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Piramide alimentar novo

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - CSHNB 
CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
Profa. Msc. Márcia Luiza dos Santos Beserra Pessoa 
 
PIRÂMIDE ALIMENTAR 
 
 
1 - PRÍNCÍPIOS DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
 
 A promoção de hábitos e práticas alimentares tem início na infância, com o aleitamento materno, e, no 
decorrer da vida, consolida-se em busca de uma qualidade de vida saudável (Philippi, 2004). 
 A alimentação saudável deve ser planejada com alimentos de todos os grupos alimentares, de 
procedência segura e conhecida, consumidos em refeições, respeitando-se as diferenças individuais, 
emocionais e sociais, de forma a atingir as recomendações nutricionais, e o prazer de comer. 
 De acordo com o conceito de Segurança Alimentar e Nutricional, com base em práticas alimentares 
saudáveis, deve-se garantir a todos condições de acesso aos chamados alimentos básicos, com qualidade, em 
quantidade suficiente, de modo permanente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais 
que contribuam com uma existência digna em um contexto de desenvolvimento integral e saudável. 
 
2 – GUIA ALIMENTAR 
 
2.1 - CONCEITO: 
 
Os guias alimentares são instrumentos que fornecem informações à população, visando promover 
saúde e hábitos alimentares saudáveis. Devem ser representados por grupos de alimentos e são baseados 
principalmente na relação existente entre os alimentos e a saúde dos indivíduos (FAO/WHO, 1996). 
Serve de instrumento educativo para ilustrar e recomendar a proporção da alimentação e o número de 
porções a serem consumidas diariamente de cada um dos grupos de alimentos. Constitui-se em uma 
ferramenta de educação nutricional. Foi elaborada em substituição ao grupo dos quatro básicos e à roda dos 
alimentos. 
 
 Os Guias Alimentares são as diretrizes formuladas em politicas de alimentação e nutrição, visando a 
promover a saúde e um melhor estado nutricional das populações de cada país e devem: 
 Respeitar os hábitos alimentares, a disponibilidade dos alimentos locais, com incentivo de medidas 
necessárias para atingir o pleno potencial de crescimento e desenvolvimento humano, por meio de uma 
alimentação adequada. 
 Ser frequentemente revisados e o conteúdo adaptado a partir de novas concepções sobre alimentos, 
como a atual necessidade em reduzir o consumo de gorduras e açúcares para as populações de todo o 
mundo. 
 Promover e manter a saúde global do indivíduo com orientações direcionadas para prevenção ou 
tratamento de qualquer doença; 
 Ser baseados em pesquisas atualizadas; 
 Ter uma visão global da dieta; 
 Ser úteis para o público alvo; 
 Encontrar uma forma realista de suprir as necessidades nutricionais utilizando-se da dieta habitual de 
cada população; 
 Ser práticos e, os nutrientes e energia adaptados segundo a idade, o sexo e a atividade física; 
 Ser dinâmicos, permitindo o máximo de flexibilidade para a escolha dos alimentos, a fim de suprir as 
necessidades nutricionais do indivíduo. 
 
 Os ícones, isto é, as representações gráficas do guias, podem contribuir para a melhor divulgação das 
orientações, transformando-se em um facilitador na transmissão do conteúdo cientifico e possibilitando melhor 
assimilação e adesão por parte da população. 
 
 
 
 
 Canadá – Arco Íris China – Pagode Guatemala – Pote de cerâmica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 México – Roda dos alimentos Argentina – Forma helicoidal 
 
 Outras formas de apresentação foram testadas, como blocos empilhados ou em círculos, os grupos de 
alimentos foram dispostos em prato, tigela, xicara, carrinho de supermercado. O ícone da pirâmide foi 
selecionado e mantém-se até hoje, apesar de ter passado por modificações em 2005. 
 
