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CCJ0001-PA-04-Fundamentos das Ciências Sociais-15807

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			 Plano de Aula: 4 - Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas.
			 FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
			
		
		
			Título
			4 - Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas.
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				1
			
			Número de Semana de Aula
			
				4
			
 
 Tema
		 A formação do pensamento político moderno e as questões básicas da Ciência Política.
		
		 Objetivos
		 Apresentar as contribuições dos teóricos formadores do pensamento político moderno.
Descrever as formas de governo.
Descrever os sistemas de governo ou regimes políticos.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 1- A formação do pensamento político moderno: Estado de Natureza, Contrato Social e Estado Civil na filosofia de Hobbes, Locke e Rousseau
Segundo Marilena Chauí, em Filosofia. Ed. �tica, São Paulo, 2000), o conceito de estado de natureza tem a função de explicar a situação pré-social na qual os indivíduos existem isoladamente. Duas foram as principais concepções do estado de natureza:
1.1- A concepção de Hobbes (no século XVII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
1.2. A concepção de Rousseau (no século XVIII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá, desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa língua generosa e benevolente. Esse estado de felicidade original, no qual os humanos existem sob a forma do bom selvagem inocente, termina quando alguém cerca um terreno e diz: "É meu". A divisão entre o meu e o teu, isto é, a propriedade privada, dá origem ao estado de sociedade, que corresponde, agora, ao estado de natureza hobbesiano da guerra de todos contra todos.
O estado de natureza de Hobbes e o estado de sociedade de Rousseau evidenciam uma percepção do social como luta entre fracos e fortes, vigorando a lei da selva ou o poder da força. Para fazer cessar esse estado de vida ameaçador e ameaçado, os humanos decidem passar à sociedade civil, isto é, ao Estado Civil, criando o poder político e as leis. A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de um contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro – o soberano – o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. O contrato social funda a soberania.
1.3- John Locke e a teoria liberal 
Para esse autor, o Estado existe a partir do contrato social. Tem as funções que Hobbes lhe atribui, mas sua principal finalidade é garantir o direito natural da propriedade.
Dessa maneira, a burguesia se vê inteiramente legitimada perante a realeza e a nobreza e, mais do que isso, surge como superior a elas, uma vez que o burguês acredita que é proprietário graças ao seu próprio trabalho, enquanto reis e nobres são parasitas da sociedade.
O burguês não se reconhece apenas como superior social e moralmente aos nobres, mas também como superior aos pobres. De fato, se Deus fez todos os homens iguais, se a todos deu a missão de trabalhar e a todos concedeu o direito à propriedade privada, então, os pobres, isto é, os trabalhadores que não conseguem tornar-se proprietários privados, são culpados por sua condição inferior. São pobres, não são proprietários e são obrigados a trabalhar para outros seja porque são perdulários, gastando o salário em vez de acumulá-lo para adquirir propriedades, seja porque são preguiçosos e não trabalham o suficiente para conseguir uma propriedade.
2. Formas de governo
Leva-se em conta a estrutura de poder e as relações entre os vários órgãos dos quais a Constituição solicita o exercício do poder.
2.1. Tipologias Clássicas:
Realeza: é o governo de um só. Pode degenerar em tirania.
Aristocracia: governo de um grupo ou poucos grupos. Pode degenerar em oligarquia.
Democracia: governo de muitos, aquele em que o povo elege seus representantes, direta ou indiretamente. Pode degenerar em demagogia.
Realeza, aristocracia e democracia seriam formas puras de governo, pois o governante governaria visando o bem comum, o interesse público. Já tirania, oligarquia e demagogia seriam formas degenerativas, onde os governantes só visariam seus interesses próprios.
2.2. Formas de governo possíveis a partir da constituição do Estado Moderno: 
2.2.1. Monarquia: na forma monárquica a autoridade é exercida por um soberano. 
Caacterísticas principais da Monarquia:
Vitaliciedade
Hereditariedade
Irresponsabilidade
2.2.2. República: a forma republicana adota regras (como a ideia de maioria) para a formação da vontade coletiva.
O principal filósofo antigo a pensar a república foi o orador romano Cícero. A palavra república vem do latim, e quer dizer, literalmente, coisa pública (res = coisa). Para Cícero a república era aquela associação de homens orientada por interesses comuns e dirigida por leis reconhecidas por todos. Enquanto que a idéia de democracia está diretamente vinculada à questão “quem governa?� (Resposta: governa o povo), a idéia de república está vinculada à questão “como governa?�. A resposta, neste caso é “Governa em prol do bem comum�. As decisões, medidas e políticas de uma república devem ser sempre orientadas para o bem comum, isto é, por aquilo que satisfaz a anseios que são comuns a todos os cidadãos.
Características principais da República:
Temporariedade
Eletividade (representatividade popular)
Responsabilidade 
3. Sistemas de Governo ou Regimes Políticos
Classificação de acordo com as relações entre Legislativo e Executivo.
3.1 Presidencialismo
Nítida separação entre a função executiva e a legislativa.
Presidente da República é chefe de Estado e de Governo.
Eleição direta do Presidente da República.
Responsabilidade dos integrantes do governo perante o Presidente e deste perante a população (impeachment).
Presidente é escolhido pelo povo por tempo determinado.
3.2 Parlamentarismo
Relações de dependência entre o Executivo e o Legislativo.
A chefia do Executivo é dividida entre chefe de Estado e chefe de governo.
Escolha do chefe de Governo pelo Parlamento (aprovação pela maioria parlamentar).
Responsabilidade dos integrantes do governo (Gabinete) perante o Parlamento (perda da maioria parlamentar ou voto de desconfiança).
Responsabilidade do Parlamento (possibilidade de dissolução do Parlamento pelo chefe de Estado).
Parlamento fixa a política do Estado, ou, pelo menos, decide sobre sua validade.
Chefe de Estado representa o país e é referência de ordem moral.
Chefe de Governo toma todas as decisões políticas.
	
	 Aplicação Prática Teórica
 Questão discursiva:
Leia o texto abaixo e responda as perguntas apresentadas:
“(Rousseau), ao ler descrições sobre os índios brasileiros diz: “eis aqui o Bom Selvagem, como sempre sonhei!� O índio brasileiro é o último remanescente na existência de um Estado de Natureza, do elo perdido do paraíso. A partir da descrição do modo de vida do índio brasileiro, de sua relação idílica com sua ambiência, Rousseau constrói oMito do Bom Selvagem�. (www.notasdeaula.org.br/Filosofia do Direito). 
Com base no estudado nesta aula, explique a diferença entre a concepção rousseauniana do “bom selvagem� e a concepção hobbesiana da natureza humana. 
Questão de múltipla escolha:
 No que se refere à forma e o regime de governo, o Brasil, atualmente, vigora a:
A)	Monarquia Parlamentarista
B)	Monarquia Absoluta
C)	República Aristocrática
D)	República Parlamentarista
E)	República Presidencialista

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