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Tratamento do Diabetes Mellitus 1 Diabetes Mellitus Consenso de Diabetes e Livro Vilar – consenso de endocrinologia Casos clínicos: 1) Sr. João, 54 anos, caminhoneiro, refere que engordou nos últimos 5 anos após o divórcio. Não se alimenta com qualidade e é sedentário. Está sentindo visão embaçada e cansaço. Ao exame apresenta PA: 150x100 mmHg, IMC: 33,5 kg/m²; cintura abd. 119cm. Acantose nigricans. Sem outras alterações no exame físico. Trouxe exames laboratoriais mostravam aumento de transaminases, glicemia de jejum 120mg/dl e HBA1C 7,6%. · Problema de se engordar: a gordura visceral que fica no abdomên é prejudicial pois pode levar a resistência insulinica devido a citocinas inflamatórias (INF alfa, TNF beta, IL-6, 10, adinectina), tendo diminuição de óxido nitrico, vasoconstrição o que leva a hipertensão arterial. Além de serem trombogênicas e alterar metabolismo de lipideos (levando aterosclerose e aumentando risco CV). · O melhor exame para ver gordura visceral é a fita métrica que mede a cintura abdominal. Sendo que no homem é < 90cm e na mulher < 80cm. · A acantose nigricans que é a mancha escura nas dobras significa a resistência a insulina. · Logo, vemos que é um paciente obeso, sedentário e que está com resistência a insulina. Quais as possibilidades de tratamento? Metformina (pois está acima de 7,6%) + outra droga. Opções: Metformina + 2) Sra. Lourdes, 78 anos, do lar, refere diabetes há 8 anos. Refere caimbras nos pés e corrimento claro sem cheiro e prurido vaginal. Apresenta IC com medicações adequadas. Em uso de metformina 850mg 3x ao dia para diabetes. · Ao exame apresenta PA: 130x80 mmHg, peso: 62kg, alt: 1,56 IMC: 25,5 kg/m²; cintura abd.: 87 cm. Sem outras alterações no exame físico. · Trouxe exames laboratoriais mostravam creatinina 1,0, glicemia de jejum de 145 mg/dl e HBA1C: 8,0%. · Vemos que é uma paciente com sobrepeso, que tem DM há muito tempo (isso interfere na consulta). · Lembrar das medicações contraindicadas em caso de disfunção renal. Quais as possibilidades de tratamento? Tem IC, logo, o melhor para ela é ISGLT-2, mantém a Metformina pois a função renal está normal e tem um pouco de resistencia. Não melhorando vai associando. Metformina + Se não melhorar: + insulina bed time Se não melhorar: + insulina basal 3) Sra. Júlia, 85 anos, do lar, refere diabetes há anos. Refere cansaço. Em uso de metformina 850mg 3 x ao dia. · Ao exame apresenta PA: 140x90 mmHg, peso 70kg, alt.: 1,6 IMC: 27 kg/m²; cintura abd.: 90 cm. Sem outras alterações no exame físico. · Trouxe exames laboratoriais mostravam creatinina 2,0, glicemia de jejum de 145 mg/dl e HBA1C: 8,5%, creatinina: 1,5. Quais as possibilidades de tratamento? Tira Metformina pois é paciente renal, pode dar IDPP-4 pois aceita na IR e insulina se precisar, que pode ser dada para qualquer pessoa. Suspenso Metformina Se não melhorar: + insulina bed time Se não melhorar: + insulina basal Se não melhorar: + insulina plena (diminuir para função renal) Eu não sinto nada?? O que vai acontecer comigo doutor?? Fases de secreção de insulina: As citocinas inflamatórias se ligam ao receptor de insulina da célula e atrapalham a insulina a se ligar nele. Logo, prejudica o açucar a entrar na mesma. Principalmente em músculo, fígado, gordura e pâncreas. Quando estamos com resistência insulinica, o pâncreas começa a achar que precisamos produzir mais insulina, pois ela não esta sendo mais suficiente, logo, ele começa a produzir mais, tendo a primeira fase da descompensação, que é a hiperinsulinemia, o que resulta no primeiro sinal: acantose nigricans. Pode ficar por ano com esse quadro, não tendo sintomas e nem alterando exame de sangue, entretanto quando ela não der mais conta, o pâncreas acaba que se “cansa” de trabalhar, começando