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Hematologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela Leucemia� aguda�: EPIDEMIOLOGIA: Neoplasia maligna extremamente agressiva, que possui elevada letalidade. Brasil: ocupam a 9ª posição no ranking de neoplasias em homens e a 10ª em mulheres. Forma mais comum no mundo: LMA (Leucemia Mieloide Aguda), devido a sua maior incidência em populações orientais. Forma mais comum em países ocidentais: LLC (Leucemia Linfocítica Crônica) ⇒ PROVAS DE RESIDÊNCIA citam essa como a mais comum. LLA (Leucemia Linfoblástica Aguda): tipo mais comum de câncer (em geral) da criança. Leucemias agudas: acúmulo de células “jovens” (blastos) devido a um bloqueio de maturação. Leucemias crônicas: acúmulo de células maduras ou quase maduras. Podem ser derivadas de clones neoplásicos mais jovens. PATOGÊNESE: 1. Células progenitoras sofrem mutações genéticas; 2. Bloqueio na diferenciação hematopoiética; 3. Proliferação descontrolada da célula jovem (blasto) na medula óssea; 4. Formação e acúmulo de clones neoplásicos (população de células idênticas). 5. Impedimento do crescimento e diferenciação das células normais; 6. Pancitopenia (anemia, leucopenia e plaquetopenia) ⇒ grande marco clínico. 7. Blastos lançados na corrente sanguínea (leucemia = células brancas no sangue)⇒ não exercem função fisiológica; 8. Leucocitose; 9. Blastos podem infiltrar órgãos (linfonodos, baço, fígado, gengiva, órbita, sistema nervoso central, meninges, testículos, pele, etc) 10. Defesas do organismo com poucos neutrófilos e monócitos existentes; Óbito: infiltração tecidual maciça e/ou pancitopenia grave e suas consequências (anemia, infecção, hemorragia) Linhagem mieloide ⇒ formação de granulócitos, monócitos, hemácias e plaquetas. ● Mutações: Leucemia Mielocítica Linhagem linfoide⇒ formação de linfócitos. ● Mutações: Leucemia Linfocítica; ● Progenitor: célula pré-T ou pré-B "precoce" ou mesmo um linfócito B assumindo características de blasto. ○ 80%: linhagem B ○ 20%: linhagem T Leucemias agudas primárias: surgem em ● Ausência de doença hematológica; ● Sem uso prévio de quimioterápicos leucemogênicos. Leucemias agudas secundárias: todas possuem prognóstico reservado. ● Doenças hematológicas pré-leucêmicas: síndromes mielodisplásicas (LMA em idosos) e síndromes mieloproliferativas; ou ● Uso prévio de certos quimioterápicos: agentes alquilantes e os inibidores da topoisomerase II Fatores de risco: ● Radiação ionizante; ● Exposição a benzeno e derivados do petróleo, pesticidas e herbicidas (LMA); ● Agentes alquilantes (LMA); ● Inibidores da topoisomerase II (LMA); ● Distúrbios hereditários (LMA) ⇒ instabilidade cromossomial; ● Anomalias citogenéticas congênitas ⇒ síndrome de Down (trissomia do 21) Referência: Medcurso 2020 Hematologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela TIPAGEM DAS LEUCEMIAS: Blastos da LMA: maiores que os da LLA, com grânulos azurófilos. ● Bastonetes de Auer: patognomônico de LMA Imunofenotipagem: método "padrão-ouro" ⇒ pesquisa de marcadores na membrana ou citoplasma do blasto, representados pela sigla CD (Cluster Designation). Cada subtipo possui vários marcadores, de acordo com a célula de origem. CITOGENÉTICA: Origem das leucemias: anomalias citogenéticas ● Deleções (perda de fragmentos); ● Inversões (um fragmento cromossomial se inverte); ● Translocações (troca de fragmentos entre dois cromossomos); ● Ganhos cromossomiais (trissomias, hiperploidia); ● Perdas cromossomiais completas. Mais comum na LMA: translocações e inversões. Mais comum na LLA: hiperploidia (crianças, bom prognóstico) e translocações (adulto, prognóstico reservado). Consequência: ativação de oncogenes ou supressão de antioncogenes. Métodos: ● Exame do cariótipo (citogenética convencional) ou ● Técnica FISH (Fluorescence In Situ Hybridization) ⇒ + sensível e + específica; ● RT-PCR: quando anteriores não funcionarem. CLASSIFICAÇÃO PELA OMS (2008): Leucemia mieloide aguda (LMA): 1. Com anomalias citogenéticas recorrentes; 2. Com