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REALIZAÇÃO Lavouras de alta performance: ambientes de produção e práticas de manejo João Dantas Considerações sobre a alta produtividade de soja i. Paradigmas: Quando se trata de produtividade, o que parece um desafio hoje, com o tempo se tornará comum. ii. Interação dos fatores: Clima é importante, mas não é possível atribuir o sucesso de uma lavoura somente a esse fator. iii. Acesso a alta produtividade: Toda lavoura de alta produtividade foi obtida com os materiais genéticos, tecnologias e manejo disponíveis a todos nós. O sucesso é atribuído nas práticas empregadas no tempo e intensidade certos ao longo de anos. iv. Escolhas: Uma lavoura de alta produtividade se constrói ao longo de anos e sempre envolve em algum momento escolhas, que podem ser difíceis, como exemplo abrir mão de uma safra a mais e inserir uma planta de cobertura ou fazer os investimentos em correção de solo. v. Pessoas: A chave da mudança na lavoura está nas pessoas. Atrás de uma boa lavoura houve dedicação, a dedicação é possível com motivação, motivação é possível quando as pessoas acreditam no progresso. vi. Diagnóstico: Há um modelo agronômico semelhante na alta produtividade, mas não uma prática que resolve todos os problemas pela variabilidade dos fatores que limitam a produtividade, por isso critérios são importantes. Importância do diagnóstico - Variação nas respostas a agroquímicos foliares – interação com clima - Variação da população de plantas com as cultivares – interação com clima, cultivares, solo - Variação nas resposta a subsolagem – interação com solos - Variação nas respostas a doses de calcário – interação com solos - Variação nas respostas a adubação de solos – interação com solos Não há uma prática de manejo comum em manejo de solos para aumentar a produtividade, por que há diferentes tipos, características e atributos de solo Estadios fenológicos e raiz DANTAS & SAKO.H 2017 Potencial de Raiz DANTAS & SAKO.H 2017 Potencial de Raiz DANTAS & SAKO.H 2017 Campeão CESB 2015 Cerrado 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 0 a 10cm 10 a 20cm 20 a 40cm 40 a 60 cm 60 a 80 cm 80 a 90 cm Desafio 127sc/ha Comercial 72sc/ha Comprimento radicular (mm/camada Fonte: Cesb; Dantas & Sako 2015 Campeão CESB 2015 Sudeste Fonte: Cesb; Dantas & Sako 2015 Comprimento radicular (mm/camada 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 0-10cm 10 a 20cm 20 a 40cm 40 a 60cm 60 a 80cm 80 a 100cm 100 a 120cm 120 a 140cm 140 a 160cm Do que a planta é formada? Estresse e fotossíntese Fonte: Tezara, Mitchell, Driscoll, Lawlor. Nature (1999) 100 sc/ha 70 sc/ha 60 sc/ha 50 sc/ha - 0,25 R u B P - 0,5 - 0,75 “Agricultura de estômato aberto” “Aproximadamente 33% dos fótons absorvidos durante fotossíntese são consumidos para reverter as consequências da oxigenação da Rubisco” Derly José Henriques Silva Prof. Ecofisiologia Vegetal - UFV Prof. Fisiologia Vegetal - UFV Fonte: Martins, O. Adriano Nunes Nesi Ribulose-1,5- bisfosfato Carboxilase/Oxigenase RuBisCO, o pilar que sustenta a vida Proteína mais importante e abundante no mundo. 50% da proteína solúvel das plantas C3 (20-30% do N total) 30% da proteína solúvel das plantas C4 (5-9% do N total) Lenta e pouco seletiva aos substratos Mecanismo de dissipação de energia do aparato fotossintético 557.000 Dalton O2 CO2 TEMPO 3 BILHÕES 400 MILHÕES 100 MILHÕES 1960 2017 CO₂ ppm 400.000 4.000 400 310 400 O₂ ppm 10.000 200.000 210.000 210.000 210.000 *surgimento da Rubisco *surgimento das plantas C3 *surgimento das plantas C4 Fonte: Martins, O. Tipos de Estresse 1) Distress térmico 2) Distress luminoso 3) Distress hídrico 4) Anaerobiose 5) Distress alumínio e metais pesados 6) Distress salino Por que a água é importante? Evapotranspiração x Fenologia 3-5 mm/dia 6-8 mm/dia Função das raízes As raízes superficiais tem a mesma função do que as mais profundas? Raiz e Água McElrone at al.