a diminuir a produção e isso não é suficiente para levar a glicose para dentro da célula. Logo, começa-se a perder a liberação rápida de insulina quando come (1° gráfico). Come, tem a primeira fase, que depois fica no basal. Porém quando está falhando, perde-se a primeira fase, tendo só a segunda. Perde primeira fase GTT oral mais sensível (exame que consegue detectar mais no início essa fase). Ele também é feito em grávidas. Mas não é tanto usado. Prevalência de DM tipo-2: · Entre 30-69 anos temos uma porcentagem de 12% de diabetes, entretanto é um dado subestimado, pois o sobrepeso está em torno de 54%, e isso já é um risco para a pré-diabetes e fora que no início ninguém faz exame, já que são assintomáticos, ficando esse dado subnotificado. · Mas isso varia com a genética também, não é porque é mais gordo que irá ter obrigatoriamente a doença. DM 1: doença autoimune, não se sabe muitas coisas sobre, apesar que se sabe que tem interferência do leite de vaca antes dos primeiros 3 meses de vida, mas não é nada certo. Começa produzir anticorpo que destrói as células beta, até não ter mais nenhuma, tendo que tratar somente com insulina. Não tem nada que ajude na prevenção e nem é genético. Evolução natural da doença: · Genética + resistência insulínica diminuição da função da incretina diminuição da funcao de celulas beta hiperinsulinemia pré-diabetes DM tipo 2. A genética, a grande maioria é acometida. · Paciente obseco, que tem a produção das citocinas que se ligam nos receptores das células do corpo inteiro, causando a resistência a insulina e atrapalha a entrada da glicose. · As incretinas (GLP-1) são liberadas no intestino, após o alimento passar pelo ID, tendo liberação de GLP-1 na corrente sanguínea e ficam 2 minutos no corpo. Eles agem melhorarando a liberação de insulina (independente de glicose), reduzem glucagon, atuam na saciedade, logo, é muito importante. Entretanto sabemos que antes do pré-diabético já temos essa alteração no GLP-1. Mas, não medimos ele na clínica pois não é inviável, porém sabemos que fisiopatologicamente isso acontece. · A partir do momento que temos a hiperinsulinemia, gerada pelo impedimento de entrar glicose dentro das células, faz com que as cels beta do pâncreas comecem a falhar, devido ao trabalho em excesso e por conta da inflamação das mesmas devido a quantidade alta de glicose no sangue. Quando 50% dessas células não estiverem trabalhando, já somos diabéticos, devido a apoptose das células β. Tem cura nessa fase? E se emagrecer para se livrar da obesidade? Não, pois metade do pâncreas já não está funcionante, entretanto se o paciente perder peso, ajudará na resistência a insulina, mas isso é dependente da genética do mesmo, as vezes não sendo suficiente nem mesmo a perda de peso. Porém se a genética for favorável, pode ser que a insulina restante ajude. · Todas essas etapas podem ser preveníveis e evitáveis, no entanto quando chega na fase de DM tipo 2, isso já não é mais possível, tendo baixas chances de cura, até mesmo pela idade também que desfavorece quanto mais velho, pois é fisiológico ter perda de células betas também. Octeto de defronzo: A partir do momento que virei diabético, 50% das células β já não funcionam mais, o que resulta em: 1. Aumento da glicose no sangue, reduzindo ainda mais o efeito incretinico. 2. Aumento da lipólise (quando a insulina falha, falta açucar na células e logo ela arruma outra forma de ter energia, quebrando gordura). 3. Piora ácidos graxos livres, tendo a hipertrigliceridemia, logo, tendo alteração lipidica ( colesterol). 4. Essa alteração de hipertrigliceridemia sobrecarrega o rim, o qual pede para absorver mais glicose, interferindo na glicemia. 5. Já no músculo, diminui a capturação periférica devido a falta da glicose, pois tá usando a gordura. 