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Demências

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Demência  
Fisiopatologia, Miniexame do Estado Mental e papel do cuidador na abordagem desse paciente 
 
01- REVISAR A HISTOLOGIA DO SISTEMA           
NERVOSO 
 
O tecido nervoso apresenta dois         
componentes principais:  
 
- NEURÔNIOS 
- CÉLULAS DA GLIA 
 
A) NEURÔNIOS 
 
São ​responsáveis pela recepção,       
transmissão e processamento de estímulos 
 
APRESENTAM GERALMENTE: 
 
- DENDRITOS 
 
São ​prolongamentos numerosos 
 
Especializados na função de ​receber os           
estímulos 
 
- CORPO CELULAR 
 
Onde ficam o ​núcleo e demais organelas 
 
- AXÔNIO 
 
Prolongamento único 
 
Especializado na condução de impulsos  
 
Que ​transmitem informações do neurônio         
para outras células  
 
OS CORPOS CELULARES E OS         
PROLONGAMENTOS POSSUEM   
COLORAÇÃO DIFERENTE 
 
SUBSTÂNCIA CINZENTA → ​Corpos de         
neurônios + células da glia 
 
SUBSTÂNCIA BRANCA →​ ​Prolongamentos 
 
É branca, pois há a presença da ​MIELINA 
 
 
 
 
 
B) CÉLULAS DA GLIA 
 
B.1 - OLIGODENDRÓCITOS E CÉLULAS DE           
SCHWANN 
 
Produzem a bainha de mielina 
 
Servem de isolantes elétricos para os           
neurônios  
 
OLIGODENDRÓCITOS → SNC  
 
CÉLS DE SCHWANN → SNP 
 
B.2 - ASTRÓCITOS 
 
São células de forma estrelada 
 
São abundantes e caracterizados por         
inúmeros prolongamentos 
 
ASTRÓCITOS PROTOPLASMÁTICOS → SUBS       
CINZENTA  
 
ASTRÓCITOS FIBROSOS → SUBS BRANCA 
 
- Sustentação  
- Isolamento  
- Controle do nível de K+ extracelular           
(PÉS VASCULARES) 
- Ocupam áreas lesadas à maneira de           
cicatriz 
 
B.3 - MICROGLIÓCITOS 
 
São células pequenas e alongadas 
 
São encontrados tanto na substância         
branca como na cinzenta  
 
FUNÇÃO FAGOCÍTICA 
 
Elas participam da inflamação e da           
reparação do sistema nervoso central 
 
 
 
 
 
B.4 - CÉLULAS EPENDIMÁRIAS 
 
São remanescentes do neuroepitélio       
embrionário 
 
Constituem células cuboidais ou       
prismáticas que forram, como epitélio de           
revestimento simples  
 
- As paredes dos ventrículos cerebrais  
 
- Do aqueduto cerebral  
 
- Do canal central da medula espinhal  
 
02- DEFINIR QUADRO DEMENCIAL 
 
A) CONCEITO 
 
Deve ser compreendida como  
 
Uma síndrome com múltiplas etiologias 
 
É caracterizada por prejuízo da memória 
 
E acomete, pelo menos, mais outro domínio             
cognitivo (afasia, apraxia, agnosia, função         
executiva) 
 
MEMÓRIA 
 
ANTERÓGRADA → Dificuldade de lembrar do           
recente + Mas com preservação de de             
eventos ocorridos antes da lesão 
 
RETRÓGRADA → Preservação dos eventos         
após a lesão + dificuldade de lembrar de               
eventos anteriores 
 
AFASIA 
 
Perda parcial ou total da fala/           
compreensão da linguagem 
 
FALA → área de BROCA 
COMPREENSÃO → área de WERNICK 
 
APRAXIA 
 
Impossibilidade de executar movimentos       
coordenados (marcha, escrita, vestir) 
 
 
 
 
 
AGNOSIA 
 
Consiste na incapacidade de reconhecer 
 
Sons (agnosia auditiva) 
 
Objetos colocados em sua mão         
(estereognosia) 
 
Sua face (autoprosopoagnosia) 
 
Faces alheias (prosopoagnosia) 
 
