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SURDEZ INFECCIOSA Marcelo Romano e Raquel Rogaciano Indeterminada. Em relação à surdez súbita, assinale a alternativa correta. a) É mais comumente apresentada bilateralmente do que unilateralmente. b) Apresenta forte evidência de bons resultados em seu tratamento com o uso de glicocorticoides orais. c) A administração intratimpânica de glicocorticoide deve ser evitada em pacientes diabéticos. d) Tem prognóstico relacionado ao perfil da curva audiométrica e grau da surdez. e) O melhor método de diagnóstico por imagem em sua avaliação é a tomografia computadorizada. Questão 1 Surdez Infecciosa Doenças infecciosas 25% das perdas auditivas profundas Indivíduos com queixas uni / bilaterais Tristeza / Depressão / Ansiedade / Isolamento social / Insegurança Ouvido humano capta 🡪 20 e 20000 Hz Surdez Infecciosa Ouvido Externo Ouvido Médio Ouvido Interno Cérebro VIEIRA, 2010 Epidemiologia Algumas alterações por causa viral Doenças Respiratórias 18% das deficiências auditivas🡪 Congênita viral 10 a cada 10 mil indivíduos por ano Doença do Sistema Nervoso Central Distúrbios periféricos auditivos e vestibulares VIEIRA, 2010 Infecções Virais VIEIRA, 2010 Mecanismo de Instalação da perda auditiva viral IVAS 🡪 perda auditiva condutiva Invasão virótica da orelha interna 3% das perdas auditivas neurossensoriais súbitas Agentes Infecciosos Paramixovírus Episten - Barr Herpes Simples Herpes Zóster Adenovírus Enterovírus Influenza Parainfluenza HIV CMV Infecções virais vírus da parotidite epidêmica (paramixovírus) comprometimento do nervo coclear em 20 % dos casos Unilateral / perda neurossensorial / início súbito Labirinto afetado vertigem ataxia vômitos Paralisia do nervo VII Perda bilateral VIEIRA, 2010 Infecções Virais Infecção por herpes zóster Reativação do gânglio geniculado, espiral e / ou vestibular Unilateral / perda neurossensorial / início súbito Clínica Zumbido vertigem Lesões cutâneas no meato auditivo externo. Paralisia facial periférica Infecção por enteroviroses Estudo sorológicos (55 pacientes) 40% 🡪 sequência de enterovírus VIEIRA, 2010 Infecções virais Infecção por HIV Fase inicial 🡪 menor acometimento otológico Sintomas 🡪 efeitos do HIV com infecções oportunistas Terapia antirretroviral morbidade mortalidade Perda auditiva neurossensorial VIEIRA, 2010 Inibidores da Transcriptase reversa Ototoxidade > HIV + / > 45 anos História prévia de perda auditiva induzida Toxoplasmose Perda auditiva vertigem CMV Infecções virais Meningites virais Crianças > 2 anos Perda auditiva neurossensoriais Principais agentes Enterovírus Vírus da parotidite epidêmica Epstein - Barr Vírus das arboviroses HIVCMV VIEIRA, 2010 Infecções Bacterianas e fúngicas – ORELHA INTERNA VIEIRA, 2010 Uni / Bilateral 90 – 99 % das meningites 2-3 meses / 5-6 anos (idade) Haemophilus influenzae tipo b meningococopneumococo Patógenos mais comuns Streptococcus pneumoniae (47%) Neisseria meningitidis (25%) Streptococcus do grupo B (12%) Streptococcus pneumoniae Ossificação da cóclea Infecção por Brucella Dano neurossensorial em 20 % dos casos Infecções Bacterianas e fúngicas – ORELHA MÉDIA VIEIRA, 2010 Infecções por Sífilis rara Maos frequente 🡪 fase terciária Sinais vestibulares Doença de Lyme Infecção por Borrelia Burgdorferi Dano neurossensorial Bilateral e súbita 🡪 20% dos casos VIEIRA, 2010 Infecções por Mycoplasma pneumoniae Uni / Bilateral Perda auditiva condutiva Otite média e mista Infecções Bacterianas e fúngicas – ORELHA MÉDIA Meningite criptocócica Mais frequente Dano neurossensorial Imunodeprimidos Imunocompetentes Bilateral e disfunção vestibular VIEIRA, 2010 Sinais e sintomas Pico = 3 anos Sequelas Febre Dor Prejuízo Auditivo Perda auditiva condutiva Colesteatoma Infecções Bacterianas e fúngicas – ORELHA MÉDIA Fatores infecciosos Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Mycoplasma pneumoniae Otite média crônica Perfuração do tímpano Otite Média Aguda : presença de fluidos na orelha média Agentes + raros Chlamydia trachomatis Mycobacterium tetani Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium chelmonae VIEIRA, 2010 Infecção do conduto auditivo externo Otite externa crônica Maceração Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus eppidermidis Staphylococcus aureus Corynebacteria Infecções Bacterianas e fúngicas – ORELHA EXTERNA Mais comuns Climas quentes e úmidos Edema difuso Irritação do conduto Otite supurativa, sem dor Raramente 🡪 tuberculose, sífilis e sarcoidose VIEIRA, 2010 Otite externa invasiva Pseudomonas aeruginosa Epitélio