6. Tem-se alterações de neurotransmissores pois causa inflamação em muitos órgãos e o cerebro não esta isento disso. Isso também interfere em substâncias que alteram apetite. 7. No fígado, como ta tendo lipólise e ácidos graxos livre, uma parte é depositado no fígado causando a esteatose hepática devido a essa gordura. 8. Agora no pâncreas, como está tendo resistência a insulina, acaba que tem-se essa dificuldade tambémpara “desligar” o glucagon, pois ele é dependente dela. Portanto, tem-se hiperglucagonemia nos pacientes diabéticos. 9. Tem-se também a descompensação das células betas e diminuição de insulina pelo pâncreas. Quando pensamos em tratamento, temos que melhorar a causa, atuando em vários pontos desse octeto. Critérios diagnósticos: Pedir glicemia de jejum (de no minímo 8 horas) GGT oral é muito sensível mas é chato de fazer, tem gente que até vômita. Hemoglobina Glicada tem uma meia vida de 3 meses, tendo uma média desse valor. Sintomas: · Lembrar que a clínica é soberana: se tiver sintomas (os P’s) e fizer uma glicose aleatória, por exemplo, dextro >200, fechamos o diagnóstico de DM, não precisando de mais exames específicos. Pois é muito patognomônico dessa doença os sintomas. · Paciente com glicose aumentada no sangue e esse açucar não está chegando na célula, como estará o apetite da pessoa? Muito alto! E a pessoa vai engordar? Não! Pois a pessoa não tem insulina para carregar toda a insulina que consome, consequentemente, o açúcar não estará entrando na célula e assim a pessoa tem mais fome. Tem-se apoptose, faz lipólise, proteolise e perde muito peso! · O sangue vai ficar mais “grosso”, pois está cheio de açúcar e para eliminar esse açúcar a pessoa começa a urinar muito, aumentando a filtração, tendo poliúria e desidratando o paciente, consequentemente aumentando a sede do paciente. POLIÚRIA + POLIDIPSIA + POLIFAGIA + PERDA DE PESO + FRAQUEZA Como escolher a melhor medicação para cada paciente? · Temos vários tipos de remédio: os que atuam no peso, os que causam secreção de insulina, os que só podemos dar em pacientes graves (insulina), os que podem benificar em outras comorbidades e temos que olhar também para a condição financeira do paciente. · Pacientes que tem alteração no colesterol, sabemos que tem remédios específicos que controlam a DM e que ajudam nisso, assim como ajudam na esteatose hepática também. · Existem drogas que foram liberadas para diminuir risco de internação para ICC, sendo até prescritas para pacientes que não tem diabetes. · Existem drogas que auxiliam na IC e IR que também são usados para tratar a DM. · Dislipidemia, aterosclerose, nefropatia, insuficiência cardíaca. Metas laboratoriais para o tratamento do DM2: · Quanto mais baixa a minha glicose melhor, porém quando < 70 é prejudicial, não podemos deixar NUNCA com risco de hipoglicemia. E deixar abaixo de 6,5% quando o remédio não é hipoglicemiante. Porém quando não tem escolha e o remédio causa hipoglicemia, temos que deixar o melhor possível sem hipoglicemia nenhuma, um pouco acima de 7%, 7,5%, 8%, 8,5%, pois sabemos que a hipoglicemia MATA tanto quanto a hiper, sendo grave! Sempre perguntar para aqueles pacientes que tomam insulina, sulfanureias, pois elas, principalmente, causam, questionando se ele passa mal, tem tontura, suor frio, mal estar, fome excessiva. · Quanto mais rápido normalizar a glicose do paciente, teremos mais tempo sem precisar de insulina ou mesmo nem precisar um dia. Pois estaremos preservando as células β. Pedimos para fazer dextro (2 dias em jejum 2 horas após a refeição em 1 ou 2 semanas) e não a glicada, pois ai teria que esperar 3 meses, o que não tem lógica. · Usamos muito mais na prática agora o dextro. Monitorização glicêmica como fazer? O Consenso de 2017 mostra, de forma sensata, que devemos fazer a monitorização intensiva quando