3.0 HISTÓRICO 
 
3.1 Roda dos alimentos 
A Roda dos Alimentos, elaborada em Portugal no 
final da década de 70, representada graficamente por um 
círculo subdividido em fatias de diferentes tamanhos, que 
apresentava os alimentos com propriedades nutricionais 
semelhantes, foi um instrumento inovador utilizado por 
diversos países como material educativo. Teve como 
objetivo transformar informações nutricionais complexas 
em conceitos simples e fáceis de serem utilizados pela 
população leiga e atendeu à realidade alimentar da época. 
A Roda dos Alimentos, surgiu no seguimento da campanha de Educação Alimentar “Saber Comer é 
Saber Viver” iniciada em 1977, tendo sido utilizada como instrumento essencial na promoção de hábitos 
alimentares saudáveis e para promoção e divulgação de aspectos básicos sobre nutrição. 
Este instrumento didático, com profunda divulgação, tem contribuído para desenvolver o interesse para 
os aspectos básicos da alimentação e nutrição, a começar no meio escolar. 
A Roda Antiga era composta por cinco grupos de alimentos sem indicação das porções recomendadas 
por dia. Os grupos de alimentos eram os seguintes: I Leite e derivados; II Carne, peixe e ovos; III Óleos e 
gorduras; IV Cereais e leguminosas e V Hortaliças, legumes e frutos. 
Nos EUA, no final da década de 1980, após pesquisa para verificar qual forma gráfica era mais aceita 
pela população, constatou-se que a distribuição dos alimentos em forma de “roda”, até então utilizada como 
ícone oficial, não surtia mais os resultados esperados. A roda apresentava os alimentos divididos conforme a 
sua “função” (construtores, reguladores e energéticos), sem representação hierárquica dos alimentos, 
possibilitando diferentes interpretações. A representação foi considerada ultrapassada porque, segundo os 
entrevistados, as informações já eram conhecidas (Welsh et al., 1992). 
http://4.bp.blogspot.com/_irUnHxEz3rA/TUNHeq_xYxI/AAAAAAAAACo/Rc3cnRGYZyc/s1600/fp_china.jpg
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjErbD3vqDJAhXFg5AKHU7MCG4QjRwIBw&url=http://www.consumer.es/web/es/alimentacion/en_la_cocina/comer_por_el_mundo/2007/05/26/163035.php&psig=AFQjCNF_pL0bt0mhHuU68fB5zawMn4eMWA&ust=1448160096300910
No Brasil, até a década de 1980, os “grupos de alimentos” atendiam aos objetivos propostos nas 
tabelas de recomendação e a representação gráfica mais usual foi sempre como “roda de alimentos”. 
A roda dos alimentos foi utilizada por muitos anos no Brasil e trazia a classificação dos alimentos 
considerando a função no organismo, em construtores (alimentos fontes de proteínas), energéticos (alimentos 
fontes de carboidratos e gorduras) e reguladores (alimentos fontes de vitaminas e minerais). Durante muitos 
anos, a representação no formato de roda foi utilizada para programas de educação e no atendimento 
nutricional. 
Em 1974, foi publicado pelo Instituto de Saúde da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, um 
importante documento em que se recomendava a adaptação da “roda de alimentos” dividida em seis grupos: 
dos leites, queijos, coalhadas, iogurtes; da carnes, ovos, leguminosas; das hortaliças; dos cereais; das frutas; e 
dos açúcares e gorduras, proporcionando uma maior flexibilidade para a dinâmica da orientação dietética 
individual e em grupo. De certa forma, antecipava-se uma tendência de divisão em grupos alimentares. 
 
3.2 Nova Roda dos Alimentos 
 
A evolução dos conhecimentos científicos e as diversas alterações na situação alimentar portuguesa 
conduziram à necessidade da sua reestruturação. A nova Roda dos Alimentos agora apresentada mantém 
o seu formato original, pois este é já facilmente identificado e associa-se ao prato vulgarmente utilizado. 
Foram ainda objetivos desta reestruturação a promoção dos valores culturais e sociais dos portugueses ao 
promoverem-se produtos tradicionais como o pão, o azeite ou as hortícolas. Além disso, foram 
considerados objetivos pedagógicos e nutricionais. A nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e 
estabelece porções diárias equivalentes,para além de incluir a água no centro desta nova representação 
gráfica. 
 Representação gráfica → escolher e combinar os alimentos da alimentação diária. 
 Forma de círculo → 7 Grupos 
 Cada grupo: alimentos com funções e características nutricionais específicas; 
 Presentes na alimentação diária, não devendo ser substituídos entre si. 
 Transmite as orientações para uma Alimentação Saudável: completa, equilibrada e variada. 
 
