, expandem-se redes de cabo por 
todos os EUA. Nascem as principais operadoras: TCI, 
Comcast Cablevision, Continental Cablevision etc.
1987 1987 –– Canal Plus é privatizado juntamente com a 
Havas.
1989 1989 –– Começa a operar a SkyTV, na Inglaterra
1990 1990 –– Sobe a 54,9 milhões o número de assinantes e 
cabo, nos EUA.
1993 1993 –– Sobe a 2,6 milhões o número de residências 
com TV via satélite, no Reino Unido
1996 1996 –– O Canal Plus tem 7 milhões de assinantes em 
toda a Europa
A expansão da TV por assinatura A expansão da TV por assinatura 
resulta de comportamentos sociais resulta de comportamentos sociais 
valorizando o individual, os valorizando o individual, os 
particularismos e, sobretudo, o particularismos e, sobretudo, o 
consumo. A TVpA vai oferecer consumo. A TVpA vai oferecer 
““conteconteúúdosdos”” ao gosto do consumidor. ao gosto do consumidor. 
Na Europa, ela servirNa Europa, ela serviráá para ampliar a para ampliar a 
penetrapenetraçção do cinema hollywoodiano. ão do cinema hollywoodiano. 
A reaA reaçção da TV terrestre ao seu avanão da TV terrestre ao seu avanççoo 
serseráá um dos fatores que impulsionarum dos fatores que impulsionaráá o o 
desenvolvimento da TV digital. desenvolvimento da TV digital. 
9
10
A liberalizaA liberalizaçção e a crescente ão e a crescente ““espetacularizaespetacularizaççãoão”” da sociedade abriram espada sociedade abriram espaçços para os para 
o aparecimento e expansão de novos nego aparecimento e expansão de novos negóócios audiovisuais eletrônicos. O mais cios audiovisuais eletrônicos. O mais 
importante importante éé a televisão por assinatura, substituindo a televisão aberta. Ema televisão por assinatura, substituindo a televisão aberta. Em meados meados 
da dda déécada 1990, a radiodifusão paga por cabo e satcada 1990, a radiodifusão paga por cabo e satéélite jlite jáá se tornara tão ou mais se tornara tão ou mais 
importante do que a radiodifusão aberta e terrestre em muitos paimportante do que a radiodifusão aberta e terrestre em muitos paííses capitalistas ses capitalistas 
centrais, dentre eles, os Estados Unidos.centrais, dentre eles, os Estados Unidos.
Ascensão da TV pagaAscensão da TV paga
 TV a 
cabo TV satelital
Apenas TV 
terrestre
 TV a 
cabo 
 TV 
satelital 
Apenas TV 
terrestre 
Canadá 74 .. .. 64 17 19
Dinamarca 58 10 32 58 27 15
Finlândia 43 8 49 46 11 43
França 9 1 90 15 12 73
Alemanha 48 29 22 57 38 6
Italia .. 3 .. 0 15 84
Japão 31 27 42 73 38 0
Coréia 49 .. .. 77 10 13
Holanda 100 5 0 93 7 0
Reino Unido 7 17 76 13 31 56
Estados Unidos 65 2 33 59 25 16
1
 Dados de 2002, para Canadá, França, Alemanha e Holanda. 
 Dados de 2003, para Dinamarca e 2005 para os demais
Fonte: OECD e UIT
1995 2002/2003/20051
10
Plataformas de TV 
por domicílios com 
TV (%)
Lares com TV paga jLares com TV paga jáá são maioriasão maioria
Desde 2010, no mundo, o nDesde 2010, no mundo, o núúmero de domicmero de domicíílios com acesso lios com acesso àà TV terrestre TV terrestre ““livrelivre”” éé
menor do que o de domicmenor do que o de domicíílios que pagam para assistir televisão. Apenas na Amlios que pagam para assistir televisão. Apenas na Améérica rica 
Latina, a TV Latina, a TV ““livrelivre”” continua crescendo mas, por outro, continua crescendo mas, por outro, éé tambtambéém onde a TV paga m onde a TV paga 
cresce mais aceleradamente. Certamente, o Brasil estcresce mais aceleradamente. Certamente, o Brasil estáá contribuindo muito para os contribuindo muito para os 
resultados recentes de expansão da TV por assinatura (13 milhõesresultados recentes de expansão da TV por assinatura (13 milhões em 2011). em 2011). 