o paciente está mal, com DM muito alto, depois que começa a usar a medicação. O Libre, que é um aparelho de monitorização glicêmica sem precisar furar o dedo, foi colocado em foco no Consenso de 2020/2021. Entretanto temos que lembrar que ele custa R$500,00, o sensor R$250,00 e dura 15 dias, logo, paciente acaba gastando 1000/500 reais por mês para ter. Ele é perfeito, entretanto quantos pacientes terão condições para tê-lo? Ele é inviável para 99% da população. Apesar de ser ótimo e conseguir medir a glicemia várias vezes ao dia, é totalmente inviável para grande parte das pessoas. Importante: · O algoritmo SBD 2017 ressalta a necessidade de realização de testes de glicemia em situaões de jejum, pré-prandial e pós-prandial. Na prática clínica a maioria dos pacientes que praticam automonitorização realiza apenas os testes de glicemia de jejum ou pré-prandial. A International Diabetes Federantion (IDF) alerta que a “hiperglicemia pós-prandial é um fator independente de risco para a doença macrovascular, impactando também o grau de risco das seguintes complicações”: · Retinopatia · Aumento da espessura da camada íntima média da carótida · Estresse oxidativo, inflamação e disfunção endotelial · Redução do fluxo sanguíneo do miocárdio · Aumento do risco de CA · Comprometimento da função cognitiva em idosos com DM2 Não se faz mais só a glicemia de jejum, mas a pós-prandial também, pois aquela isolada não serve para nada. Temos que saber quais medidas estão altas, pois é nitido que as pós prandiais são as que mais sobem. Tratamento do DM2 · Paciente com diagnóstico recente e com glicada mais baixa, temos que modificar estilo de vida e colocar a Metformina. · Paciente com a glicada >7,5%, obrigatoriamente, tem que colocar 2 drogas para ele. Inclusive para pré-diabetes já se entra com Metformina (ou outras drogas dependendo da condição financeira)! · Agora se o dextro for > 300, com os P’s, glicada > 9%, obrigatoriamente tem que colocar insulina no dia! · Paciente com Cetoacidose ou Estado Hiperosmolar só a insulina que resolve também. Metformina: · Primeira escolha para o paciente com pré-diabetes (com pelo menos 2 exames alterados) e com diabetes. Orientar dieta + exercícios pois ajuda mais que remédio. · Melhora a resistência a insulina, mas dá muita diarreia. O Glifage XR dá menos diarreia. Logo, quando tiver com esse sintoma, trocar pelo XR. · Pacientes com insuficiências tem risco de acidose lactica e grávidas também não podem usar. · Tem meia vida longa e com liberação lenta no intestino. O paciente defeca as cápsulas do comprimido, isso não significa má absorção. Inibidor de alfa-glicosidase: · Atrapalha a absorção de carboidrato, sendo excelente para abaixar pós-prandial. · Tem meia vida curta, por isso da antes do almoço para fazer efeito no almoço e dá antes da janta para fazer efeito na janta. · Não é tão bom para melhorar a DM entao, pois só vai agir naquele horário, além de dar flatulências, diarreia, assim, não é tão aceitável e nem tão usado mais hoje em dia. Glitazona: · Liga-se ao PPAR-gama no musculo, tecido adiposo e fígado para diminuir a resistencia insulinica. Redutor de *esteatose hepática. Melhora a resistência a insulina como a Metformina, mas pode associar as duas pois elas agem em lugares/receptores diferentes. É interessante para diminuir triglicerides também. · Ela não é tão barata, não tendo de graça. · Ela faz ganhar peso e inchar (ganho mais hidríco, mas a visceral diminui), logo é CI para quem tem insuficiência cardíaca e renal, além de ser na osteoporose também, podendo ter perdas ósseas. · Conclusão: pelo custo temos remédios melhores, o único benificio é na esteatose hepática, entretanto se não fosse isso, o resto conseguimos com outras medicações. Sulfoniuréia: · Segundo remédio oferecido pelo SUS e tem uma meia