 
http://www.alimentacaointeligente.dgs.pt/frontend/images/Roda-(AF)1.png 
 
 
 
 
 
 
 
 Cereais e derivados, tubérculos → 4 a 11 
 1 pão (50g) 
 1 fatia fina de broa (70g) 
 1 e 1/2 batata - tamanho médio (125g) 
 5 colheres de sopa de cereais (35g) 
 6 bolachas - tipo Maria / água e sal (35g) 
 2 colheres de sopa de arroz / massa crus (35g) 
 4 colheres de sopa de arroz / massa cozinhados (110g) 
 
 Hortaliças → 3 a 5 
 Cruas – 2 Xícaras de chá (180g) “COMA BEM, VIVA MELHOR” 
 Cozidas – 1 xícara chá (140g) 
 
 Frutas → 3 a 5 porções 
 1 unidade - tamanho médio (160g) 
 
Gorduras e óleos → 1 a 3 
 1 colher de sopa de azeite / óleo (10g) 
 1 colher de chá de banha (10g) 
 4 colheres de sopa de nata (30ml) 
 1 colher de sobremesa de manteiga / margarina (15g) 
 
Laticínios → 2 a 3 
 1 xícara de leite (250ml) 
 1 iogurte líquido ou 1 e 1/2 iogurte sólido (200g) 
 2 fatias finas de queijo (40g) 
1. Cereais e derivados, tubérculos  28% (4 a 11 porções) 
2. Hortícolas  23% (3 a 5 porções) 
3. Frutas  20% (3 a 5 porções) 
4. Lacticínios  18% (2 a 3 porções) 
5. Carnes, pescado e ovos  5% (1,5 a 4,5 porções) 
6. Leguminosas  4% (1 a 2 porções) 
7. Gorduras e óleos  2% (1 a 3 porções) 
Água – 1,5 a 3 L/dia 
 1/4 de queijo fresco - tamanho médio (50g) 
 1/2 requeijão - tamanho médio (100g) 
 
 Carnes, pescado e ovos → 1,5 a 4,5 
 Carnes / pescado crus (30g) 
 Carnes / pescado cozidos (25g) 
 1 ovo - tamanho médio (55g) 
 
Leguminosas → 1 a 2 
 1 cs → leguminosas secas cruas (25g) 
 3 cs → leguminosas frescas cruas (80g) 
 3 cs→leguminosas secas / frescas cozidas (80g) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. PIRÂMIDE ALIMENTAR: GUIA ALIMENTAR 
 
 Achterber et al. (1994) descreveram a Pirâmide dos Alimentos como um instrumento de orientação 
nutricional utilizado por profissionais com objetivo de promover mudanças de hábitos alimentares, visando à 
saúde global do indivíduo e à prevenção de doenças. A Pirâmide dos Alimentos foi considerada uma 
representação gráfica que facilitava a visualização dos alimentos, assim como a sua escolhas nas refeições do 
dia-a-dia (Welsh et al, 1992). 
 
Ferramenta de Educação Nutricional 
• Ferramenta visual simples e modeladora da dieta; 
• Guia geral e flexível; 
• Um resumo do que deve ser a alimentação diária; 
• Substituto da roda dos alimentos e do grupo dos quatro básicos; 
• Ferramenta gráfica que reflete conceitos alimentares importantes: VARIEDADE, PROPORÇÃO e 
MODERAÇÃO. 
 
OBJETIVOS 
 
Nutricional: 
 Representar uma dieta que seja adequada em calorias e nutrientes. 
 Sugerir padrões de escolha alimentar que melhorem o consumo de nutrientes de difícil obtenção. 
 Alcançar as necessidades nutricionais de praticamente todas as pessoas saudáveis, de diferentes 
idades e sexo. 
 