11
11
21
12
A lA lóógica da radiodifusão fechadagica da radiodifusão fechada
A radiodifusão fechada se expandiu em um ambiente 
político e ideológico comandado pelo mercado (“neo-
liberalismo”), à margem ou contra as antigas regras de 
serviço público herdadas do “fordismo”. Os 
investidores tendem a constituir cadeias produtivas 
integrando os processos de radiodifusão e 
telecomunicações, dentro da lógica da “convergência”. 
Ao mesmo tempo, sobretudo devido ao satélite, 
internacionalizam a programação, logo as audiências: a 
programação de um canal de TV de um país pode ser 
inteiramente difundida em qualquer outro país. 
Fabricantes de equipamentos
EstEstúúdiodio
Co
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o
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ProduProduçção de conteão de conteúúdosdos
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ProgramaProgramaççãoão
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DistribuiDistribuiççãoão
Sistemas Sistemas 
servidoresservidores TransmissãoTransmissão
RecepRecepççãoão
Produtores de Produtores de 
conteconteúúdosdos
Por Por ““conteconteúúdodo”” entendeentende--se se 
filmes, espetfilmes, espetááculos culos 
artartíísticos ou esportivos, sticos ou esportivos, 
programas jornalprogramas jornalíísticos ou sticos ou 
de auditde auditóório, jogos rio, jogos 
eletrônicos, seletrônicos, síítios e blogs tios e blogs 
na internet etc., etc., na internet etc., etc., 
visando entretenimento, visando entretenimento, 
informainformaçção, cultura ou ão, cultura ou 
educaeducaççãoão
Em princEm princíípio, a quantidade pio, a quantidade 
de produtores de produtores éé infinitainfinita
ProgramadoresProgramadores
Organizam os Organizam os 
conteconteúúdos em dos em 
““canaiscanais”” de de 
programaprogramaçção que ão que 
podem ser podem ser lineareslineares, , 
nãonão--lineareslineares ou ou 
reticulares reticulares 
(internet).(internet).
Em princEm princíípio, a pio, a 
quantidade de quantidade de 
programadores programadores 
pode ser muito pode ser muito 
grandegrande
Operadores de redeOperadores de rede
Implantam e gerenciam Implantam e gerenciam 
a infraa infra--estrutura estrutura 
((““plataformaplataforma””) de acesso ) de acesso 
e, geralmente, e, geralmente, 
organizam os organizam os ““pacotespacotes””
de programade programaçção linear.ão linear.
Pode haver barreiras Pode haver barreiras àà
entrada de muitos entrada de muitos 
operadores, mas as operadores, mas as 
situasituaçções variam ões variam 
conforme os mercados e conforme os mercados e 
as tecnologias.as tecnologias.
UsuUsuááriosrios
Dispõem de Dispõem de 
diferentes diferentes 
dispositivos para dispositivos para 
acesso a acesso a 
conteconteúúdos, desde dos, desde 
a TV ou o a TV ou o 
computador, atcomputador, atéé
terminais mterminais móóveis.veis.