vida longa. · A Glibenclamida é a pior que tem, pois é a que mais causa hipoglicemia, sendo a mais perigosa. Entre a Glimepirida e a Gliclazida, a última é melhor, porém a primeira é a que mais tem no posto. · Aumenta secreção de insulina, acabando com a reserva do pâncreas que já era limitada. Logo, quanto mais tade por esse medicamento, melhor, pois temos que poupar o pâncreas de trabalhar no início. Entretanto se for um paciente mais final, mais magro e tá num processo de falência pancreática mesmo, ai sim entramos com esse medicamento Melhor para pacientes com Diabetes tardio e não inicial. · Ele tem beneficio em paciente com insuficiência pancreática. · Paciente que tem convulsão de madrugada hipoglicemia. Pedir para o paciente medir a glicemia de madrugadaem casos assim. Pois até com Glicazida pode ter. Tomar muito cuidado com SULFONIUREIAS!!! Metiglinidas: · Igual a Sulfoniureia mas a meia vida curta dela é curta, agindo só na refeição também e melhorando a glicemia pós-prandial. É tipo a Arcabose. Só faz isso! Não é tão usada também. Inibidor de DPP4: · Uma classe muito boa. Quando o intestino libera o GLP-1, o DPP-4 desativa o GLP-1 e tira da circulação. Logo, ele inativa o GLP-1, inativando-o, quando faz isso, como ela age por 2 minutos normalmente, acaba que dura mais tempo, além de estimular a insulina de acordo com a glicose e reduz o glucagon, sendo muito interessante. Além de ter trabalhos com rato mostrando aumento de células β. · Porém ela não tem proteção cardíaca e nem renal, sendo neutra. · Única CI é em alergia. · Conclusão: poupa o pâncreas, reduz glucagon, não tem protecao cardiaca e nem renal. Sua melhor indicação é que pode ser usado para *Insuficiência Renal em QUALQUER fase, até na dialítica. Só na hepática que ainda não tem estudos, mas provavelmente não é interessante. Análogo de GLP-1: · Aumento do nível de GLP-1, com aumento da síntese e da secreção de insulina, além da redução de glucagon. · Retardo do esvaziamento gástrico. · Saciedade. · Aumento da massa de células β em modelos animais. · Redução do peso, redução da pressão arterial sistólica. · Redução da variabilidade da glicose pós-prandial. · Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DCV (Liraglutida – LEADER: dulaglutida – REWIND; semaglutida – SUSTAIN-6). · É a *melhor droga para tratar o diabetes hoje em dia (só se o paciente tiver condição financeira). Ela é liberada para tratar a obesidade, mesmo sem ter DM, além de ser a que mais melhora o octeto. Ajuda na secreção da insulina, independente de glicose, além de reduzir o peso, reduzir a resistencia a insulina, melhora a sensibilidade a insulina, melhora a captação de glicose no figado, musculo, ou seja, age em 7 dos 8 pontos do octeto! Por isso é a melhor hoje! · Problema dela é que é injetável e a mais barata custa R$500,00 por mês. A mais nova hoje é a Ozempyc, que custa R$700,00 por mês, sendo a mais potente, sem risco de hipoglicemia nenhuma, além de perder muito peso. Teve casos de pacientes que perderam 7 a 8 kg por mês devido ela agir na saciedade do paciente. Ela causa náuseas e da muita saciedade. Ela não tem efeito rebote, mas se não controlar vai ter que voltar para o remédio. Logo, tem que mudar o hábito para sempre. Primeira escolha hoje em dia (para pré-DM também), 2° lugar Metformina (se paciente não tem condição). Inibidor de SGLT-2: · Prevenção da reabsorção de glicose no túbulo proximal renal. · Promoção da glicosúria. · Perda de peso inicial. · Efeito diurético leve. · Redução da pressão arterial muito interessante para pacinete com IC (está sendo liberado pela ANVISA para quem tem, mesmo que não tenha DM). · Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DCV (empagliflozina – EMPAREG): canagliflozina – CANVAS. · Benefícios evitar internação por insuficiência cardíaca. · Efeito