(2004) New Phytologist Equação de Gardner 1960 Distribuição das raízes e absorção de água 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 5 10 15 20 25 30 35 40 S o il D e p th (c m ) Average of total root density (%) Soybeans Sorghum Corn Adaptado de Highes 1980 Distribuição das raízes e absorção de água Soil Depth (cm) Depth of water used (mm) Soil matric potential (bars) Root density distribuition (cm/cm³) Soybeans Sorghum Corn Soybeans Sorghum Corn Soybeans Sorgh um Corn 0-15 2.02 2,17 0,99 10,17 10,78 6,2 0,40 1,28 0,96 15-30 0,61 0,87 3,32 10,94 6,34 6,08 0,59 0,56 0,70 30-60 2,62 1,01 0,60 26,00 19,94 16,66 0,30 0,49 0,37 60-90 3,12 1,68 5,30 4,28 2,92 4,30 0,28 0,21 0,25 90-120 1,54 4,45 3,49 8,94 6,87 5,12 0,25 0,11 0,29 120-150 4,36 0,36 -0,63 7,30 4,43 3,08 0,30 0,05 0,06 150-180 -0,38 0,50 0,31 1,99 2,03 2,64 0,18 0,01 0,02 180-210 0,00 0,12 0,12 2,13 2,34 2,20 - - - 210-240 0,40 0,32 0,52 1,76 1,60 1,58 - - - Adaptado de Highes 1980 Raiz, água e compactação Fonte: Dantas & Dourado 2017 (a) Piracicaba, SP; Comprimento radicular = 667 cm; Área superficial = 43 cm² (b) Goiatuba, GO; Comprimento radicular = 1836 cm; Área superficial = 124 cm² Raiz, água e compactação Fonte: Dantas & Dourado 2017 Absorção de água no perfil Fonte: Dantas & Dourado 2017 Evapotranspiração real (a) e relativa (b) acumulada por camada a partir da superfície entre os dias 0 e 3 para Piracicaba, SP (a), e em Goiatuba, GO (b). Raiz & produtividade Fonte: Shiozaki,E;Sako,H Raiz & produtividade Fonte: Shiozaki,E;Sako,H TÍTULO DO SLIDE Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide Impedimento Químico Componentes da acidez do solo Relação Acidez e Nutrição Malavolta & Kliemann 1985 Relação Acidez e água Adaptado de Adams et al, 1967. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 S o il D e p th ( c m ) Available H2O Extracted (%) pH 4,2 - 4,3 pH 4,4 - 4,9 pH 5,0 - 6,0 Influência das condições químicas subsuperficiais na produção Prado 2003 Cálcio e Ambiente TÍTULO DO SLIDE Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide - Conteúdo do slide Impedimento Físico Qualitativo Índice de cone Considerações i) Falta de uso, por desconhecimento, negligencia dos técnicos, ausência de um protocolo nacional de avaliação, dos aparelhos de medição de compactação a nível de lavoura associando medidas corretivas e produtividade. ii) Nos trabalhos científicos considerar a umidade e o equipamento. iii) O Oxigênio é o grande fator agronômico de mudança, mas devido a sua dificuldade em medir adota-se metodologiasque indiretamente esta relacionado com essa variável. iv) Mobilização excessiva do solo leva a formação de um solo solto mas com pouca porosidade para movimentação de ar e água. v) A resposta da intervenção mecânica está em saber se há impedimento físico. Assim como a resposta com plantas de cobertura é a seu posicionamento dentro de problemas coerentes com ela e entender os seus limites. Resistência ao solo X Crescimento radicular 0 1 2 3 4 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Resistencia ao solo (MPa) C o m p ri m e n to r ad ic u la r re la ti vo ( % ) O aumento de1 MPa é responsável pelo decréscimo de 12 sc/ha de soja (Fonte: BUSSCHER e outros. Timing effects of deep tillage On penetration resistance and wheat and soybean yield. Soil. Sci. Am. J (2000) Fonte: Benie, A T P. Growth and mechanical impedance. In. Plant Roots: The Hidden Half, Fourth Edition. 