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Diagnóstico e acompanhamento laboratorial das alterações proteicas

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Introdução 
Eletroforese de Proteínas 
 É um método de separação de moléculas. Essa separação é baseada no pressuposto de submeter as proteínas 
em um determinado campo elétrico em um meio apropriado (solução tampão com pH controlado), assim, 
quando a cuba é ligada a uma fonte (que vai transmitir energia em voltagem pré-determinada) vai ocorrer 
migração das proteínas e separação dos seus grupos. 
O que irá definir o padrão de migração será o peso molecular e o ponto isoelétrico da proteína ou do grupo de 
proteínas. Ou seja, se a proteína é leve ela tende a migrar mais rápido e se separar das proteínas mais pesadas 
que ficam na base. 
Vale ressaltar que, normalmente é utilizado um corante para que haja uma identificação visual de que a 
migração está ocorrendo. Com isso, é feito a análise das bandas que se separaram, sendo que, a banda mais 
escura e densa corresponde a proteína de maior concentração no plasma (na imagem, a banda mais escura é a 
albumina). 
Uma vez que a separação eletroforética é concluída é necessário estimar de uma forma quantitativa o resultado, 
em termo de concentração, de cada proteína. Para isso, em geral, é feito um procedimento de coloração (usa-
se um corante com afinidades para proteínas) e assim, é feito a leitura através do densitrômetro. O resultado é 
um gráfico com diversos picos, sendo que, cada pico representa uma banda (albumina/pico maior e 
globulinas). 
Cada banda, representa um grupo de proteínas (exceto a banda da albumina, pois ela é homogênea). Com isso: 
 α1: Antitripsina, TBG, Alfafetoproteína, Alfa 1 glicoproteína ácida. Do ponto de vista clínico as mais 
relevantes são a Antitripsina e a Alfa 1 glicoproteína ácida. 
 a2: Alfa 2 globulina, Haptoglobina, Macroglobulina, Ceruplasmina. Do ponto de vista clínico as mais 
relevantes são a Haptoglobina (marcador de hemólise) e a Ceruplasmina. 
 β: Transferrina, Beta-lipoproteína, Proteínas do complemento 
 y: Imunoglobulinas 
 PCR: importante marcador de risco vascular 
Existem padrões laboratoriais e sistemas analíticos capaz de fazer a determinação dessas proteínas de uma 
forma geral ou individual 
 
 
Funções das Proteínas Plasmáticas 
Observações importantes: 
 Na fração eletroforética tem uma proteína chamada de pré-albumina no qual possui esse nome pois 
migra muito próximo à albumina, mas se posiciona anterior a ela. É uma proteína que possui uma 
baixa concentração no plasma e além disso seu turnover (tempo de vida e de renovação) é muito curto 
(em torno de 2 dias) então ela é rapidamente depletada. Sua função é transportar a tiroxina. 
 A albumina está presente em uma concentração superior a todas as outras. Ela tem como função o 
transporte de íons e de macromoléculas. 
 
 
Hiperproteinemia 
Hiperproteinemia: elevação, do ponto de vista quantitativo, nas proteínas plasmáticas. Ou seja, não se 
especifica o motivo da elevação ou a classe proteica que está contribuindo para isso. 
A hiperproteinemia é muito comum na desidratação porque como há a perda de líquido, a síntese proteica não 
ocorrerá na mesma velocidade. Ou seja, vai haver uma concentração das proteínas plasmáticas decorrente da 
perda de líquido. Exemplos: 
 Diarreias e vômitos 
 Queimaduras graves 
 Coma diabético 
 Estados de choque 
Outra condição caracterizada pela hiperproteinemia é a Hiperproteinemia Total no qual haverá uma elevação 
de todas as bandas ou uma banda se elevará tanto que, do ponto de vista percentual, a concentração se 
elevará bastante. Exemplos: 
 Mieloma Múltiplo 
 Leishmaniose 
 Doença do Colágeno 
 
