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Leptospirose: Causas, Sintomas e Prevenção

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Introdução
A Leptospirose é uma doença infecciosa causada pelas bactérias do
gênero Leptospira, sendo uma zoonose principalmente nos meses mais
chuvosos, em áreas alagadas e deficientes em saneamento.
Tanto os animais domésticos quanto os selvagens são reservatórios para
esta enfermidade, os principais reservatórios domésticos são os suínos,
bovinos e cães. Os ratos geralmente são reservatórios permanentes
A leptospirose canina ocorre principalmente pelos sorovares
icterohaemorrhagiae, copenhageni e canicola
Etiologia
São espiraladas finas (o,1 x 6 a 20 µm), sendo fracamente corados, são
classificados como gram-negativos, entretanto no laboratório é por meio
da sorologia.
A Leptospira é identificada em microbiologia de campo escuro, sendo uma
bactéria de forma helicoidal, aeróbia obrigatória, forma de gancho, possui
grande motilidade, movimento rotatório em torno do seu eixo.
A Leptospira não se multiplica fora do hospedeiro, e
sua sobrevivência fora dele depende das condições
do meio ambiente, sendo altamente sensível a
ambientes secos e a pHs e temperaturas extremas.
As doenças são diferentes entre os tipos de espécies, os animais de
pequenos portes como gato e cães ela causam problemas sistêmicos os
quais são problemas hepáticos que afeta o fígado, os rins principalmente.
Em animais de produção a Leptospira causa problema reprodutivos como
o aborto principalmente em suínos.
Suas estruturas externas são formadas por uma bainha (cápsula e
membrana externa), cilindro citoplasmático (parede celular e membrana
celular) e endoflagelos.
Sovares de Leptospira, hospedeiro e doenças associadas
Sovares de Lept.Sovares de Lept.Sovares de Lept. HospedeiroHospedeiroHospedeiro Doenças clinicasDoenças clinicasDoenças clinicas
Interrogans Bovino Aborto, mastite
flácida sanguinolenta
Borgpetersenii Bovino e ovino Aborto
Pomona Suíno Aborto em suínos e
bovinos e equinos,
Uveite em equinos
Bratislava Suíno, equino Falhas reprodutivas,
uveite em equinos
Tarassovi Suíno Aborto
Canicola Cães Nefrite aguda (cão
filhote), crônica (cão
adulto)
Incterohaemorrhagiae Rato Doença hemorrágica-
ictérica aguda em
humanos e cães
Australis, Autumanalis,
Copenhageni,
Grippotyphosa
Roedores e animais
silvestres
Infecções incidentais
aguda ictérica aborto
Cultura
 São aeróbicas obrigatórias, não tem capacidade de
fermentação;
 Sua temperatura ótima varia de 29º a 33ºc;
 12h consegue observar colônias;
 Meio de cultura qualquer meio liquido ou meio sólido com soro
de coelho com contração de 10%;
 Suas características bioquímicas são oxidase positiva, catalase
positiva, uréase positiva.
Transmissão
A transmissão da leptospirose pode ocorrer de forma direta ou indireta
Transmissão direita
Direta ocorre, geralmente, pelo contato com sangue e/ou urina de animais
doentes, por transmissão venérea, placentária, feridas por mordedura
(pele) ou pela ingestão de carnes infectadas. (RIBEIRO et al., 2003).
@rany.summariesvet
Leptospira ssp
Transmissão indireta
A transmissão indireta pode ocorrer por contato com solo, vegetação,
alimentação e água contaminados, roupas e outros fômites. (DINIZ, 2011).
Patogenia
Penetração do agente ocorre através de pele lesada e mucosas, podendo
também penetrar por pele íntegra, desde que tenha ficado imersa em
água por longo período (dilatação dos poros), sendo que o período de
incubação é de uma a duas semanas. (GARCIA, MARTINS, 2011).
Uma vez no hospedeiro, ocorrem duas fases distintas: de leptospiremia e
de leptospiremia
Fase de leptospiremia
multiplicação do agente na corrente circulatória e em vários órgãos
(fígado, baço e rins, principalmente). Ocorrem lesões mecânicas em
pequenos vasos, causando hemorragias e trombos, que levam à infartes
teciduais. (GARCIA, MARTINS, 2011).
 Icterícia ocorre principalmente devido à lesão hepática, e não à
destruição de hemácias;
 O rim começa a ter problemas de filtração;
 Há uremia e o animal apresenta hálito de amônia.
Em outras espécies, percebem-se somente problemas
reprodutivos, porém tais problemas contribuem para a baixa
produtividade da pecuária nacional e mundial, causando
diminuição da fertilidade e abortamentos
Fase de leptospiremia
Imunidade é caracterizada pela formação crescente de anticorpos com
estabelecimento das leptospiras em locais de difícil acesso. Formam
massas nos túbulos contornados renais, na câmara anterior do globo
ocular, no sistema reprodutivo (vesícula seminal, próstata, glândula bulbo-
uretra. (GARCIA; MARTINS, 2011).
Tratamento, controle e prevenção
Tratamento:
Em estudos experimentais em animais, a ampicilina e as cefalosporinas de
terceira geração não têm sido eficazes na eliminação dos organismos dos
tecidos e fluidos corpóreos, enquanto tetraciclinas e macrolídios, tais como,
eritromicina e seus derivados (claritromicina e azitromicina) foram eficazes.
As drogas ineficazes incluem cloranfenicol e sulfamidas. Embora Leptospira
spp. seja sensível à uma grande variedade de antimicrobianos e a terapia
surta efeito quando instituída precocemente, a redução do risco da
doença para o homem e para os animais deve ser fundamentada na
adoção de procedimentos de controle (FORT DODGE, 2007).
Controle:
Na fonte de infecção
Controle de roedores. Isolamento, diagnóstico e tratamento de animais
doentes (GARCIA; MARTINS, 2011).
Na via de transmissão:
Destino adequado das excretas, limpeza e desinfecção química das
instalações (uso de derivados fenólicos). Drenagem da água das pastagens,
não utilizar sêmen suspeito (GARCIA; MARTINS, 2011).
Nos susceptíveis:
As vacinas de contra a leptospirose são bacterinas (cultura morta) e por
isso a sua imunidade é baixa e previnem contra a sintomatologia clínica. Há
relatos de animais que apresentam leptospirúria após a vacinação.
Prevenção:
A prevenção pode-se resumir na proteção e no impedimento da
proliferação de roedores (GENOVEZ, M. 2011)
@rany.summariesvet

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