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PNAB e ESF

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Mariana Freitas – 1º semestre 
PINESC 
 
1 
Introdução 
A atenção básica tem sido pensada e desenvolvida 
desde o século XX com o relatório Dawson de 1922, 
sendo uma rede multifacetada de serviço com sede 
nos centros primários. Assim, a conferência 
internacional de Alma Ata incorporou os elementos 
das experiências dos países, propondo cuidados 
primários com a saúde para a mudança da vida social. 
No Brasil, essa experiência data da primeira metade 
do século XX, nesse período foi pensado a construção 
de um novo modelo assistencial, que se materializou 
com a implantação do Pacs (programa de agentes 
comunitários) e PSF (programa de saúde da família), 
sendo a ESF (estratégia de saúde da família) a junção 
destes dois. Destacam-se no Brasil as práticas de 
promoção e prevenção à saúde, além do acolhimento, 
vínculo e adscrição da clientela, territorialização e 
responsabilidade sanitária, trabalho em equipe 
multiprofissional, as ações individuais e coletivas e a 
retaguarda do apoio matricial. 
 
PNAB 
É a Política Nacional de Atenção Básica e tem versões 
em 2006, 2011 e 2017. 
 
Na primeira versão lançada, ela incorporou atributos 
da atenção básica à saúde abrangente, reconheceu a 
Saúde da Família como modelo substitutivo e de 
reorganização da AB e revisou as funções da Unidade 
Básica, entretanto, críticas ainda eram feitas em 
relação à infraestrutura inadequada, 
subfinanciamento, o modelo assistencial e a 
dificuldade de atração de profissionais médicos. 
 
Por isso, em 2011 iniciou o movimento de mudança da 
PNAB, que resultou em uma requalificação das UBS, 
no Programa de Melhoria ao Acesso e da Qualidade 
(PMAQ) e no Programa Mais Médicos (PMM), além da 
criação do e-SUS, incluindo a oferta de prontuário 
eletrônico e foram alteradas normativas visando à 
sua ampliação e ao aprimoramento. 
 
Essas iniciativas, no entanto, não foram suficientes 
para o enfrentamento do subfinanciamento, da 
precarização das relações de trabalho, da formação 
profissional, da integração da AB com os demais 
componentes das redes de atenção, isso se somam 
reivindicações dos gestores municipais por mais 
autonomia, apoio financeiro e provimento de médicos, 
por isso foi necessária uma outra versão desse 
documento, lançada em 2017. 
 
Mudanças nos princípios, diretrizes e conceitos 
centrais das edições de 2011 e 2017: 
Continuidades: Os princípios e diretrizes aparecem, 
em suma, conservados (universalidade, equidade, 
integralidade, regionalização e hierarquização, 
territorialização, população adscrita, cuidado 
centrado na pessoa, resolutividade, longitudinalidade 
do cuidado, ordenação da rede e participação da 
comunidade). 
 
Descontinuidades: É retirada a palavra "democrática" 
referente ao formato das práticas de cuidado e 
gestão, além da palavra "humanização" também 
desaparecer dos princípios. 
Agregações: Inclusão de "cuidados paliativos" e 
"vigilância da saúde" ao conceito de AB. 
 
Mudanças nos aspectos organizativos e funcionais 
das edições de 2011 e 2017: 
Continuidades: Permanecem os tipos de profissionais 
do ESF e suas atribuições (menos de agente 
comunitário), além dos tipos de equipe especiais, 
também permanece a afirmação discursiva da ESF 
Mariana Freitas – 1º semestre 
PINESC 
 
2 
como modalidade prioritária de implantação da AB no 
Brasil. 
 
Descontinuidades: A PNAB 2017 reconhece outras 
formas de organização da AB sem ser a ESF. O 
número recomendado de pessoas por equipe passa a 
ser na faixa de 2000-3500 (a PNAB anterior só 
indicava que o limite era 4000 pessoas). O número 
mínimo de agentes de saúde por equipe, que antes 
era de 4, não está definido, portanto, passa a ser 1. 
Foi retirada a possibilidade de médicos terem carga 
horária de 20-30 horas, sendo todos os funcionários 
com 40 horas. 
 
Agregações: Introdução de conceitos como "padrão 
essencial"(ações e procedimentos básicos de acesso 
e qualidade) e "padrão ampliado"(estratégicos para 
atingir altos padrões de acesso e qualidade), possibilita 
também a inserção do agente comunitário como 
parte da equipe de saúde da família, já nas equipes 
de atenção básica, estão previstas as cargas 
horárias mínimas para seus profissionais de 10 horas 
e sem a obrigatoriedade da participação de um 
agente comunitário. 
 