Utilidade: 
 Ser um guia prático e útil aos consumidores. 
 
 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwivnLr29KLJAhVClZAKHTIwBlgQjRwIBw&url=http://gastroecirurgia.blogspot.com/2011/03/nova-roda-dos-alimentos.html&psig=AFQjCNF2EbouiHr71KhnJdAvo2lTG0cYhg&ust=1448243111823757
4.1 Pirâmide Americana - 1992 (USDA) 
 
Pirâmide Americana – premissas 
 
 Que todas as gorduras devem ser consumidas 
moderadamente; 
 Que todos os carboidratos são bons; 
 Que as proteínas podem ser obtidas na mesma proporção 
na carne vermelha, nas aves, nos peixes e nos ovos; 
 Que os laticínios devem ser consumidos de duas a três 
vezes por dia para a obtenção de cálcio. 
 
 
 
 
PORÇÕES 1600Kcal 2200 Kcal 2800Kca
l 
PÃO 6 9 11 
VEGETAIS 3 4 5 
FRUTAS 2 3 4 
LEITE 2-3* 2-3* 2-3* 
CARNES 2 2 3 
GORDURA(g) 53 73 93 
AÇÚCAR ADICIONADO (c chá) 6 12 18 
* Gestantes, nutrizes, adolescentes, adultos jovens até 24 a 
1600 Kcal → mulheres sedentárias, idosos 
2200 Kcal → crianças, adolescentes (♀) 
2800 Kcal → adolescentes 
 
 
 
4.2 Nova Pirâmide Alimentar de Harvard (2005) 
 
 O que estava na base em 1992 (massas, pães, arroz branco 
e batatas) passou ao topo, e algumas gorduras (óleos), que 
estavam na extremidade, desceram para a base. 
 
 
Motivos da inversão: 
 É perfeitamente aceitável consumir mais do que 30% das 
calorias diárias por meio das gorduras, contanto que a maior 
parte delas seja insaturada.” (WALTER WILLET) 
 Os óleos vegetais → oliva (azeite), nozes de diversos tipos, 
sementes e grãos integrais são ricos em "gorduras boas" 
(monoinsaturadas e poliinsaturadas) → efeito protetor 
(doença) 
 Consumidos no lugar das gorduras saturadas, gorduras 
"trans" ou hidrogenadas. 
 Carboidratos simples → São rapidamente digeridos e 
absorvidos e promovem elevação na glicemia e triglicérides 
 
 
 
 
 
 
Elementos da Pirâmide 
Base: prática de exercícios físicos diários e controle do peso; 
2º andar: Carboidratos integrais e óleos vegetais (azeite de oliva, 
óleo de girassol e linhaça); 
3º andar: vegetais e frutas; 
4º andar: alimentos integrais (castanhas, amendoim, feijão, ervilha e 
grão-de-bico); 
5º andar: carne branca (peixe, frango) e ovos; 
6º andar: laticínios (leite e derivados) ou suplementos de cálcio; 
7º andar: carne vermelha, gordura animal, carboidratos (arroz 
branco, pão branco, macarrão) e doces; 
 
 
As mudanças: 
 Gorduras entram em destaque. Porém, as gorduras boas, provenientes das castanhas, nozes, dos 
óleos vegetais e da carne de peixe; 
 Os carboidratos continuam exercendo a mesma importância. Mas, destacam-se os integrais em 
detrimento dos refinados. Os primeiros preservam, além do endosperma dos grãos, o germe e a casca, 
que são retirados do segundo tipo no processo de refinamento. Por causa desses elementos a mais 
nos grão de trigo, os carboidratos integrais têm mais fibras e nutrientes, além de menor índice 
glicêmico; 
 Inclusão das castanhas, nozes, amêndoas e amendoins na alimentação. Esses frutos são importantes 
fontes de sais minerais, proteínas, vitaminas e gorduras saudáveis. São capazes de prevenir doenças 
hormonais como a tireoide, ajudam a diminuir o colesterol ruim do sangue e fornecem bastante energia; 
 Fontes de proteína divididas em carnes brancas e carnes vermelhas. É importante optar pelas proteínas 
saudáveis e livres de gordura ruim. As carnes vermelhas possuem maior taxa de gordura que os ovos, 
frangos e peixes. Por isso, devem ser consumidas em menor quantidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3 Pirâmide Alimentar Mediterrânea 
 