FUNÇÃO EXECUTIVA 
 
Cognição e tomada de decisões 
_________________________________________________ 
 
Domínios como esse devem apresentar         
declínio importante em comparação ao         
nível funcional prévio do indivíduo  
 
E ser graves o suficiente para interferir nas               
funções diárias e na independência do           
paciente 
 
A identificação de um paciente com           
demência não é simples 
 
Na maioria das vezes, não é ele quem se                 
queixa de alteração na memória 
 
E sim um familiar (RELACIONAR COM O             
CASO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B) EPIDEMIOLOGIA 
 
O número de pessoas afetadas pela           
demência vem crescendo significativamente       
com o envelhecimento da população         
mundial 
 
60-64 = 0,7% 
85-89 = 20,8% 
90-95 = 38,6% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C) CLASSIFICAÇÃO 
 
As demências podem ser classificadas, de           
acordo com a área cerebral envolvida 
 
- DEMÊNCIAS CORTICAIS (subs. cinzenta) 
 
O paciente apresenta ​déficit de memória  
 
E  
 
- Alteração de linguagem 
- Comprometimento das funções     
executivas  
- Agnosia 
 
EX: Alzheimer e demência frontotemporal 
 
- DEMÊNCIAS SUBCORTICAIS (subs. branca) 
 
Geralmente, o paciente apresenta ​lentidão         
intelectual, distúrbio de atenção e         
motivação 
 
A linguagem é, em grande parte, preservada 
 
EX: Doença de Parkinson, demência         
vascular subcortical, na demência por HIV,           
entre outras 
 
NO ENTANTO, ESSA DIVISÃO SOFRE MUITA           
CRÍTICA, POIS ALGUMAS DEMÊNCIAS       
POSSUEM OS DOIS COMPONENTES 
 
As demências também podem ser         
classificadas, quanto à sua etiologia, em: 
 
- PRIMÁRIAS OU DEGENERATIVAS 
 
São doenças de etiologia ainda         
desconhecida  
 
E se caracterizam por serem progressivas 
 
EX: Alzheimer e demência frontotemporal 
 
- SECUNDÁRIAS 
 
Quadros demenciais secundários a alguma         
doença detectada 
 
Algumas dessas demências secundárias são         
potencialmente reversíveis 
 
EX: B12, HIV, Sífilis 
 
D) ETIOLOGIAS 
 
1- DEGENERATIVAS 
 
Doença de Alzheimer 
 
Demência com corpos de Lewy 
 
Demência na doença de Parkinson 
 
2- VASCULARES 
 
Isquemias cerebrais 
 
Hematoma Subdural crônico 
 
Lesão por hipóxia 
 
3- INFECCIOSAS 
 
HIV 
 
Tuberculose 
 
Neurossífilis 
 
4- NEOPLÁSICAS 
 
Tumores primários 
 
Metástases 
 
Síndromes paraneoplásicas 
 
5- AUTOIMUNES 
 
Vasculites 
 
Esclerose múltipla 
 
Sarcoidose  
 
6- ENDOCRINOPATIAS 
 
Hipo/hipertireoidismo 
 
Insuficiência adrenal 
 
7- METABÓLICAS 
 
Nefropatias 
 
Hepatopatias 
 
Encefalopatia de Wernicke 
 
Deficiência de vitamina B12 
 
8- TRAUMÁTICAS 
 
Lesão axônico-difusa 
 
9- TÓXICAS 
 
Alcoolismo 
 
Drogas e medicamentos, 
 
Metais pesados 
 
E) FISIOPATOLOGIA E QUADRO CLÍNICO         
DOS QUADROS MAIS COMUNS 
 
1- DOENÇA DE ALZHEIMER  
 
1.1 - CONCEITO 
 
É um distúrbio neurodegenerativo 
 
De causa não conhecida  
 
E que acomete sobretudo idosos 
 
Considerada a causa mais comum de           
demência 
 
NÃO HÁ CURA 
 
A doença progride em todos os casos 
 
O tratamento atualmente amenizam os         
sintomas 
 
1.2 - FISIOPATOLOGIA 
 
Caracteriza-se pela perda de sinapses e de             
neurônios cerebrais 
 
Também há a presença das  
 
- PLACAS SENIS 
 
Depósitos amilóides 
 
- EMARANHADOS NEUROFIBRILARES 
 
NÍVEL MACROSCÓPICO: atrofia cortical       
(principalmente no HIPOCAMPO) 
 