Mudanças nos aspectos de gestão e financiamento 
das edições de 2011 e 2017: 
Continuidades: Grande maioria das responsabilidades 
dos três entes federados permanecem. 
 
Agregações: A figura do gerente da UBS e suas 
atribuições (objetivando qualificar o processo de 
trabalho nas UBS com recomendações de atribuições 
para esse profissional, assim, considera-se positiva a 
introdução de uma gerência desde que envolva 
critérios profissionais e não meramente políticos), 
também houve a constante menção sobre a 
necessidade de adequação da AB às diferentes 
realidades de cada local, além da previsão de 
agregação de modalidade de financiamento federal 
com recursos condicionados à abrangência da oferta 
de ações e serviços. 
Problemas enfrentados pela PNAB 
A insuficiente legitimidade social, o baixo grau de 
coordenação de cuidado e integração com os demais 
serviços das redes de atenção, a necessidade de 
melhorar o acesso e os modos de cuidar nas unidades 
de saúde, a necessidade de formar, prover e fixar 
bons profissionais na APS, a superação do 
subfinanciamento, entre outros. 
 
ESF 
É a estratégia de reorientação do modelo assistencial, 
operacionalizada mediante a implantação de equipes 
multiprofissionais em unidades básicas de saúde. É 
realizada a busca. 
 População adscrita: População do território da 
UBS, busca estimular o vínculo e 
responsabilização entre equipe e a população, é 
organizada por equipe (equipe de atenção 
básica ou equipe de saúde da família) e o 
número de pessoas é entre 2000-3500 por 
equipe, mas pode mudar dependendo da 
necessidade 
 Cuidado Centrado na Pessoa: Ações de cuidado 
de forma singularizada, auxiliam as pessoas a 
desenvolverem conhecimentos, aptidões, 
confiança 
 Território: É necessário dinamizar a ação em 
saúde pública, assim como uma unidade 
geográfica e atender a necessidade da 
população adscrita ou as populações 
específicas 
 Ações e serviços da Atenção Básica: Ações e 
procedimentos básicos (padrão essencial), 
especificidades locais (padrão ampliado) 
 Comunicação dos serviços nas UBS: 
Identificação e horário de atendimento, mapa 
de abrangência com a cobertura de cada 
equipe, identificação do gerente da atenção 
básica no território e dos componentes de cada 
equipe da UBS, relação dos serviços disponíveis 
e detalhamento das escalas de atendimento de 
cada equipe 
Mariana Freitas – 1º semestre 
PINESC 
 
3 
Tipos de Equipe 
A Equipe de Saúde da Família cria vínculos com as 
famílias, sendo que a equipe mínima é composta por 
médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e 
agente comunitário, já na equipe máxima se adiciona 
o agente de endemia e profissionais de saúde bucal. 
 
Equipe de Atenção Básica: Demanda espontânea que 
vai até a unidade 
 
 Enfermeiro: Realiza consulta de enfermagem, 
procedimentos, solicita exames 
complementares, realiza ou supervisiona a 
escuta qualificada e a classificação de risco, 
promovem a capacitação dos agentes 
comunitários e técnicos de enfermagem 
 Técnico de enfermagem: Participa das 
atividades de atenção à saúde, realiza alguns 
procedimentos, como curativos, vacinas, 
administração de medicamentos 
 Médico: Realiza consultas clínicas, pequenos 
procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo, 
realiza estratificação de risco, elabora planos 
de cuidado para pacientes com doenças 
crônicas, encaminha para outros pontos de 
atenção, indica a necessidade de internação 
hospitalar 
 Agente comunitário de saúde: Adscrição de 
indivíduos e famílias com base geográfica 
definida e cadastrar todas as pessoas de sua 
área, manter os dados atualizados nos sistemas 
de informação da Atenção Básica, registra os 
dados de nascimento, óbitos, doenças e outros 
agravosà saúde, desenvolve ações que 
busquem à integração entre a equipe de saúde, 
informa os usuários sobre as datas e horários 
de consultas e exames 
 Agente de endemias: Executa ações de campo 
para pesquisa entomológica, malacológica ou 
coleta de reservatórios de doenças, realiza 
ações de controle de doenças 
 
Políticas, estratégias e programas 
 NASF (núcleos de apoio à saúde e família) 
 PNAB 
 PNAN 
 E-SUS 
 Requalifica UBS 
 ESF 
 Brasil Sorridente 
 PMAQ 
 Telessaúde 
 Consultório na Rua 
 Academia de Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mariana Freitas

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