colateral: infecção urinária (raro). · Contra indicação: insuficiência renal (clearence < 45) e infecção de repetição. · *2ª droga mais interessante de ser usar depois da Metformina. Tem-se receptores no rim que absorve a glicose para levar no sangue e um deles é o SGLT-2. Se bloquearmos ele com o farmaco, diminuimos a reabsorção de glicose, perdendo açúcar na urina (aumenta a glicosúria) É O ÚNICO MEDICAMENTO QUE FAZ ISSO. A vantagem da glicosúria é a perda de peso, sendo que inicial perde 4kg, podendo até mais. Mas com o tempo estabiliza, pois o receptor começa a se adaptar e produzir outros além de ter um limite de absorção de glicose. · *Não tem perigo de ter hipoglicemia devido a esse bloqueio ser limitado até 180 ao valor da glicose. Assim, é muito seguro. · Conhecido como Forxiga, entra no alto custo com algumas indicações. Associações: · Xultophy: insulina basal associada a análogo de GLP-1 antes de entrar com insulina “pura”. Indicação: falência pancreática + obesidade (tem mais de 10 anos de DM). · Glyxambi: ISGLT2 + IDPP4 (custa por volta de 200,00). · Qtern: ISGLT2 + IDPP4 Indicação: controle diabetes + falência renal discreta, insuficiência cardíaca + falência renal + diabetes descontrolada. 1ª fase do tratamento de diabetes: · Início do DM2 · Hiperglicemia discreta, obesidade, glicada até 7,5%, insulinorresistência e obesidade. · Diminuição da secreção de insulina 1ª escolha Metformina ou 2ª escolha Inibidor da SGLT-2 (se tiver comorbidades). Tem que deixar a glicada mais baixo que 7% e mais baixo que 5% pois ela não tem risco de hipoglicemia. Se tiver intolerancia a ela, dar analogo SGLT-2, exceto secretagogo, pois este prejudica. Se tiver numa segunda fase, com falência pacreática, pensar no secretagogo + metformina e se precisar mais uma droga. Se tiver aumento de peso, pode usar Xultophy também. 2ª fase do tratamento: Se não melhorar, com as 3 drogas, ai colocar a insulina. Não tirar o resto, mas sim acrescentar. 3ª fase do tratamento: · Progressão da perda de secreção da insulina, mais de 1 década de evolução da doença, e apresenta perda de peso e/ou comorbidades presentes. Complicações do diabetes: Micro – aparecem mais ou menos depois de 5 anos de doenças e as macro mais ou menos depois de 10 anos. Depende da genética* e outros fatores. Metas da pressão arterial no DM: · Diretrizes do ADA 2017: PA < 130/80 · Proteinúria > 1g nas 24 hrs: PA < 125/75 Usualmente 2 ou mais medicamentos são necessários: IECA – vasodiltação, diminui hiperfiltração, melhora micro e macroalbuminuria. Tratamento de outras comorbidades interfere diretamente nas complicações: · Prevenir doenças cardiovasculares Hoje se sabe que a estatina protege até mais para efeitos CV, como placa de ateroma. Pois o AAS da muito efeito colateral, como ulcera gastrica, sangramento, gastrite. Retinopatia diabética – tratamento: Medidas gerais: · Controle da hiperglicemia · Tratamento da hipertensão · Tratamento da dislipidemia Fotocoagulação Vitrectomia risco de cegueira < 5% Exame de fundo de olho anual (diagnostico com mais de 5 anos de DM) e microalbuminuria anual. DM 2 que não sabe quando começou, fazer a partir do diagnóstico. Neuropatia diabética – tratamento da dor: · Remover fatores de risco: álcool, fumo · Melhorar o controle glicêmico (sem flutuações) · Medicamentos: · Antidepressivos tricíclicos · Ácido alfalipoico · Inibidores seletivos da serotonina · Anticonvulsivantes: gabapentina, carbamazepina e pré-gabalina · Antiarrítmicos: lidocaína e mexiletine · Opióides: tramadol e oxicodona · Acupuntura, capsaicina e estimulação nervosa transcutânea ? Tratamento do Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus Consenso de Diabetes e Livro Vilar – consenso de endocrinologia Casos clínicos: 1) Sr. João, 54 anos, caminhoneiro, refere que engordou