2013. Trabalho em Rede Rede de Pesquisa 2016 Oxigênio e econômia Oxigênio Fósforo 100 kg de P2O5 disponivel / ha Perda R$/HA Perda 1000ha 20 100% 300 0 0 5 56% 300-168 R$ 132 R$ 132.000 0,5 30% 300-90 R$ 210 R$ 210.000 Oxigênio Potassio 100 kg de K2O disponivel / ha Perda R$/HA Perda 1000ha 20 100% 200 0 0 5 75% 200-150 R$ 50 R$ 50.000 0,5 37% 200-74 R$ 126 R$ 126.000 Fonte: Adaptado de Marschner, H. Mineral Nutrition of Higher Plants, 1995. DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Compactação 2 Mpa 20 cm Análise com o Safira-EMBRAPA DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Projeto UAI- BAYER Rio Verde-GO DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Projeto UAI- BAYER Rio Verde-GO 2,5 Mpa 1,5 Mpa DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Análise Visual da infiltração DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Análise Visual da infiltração DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Velocidade de infiltração básica DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Projeto UAI- BAYER Fernando Boldrin Plantas de cobertura e manejos Camada compactada DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica 120 dias de Braquiaria DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Bioporo DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica 120 dias de Braquiária + Clotalária DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica 120 dias de Braquiária DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica 120 dias de Braquiária DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica 120 dias de Braquiária DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica 120 dias de Braquiária DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica 120 dias de Braquiária DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Gramínea Índice de cone (MPa) Brachiaria ruziziensis cv Ruziziensis 1,3 a Panicum maximum cv Mombaça 1,2 b Brachiaria brizantha cv MG 5 1,1 c Avaliações feitas na capacidade de campo. Valores seguidos da mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Snedecor; Cochran (1989) com 5% de significância Fonte: BARACHO, 2016. Quais plantas utilizar? Efeito Residual das plantas Efeito da planta de cobertura - PLANTA DE COBERTURA: A introdução de um cultivo de braquiária permitiu incremento a produtividade de soja em 17 sacas por hectare ao longo de três anos em soja/milho. (Embrapa Soja/Cocamar, Floresta, 2015) A recompactação dos solos dependerá principalmente da colheita - Após mais de 10 anos sem intervenção mecânica, solo com 1MPa (campeão sul CESB 14/15 e 15/16, www.cesbrasil.org.br) - Após 5 anos de subsolado o solo apresenta valores em torno de 1MPa (campeão sul CESB 16/17, www.cesbrasil.org.br) - Constatado lavouras de mais de 10 anos, fazendo uma safra (colheita em março) o solo apresenta valores máximos de 1,5MPa (lavouras da região de Coromandel-MG) http://www.cesbrasil.org.br/ http://www.cesbrasil.org.br/ Impedimento físico pós-intervenção mecânica TEMPO IM P ED IM EN TO FÍ SI C O Intervenção mecânica Pressão das máquinas, Falta de plantas, baixa atividade Biológica do solo Solo em seu estado inicial Plantas, raízes e vida no solo Projeto UAI- BAYER Fernando Boldrin DANTAS & SAKO DK Ciência Agronômica Mitigar compactação Mitigação compactação Início da formação do Impedimento físico Impedimento físico instalado a médio/longo prazo