 Dieta associada a um estado de saúde excelente e à baixa taxa 
de mortalidade por doenças cardiovasculares; 
 O azeite de oliva funciona como a principal fonte de gordura, de 
uma maneira moderada é introduzido pescado, aves, produtos 
lácteos e ovos, e pequenas porções de carnes vermelhas e 
pequenas ou moderadas ingestão de vinho, geralmente durante 
as refeições. 
http://oleo-vegetal.info/
 A dieta do mediterrâneo tem pouca quantidade de ácidos graxos 
saturados, mais é rica em carboidratos e fibras, e quanto ao 
ácidos graxos monoinsaturados derivados do azeite de oliva se 
tem uma grande quantidade consumida. 
 
• Azeite de oliva + 
• Consumo variado e abundante: cereais integrais,frutas, hortaliças, 
leguminosas. 
• Consumo moderado: ovos, peixe, carnes (aves), produtos lácteos, 
vinho. 
• Ocasional: açúcar, doces e mel. 
• Limitado: carne vermelha (não consumir mais de 1 vez/ semana). 
 
 
 
4.4 PIRÂMIDE DOS ALIMENTOS ADAPTADA À POPULAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
Considerando a repercussão favorável da apresentação dos alimentos em grupos na pirâmide, foi 
desenvolvida por Philippi et al. (1999) uma adaptação da proposta americana para o Brasil. O ícone escolhido 
para representar as diretrizes brasileiras neste trabalho foi a pirâmide por se entender que seria uma forma 
apropriada, além de estar validada nos EUA e no Chile. 
A Pirâmide Alimentar adaptada para a população brasileira foi desenvolvida com o objetivo de 
transformar e reunir os conhecimentos científicos sobre a ingestão alimentar em um instrumento que facilitasse 
a seleção e o consumo de todos os grupos de alimentos. Para tanto, foram utilizados alimentos habituais e 
tradicionais da população brasileira, sugerindo inclusões e modificações a partir da proposta do guia alimentar 
americano (Philippi et al., 1999). 
Comparativamente à pirâmide americana publicada em 1992, várias modificações foram realizadas, 
além das porções usuais e a inclusão de alimentos regionais. A recomendação relativa à quantidade de porções 
nos diferentes níveis energéticos foi adaptada. Em virtude de frutas, legumes e verduras serem alimentos 
comuns na dieta e de fácil acesso para a população brasileira, as porções foram modificadas para volumes 
maiores. 
Na pirâmide americana, as carnes, os ovos e as leguminosas encontravam-se dentro de um mesmo 
grupo. Em razão de as leguminosas serem comuns na alimentação básica do brasileiro, principalmente o feijão, 
achou-se conveniente coloca-las em um grupo à parte. Sabe-se que as leguminosas não possuem os mesmos 
valores nutritivos que carnes e ovos, não podendo ser substituídas sem o ajuste necessário no equilíbrio de 
aminoácidos, que é dado pelo consumo simultâneo do arroz com o feijão. O hábito de consumir diariamente 
arroz e feijão é beneficio e deve ser na proporção de duas partes de arroz para uma de feijão. As oleaginosas 
como nozes e castanhas, além da leguminosa amendoim, com alto valor energético, foram incluídas nesse 
grupo, apesar do baixo consumo nas dietas habituais do brasileiro e de serem também fontes de gorduras, 
principalmente ácidos graxos monoinsaturados. 
O leite mereceu atenção especial pelo fato de ser fonte de cálcio, nutriente importante em todas as 
fases da vida. Três porções diárias de leite fornecem, em média, 750mg de cálcio que, juntamente a outras 
fontes não lácteas de cálcio, seriam suficientes para atender as necessidades de adultos. É preciso, no entanto, 
aumentar o consumo de alimentos que são fontes de cálcio para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes. 
Os alimentos como óleos e gorduras, açúcares e doces devem ter o consumo moderado, uma vez que 
estão presentes na sua forma natural em vários alimentos ou podem ser adicionados em varias preparações. 
As legendas de óleos e açúcares (cubos e gotas) foram distribuídas por todos os níveis da pirâmide. Óleos e 
gorduras foram colocados separadamente dos açúcares e doces e tiveram suas porções determinadas para 
facilitar a orientação sobre a quantidade a ser utilizada na dieta e as porções recomendadas para consumo. 
Dependendo do grupo populacional com o qual se trabalha, há necessidade de alertar para os riscos à saúde 
no consumo indiscriminado de alimentos como óleos, gorduras, açúcares e doces. É comum constatar-se 
preferencias por frituras, além do óleo utilizado para refogar e temperar alimentos. Também se constata 
frequentemente preferência por sobremesas bem doces e bebidas com grande adição de açúcar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÚBLICO ALVO: Pessoas 
• Idade: >2 a 
• Consumo regular de alimentos de todos os grupos 
 