Eles faz a transformação da memória a             
curto prazo em memória a longo prazo 
 
1.3 - QUADRO CLÍNICO 
 
O distúrbio de memória é uma           
característica essencial  
 
MEMÓRIA DECLARATIVA → O que comeu,           
onde guardou x 
 
Mas a MEMÓRIA PROCESSUAL (LONGO         
PRAZO) E APRENDIZAGEM MOTORA Ficam         
preservadas 
 
1.4 - GRAUS DE ALZHEIMER  
 
1- ​Esquecimento 
 
Desorientação progressiva para realizar as         
atividades rotineiras 
 
Prejuízo da capacidade de julgamento 
 
Perda da espontaneidade 
 
Depressão e medo 
 
2- ​Piora do esquecimento 
 
Piora da desorientação 
 
Vaguear 
 
Inquietação e agitação, especialmente à         
noite 
 
Ações repetitivas 
 
Possíveis contrações musculares 
 
Desenvolvimento de sintomas psicóticos 
 
3- ​ Agitação 
 
Desorientação 
 
Psicose 
 
Incapacidade de reconhecer a si próprio e             
os demais 
 
Comprometimento da fala (perda de         
capacidade de falar) 
 
Necessidade de colocar tudo na boca 
 
Necessidade de tocar tudo ao seu redor 
 
Perda total de controle sobre as funções do               
corpo 
 
4- ​ Dificuldade de alimentação 
 
Alteração dos reflexos 
 
Déficits motores 
 
Confinamento ao leito 
 
Incontinência urinária e fecal 
 
Crises epilépticas 
 
Estado vegetativo precedente a morte 
 
2 - DEMÊNCIA VASCULAR 
 
2.1 - CONCEITO 
 
Refere-se ao c​omprometimento cognitivo  
 
Com interferência funcional importanteProveniente de uma etiologia vascular 
 
2.2 - SUBTIPOS 
 
- ​POR MÚLTIPLOS INFARTOS 
 
Diversos acidentes vasculares isquêmicos       
em territórios das grandes artérias         
cerebrais  
 
E que envolvem as regiões corticais e             
subcorticais 
 
Tem característica de ​piora do quadro           
cognitivo em “degraus” 
 
- POR INFARTO ESTRATÉGICO 
 
Um único infarto envolvendo uma área           
crítica para cognição, como: 
 
- GIRO ANGULAR 
- HIPOCAMPO 
- LOBO PRÉ-FRONTAL  
- TERRITÓRIOS DA ARTÉRIA CEREBRAL       
POSTERIOR OU ANTERIOR 
 
 
 
 
 
 
- DEMÊNCIA VASCULAR SUBCORTICAL OU         
COMPROMETIMENTO COGNITIVO   
VASCULAR SUBCORTICAL 
 
Por doença de pequenos vasos 
 
Acomete primeiro as funções executivas e           
depois a memória 
 
É o tipo mais comum de comprometimento             
cognitivo vascular (cerca de 40%) 
 
FATOR DE RISCO = HAS 
 
ESCALA DE AVALIAÇÃO (IMAGEM) →         
ESCORE A PARTIR DE 7 SUGERE ETIOLOGIA             
VASCULAR 
 
A demência pós-AVC ocorre em cerca de um               
terço dos pacientes com AVC 
 
3 - DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL 
 
Trata-se de ​uma condição resultante de           
progressiva degeneração do lobo frontal         
e/ou temporal 
 
É causa importante de demência pré-senil           
(20%) 
 
40-65 ANOS 
 
Clinicamente, são 3 as variantes: 
 
- VARIANTE COMPORTAMENTAL 
 
Letargia  
Falta de iniciativa 
Desinibição 
 
- AFASIA PROGRESSIVA PRIMÁRIA 
 
Redução progressiva da fluência da fala 
 
- DEMÊNCIA SEMÂNTICA 
 
Dificuldade progressiva de compreensão e         
nomeação 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 - DOENÇA POR CORPÚSCULO DE LEWY 
 