Hipoproteinemia 
Hipoproteinemia: redução da concentração plasmática das proteínas (redução da síntese proteica ou perda 
excessiva de proteínas). 
Condições clinicas que normalmente geram hipoproteinemia: 
 Hepatite: a hepatite aguda não leva a uma hipoproteinemia pois, gera uma lesão no fígado, mas não 
altera a função do órgão (ele é capaz de sintetizas as proteínas plasmáticas). Porém em uma hepatite 
crônica, como a cirrose, o inviduo poderá ter uma hipoproteinemia; 
 Síndrome nefrótica: condição renal bem avançada, no qual, se o quadro não for tratado o individuo vai 
à óbito. Ou seja, os rins não funcionam mais e perdem sua capacidade de filtração glomerular e de 
absorção tubular e com isso liberam as proteínas na urina; 
 Estados de Carência Proteica (desnutrição): se um individuo tem desnutrição ele terá um aporte 
insuficiente de nutrientes (incluindo aminoácidos) e, portanto, o fígado não terá os elementos 
necessários para síntese proteica; 
 Anemias graves: a medula óssea vai demandar uma grande quantidade de aminoácidos para síntese de 
hemoglobina e com isso, compromete o depósito para síntese hepática; 
 Estados Consuntivos (perda de proteínas – hemorragias gastrointestinais) 
 Infecções Graves 
 Edema: quando cai a concentração de proteínas, vai haver uma elevação na quantidade de líquidos 
podendo ocasionar no edema. 
Perfis Eletroforéticos de Proteínas Séricas em Gel Agarose 
Na imagem abaixo é possível ver a diferença no padrão eletroforético de cada amostra. Em todas é possível 
ver uma tonalidade forte da albumina (primeira camada). Logo, de cara (na linha 9) é perceptível um padrão 
de uma gamopatia monoclonal (doença neoplásica que se caracteriza pela síntese autônoma descontrolada de 
um determinado tipo de imunoglobulina). Além disso, nota-se (na linha 5) a redução das bandas a1, a2 e a 
exacerbação da y com padrão mais heterogêneo. O “+” indica a direção da migração das proteínas. 
O que se faz na prática é a eletroforese seguida de imunofixação, ou seja, a eletroforese é feita e quando ela 
acaba o gel ou a fita de acetato é submetida a uma solução com anticorpos específicos para cada banda e então 
vai ocorrer a imunofixação de modo a amplificar o sinal para que seja possível identificar alterações mais 
discretas. 
 
Perfil Densitométrico de Eletroforese de Proteínas Séricas 
O normal é o individuo ter em torno de 60% de albumina, em torno de 4% de a1, em torno de 8,6% de a2, em 
torno de 12,5% de beta (b1 e b2) e em torno de 12,9% de gama (corresponde basicamente as imunoglobulinas 
da classe IgG). 
 
 
 
 
 
Eletroforese de Alta Resolução (HPE) 
Essa é uma técnica de eletroforese mais robusta, no qual é possível obter o parâmetro de uma maneira mais 
sensível e acurada. 
 
Importância Clínica – Albumina 
Analbuminemia: 
 Condição rara 
 Insuficiência na produção/defeito na síntese. Isso geralmente é decorrente de condições patológicas 
graves, ou seja, o indivíduo já possui uma doença base avançada e em algum momento pode apresentar 
a analbulminemia que é uma condição muito grave que exige a urgente reposição da proteína. 
Bisalbuminemia: 
 Condição rara; 
 Se caracteriza por uma condição genética que na maior parte dos casos não tem uma manifestação 
clínica, mas a depender do padrão de herança o indivíduo poderá ter um comprometimento nas 
moléculas transportadas pela albumina. 
 A doença possui esse nome porque o pico da albumina se divide. 
 O que gera essa condição é quando um indivíduo herda um alelo (heterozigoto) mutante no qual a 
albumina terá uma variação na capacidade de ligação às proteínas que ela transporta. Sendo assim, 
será notório um padrão com 2 frações eletroforéticas e com isso a banda da albumina fica dividida em 
dois picos pois as proteínas têm características diferentes e são sintetizadas a partir de alelos diferentes. 
Hiperalbuminemia: 
 É uma condição que acontece em relação a um outro fenômeno, ou seja, só há uma concentração 
excessiva de albumina quando há uma perda de líquido (condição relativa à desidratação). Isso porque 
o fígado não sintetiza albumina para além da quantidade necessária. Sendo assim, do ponto de vista 
clínico, essa condição não existe. 
 A Desidratação é comum em situações de: Diarreias graves, queimaduras, doença de Addisson, estados 
dechoque. Necessário a reposição hídrica. 
Hipoalbuminemia (doença com maior relevância clínica em relação a albumina, pois existe uma série de 
desordens patológicas que a provocam e quanto mais acentuado o quadro mais grave ele pode ser para o 
paciente): 
 Síndrome Nefrótica (grande perda urinária); 
 Glomerunefrite crônica; 
 Mieloma Múltiplo: doença neoplásica clonal devido a uma grande demanda de uma determina 
proteína; 
 Infecções Graves e Prolongadas; 
 Estados Consultivos (hemorragias); 
 Anemias Graves; 
 Estados Carenciais (desnutrição, inanição); 
 Gestação: devido a demanda do feto, mas geralmente é bem discreta; 
 Eclampsia; 
 Doenças Gastrointestinais e Hepáticas: pode ter má absorção gerando um comprometimento da síntese 
hepática; 
 Doenças do Colágeno. 
Importância Clínica - Globulinas 
 Doenças Infecciosas: ↑α1, ↑α2, ↑γ 
 Processos Inflamatórios: ↑α1, ↑α2, ↑β 
 Síndrome Nefrótica: ↑α2, ↓γ, ↑β 
 Macroglobulinemia: ↑α2, ↑γ 
 Cirrose Hepática: ↑γ, ↑β 
 Hiperlipoproteinemias: ↑β 
 Mieloma Múltiplo (gamopatias): ↑α2, ↑γ 
 Neoplasias: ↑α2, ↑γ 
 Doenças do Colágeno: ↑α1, ↑α2, ↑γ 
 Amiloidose, Sarcoidose, Leishmaniose: ↑γ 
Importância Clínica – Hipoglulinemia 
A hipoglulinemia é uma condição caracterizada pela redução das globulinas (a1, a2, b, y). As possibilidades 
que podem gerar essa doença são: 
 Desnutrição grave 
 Queimaduras graves 
 Gastroenteropatias 
 Doença hepática grave 
 Deficiência de α1 -AT (condição genética): ↓α1 
 Síndrome Nefrótica 
 Hipogamaglobulinemia: ↓γ (síntese) 
Padrões Eletroforéticos Característicos de Determinadas Condições Clinicas 
Padrão de Uma Condição Inflamatória Aguda e Crônica 
Em ambas situações há uma queda de albumina devido a demanda aumentada de proteínas de fase aguda ou 
de imunoglobulinas. Em geral, quando o processo inflamatório não é muito acentuado não é nada que seja 
clinicamente prejudicial. 
A inflamação aguda possui principalmente o aumento da banda a2, além disso tem um leve aumento da a1. Já 
a inflamação crônica possui um aumento da a1, a2 e da y. 
 