BeneficiamBeneficiam--se da se da 
multiplicamultiplicaçção das ão das 
plataforma de plataforma de 
acessoacesso
Cadeia produtiva do espetCadeia produtiva do espetááculoculo
13
12
A indústria de entretenimento e as 
corporações mediáticas 
estadunidenses dominam 
amplamente o novo cenário das 
comunicações. A hegemonia 
mundial dos EUA em larga medida 
se apóia nesse seu soft power
 Empresa País Vendas 
(USD 109) 
1 Time Warner EUA 29,4 
2 Walt Disney EUA 20,5 
3 Comcast EUA 20,1 
4 Viacom EUA 19,1 
5 News Corp.* EUA 14,9 
6 NBC Universal EUA 12,9 
7 DirecTV EUA 10,3 
8 Liberty Media EUA 7,7 
9 Vivendi Universal França 7,3 
10 ARD** Alemanha 6,8 
11 BBC*** RU 6,8 
12 Sony** Japão 6,8 
13 BSkyB RU 6,7 
14 Echostar EUA 6,7 
15 NHK*** Japão 6,3 
16 RTL Group Luxemburgo 5,7 
17 Cox Enterprises EUA 5,1 
18 Cablevision EUA 4,9 
19 Fuji TV Japão 4,4 
20 Mediaset Italia 4,3 
 
Maiores grupos mediáticos globais 
(2004)
* Ano fiscal findo em junho 2004 
** Ano fiscal encerrado em dezembro 2003 
*** Ano fiscal encerrado em março 2004
Fonte: IDATE
Toda a indToda a indúústria audiovisual stria audiovisual 
brasileira faturou USD 6,8 bilhões brasileira faturou USD 6,8 bilhões 
em 2005em 2005
A receita total da televisão A receita total da televisão 
terrestre brasileira foi de USD 3,9 terrestre brasileira foi de USD 3,9 
bilhões (R$ 9,5 bilhões), em 2005bilhões (R$ 9,5 bilhões), em 2005
A receita total da TV paga, no A receita total da TV paga, no 
Brasil, foi de USD 2,1 bilhões (R$ Brasil, foi de USD 2,1 bilhões (R$ 
5,04 bilhões), em 20055,04 bilhões), em 2005
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20
05
Por isso, a Europa adotou a 
diretriz Televisão sem Fronteiras
que visa proteger a produção 
audiovisual européia da 
“invasão americana”
Os novos donos do poderOs novos donos do poder
14
CorporaCorporaçção Disneyão Disney
Principais acionistas:Principais acionistas:
Steve Jobs (7,35%); Fidelity (5,5%); State Street (3,64%), AXA (2,9%); 
Vanguard (2,6%); Southeastern Asset Management (2,6%); Legg Mason
(2,38%); State Farm (2,2%); Kingdon Holdings (1%)
ProgramaProgramaççãoão AUDIÊNCIAAUDIÊNCIATransporteTransporte
EntregaEntrega
Elaboração do autor, com base em Arsenault e Castells (2008)
ProduProduççãoão
Walt Disney Studios
Radio Disney
Touchstone
UTV Software (India)
Disney Channel
ABC ABC CableCable
Hyperion (livros)
ESPN
USD 34,3 
bilhões em 
190 países 
(2008)
Pixar
Walt Disney Internet
Buena Vista
Club Penguin (internet)
Jetix Channel Miramax
Disney Music
ABC Network
15
13
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jpg
Principais acionistas:Principais acionistas:
Dodge&Cox (7,14%); AXA (5,79%); Capital Group (4,6%); Fidelity
(4,13%); Goldman Sachs (3,25%); Liberty Media (3%); Vanguard (2,95%); 
Muneef Tarmoon - EAU (2,39%)
ProgramaProgramaççãoão AUDIÊNCIAAUDIÊNCIATransporteTransporte
EntregaEntrega
Elaboração do autor, com base em Arsenault e Castells (2008)
ProduProduççãoão
HBO
Boomerang
Hanna Barbera
Warner Brothers
Cartoon Network
Cinemax
TimeWarnerTimeWarner
CableCable
TCM
CNN Mobile
AOL
USD 43,7 
bilhões 
(2008)
CNN TNTHBO
CNN
Cartoon Network
Time Inc.
Netscape
47 canais 
regionais e 
locais (EUA )
Boomerang
Cartoon Network
Cinemax
TCM
CNN Mobile
AOL
TNTHBO
CNN
CorporaCorporaçção Timeão Time--WarnerWarner
16
FidelityFidelity TimeTime--Warner (4,13%), Disney (5,5%), News Warner (4,13%), Disney (5,5%), News CorpCorp
(0,96%), Google (11,49%), Yahoo! (1,6%), Apple (6,4%).(0,96%), Google (11,49%), Yahoo! (1,6%), Apple (6,4%).
AXAAXA TimeTime--Warner (5,79%), Disney (2,9%), CBS (12,2%), Warner (5,79%), Disney (2,9%), CBS (12,2%), 
Microsoft (1,26%), Apple (3,86%).Microsoft (1,26%), Apple (3,86%).