Pirâmide Alimentar Adaptada: guia para a escolha dos alimentos - S.T.PhILIPP et al.,1999, baseou-se 
inicialmente no planejamento de três dietas com diferentes valores energéticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO PORÇÃO Kcal MEDIDAS CASEIRAS 
Cereais, pães, raízes e tubérculos 5 - 9 150 4 cs arroz coz/ 1 ½ unid batata coz/ 1 pão/ 
3cs farinha/ 5 unid bisc cream cracker... 
Hortaliças 4 - 5 15 1 ½ cs abóbora coz/ 4 fts tomate/ 15 f 
alface/ 2 ½ cs chuchu coz... 
Frutas 3 -5 35 ½ f abacaxi/ ¾ cs abacate/ 1 laranja/ 1 ft 
mamão... 
Carnes 1 – 2 190 1 bife/ 2 ovos/ 1 porção peixe 
Leite 3 120 1 pote iogurte/ 2 cs leite integ/ 1 ½ copo 
leite... 
Leguminosas 1 55 1 concha Feijão coz/ 1 c servir soja coz... 
Óleos e gorduras 1 – 2 73 1 cs óleo... 
Açúcares e doces 1 - 2 110 1 cs açúcar/ 2 ½ cs mel... 
 
- Primeiro nível (base): é composto por cereais (arroz, trigo), raízes e tubérculos (batata, mandioca, 
mandioquinha, inhame) e massas (pães, bolos). São alimentos ricos em carboidratos, responsáveis pelo 
fornecimento de energia para o organismo. Deve-se consumir de 5 a 9 porções por dia. 
 
- Segundo nível: é composto por hortaliças (verduras e legumes) e frutas. São alimentos ricos em vitaminas e 
minerais, responsáveis pela regulagem das funções do nosso organismo. Deve-se consumir de 4 a 5 porções 
de hortaliças e de 3 a 5 porções de frutas por dia. 
 
- Terceiro nível: é composto por leite e derivados, carnes e ovos e leguminosas. São alimentos ricos em 
proteínas, responsáveis pela formação e manutenção dos tecidos do organismo. Deve-se consumir 3 porções 
de leite e derivados por dia; 1 a 2 porções de carnes e ovos e 1 porção de leguminosas. 
 
- Quarto nível: é composto por óleos, gorduras, açúcares e doces. Pode-se consumir de 1 a 2 porções de cada 
por dia. 
 