alterações relacionadas à mielodisplasia (presente ou ausente previamente); 3. Relacionada ao tratamento quimioterápico (agentes alquilantes ou inibidores da topoisomerase 2); 4. Não categorizada acima; 5. Sarcoma mieloide; 6. Proliferações mieloides relacionadas à síndrome de Down; 7. Neoplasia blástica de células dendríticas plasmocitoides. OBS!!! pode existir a classificação LMA familiar, devido a influência da hereditariedade em muitos casos de LMA. Leucemia Linfoide Aguda (LLA): 1. Célula B sem anomalia citogenética; 2. Célula B com anomalias citogenéticas específicas; 3. LLA célula T Leucemi� Mieloid� Agud�: É a leucemia aguda mais comum! Incidência: eleva-se a partir dos 15 anos e tende a aumentar progressivamente com a idade ⇒ adulto com leucemia aguda provavelmente tem LMA. Ligeira preferência pelo sexo masculino. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Evolução dos sintomas: ● Aguda (dias) ou subaguda (semanas); ● Metade dos pacientes: queixas inespecíficas nos últimos 3 meses. Referência: Medcurso 2020 Hematologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela Tríade sintomática: relativos à insuficiência hematopoiética medular 1. Astenia (principal componente); 2. Hemorragia; 3. Febre. Mnemônico para decorar: AGORA, HOJE, FOREVER OBS: mesma tríade da anemia aplásica ⇒ diagnóstico diferencial mais importante, principalmente quando não houver leucocitose no hemograma. Podem estar presentes: dispneia, cefaleia e tontura postural. Astenia: ● Sintoma inicial (diagnóstico ainda não é suspeitado); ● Moderada a grave; ● Instalação rápida. Sangramento: ● Plaquetopenia grave: ○ Sangramento cutâneo (petéquias, equimoses); ○ Sangramento mucoso (sangramento gengival, epistaxe, metrorragia, hemorragia digestiva) ● Distúrbio de coagulação (coagulação intravascular disseminada - CIVD): geralmente, na LMA-M3 (promielocítica) ○ Sangramentos orgânicos graves (ex: hemorragia intracraniana). Febre: avaliar e tratar, a princípio, como se possuísse uma infecção grave ● Neutropenia ou disfunção neutrofílica (+ comum): favorece infecções bacterianas e fúngicas sistêmicas; OU ● Febre neoplásica: consequente à rápida proliferação clonal. Infiltração em órgãos e tecidos: ● Hepatoesplenomegalia: frequente. Anemia aplásica não possui; ● Esplenomegalia: menor do que a da LMC; ● Podem ocorrer, embora + comum na LLA: linfadenopatia e dor óssea (expansão medular). Manifestações infiltrativas de acordo com os subtipos: ● Hiperplasia gengival: subtipos M4 e M5 (monocíticos); ● Placas eritematosas ou violáceas (leukemia cutis): infiltração cutânea; ● Sarcoma granulocítico (cloroma): tumoração extramedular de blastos ⇒ tumor de órbita ou ossos, pulmões, SNC, ovário, útero, etc. Pode ocorrer em qualquer subtipo de LMA; ● Síndrome de leucostase: subtipos M4 E M5. ○ Leucometria > 50.000 ou > 100.000/mm3; ○ Sintomas neurológicos (cefaleia, borramento visual, parestesias, torpor, coma, crise convulsiva); ○ Sintomas pulmonares (dispneia, taquipneia, insuficiência respiratória com hipoxemia grave); ○ Sintomas geniturinários (priapismo, insuficiência renal aguda). ○ TRATAR IMEDIATAMENTE com leucoaférese (retirada de leucócitos do sangue) + quimioterapia. ACHADOS LABORATORIAIS: Hemograma: anemia + plaquetopenia ("bicitopenia"), com leucometria variável. ● Anemia: moderada a grave (Hb: 5-9 g/dl), normocítica, normocrômica e sem reticulocitose; ● Plaquetopenia: plaquetas < 20.000/mm³ (25% dos pacientes); Referência: Medcurso 2020 Hematologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela ● Leucometria variável: a média oscila em torno de 15.000/mm³ leucócitos (variando de 1.000 a 400.000/mm3); ● Blastos: podem ser encontrados no esfregaço do sangue periférico e contados no hemograma. OBS: leucemia aleucêmica ⇒ blastos ausentes na periferia (< 5% dos casos) Aparelho Coulter: quantifica leucócitos e pode não reconhecer corretamente os blastos. Bastonetes de Auer: patognomônica da LMA. Hiperuricemia: ↑ ácido úrico (50% dos casos). Síndromede lise tumoral: complicação