VanguardVanguard TimeTime--Warner (2,95%), Disney (2,6%) e na Warner (2,95%), Disney (2,6%) e na 
Microsoft (2,5%).Microsoft (2,5%).
Goldman SachsGoldman Sachs TimeTime--Warner (3,25%), CBS (6,8%), Microsoft Warner (3,25%), CBS (6,8%), Microsoft 
(1,2%), Yahoo! (2,02%)(1,2%), Yahoo! (2,02%)
StateState StreetStreet Disney (3,64%), Viacom (3,46%), CBS (4,12%), Disney (3,64%), Viacom (3,46%), CBS (4,12%), 
Apple (2,96%).Apple (2,96%).
BarclayBarclay’’ss Viacom (3,5%), CBS (3,24%), Microsoft (4,05%), Viacom (3,5%), CBS (3,24%), Microsoft (4,05%), 
Apple (3,69%).Apple (3,69%).
Capital Capital ResearchResearch CBS (5,95%), Google (8,3%), Yahoo! (11,6%).CBS (5,95%), Google (8,3%), Yahoo! (11,6%).
O capital financeiro e o entretenimento mediO capital financeiro e o entretenimento mediááticotico
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRGRhCKOFkR1PmvLlisYFG1JCRPL4EE6YxH3FsX5DJ3rQPEVNOMVQ, acesso em 25/05/2011
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(20
08
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17
14
3.3.
TV DigitalTV Digital
Meio de transmissão
AnalAnalóógicogico
A TV hoje (analA TV hoje (analóógica, terrestre)gica, terrestre)
ESTÚDIO
Qu
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dig
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l
An
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An
alóó
gic
o
gic
o
Analógico
RECEPRECEPÇÇÃOÃO
Em termos tEm termos téécnicos, dizemos que o meio de transmissão constitui uma cnicos, dizemos que o meio de transmissão constitui uma ““plataformaplataforma””. . 
Quando a transmissão Quando a transmissão éé atmosfatmosféériaria, diz, diz--se que a plataforma se que a plataforma éé terrestreterrestre (TV(TV--T)T)
Imagem formada Imagem formada 
por 430 pixels por por 430 pixels por 
segundo, num segundo, num 
canal de 6 MHz canal de 6 MHz 
(EUA, Brasil) ou 8 (EUA, Brasil) ou 8 
MHz (Europa). MHz (Europa). 
18
15
TV DIGITAL TERRESTRE
A TV digitalA TV digital
ESTÚDIO
Qu
as
e 
tud
o 
dig
ita
l Digital
CABO OU SATÉLITE
A TVD pode ser A TVD pode ser ““terrestreterrestre”” (TVD(TVD--T), a cabo (TVDT), a cabo (TVD--
C), a satC), a satéélite (TVDlite (TVD--S) ou mS) ou móóvel (TVDvel (TVD--M). M). 
Imagem em alta definiImagem em alta definiçção ão éé formada por formada por 
1.900 pixels por segundo: a TV anal1.900 pixels por segundo: a TV analóógica gica 
exigiria um canal de 20 a 30 MHz (os exigiria um canal de 20 a 30 MHz (os 
japoneses haviam conseguido desenvolver japoneses haviam conseguido desenvolver 
um sistema de compressão para 8,5 MHz). um sistema de compressão para 8,5 MHz). 
A digitalizaA digitalizaçção torna possão torna possíível a vel a 
compressão do sinalcompressão do sinal..
19
Modelos de negModelos de negóócioscios
Na TVDNa TVD--T, um canal de 6 MHz pode transmitir de uma a oito programaT, um canal de 6 MHz pode transmitir de uma a oito programaçções ões 
((““canaiscanais””) simultâneas. Isso depende da quantidade de informa) simultâneas. Isso depende da quantidade de informaçções (ões (MbMb/s) /s) 
enviada pela emissora. Em alta definienviada pela emissora. Em alta definiçção (TVAD ou HDTV), ão (TVAD ou HDTV), éé necessnecessáário enviar rio enviar 
19 19 MbMb/s de informa/s de informaçção e, por isto, são e, por isto, sóó ““passapassa”” uma programauma programaçção por canal. Se a ão por canal. Se a 
definidefiniçção (resoluão (resoluçção) ão) éé menor, enviamenor, envia--se menos informase menos informaçção e consegueão e consegue--se se 
““passarpassar”” entre duas atentre duas atéé quatro (MPEGquatro (MPEG--2) ou oito 2) ou oito ““canaiscanais”” (H(H--264). 264). 
