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· Família Filariidae Todos os parasitas desta família possuem ciclo heteroxênico e envolve insetos (mosquitos) como hospedeiros intermediários. Espécies: Wuchereria bancrofti (causando filariose linfática) e Onchocerca volvulus Os vermes envolvidos são vermes compridos de pequeno diâmetro e que vivem nos gânglios e vasos linfáticos dos seres humanos. · Wuchereria bancrofti No Brasil está restrito a alguns distritos brasileiros. Morfologia: Vermes machos medem de 3,5 a 4cm de comprimento e fêmeas chegando até 10cm de comprimento, o corpo tem coloração esbranquiçada e aspecto leitoso. As fêmeas são larvíparas, ou seja, eliminam diretamente larvas no organismo humano, as larvas eliminadas por fêmeas adultas no hospedeiro não se tornam diretamente adultas, pois necessitam passar pelos mosquitos hospedeiros intermediários para completarem parte do seu desenvolvimento para que possam voltar aos hospedeiros definitivos (humano) e se tornarem adultas. Transmissores: Fêmea do mosquito Cúlex quinquefasciatus (possuem hábito noturno, microfilárias migram para o sangue periférico a noite). Diagnóstico laboratorial: Através do exame de sangue e detecção das larvas (microfilárias). Habitat dos vermes adultos: Nos vasos e gânglios linfáticos da região abdominal e pélvica, sendo mamas e braços raramente. Obs: As microfilárias liberadas pelos vermes adultos saem do sistema linfático e migram para o sangue periférico para serem captadas pelos mosquitos. Periodicidade: Durante o dia as microfilárias encontram-se nos capilares profundo (proteção), durante a noite elas migram para o sangue periférico para serem sugadas pelo Cúlex quinquefasciatus fêmea e continuarem seu desenvolvimento. Qual é o mecanismo que faz com que as microfilárias migrem para os capilares periféricos, a saliva do mosquito contêm substancias que atraem as microfilarias fazendo com que elas migrem para os capilares periféricos (quimiotropismo positivo). Obs: No horário do meio dia a presença de microfilárias no sangue periférico é praticamente zero, VER TABELA DA CONCENTRAÇÃO CONFORME A HORA. Ciclo biológico: Fêmea do Culex > suga sangue periférico com microfilárias do hospedeiro > na musculatura do Culex microfilarias transformam-se em salsichóides > salsichoides evoluem para larvas infectantes e ficam alojadas no aparelho bucal do mosquito (proboscída) > Mosquito pica ser humano (hematofagismo) > larva infectante penetra no hospedeiro através do auxilio da solução de continuidade (principal é o suor) e orifício da picada > larvas caem na circulação periférica > migram para circulação linfática e se tornam larvas adultas > produção de microfilárias (acasalamento) > migração do sistema linfático para sangue periférico > Fêmea do Culex >etc. Obs: É necessário 8 meses para o desenvolvimento completo da larva infectante até a larva adulta no corpo humano. Medida de controle para mosquitos: Controle de mosquitos através do uso de bolinhas de isopor e substancias lipídicas que impedem a respiração das larvas na água. Manifestações clínicas, divido em 3 grupos 1) Casos assintomáticos 2) Infecção aguda: Crises de linfangite produzida pelas larvas atritando contra parede dos vasos linfáticos, retenção de linfa nos vasos devido a inflamação causando linfadenite, febre e mal estar devido a inflamação e hipertrofia de gânglios linfáticos. Nos homens pode causar foliculite devido a inflamação dos cordões espermáticos e orquiepedidinite devido a inflamação no epidídimo e testículo (devido a presença de larvas) 3) Infecção crônica: Linfedema devido ao edema dos vasos linfáticos, hidrococele causando acumulo de liquido nos testículos, quilúria devido derramamento de linfa nas vias urinárias e elefantíase que é o aumento exagerado dos órgãos. A linfadenite o linfedema e a drenagem ineficiente dos líquidos intersticiais pelos vasos linfáticos causa acumulo de linfa nos espaços intersticiais causando aumento exagerado dos órgãos. A elefantíase geralmente acomete os membros unilateralmente devido ao quimiotropismo positivo entre machos e fêmeas (a maioria migra junto para um membro). Ações do parasito: Mecânica através da presença das larvas na circulação linfática e sanguínea e irritativa através do deslocamento e presença das larvas na circulação. Diagnostico: Clínico através de análise de áreas endêmicas e quantidade de mosquitos transmissores. Laboratorial através da punção digital entre 23 e 1h com uma gota espessa verifica-se a presença de microfilárias. IMPORTANTE: Somente a Wuchereria bancrofti causa Eosinofilia pulmonar tropical ‘’EPT’’, sendo um sinal patognomônico. Obs: Os vermes adultos se alimentam de LINFA. Obs: Todo o tratamento de Wuchereria brancofti deve conter a prescrição de antibióticos para que quando os parasitas morram a Wolbachia liberada seja combatida pelo antibiótico. Obs: atualmente há remédios que atuam diretamente na Wolbachia impedindo funções primordiais das larvas fazendo com que elas morram. Tratamento: pegar os remédios Epidemiologia: Presença do mosquito, presença de doentes, temperaturas elevadas (desenvolvimento e sudorese na solução de continuidade), umidade relativa alta (aumento da sudorese), baixas altitudes e pluviosidade alta. Profilaxia: Diagnosticas e tratar doentes e combate ao mosquito. · Onchocerca volvulus Agente etiológico da oncocercose, que é exclusivamente humana Transmissão: Através da picada de borrachudos É um filarídeo subcutâneo de humanos As lesões da oncocercose são os oncocercomas cujo interior abriga vermes adultos que podem viver até 14 anos, as larvas imaturas produzidas pelos adultos ficam ao redor dos oncocercomas espalhadas pelo tecido conjuntivo, estas larvas imaturas são sugadas junto com o sangue pelo borrachudo. Após passar pelo borrachudo se tornam larvas infectantes para o ser humano. Obs: Os nódulos (oncocercomas) correspondem aos locais das picadas. Ciclo: Ser humano > borrachudo > ser humano. Na picada do borrachudo a solução de continuidade é proporcionada pelo próprio mosquito, não necessita de suor como no caso da filariose linfática. A medida profilática mais eficiente é o combate dos borrachudos através das bactérias entomopatogênicas que são bactérias que causam doença nos borrachudos. As principais bactérias entomopatogênicas são os Bacilus sphaericus e Bacillus thuringiensis (mais eficiente). Há a presença de dermatite oncocercótica causando prurido devido a migração das larvas imaturas ao entorno do nódulo, é um forte sinal clínico. Teste de Mazzoti: Serve como diagnóstico para oncocercose, se usa 50mg de dietilcarbamazina fazendo com que as larvas imaturas se desloquem pelo tecido subcutâneo, se o individuo tem oncocercose o individuo vai começar a se coçar, caso contrário não. Obs: É UM TESTE ALTAMENTE FIDEDIGNO PARA O DIAGNOSTICO DE ONCOCERCOSE. Profilaxia: Tratamento dos doentes, combate aos mosquitos e utilização de bactérias entomopatogênicas Tratamento: pegar os remédio, + ANTIBIOTICO P WOLBACHIA. Pegar patologia nos slides