4.5 PIRÂMIDE DOS ALIMENTOS PARA À POPULAÇÃO BRASILEIRA ADAPTADA EM 2005. 
 
Em 2005, Philippi adaptou mais uma vez a Pirâmide dos Alimentos e publicou uma Pirâmide 
de 2.000kcal. Com a nova proposta de uma pirâmide alimentar americana (Dietary guidelines for 
americans, 2005), da legislação para rotulagem dos alimentos e do Guia Alimentar para a população 
• Níveis calóricos 
1600 Kcal 2200 kcal 2800 Kcal 
 
• Distribuição dos macronutrientes (%) 
 HC: 60 – 70 Prot: 10 – 15 Lip: 20 -30 
brasileira do Ministério da Saúde, foi observada a necessidade de uma nova adaptação, principalmente 
porque a informação nutricional em rotulagem foi baseada em uma dieta de 2000kcal. 
Houve uma preocupação em manter a apresentação dos oito grupos de alimentos e seus 
equivalentes em calorias (kcal) e em porções (medidas usuais de consumo e gramas) com o objetivo de 
subsidiar conteúdos de orientação nutricional e planejamento dietético. 
Com relação às frutas, as porções foram modificadas para adequação das medidas mais usuais e 
o valor energético do grupo foi duplicado para 70kcal para facilitar as orientações sobre as porções 
desse grupo. Como as frutas, legumes e verduras são do hábito alimentar e de fácil acesso para a 
população brasileira, foram estabelecidas em três porções para o grupo das frutas e também em três 
para o grupo dos legumes e verduras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.6 REDESENHO DA PIRÂMIDE DOS ALIMENTOS PARA À POPULAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
A partir de 2013 uma nova proposta foi elaborada por Philippi, O redesenho da Pirâmide dos 
Alimentos. A pirâmide pode ser considerada um marco referencial e um ícone ilustrativo dos grupos de 
alimentos. Faz parte dos desenhos que a população reconhece como guia alimentar pelo seu uso em 
vários materiais instrucionais desde seu lançamento por Philippi em 1999. 
Apresenta visibilidade, clareza e nomenclatura apropriada. Existe por parte da população 
identificação com as figuras dos alimentos, considerando os hábitos alimentares regionais e adiversidade cultural da população brasileira. Apresenta os alimentos, dos diferentes grupos, com seu 
peso em gramas e na sua forma usual de consumo. Após todos esses anos, a figura da pirâmide 
alimentar é facilmente reconhecida e apresenta fixação de conceitos importantes como variedade dos 
grupos alimentares e tamanho das porções de alimentos. 
O redesenho da pirâmide foi para inclusão, destaque e incentivo de alimentos importantes na 
dieta do brasileiro como cereais integrais (quinoa, linhaça e chia), iogurte, frutas regionais, verduras, e 
legumes verde-escuros, formas de preparação culinárias como saladas, sucos, maior presença de 
grelhados e do azeite. 
A proposta do redesenho foi para inclusão e destaque de alimentos importantes na dieta do 
brasileiro. As alterações foram: 
GRUPOS DESTAQUES 
Arroz, pão, massa, 
batata, mandioca 
Destacou-se a presença do arroz integral, pão de forma integral, pão francês 
integral, farinha integral, biscoito integral, aveia e inclusão da quinoa e do 
cereal tipo matinal. 
Frutas Houve realce maior para as frutas regionais: caju, goiaba, graviola e a 
inclusão de sucos e salada de frutas. 
Verduras e legumes Foram incluídas as folhas verdes-escuro, repolho, abobrinha, berinjela, 
brócolis, couve-flor, cenoura com folhas, e a salada com diferentes vegetais. 
Leite, Queijo e Iogurte Foi dada visibilidade a todos os alimentos do grupo como fonte importante 
de riboflavina (B2) e principal fonte de cálcio na alimentação. 
Carnes e ovos Houve maior destaque para os peixes do tipo salmão e sardinha e peixes 
regionais e para os cortes mais magros e grelhados, frango sem pele e ovos. 
Feijões e Oleaginosas Destacou-se o feijão e a soja como preparação culinária, a lentilha e o grão-
de-bico, e as oleaginosas como castanha-do-brasil e castanha-de-caju. 
Óleos e Gorduras Houve destaque para o azeite. 
Acúcares e doces Colocou-se o chocolate e o açucareiro. 
 
