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CCJ0001-PA-10-Fundamentos das Ciências Sociais-15813

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			 Plano de Aula: 10 - Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas
			 FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
			
		
		
			Título
			10 - Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				1
			
			Número de Semana de Aula
			
				10
			
 
 Tema
		 A concepção marxista da análise social (I)
		
		 Objetivos
		 Explicar a concepção marxista de análise da sociedade.
Explicar os conceitos de dialética e materialismo histórico.
Distinguir os principais modos de produção na história da Humanidade.
Identificar a luta de classes como motor da História.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 1- A Contribuição de Karl Marx à análise sociológica- Ao contrário de Durkheim e Weber, Marx não teve como preocupação a elaboração de uma disciplina sociológica, visto que seu pensamento engloba uma série disciplinas, como a Economia, a História e a Filosofia.
Entretanto, suas idéias tiveram enorme impacto nas Ciências Sociais – constituindo-se numa das fontes mais importantes da Sociologia e da Ciência Política. 
2- Materialismo histórico: na concepção marxista o termo materialismo refere-se à teoria filosófica preocupada em destacar a importância dos seres objetivos (os homens) como elementos constitutivos da realidade do mundo. Este é o método de análise social marxista, segundo o qual, as relações materiais que os homens estabelecem entre si e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações. (Quintaneiro et all. Um toque de clássicos. Belo horizonte, Ed. da UFMG, 2009).
 
3. Dialética - é o modo de pensarmos as contradições da realidade, de pensarmos as diferenças sociais e, consequentemente, à transformação permanente da realidade – a realidade dialética. 
Princípios básicos da dialética: tudo se relaciona; tudo se transforma; mudanças qualitativas; luta dos contrários; tese-antítese-síntese.
 A aplicação das teses fundamentais do materialismo dialético à realidade social deu origem à concepção materialista da história. 
4. Modo de produção: Segundo esta concepção, o entendimento da realidade da vida só é possível a medida que conheçamos o modo de produção da sociedade – modo de produção é aqui entendido como a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de existência material. Como demonstram Marx e Engels em A Ideologia Alemã, é através do modo de produção que conhecemos uma sociedade em sua especificidade histórica e social. Não é a consciência que determina a vida material, mas a vida material que determina a consciência. A partir do modo de produção é possível identificar as diferenças históricas e as relações sociais presentes em cada época determinada. 
Na história, podemos distinguir pelo menos cinco grandes modos de produção: primitivo; o regime asiático; escravatura; servidão (feudal) e a capitalista.
5-	5- Luta de classes
De acordo com Maria Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins, em Introdução à Filosofia (São Paulo, Ed. Moderna, Filosofando, 1993), a luta de classes é o confronto entre duas classes antagônicas quando lutam por seus interesses de classe. No modo de produção capitalista, a relação antagônica se faz entre o burguês, que é o detentor dos meios de produção, do capital, e o proletariado que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho.
A luta de classes, na perspectiva materialista da história, relaciona-se diretamente à mudança social, à superação dialética das contradições existentes. Daí a luta de classes ser considerada o motor da História, a responsável pelas transformações sociais.
Para Marx, o capitalismo foi o modo de produção que separou de modo mais profundo o trabalho e os meios de produzi-lo, acentuando a exploração da classe não proprietária dos meios de produção (proletariado) pelos proprietários dos meios de produção (burgueses).
	
	 Aplicação Prática Teórica
 Questão discursiva:
Leia o texto abaixo e responda:
“Hoje, para a sociedade, as mulheres são as vítimas e as vilãs do aborto clandestino, inseguro, ilegal e malfeito,
principalmente as mulheres pobres, em especial as negras. Para as mulheres ricas, existem clínicas seguras, protegidas de infecções. Assim sonhamos que dia virá em que o aborto seja uma questão em que as mulheres decidam, a sociedade respeite, o Estado garanta�. Discurso proferido pela presidente do Centro Feminista de Estudos e Assessoria. Jornal CFEMEA. Brasília, n.º 145, 2005, p. 2.
O texto evidencia uma situação de desigualdade social. Explique, de acordo com a concepção marxista da análise social, como se dá a produção de desigualdades nas sociedades capitalistas.
Questão de múltipla escolha:
“Pela exploração do mercado mundial a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reacionários, ela retirou à indústria sua base nacional. As velhas indústrias nacionais foram destruídas e continuam a sê-lo diariamente. (...) Em lugar das antigas necessidades satisfeitas pelos produtos nacionais, nascem novas necessidades, que reclamam para sua satisfação os produtos das regiões mais longínquas e dos climas mais diversos. Em lugar do antigo isolamento de regiões e nações que se bastavam a si próprias, desenvolve-se um intercâmbio
universal, uma universal interdependência das nações. E isso se refere tanto à produção material como à produção intelectual. (...) Devido ao rápido aperfeiçoamento dos instrumentos de produção e ao constante progresso dos meios de comunicação, a burguesia arrasta para a torrente da civilização mesmo as nações mais bárbaras.� (MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global, 1981. p. 24-25.)
Com base na teoria marxista, assinale a alternativa correta.
A) Desde o início, a expansão do modo burguês de produção fica restrita às fronteiras de cada país, pois o capitalista é conservador quanto às inovações tecnológicas.
B) O processo de universalização é uma tendência do capitalismo desde sua origem, já que a burguesia precisa de novos mercados, de novas mercadorias e de condições mais vantajosas de produção.
C) A expansão do modo capitalista de produção em escala mundial encontrou empecilhos na mentalidade burguesa apegada aos métodos tradicionais de organização do trabalho.
D) Na maioria dos países não europeus, a universalização do capital encontrou barreiras alfandegárias que impediram sua expansão.
E) A dificuldade de comunicação entre os países, devido ao baixo índice de progresso tecnológico, adiou para o século XX a universalização do modo capitalista de produção.

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