20
Não Não éé a tecnologia que a tecnologia que 
decide o modelo de decide o modelo de 
negnegóócios a ser adotado, cios a ser adotado, 
mas os interesses mas os interesses 
econômicos e poleconômicos e polííticos ticos 
decidem que tecnologia decidem que tecnologia 
adotar em funadotar em funçção dos ão dos 
negnegóócios que interessam...cios que interessam...
A regulamentaA regulamentaçção ão 
europeuropééia impôs a definiia impôs a definiçção ão 
padrão para permitir padrão para permitir 
multiprogramamultiprogramaçção na TVDão na TVD--
T. Nos EUA, a FCC deixou T. Nos EUA, a FCC deixou 
este ponto em aberto (o este ponto em aberto (o 
““mercadomercado”” que que 
resolvesse...).resolvesse...).
16
31
Papel do EstadoPapel do Estado
21
PROJETOS POLPROJETOS POLÍÍTICOSTICOS
1)1) ConstruConstruçção da ão da ““sociedade da informasociedade da informaççãoão””:: difundemdifundem--se as idse as idééias sobre ias sobre 
““informatizainformatizaçção da sociedadeão da sociedade”” como caminho para gerar novas como caminho para gerar novas 
possibilidades de dinamizapossibilidades de dinamizaçção da economia, democratizaão da economia, democratizaçção do acesso ao ão do acesso ao 
conhecimento, abertura de oportunidades e expansão dos empregos.conhecimento, abertura de oportunidades e expansão dos empregos. O GO G--7 7 
adota oficialmente a adota oficialmente a ““sociedade da informasociedade da informaççãoão”” em 1995.em 1995.
2)2) Reordenar e abrir as comunicaReordenar e abrir as comunicaçções ões àà concorrência:concorrência: corporacorporaççõesões--redes e redes e 
conglomerados mediconglomerados mediááticos pressionam a favor de ambientes competitivos e ticos pressionam a favor de ambientes competitivos e 
pelo fim dos monoppelo fim dos monopóólios nas comunicalios nas comunicaçções. Governos e parlamentos ões. Governos e parlamentos 
revogam os monoprevogam os monopóólios na dlios na déécada 1980cada 1980--1990. 1990. 
3)3) Defesa e fomento da indDefesa e fomento da indúústria nacional:stria nacional: EUA, Japão e União Européia 
entenderão que a “convergência” (internet, TVD, móvel) pode ser vetor de 
fortalecimento de suas cadeias produtivas eletro-eletrônicas, daí
coordenando decisões financeiras, normativas ou técnicas favoráveis às 
suas empresas e à expansão dos empregos (políticas industriais pró-ativas).
4)4) OtimizaOtimizaçção e valorizaão e valorizaçção do acesso ao espectro:ão do acesso ao espectro: o avano avançço das comunicao das comunicaçções ões 
mmóóveis introduz custo de acesso ao espectro de freqveis introduz custo de acesso ao espectro de freqüüência, permitindo a ência, permitindo a 
obtenobtençção de receitas, em leilões, que ajudarão na reduão de receitas, em leilões, que ajudarão na reduçção dos dão dos dééficits ficits 
ppúúblicos. blicos. 
5)5) Defesa e fomento das culturas nacionais:Defesa e fomento das culturas nacionais: éé um tema particularmente sensum tema particularmente sensíível vel 
na Europa, sendo alvo de polna Europa, sendo alvo de polííticas regulatticas regulatóórias explrias explíícitas. citas. 
32
AlianAliançça radiodifusoras, inda radiodifusoras, indúústria, Estadostria, Estado
JAPÃOJAPÃO
•••••••• A radiodifusora estatal NHK, associada A radiodifusora estatal NHK, associada àà indindúústria eletrostria eletro--eletrônica japonesa, inicia eletrônica japonesa, inicia 
pesquisasem TV analpesquisas em TV analóógica de alta definigica de alta definiçção (TVAD) nos anos 1970. O sistema, ão (TVAD) nos anos 1970. O sistema, 
denominado denominado HiVisionHiVision//MuseMuse demonstrademonstra--se operacional no inse operacional no iníício da dcio da déécada 1980.cada 1980.