 
 
PIRAMIDE DOS ALIMENTOS – DIETA DE 2.000KCAL 
 
GRUPO Nº DE PORÇÕES Kcal/ PORÇÃO TOTAL (Kcal) 
Arroz, pão, massa, batata, mandioca 6 150 900 
Frutas 3 70 210 
Legumes e verduras 3 15 45 
Carnes e ovos 1 190 190 
Leite, queijo e iogurte 3 120 360 
Feijões 1 55 55 
Óleos e gorduras 1 73 73 
Açúcares e doces 1 110 110 
 
 Após várias modificações, os alimentos estão distribuídos na Pirâmide Alimentar em 
oito grupos de alimentos e em quatro níveis, de acordo com o nutriente que mais se destaca em sua 
composição. Para cada grupo são estabelecidos valores energéticos, fixados em função da dieta e das 
quantidades dos alimentos, permitindo estabelecer os equivalentes em energia (kcal). Os valores para 
gramas, quilocalorias (kcal) e medidas usuais estão aproximados para facilitar o entendimento e 
transmissão de orientações. 
 As porções são estabelecidas com base nas medidas usuais, ou seja, a quantidade de 
alimento em sua forma de consumo, expressa em medidas como xícaras, fatias, colheres de sopa ou 
unidades (4 gomos de laranja, 1 fatia de mamão, 4 unidades de biscoitos). A adoção da medida usual de 
consumo permite um melhor entendimento por parte do individuo da quantidade do alimento, uma vez 
que está presente na sua prática alimentar e na cultura local do próprio país. 
 Para o planejamento de uma dieta adequada com base nos grupos de alimentos da 
Pirâmide Alimentar, deve-se considerar “dieta” o consumo de alimentos nas 24horas, a fim de atender 
às necessidades nutricionais de indivíduos sadios ou enfermos ou da comunidade. Deve-se respeitar as 
culturas alimentares e os hábitos alimentares da população. Os grupos de alimentos devem ser 
distribuídos ao longo do dia e os alimentos de um grupo não podem ser substituídos por alimentos de 
outros grupos, pois todos são importantes e necessários, e nenhum grupo deve ser incluído ou 
inadequadamente substituído. 
O número de porções por grupos alimentares pode variar segundo o Valor Energético Total 
(VET) a ser alcançado nas mais diversas dietas calculadas com base no perfil individual de cada 
pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESAGREGAÇÃO DAS PREPARAÇÕES 
 
 Uma dieta adequada deve se basear principalmente em alimentos naturais e, ao utilizar 
alimentos industrializados, não incluídos nos grupos de alimentos, é importante realizar uma avaliação 
cuidadosa por meio dos rótulos, assim como as preparações culinárias (alimentos mistos), sendo 
alocados nos diferentes grupos de acordo com a presença do nutriente principal ou desmembrados em 
seus diferentes alimentos e respectivas frações de porções. Tendo em vista que o consumo deve ser 
moderado, é necessário se conhecer a quantidade correspondente para cada grupo alimentar para evitar 
o excesso. Para melhor utilização da pirâmide, algumas preparações culinárias deverão ser 
desagregadas em seus ingredientes, classificados nos diferentes grupos alimentares. 
 
COMO FAZER A DESAGREGAÇÃO DAS PREPARAÇÕES 
 
Considerando-se os ingredientes de cada preparação, separar por ingredientes e colocar no 
grupo ao qual ele pertence. Utilizar os valores de kcal do grupo e proporcionalmente calcular o valor da 
porção. 
 Lasanha à bolonhesa: considerar a massa da lasanha no grupo do arroz, pão, massa 
batata, mandioca; o queijo no grupo do leite, queijo, iogurte; a carne no grupo das carnes e ovos; o 
molho de tomate no grupo da verduras e legumes. 
 Cachorro quente: considerar o pão no grupo do arroz, pão, massa, batata, mandioca; a 
maionese no grupo dos óleos e gorduras e a salsicha no grupo das carnes e ovos. 
 Bolo de festa: considerar a massa no grupo do arroz, pão, massa, batata, mandioca; 
margarina no grupo dos óleos e gorduras; ovos no grupo das carnes e ovos e o recheio ou cobertura no 
grupo dos acúcares e doces.

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