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6 – MILAGRE ECONOMICO (1967-73) País alcançou taxas de crescimento econômico sem precedentes Prevaleceu um novo diagnóstico sobre os problemas econômicos do País Contexto político: Castelo Branco >Costa e Silva > Médici Ministro Relevante : Delfim Netto- artífice do Milagre O que deixou o Paeg? Novo regime recebeu uma economia em recessão mas também iniciou mudanças profundas na condução da política econômica e credibilidade restaurada, com destaque para: Reforma financeira Reforma setor externo – permitiu aproveitar bonança da economia mundial Melhora das finanças públicas: aumento arrecadação (correção monetária), novas formas de financiamento (títulos públicos indexados) Inflação: novo diagnóstico O Paeg partia do suposto de que a inflação estava associada a um excesso de demanda. Nova equipe coloca o foco nos custos: por causa desse novo enfoque foram relaxadas as políticas de contenção da demanda. A política salarial não foi alterada. Ao final, salários fazem parte dos custos das empresas Política antinflacionaria Delfim Netto (USP) manteve, em linhas gerais, a política de combate a inflação, com certas mudanças: Ênfase sobre o componente de custos em vez da demanda Combate à inflação teria que ser conciliado com crescimento Objetivos Acelerar desenvolvimento-> Pressão política exigia retomada do crescimento para legitimar regime militar-> Conter inflação-> Receituário antinflacionario muda: controle de preços, ataque de forma gradual, regra salarial (arrocho salarial) Crescimento econômico Foi usado crédito, incentivos fiscais e atenção aos desequilíbrios regionais para diminuir êxodo rural Destaque para políticas setoriais: a) Agropecuária: Criam-se incentivos como Empréstimos do Governo Federal (crédito subsidiado), garantia de preços, pesquisa (Embrapa) Resultado: Modernização com aumento mecanização, expansão fronteira agrícola (Centro-Oeste) maior encadeamento agroindústria. Destaque para a expansão da soja e menor participação do café.; Diversificação exportações b) Indústria- estimulada por política cambial, incentivos fiscais e crédito. Produção de duráveis e bens de capital. Crédito ao consumidor favoreceu demanda duráveis Política cambial e incentivos elevou exportações manufaturados Construção civil favorecida pelo sistema financeiro habitacional e grandes obras públicas. c) Aceleração taxa de investimento no triênio de 15% (1971) para 21% (1973), graças à expansão das estatais, concessão desgovernada de incentivos Consequências do Crescimento Com forte crescimento econômico pressões inflacionárias seriam inevitáveis (em torno de 20%)-> Tolerância -> Governo passa a controlar preços e até tabelar mas não reduz drasticamente níveis inflacionários Política monetária/Setor Financeiro Visão de setor financeiro ineficiente levou a controle de juros (teto) e incentivar a concentração bancária que permitiria ganhos de escala e redução de custos financeiros( oligopólio Aumenta oferta de crédito oficial (BNDE, BB, Caixa Econômica) a áreas específicas (habitação, consumidor, agropecuária) Fundo 157 > estímulo mercado de ações e financiamento de longo prazo Política Fiscal (1) Novo governo beneficiou-se das reformas tributárias e administrativas do Paeg. Centralização das decisões de alocação de recursos: UF e municípios subordinados ao Governo Central Expansão estatais Aumentou renúncia fiscal (em torno de 20% da arrecadação). Com maior participação do Estado, crescentes investimentos públicos e sacrifício fiscal como foi possível manter equilíbrio das contas públicas? Política Fiscal (2) Até 1968 déficit do Tesouro era financiado pelas Autoridades Monetárias mas com a criação da ORTN, aumentou confiança o que permitiu emitir títulos públicos de prazo mais longo ( financiamento déficit público O que gerava um aparente equilíbrio das Contas Públicas. Porém...... Nem todos os gastos públicos eram bancados pelo Tesouro. Juros, correção monetária eram contabilizados no “orçamento monetário” Política Regional I PND -Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (1972-74) Se definiu formalmente uma política nacional de desenvolvimento regional. Atenção especial ao Nordeste e Amazônia Seca Nordeste – solução fora da região. São deslocados grandes contingentes de Nordestinos para Amazônia Outros projetos: Transamazônica; Cuiabá- Santarém. Aumentam recursos para Sudam, Sudene Setor Externo (1) Crescimento econômico acompanhado por equilíbrio balanço de pagamentos. Em função de: Fatores internos: política cambial e incentivos às exportações Fatores externos: Crescimento econômico mundial, evolução favorável termos de troca e aumento de liquidez internacional Setor Externo (2) Balança comercial: aumento das exportações assim como diversificação da pauta e destinos (Europa) Aumento das importações (em especial, bens de capital). Continuava proteção importados nos demais segmento produção nacional Apesar da política de comércio exterior, o coeficiente de abertura foi baixo em relação a outros países (economia fechada). Conta de Capital – Entrada investimento externos e aumento de endividamento Setor Externo (3): Dívida Externa A dívida externa bruta cresceu 20% enquanto a líquida 10% > acumulação de reservas/sobre-endividamento Onda de endividamento explicado por condições atrativas do mercado internacional. Além de : Resolução 63, estatais e empréstimos transnacionais-matriz Apesar de maior endividamento, expansão reservas era bem vista pelas autoridades, aproveitando liquidez internacional (Euromercados). Mas taxas de juros eram flutuantes Defesa do Milagre Economia registrou maiores taxas de crescimento da história (em média 11%ªª) assim como altos níveis de investimentos. Processo foi favorecido pelos ajustes institucionais e financeiros do Paeg e pelo fato de empresas estar com capacidade ociosa. Além de expansão do crédito, arrocho salarial e aumento da dívida externa Críticas ao Milagre Teoria do bolo (Belíndia= Belgica + India, Crítica Prof. Bacha)- Concentração de renda Pouca transparência das contas públicas disfarçaram pressões inflacionárias Aumento dívida externa Modernização agrícola ( concentração fundiária piora distribuição renda Concentração bancária Fracasso política regional Políticas Macroeconômicas Podem ser expansionistas (aumenta nível de atividade econômica) ou contracionistas (mais recessivas). São independentes mas há uma interrelação entre elas Correntes: monetaristas e fiscalistas Monetária Instrumentos monetários: Juros, emissão monetária, compulsório, redesconto, regulação crédito. Afetam oferta monetária Órgão responsável: BC Fiscal Receita: impostos, venda títulos públicos (dívida pública) Despesas: correntes (salários,..) ou de capital (investimentos) Órgão responsável: Ministério da Fazenda/Secretária do Tesouro Nacional (STN)
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