escamoso do conduto auditivo e áreas próximas Dor intensa , secreção purulenta, coloração esverdeada idosos diabéticos debilitadosimunodeficientes Infecções Bacterianas e fúngicas – ORELHA EXTERNA Alto risco do desenvolvimento Otite externa fúngica Infecção local e geral Mais comum 🡪 Aspergillus sp. Candida albicans 🡪 candidíase mucocutânea crônica VIEIRA, 2010 Infecções durante gestações TORCHS Perda auditiva neurossensorial de grau profundo Toxoplasma gondii corioretinite Calcificações intracranianas hidrocefalia Infecções Congênitas 14 % 🡪 Uni / Bilateral Surdez Súbita INTRODUÇÃO Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. Súbita é uma perda auditiva repentina Surdez Súbita INTRODUÇÃO Urgência Médica Desconforto do paciente Tratamento Precoce Surdez Súbita Definição Diagnóstico Perda Condutiva Neurossenso- rial Exame Físico CONCEITO Surdez Súbita A SS sem causa evidente é chamada de perda auditiva neurosensorial súbita idiopática ( PANSI ). Perda auditiva neurossensorial de pelo menos 30 dB em três frequência contíguas e instaladas em até 72 horas. é definida Surdez Súbita Epidemiologia 5 a 20 casos a cada 100.000 hb/ano Ocorre em qualquer idade, mas a maioria dos pacientes tem mais de 45 anos É responsável por 2% a 3% das queixas em Otologia Sem predomínio entre os sexos Surdez Súbita Sinais e Sintomas Sensação de plenitude aural, precedendo a instalação da surdez súbita em algumas horas ou dias. O início pode ser também súbito, a qualquer hora do dia ou rapidamente progressiva em 72horas e a evolução pode ser por uma perda estável, progressiva ou ainda flutuante. Zumbido ( 70% a 85% dos casos ) Sensação de distorção auditiva e queixas vestibulares, como Vertigem ou Instabilidade ( 40% dos casos ) 90% dos casos é unilateral Surdez Súbita Etiologia Diagnóstico Etiológico da SS é firmado em apenas 15% a 20% dos casos Viral : HSV, HIV, Citomegalovírus, Rubéola, Hespes simples Autoimune : Lúpus, Doença Imune da orelha interna, arterite temporal Metabólica : Diabetes, Dislipidemia, Insuficiência Renal Traumática : Fratura do osso temporal Circulatória : Isquemia Labiríntica, Hemorragia Labiríntica, Anemia Falciforme Bacteriana : Meningite, Sífilis Surdez Súbita Etiologia Três mecanismos fisiopatológicos : Distúrbio Microcirculatório Infecção Viral Inaparente ( causa mais provável de PANSI ) Processo Autoimune Localizado 90% dos casos sem etiologia definida. Surdez Súbita Diagnóstico : Anamnese : História prévia da doença. Antecedentes pessoais, hereditário Hábitos de vida Interrogatório sobre diversos aparelhos para identificação de possível doença metabólica, reumática ou neurológica Uso de medicamentos, de drogas Surdez Súbita Diagnóstico Exame Otológicos Inspeção do Pavilhão Inspeção da Mastóide Linfonodos Retroauriculares Otoscopia Provas de diapasão Surdez Súbita Perda auditiva neurossensorial Conduto auditivo externo livre Membrana Timpânica normal Lateralização do teste de Weber para orelha oposta Teste de Rinne positivo. Surdez Súbita Diagnóstico Exame audiométrico Audiometria Tonal Pesquisar o limiar auditivo Auxiliar na localização da lesão IntensidadeFrequências Limiar normal < 25 dB Classificação por duplo parâmetro Surdez Súbita Quanto a forma da audiometria em disacusia : Frequências Graves Frequências Agudas Frequência Plana Frequência Total Intensidade Leve ( 30 a 40 dB) Moderado ( 40 a 70 dB ) Severo ( 70 a 90 dB ) Profundo ( > 90 dB ) Surdez Súbita Achado : perda neurossensorial de ao menos 30 dB em três frequências consecutivas Surdez Súbita Diagnóstico Exames Laboratoriais Exame de Imagem Ressonância Magnética Tomografia Computadorizada Surdez Súbita Curvas audiométricas do tipo descendente (pior em agudos) ou plana Tratamento Sinais de Bom Prognóstico Perdas maior em graves Perda menor que 50 dB Tratamento precoce Sinais de Mau Prognóstico má discriminação vocal perdas severas,profundas ou anacusia acometimento em extremos de idade crise vertiginosa, zumbido intenso e distorção auditiva associados. Surdez Súbita Tratamento Clínico Corticoide sistêmico Prednisona 1 mg/kg/dia usualmente Corticoide Intratimpânico Antivirais • VIEIRA, Andrêza Batista Cheloni; MANCINI, Patrícia; GONÇALVES, Denise Utsch. Doenças infecciosas e perda auditiva. Rev Med Minas Gerais, v. 20, n. 1, p. 102-6, 2010. • Tratado de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial–ABORL-CCF, 2ª edição, Editora Rocca, São Paulo, 2011 • PILTCHER, Otavio B. et al. Rotinas em otorrinolaringologia. Artmed Editora, 2014. Referências
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