•••••••• As transmissões, no Japão, em As transmissões, no Japão, em HiVisionHiVision//MuseMuse, come, começçam em 1989.am em 1989.
EUROPAEUROPA
•••••••• Radiodifusoras estatais, sob forte pressão de polRadiodifusoras estatais, sob forte pressão de polííticas liberalizantes e da expansão ticas liberalizantes e da expansão 
da TV por assinatura, pretendem adotar o sistema da TV por assinatura, pretendem adotar o sistema MAC MAC (anal(analóógico) para transmitir gico) para transmitir 
TVAD por satTVAD por satéélite.lite.
•••••••• A U.E. pressionada por sua indA U.E. pressionada por sua indúústria eletrostria eletro--eletrônica (Phillips, eletrônica (Phillips, BoshBosh etc.) rejeita etc.) rejeita 
proposta de adoproposta de adoçção do padrão japonês (ão do padrão japonês (DubrovnikDubrovnik, maio de 1986)., maio de 1986).
EUAEUA
•••••••• OrganizaOrganizaçções de radiodifusão, perdendo mercado para a ões de radiodifusão, perdendo mercado para a 
TV por assinatura, e a indTV por assinatura, e a indúústria eletrostria eletro--eletrônica eletrônica 
(perdendo mercado para os japoneses) provocam a FCC, (perdendo mercado para os japoneses) provocam a FCC, 
em fevereiro de 1987, a pensar na TVAD. em fevereiro de 1987, a pensar na TVAD. ÉÉ formada uma formada uma 
comissão (ACATS) com 58 entidades e empresas, liderada comissão (ACATS) com 58 entidades e empresas, liderada 
pelas grandes redes comerciais (CBS, NBC e ABC).pelas grandes redes comerciais (CBS, NBC e ABC).
•••••••• A FCC exige uma soluA FCC exige uma soluçção que coubesse num canal de 6 ão que coubesse num canal de 6 
MHz. A indMHz. A indúústria proporstria proporáá a completa digitalizaa completa digitalizaçção.ão.
22
Em marEm marçço de 1990, a o de 1990, a 
FCC anuncia sua FCC anuncia sua 
decisão pela TV decisão pela TV 
digital e fecha o digital e fecha o 
mercado dos EUA ao mercado dos EUA ao 
HiVisionHiVision--MuseMuse. Em . Em 
setembro, os setembro, os 
europeus anunciam o europeus anunciam o 
seu sistema seu sistema DVBDVB. O . O 
Japão renuncia ao Japão renuncia ao 
HiVisionHiVision//MuseMuse e e 
anuncia o anuncia o ISDBISDB em em 
1997.1997.
17
33
Condicionantes sCondicionantes sóóciocio--ambientais das tecnologiasambientais das tecnologias
EUA (ATSC)EUA (ATSC)
A tecnologia estadunidense foi concebida para a TV terrestre, A tecnologia estadunidense foi concebida para a TV terrestre, obedecendo obedecendo ààs s 
caractercaracteríísticas geogrsticas geográáficas e arquitetônicas de bairros e cidades de classe mficas e arquitetônicas de bairros e cidades de classe méédia dia 
consumidora: edificaconsumidora: edificaçções baixas e geografia plana. Testes realizados em São Paulo ões baixas e geografia plana. Testes realizados em São Paulo 
(Brasil) demonstraram que ela não (Brasil) demonstraram que ela não éé apropriada para apropriada para ááreas com concentrareas com concentraçção de ão de 
prpréédios altos e geografia acidentada.dios altos e geografia acidentada.