Síndrome Nefrótica 
Há uma grande queda da albumina pois o rim perde sua capacidade de filtração e reabsorção e com isso, a 
albumina é eliminada na urina em grande quantidade. Além disso há um pico elevado a nível de a2, os outros 
tendem a ter uma diminuição discreta. 
A depender da síndrome nefrótica, que é caracterizada como excreção exacerbada de proteína, os picos de a2 
e de albumina quase se igualam. 
 
Cirrose Hepática 
É uma desordem que normalmente se estabelece por um evento crônico, por exemplo, é um indivíduo que tem 
uma hepatite C e que ao longo da exposição do fígado ao agente ele vai perdendo a sua capacidade ou então 
é um etilista, um individuo que tem uma doença genética de armazenamento de depósito com hemocromatose 
e etc. O fato é que o individuo com cirrose tem hipoalbuminemia pois o fígado vai perdendo sua capacidade 
de síntese. 
Existem três marcadores essenciais para avaliar a integridade e o funcionamento do fígado que são: albumina, 
tempo de protrombinas e bilirrubinas. Além disso, tem também em paralelo a junção das bandas beta-gama 
(ponte beta-gama) e principalmente a queda da albumina. 
 
Gamopatia Monoclonal 
Doença neoplásica com síntese de um tipo específico de imunoglobulina. 
No esquema abaixo é possível observar a eletroforese do sangue periférico e os isotipos gama, IgG, IgA, IgM 
e uma imunoglobulina anômala (IgG-Kapa). Com isso, vai haver uma inversão e o pico da albumina fica 
inferior ao das imunoglobulinas. 
 
 
 
Gamopatia Policlonal 
É uma doença neoplásica de proliferação anômala de linfócitos, plasmócitos e anticorpos. Só que diferente da 
monoclonal que só se refere a IgG-Kapa, a Policlonal se refere a mais de um tipo de imunoglobulina e com 
isso a banda fica mais larga. 
 
Neoplasias 
O padrão de eletroforese para malignidades varia de acordo com a fase da doença, porém, no geral, o indivíduo 
com malignidade, independente do sítio, costuma ter como padrão eletroforético a queda da albumina e o 
aumento da alfa 1 e alfa 2. 
 
Gastroenteropatias 
O individuo que foi submetido a uma cirurgia bariátrica, a depender da extensão, pode ter a representação de 
um quadro como esse que é uma redução de proteínas plasmáticas bem homogênea, ou seja, reduz albumina 
e todas outras bandas isso porque o individuo está com uma doença a nível do sistema gastrointestinal e que 
compromete a absorção. 
 
Doença Hepática Grave 
Semelhante a cirrose no sentido de ter a ponte beta-gama. Por ser uma doença hepática grave compromete a 
síntese hepática e a albumina cai assim como a alfa 1, alfa 2. 
 
Deficiência de Alfa-1Antitripsina 
Uma doença genética que a depender do perfil de herança pode ser bem difícil para manutenção da qualidade 
de vida do inviduo pois ele acaba sendo muito susceptível a doenças infecciosas e a desordens pulmonares 
devido ao fato dessa proteína ser importante para inativação de uma protease que possui função alveolar. 
Com isso, há uma queda bem isolada da banda alfa-1 já que falta o componente principal que é a alfa-1-
antitripsina. 
 
Hipogamaglobulinemia 
Ausência de gama, isso pode ser causado por condições congênitas, ou seja, um individuo que possui uma 
imunodeficiência importante totalmente susceptível a infecções de qualquer etiologia, mas que pode ser 
também adquirida. Com isso, é de suma importância a reposição das imunoglobulinas por via endovenosa.

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