da quimioterapia ⇒ prevenir ↑ lisozima sérica (grânulos dos monócitos e monoblastos): subtipos M4 e M5. Lesão tubular renal (insuficiência renal aguda). Pseudohipercalemia e pseudo-hipoglicemia: acontecem quando demoram de processar o sangue colhido. DIAGNÓSTICO Objetivo dos exames: confirmar, tipar e subtipar a leucemia. Mielograma: aspirado de medula óssea ● Diagnóstico confirmatório⇒ SEMPRE fazer; ● Obtido da crista ilíaca. ● Critério da OMS: > 20% de blastos entre as células nucleadas do aspirado; ● Analisar do ponto de vista: morfológico, citoquímico, imunofenotípico (citometria de fluxo), citogenético (cariótipo, FISH) e molecular (RT-PCR). Biópsia de medula óssea: análise das alterações displásicas e do grau de mielofibrose associada. TRATAMENTO: “Tratamento de suporte”: Trata as complicações: ● Neutropenia febril; ● Plaquetopenia: transfusão de plaquetas ○ Transfusão terapêutica: plaquetometria < 50.000/mm³ ○ Transfusão profilática: plaquetometria < 10.000/mm³ (ou 20.000/mm³ na presença de febre ou infecção). ● Anemia: concentrado de hemácias em sintomáticos. Manter Hb > 8,0 g/dl; ● CIVD: problema específico da leucemia promielocítica aguda (M3) ○ Ácido transretinoico (ATRA) ⇒ diminui fatores pró-coagulantes; ○ Transfusão de plaquetas (manter > 50.000/mm³) e crioprecipitados (manter o fibrinogênio sérico > 100 mg/dl) durante o sangramento ○ Heparina 5-10 U/kg/h, em infusão contínua. ● Prevenir síndrome da lise tumoral: hidratação venosa e drogas hipouricemiantes (alopurinol ou rasburicase) antes do início da quimioterapia (QT). ○ QT feita com segurança: se uricemia < 8 mg/dl e a creatinina sérica < 1,6 mg/dl ● Síndrome da leucostase: ○ Quimioterapia para remissão da LMA; OU ○ Hidroxiureia em altas doses (3 mg/m²/dia, via oral; ○ Leucoaférese: se a quimioterapia não puder ser iniciada de imediato (ex.: hiperuricemia grave, insuficiência renal). Terapia específica da LMA: É dividida em duas fases: 1. Indução da remissão: arabinosídeo-C 100 mg/m², infusão contínua por 7 dias + daunorrubicina 40-60 mg/m² IV 1x/dia por 3 dias; 2. Terapia pós-remissão (ou "consolidação"): obrigatória. Objetivo: prolongar a remissão Referência: Medcurso 2020 Hematologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela completa (prevenção da recaída da doença, maximizando a chance de cura). Remissão Completa (RC): ● Avaliação: um novo mielograma e uma nova hematoscopia, uma semana após o término da QT ● Definição: desaparecimento dos blastos do sangue periférico; medula óssea < 5% de blastos; ausência de células com bastonetes de Auer; recuperação hematopoiética (hemograma > 1.000/mm3 neutrófilos e > 100.000/mm3 plaquetas). Terapia de recidiva: Idade < 60 anos e doador HLA-compatível: transplante alogênico é a terapia de escolha na recidiva. Restante dos pacientes: transplante autólogo ou anticorpo monoclonal anti-CD33 (gentuzumabe ozogamicina). PROGNÓSTICO: Idosos: pior prognóstico: ● Maior incidência de LMA pós-mielodisplasia; ● Marcador CD34; ● Maior incidência do fenótipo MDR-1; ● Menor tolerância às doses da quimioterapia; ● Mortalidade proibitiva no transplante alogênico. Leucemi� Linfoid� Agud�: Epidemiologia: ● Infância é mais comum (90%) ⇒ pico de incidência entre 2-10 anos (maior aos quatro anos). Boa resposta à quimioterapia (QT); ● Adultos: pior prognóstico (recaída pós-QT); ● Raça branca; ● Discreta predominância no sexo masculino (57%). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Semelhante com a LMA, com algumas diferenças: ● Dor óssea muito frequente (80%); ● Adenomegalia cervical ou generalizada é mais frequente (75%); ● Massas mediastinais no subtipo de células T do timo; ● Mais comum o acometimento do SNC e dos testículos (especialmente na recidiva); ● Febre neoplásica é mais comum (70%); ● Hiperplasia gengival não faz parte do quadro clínico. Referência: Medcurso 2020 Hematologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela DIAGNÓSTICO E TIPAGEM: Critério diagnóstico: presença de linfoblastos na medula óssea em proporção ≥ 25% do total de células nucleadas. Características da linhagem linfoide imatura: ● Ausência de grânulos azurófilos e bastonetes de Auer; ● Coloração positiva para PAS (célula B) ou fosfatase ácida (célula T); ● Presença do TdT citoplasmático; ● Presença dos antígenos CD10 (CALLA), CD5, CD19 e CD20 na membrana. Subtipo L1: mais comum em crianças (80%), melhor prognóstico e resposta à terapêutica. Subtipo L2: mais comum no adulto (70%). Subtipo L3: o menos comum (< 5% dos casos) e representa a forma leucêmica do linfoma de Burkitt. LLA de células T: menos frequente ⇒ clone neoplásico idêntico ao do linfoma linfoblástico, e geralmente com origem no timo. TRATAMENTO: Terapia de suporte: Semelhante da LMA, exceto por: ● Menor mielotoxicidade do esquema indutor de remissão da LLA infantil; ● Profilaxia com sulfametoxazoltrimetoprima contra a pneumocistose (devido ao uso de altas doses de corticoide). Terapia específica: Quimioterapia com quatro fases: 1. Indução da remissão; 2. Profilaxia do SNC (diferente da LMA, a LLA possui grande tendência à recidiva no SNC - meningite leucêmica - após a quimioterapia) 3. Consolidação da remissão; 4. Manutenção. Indução da remissão: ● LLA infantil: esquema de 4 semanas com corticosteroide (prednisona ou dexametasona) + vincristina (neurotóxica) + Lasparaginase 6; ● Adultos: acrescenta a ciclofosfamida 300 mg/m2 12/12h nos primeiros 3 dias (6 doses). ● Adulto e criança com prognóstico desfavorável: acrescentar uma antraciclina ao esquema, como a daunorrubicina. Profilaxia do SNC: ● Antes de iniciar: colher o líquor para avaliar a presença de leucemia meníngea (> 5 blastos/mcL de líquor); ● Se leucemia meníngea presente: fazer radioterapia craniana. ● Profilaxia: ○ Junto com o esquema de indução; ○ Esquema intratecal triplo: MTX (metotrexato) + ara-C + prednisona, ou MTX + ara-C + dexametasona (MADIT); ○ Duração: 3-6 meses. Consolidação da remissão: ● MTX em doses intermediárias (1-2 g/m² IV quinzenal); ● Necessário "resgate" com ácido folínico (leucovorin) ⇒ ↓ toxicidade medular (pancitopenia) e mucosa (mucosite e translocação bacteriana); ● Duração: 2-8 meses; Manutenção: Referência: Medcurso 2020 Hematologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela ● 6-mercaptopurina 50 mg/m²/dia, via oral + metotrexato 30 mg/m² semanal; ● Duração: 2-3 anos. PROGNÓSTICO: Cura com a quimioterapia: 90% das crianças e 30-40% dos adultos. Depende dos fatores prognósticos. Fatores prognósticos DESFAVORÁVEIS: ● Idade < 1 ano (lactentes) ● Idade > 10 anos (principalmente > 30 anos); ● Hiperleucocitose (> 50.000/mm³); ● Cromossomo Filadélfia ou t(9;22). Fatores prognósticos FAVORÁVEIS: ● Idade: 1-10 anos; ● Cariótipo: hiperploidia; ou t(12;21); ou trissomias dos cromossomos 4, 10 ou 17. Complicações tardias da quimioterapia: ● Declínio neurocognitivo das crianças; ● Tumores intracranianos - astrocitomas ou tumores benignos (ex.: meningioma); ● Desenvolver Leucemia Mieloide Aguda (risco de 5%); ● Cardiotoxicidade (cardiomiopatia dilatada); ● Déficit de crescimento em crianças. Recidivas: 15-30% em crianças e 60-70% em adultos. Localização: ● Medula óssea (maioria); ● SNC; ● Testículo; ● Extramedulares (geralmente acompanhada com recidiva medular). Nova quimioterapia: ● Em recidivas após 2 anos da 1ª quimioterapia: pode haver cura; ● Em recidivas nos primeiros 2 anos (durante a terapia): precárias chances de cura. Indicações de transplante alogênico de células hematopoiéticas: ● Recidivas precoces (adultos); ● Não remissão; ● Ausência de irmãos HLA-compatíveis. Recidivas no SNC (meningite leucêmica): ● Suspeita: sinais de hipertensão intracraniana (cefaleia, náuseas e vômitos e outros sinais); paralisias de nervos cranianos; ● Diagnóstico: exame do líquor revelando blastos; ● Tratamento: radioterapia craniana com 24 Gy + quimioterapia intratecal + quimioterapia sistêmica com drogas de maior penetrância no SNC (altas dosesde metotrexato e citarabina). Referência: Medcurso 2020
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