3ª causa mais frequente de internação 
 
A principal característica são os ​SINAIS           
PARKINSONIANOS ​associados já no 1º ano           
de doença 
 
Alucinações 
Flutuações cognitivas 
Intolerância aos neurolépticos 
 
A doença evolui em 3 estágios: 
 
1 (3-7 ANOS) →​ ​Esquecimento leve 
 
Alguns períodos rápidos de delírios  
 
Falta de iniciativa no dia a dia 
 
2 → ​Piora das funções cerebrais cognitivas e               
dos delírios 
 
Com alucinações auditivas e visuais 
 
3 → ​Distúrbios psiquiátricos do tipo psicose,             
agitação e confusão mental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
F) DIAGNÓSTICO 
 
1- ANAMNESE 
 
A anamnese é ​essencial 
 
Geralmente, são os ​familiares que trazem as             
informações a respeito da história cognitiva           
e da alteração comportamental       
apresentada 
 
A história medicamentosa é muito         
importante nesse contexto 
 
2- EXAME FÍSICO 
 
HAS, arritmias etc 
 
Distúrbios de marcha 
 
Distúrbios de força muscular 
 
Afasia 
 
Apraxia 
 
Agnosia  
 
3- AVALIAÇÃO COGNITIVA 
 
O miniexame do estado mental (MEEM) é o               
teste cognitivo mais amplamente utilizado         
na prática clínica 
 
É POSSÍVEL AVALIAR OS SEGUINTES         
DOMÍNIOS 
 
- ORIENTAÇÃO TEMPORAL 
 
- ORIENTAÇÃO ESPACIAL 
 
- MEMÓRIA IMEDIATA 
 
- ATENÇÃO E CÁLCULO 
 
- MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO 
 
- LINGUAGEM 
 
Nomear objetos, repetir, obedecer       
comandos, escrever uma frase completa         
com sentido, ler e executar e copiar o               
desenho 
 
 
 
O MEEM pontua até 30 pontos 
 
Utilizando o ponto de corte de 24 
 
<24 pontos para indivíduos altamente         
escolarizados 
 
<18 pontos para indivíduos com ensino           
fundamental 
 
<14 para indivíduos analfabetos 
 
4 - INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR 
 
Depois de se estabelecer o diagnóstico de             
síndrome demencial 
 
O passo seguinte consiste em detectar qual             
é a doença responsável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVESTIGAÇÃO COM EXAMES     
COMPLEMENTARES 
 
VANTAGEM: Detectar os casos de demência           
potencialmente reversíveis 
 
Deve-se suspeitar de que a demência seja             
potencialmente reversível sempre 
 
Mais alerta deve-se ficar ainda quando  
 
- Evolução for mais rápida 
 
- Idade de início, mais precoce 
 
- Mais sinais objetivos estiverem       
presentes ao exame neurológico do         
que nos casos mais comuns  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) INVESTIGAÇÃO BÁSICA 
 
Hemograma completo 
 
Ureia + Creatinina ​(FUNÇÃO RENAL) 
 
Tiroxina livre (T4) + Hormônio         
tireoestimulante (TSH) ​(FUNÇÃO TIREÓIDE) 
 
Albumina + Enzimas hepáticas ​(FUNÇÃO         
HEPÁTICA) 
 
Vitamina B12 + cálcio​ (DEFICIÊNCIAS) 
 
Sífilis ​(NEUROSÍFILIS) 
 
HIV 
 
TC +/ou RM ​(EXCLUSÃO DE OUTRAS           
ETIOLOGIAS) 
 
ORIENTAÇÕES PARA A FAMÍLIA 
 
Não há cura 
 
É progressivo 
 
O tratamento ajuda a minimizar os efeitos,             
porém não os impede de acontecer 
 
É necessário ter paciência, pois o paciente             
pode apresentar 
 
- DESINIBIÇÃO 
- AGRESSIVIDADE 
- APATIA 
 
É necessário avaliar o estresse/ depressão           
do cuidador e a parte física também (dor na                 
coluna etc) 
 
Acompanhamento psicológico 
 
É necessário avaliar se há maus tratos ao               
idoso 
 
Ambiente calmo + criação de uma rotina

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