Fonte: DK Ciência Agronômica Mitigação compactação “Para a mesma umidade do solo, maiores quantidades de palha resultaram em menores valores de resistência à penetração, evidenciando menor compactação.” (ROSIM e outros, 2012) “Nas pressões de 83; 96; 110 e 124 kPa, houve uma variação de 0,223; 0,219; 0,212 e 0,178 m² de área de contato com o solo“. (FEITOSA, 2014) “A área efetiva do pneu modelo A é cerca de 50% menor que a do pneu modelo B, em qualquer carga.” (BARBOSA, 2012) TRÁFEGO DIRIGIDO Construção dos ambientes de produção e manejos Fatores de acidificação Balanço de H⁺ e OH⁻ Erosão¹ Exportação ânions¹ Precipitação¹ Lixiviação de ânions¹ FBN² Adubação¹³ 1. Robson, AD. Soil Acidity and plant growth. 1989 2. Nyatsanga, T; Pierre, WH. Effect of Nitrogen Fixation by Legumes on Soil Acidity. 1973 3. Silva, Lopez. 2011 Gessagem/calagem Considerações sobre a calagem gessagem i. As doses de calcário a lanço sem incorporação terá como limite a infiltração de água. ii. As doses de calcário a ser aplicado a lanço e incorporado, além da fertilidade, tem como limite a eminencia de nematoides. iii. A modelagem climática histórica define a proporção de gesso aplicado, assim como a resistência do solo. iv. A frequência de aplicação é uma medida a ser ponderada para manter uma frente de correção de OH- Métodos para correção em subsuperfície Ponto de Carga Zero: perfil com inversão de carga Modelos de correção de subsuperfície FONTE: SAKO, H, DANTAS, JPS; DK Ciência Agronômica Acidificação e Alcalinização da Rizosfera Yamada 2016 Acidificação e Alcalinização da Rizosfera Marschner 2012 Absorção de Nitrato em profundidade - Evaluation of N2 fixation and N absorption activity by relative ureide method in field- grown soybean plants with deep placement of coated urea - Yoshihiko Takahashi , Toshiaki Chinushi , Tomio Nakano & Takuji Ohyama; - Root growth and nitrate utilization of maize cultivars under field conditions ; - Root Growth and Nitrate Uptake of Three Different Catch Crops in Deep Soil Layers - H. L. Kristensen* and K. Thorup-Kristensen ; - Subsoil Nitrate Uptake by Grain Pearl Millet Romulo S.C. Menezes, Gary J. Gascho,* Wayne W. Hanna, Miguel L. Cabrera, and James E. Hook Horizonte A Horizonte A: atributo importante na produtividade Detratores do horizonte A - Compactação - Baixa inserção de C - Desbalanço entre revolvimento de solo com aporte de C - Baixa entrada de N Argila Carbono Nitrogenio Vida do solo MO Promotores do horizonte A - Balanço de volume de C com a respiração da vida do solo - Balanço positivo entre mobilização e aporte de C - Boa inserção de N - P, Cu, Zn, Ca, Mn, Fe em subsuperficie Horizonte A 122 sc.ha-1 149 sc.ha-1 108 sc.ha-1 106 sc.ha-1 95 sc.ha-1 Fonte: Sako, H. DK, adaptado de estudos de casos campeões do CESB RELAÇÃO AMBIENTE E NITROGÊNIO Referências de exportação N Cultura Extração de N . ha-1 8 toneladas de milho 167 kg.ha-1 195 toneladas de cana-de-açúcar 177 kg.ha-1 4,5 toneladas de algodão 310 kg.ha-1 6 toneladas de soja 480 kg.ha-1 Fonte: Coelho, AM. 2013; OLIVEIRA e outros, 2011; SAKO e outros, 2017, compilado de diversos autores Nitrato no solo RELAÇÃO DA NUTRIÇÃO DOENÇAS E MANEJO Relação da Nutrição x Doenças Sem N na Base Com N na Base Fonte: Fabio Mascke 2018 Relação da Nutrição x Doenças Fonte: Carlos Melo, Ciro Rosolem e outros – 10th Symposium of the International Society of Root Research, Israel (2018) Resultados Projeto Cerrado OBRIGADO! João Paulo de Sá Dantas Eng. Agrônomo Cel: 015 998124852 Email: joaopaulo.sadantas@hotmail.com
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