EUROPA (DVB)EUROPA (DVB)
A tecnologia europA tecnologia europééia foi concebida para todas as plataformas (DVBia foi concebida para todas as plataformas (DVB--T, DVBT, DVB--S, S, 
DVBDVB--C, DVBC, DVB--M), obedecendo M), obedecendo ààs caracters caracteríísticas geogrsticas geográáficas (grandes planficas (grandes planíícies) e cies) e 
urbanas (edificaurbanas (edificaçções baixas) da maior parte do continente. Buscou favorecer a ões baixas) da maior parte do continente. Buscou favorecer a 
multiprogramamultiprogramaçção na TVDão na TVD--T e ser captada por receptores se movendo em alta T e ser captada por receptores se movendo em alta 
velocidade (TGV velocidade (TGV –– trem a grande velocidade).trem a grande velocidade).
JAPÃO (ISDB)JAPÃO (ISDB)
A tecnologia japonesa foi concebida para todas as A tecnologia japonesa foi concebida para todas as 
plataformas (ISDBplataformas (ISDB--T, ISDBT, ISDB--S, ISDBS, ISDB--C, ISDBC, ISDB--M), obedecendo M), obedecendo 
as caracteras caracteríísticas geogrsticas geográáficas (orografia acidentada, ficas (orografia acidentada, 
terremotos) e urbanas (cidades verticais) das ilhas terremotos) e urbanas (cidades verticais) das ilhas 
japonesas. Quando lanjaponesas. Quando lanççada, era a ada, era a úúnica que permitia a nica que permitia a 
receprecepçção direta do sinal da TV terrestre em receptores ão direta do sinal da TV terrestre em receptores 
portportááteis ou mteis ou móóveis (celulares). Das três opveis (celulares). Das três opçções, ões, éé a mais a mais 
““robustarobusta”” conforme testes realizados na cidade de São Paulo conforme testes realizados na cidade de São Paulo 
(Brasil).(Brasil).
23
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20
11
Por que TV digital?Por que TV digital?
24
Moral da história:
Num cenNum cenáário de crise geral e de busca de sario de crise geral e de busca de saíídas das 
atravatravéés das TICs digitais, a inds das TICs digitais, a indúústria eletrônica stria eletrônica 
percebe a TVAD (depois TV digital) como umpercebe a TVAD (depois TV digital) como um novo novo 
campo de investimentocampo de investimento,, de renovade renovaçção de mercados, ão de mercados, 
logo de recuperalogo de recuperaçção dos empregos, das rendas e do ão dos empregos, das rendas e do 
dinamismo econômico.dinamismo econômico. As decisões cruciais As decisões cruciais 
resultaram de decisões estratresultaram de decisões estratéégicas tomadas pelos gicas tomadas pelos 
principais atores econômicos e polprincipais atores econômicos e polííticos.ticos.
18
4.4.
Convergência dos meiosConvergência dos meios
InfocomunicaInfocomunicaççõesões
TICs
ATIVIDADES DE TRATAMENTO
(processamento e arquivamento)
ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO
(transporte)
BurocraciaBurocracia
(trabalho vivo)(trabalho vivo)
RadiodifusãoRadiodifusãoTelecomunicaTelecomunicaççõesões
Tecnologias de comunicação
(telegrafia, telefonia, radiofonia etc.)
Ascenção dos serviços 
pagos:
Murdoch (R.U.), Canal 
Plus (França), 
Bertelsmann (Alemanha), 
muitos operadores (EUA) 
etc.
D
IG
IT
A
L
D
IG
IT
A
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D
IG
IT
A
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D
IG
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IG
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IG
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D
IG
IT
A
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IG
IT
A
L
LiberalizaLiberalizaçção do mercado de ão do mercado de 
telecomunicatelecomunicaçções; conglomerados globais ões; conglomerados globais 
internalizaminternalizam as redes (corporaas redes (corporaççõesões--redes)redes)
Anos 1970:
automatização 
dos 
escritórios
1984
Fim do 
monopólio da 
AT&T
Desenvolvimento e oferta de serviços, de 
de conteúdos, de marcas
IBM (EUA), Nike (EUA), Diesel (Italia), 
Toyota (Japão), AOL-TimeWarner (EUA), 
Microsoft (EUA), Google (EUA), HSBC e 
outros grandes bancos globais etc
D
IG
IT
A
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IG
IT
A
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IG
IT
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IG
IT
A
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Lenta Lenta 
liberalizaliberalizaççãoão
1998
TVD 
terrestre 
nos EUA e 
no R.U.
25

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