nos últimos 5 anos após o divórcio. Não se alimenta com qualidade e é sedentário. Está sentindo visã o embaçada e cansaço. Ao exame apresenta PA: 150x100 mmHg, IMC: 33,5 kg/m²; cintura abd. 119cm. Acantose nigricans. Sem outras alterações no exame físico. Trouxe exames laboratoriais mostravam aumento de transaminases, glicemia de jejum 120mg/dl e HBA1C 7, 6%. § Problema de se engordar: a g ordura visceral que fica no abdomê n é prejudicial pois pode levar a resistência insulinica devido a citocinas inflamatórias (INF alfa, TNF beta, IL - 6, 10, adinectina) , tendo diminuição de óxido nitrico, vasoconstrição o qu e leva a hipertens ã o arterial. Além de serem trombogênicas e altera r metabolismo de lipideos (levando aterosclerose e aumentando risco CV). § O melhor exame para ver gordura visceral é a fita métrica que mede a cintura abdominal . Sendo que no homem é < 90cm e na mulher < 80cm . § A acantosenigricans que é a mancha escura nas dobras significa a resistência a insulina. § Logo, vemos que é um paciente obeso, sedentário e que está com resistência a insulina. Quais as possibilidades de tratamento? Met f o rmina (pois est á acima de 7,6%) + outra droga. Opç ões : Metformina + 2) Sra. Lourdes, 78 anos, do lar, refere diabetes há 8 anos. Refere caimb r as nos pés e corrimento claro sem cheiro e prurido vaginal. Apresenta IC com medicações adequadas. Em uso de metformina 850mg 3x ao dia para diabetes. § Ao exame apresenta PA: 130x80 mmHg , peso: 62kg, alt: 1,56 IMC: 25,5 kg/m²; cintura abd.: 87 cm. Sem outras alterações no exame físico. § Trouxe exames laboratoriais mostravam creatinina 1,0, glicemia de jejum de 145 mg/dl e HBA1C: 8,0%. § Vemos que é uma paciente com sobrepeso, que tem DM há muito tempo (isso interfere na consulta). § Lembrar das medicações contraindicadas em caso de disfunção renal. Quais as possibilidades de tratamento? Tem IC, logo, o melhor para ela é ISGLT - 2 , mant ém a M etformina pois a funç ão renal est á normal e tem um pouco de resistencia. N ão melhorando vai associando. Tratamento do Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus Consenso de Diabetes e Livro Vilar – consenso de endocrinologia Casos clínicos: 1) Sr. João, 54 anos, caminhoneiro, refere que engordou nos últimos 5 anos após o divórcio. Não se alimenta com qualidade e é sedentário. Está sentindo visão embaçada e cansaço. Ao exame apresenta PA: 150x100 mmHg, IMC: 33,5 kg/m²; cintura abd. 119cm. Acantose nigricans. Sem outras alterações no exame físico. Trouxe exames laboratoriais mostravam aumento de transaminases, glicemia de jejum 120mg/dl e HBA1C 7,6%. Problema de se engordar: a gordura visceral que fica no abdomên é prejudicial pois pode levar a resistência insulinica devido a citocinas inflamatórias (INF alfa, TNF beta, IL-6, 10, adinectina), tendo diminuição de óxido nitrico, vasoconstrição o que leva a hipertensão arterial. Além de serem trombogênicas e alterar metabolismo de lipideos (levando aterosclerose e aumentando risco CV). O melhor exame para ver gordura visceral é a fita métrica que mede a cintura abdominal. Sendo que no homem é < 90cm e na mulher < 80cm. A acantose nigricans que é a mancha escura nas dobras significa a resistência a insulina. Logo, vemos que é um paciente obeso, sedentário e que está com resistência a insulina. Quais as possibilidades de tratamento? Metformina (pois está acima de 7,6%) + outra droga. Opções: Metformina + 2) Sra. Lourdes, 78 anos, do lar, refere diabetes há 8 anos. Refere caimbras nos pés e corrimento claro sem cheiro e prurido vaginal. Apresenta IC com medicações adequadas. Em uso de metformina 850mg 3x ao dia para diabetes. Ao exame apresenta PA: 130x80 mmHg, peso: 62kg, alt: 1,56 IMC: 25,5 kg/m²; cintura abd.: 87 cm. Sem outras alterações no exame físico. Trouxe exames laboratoriais mostravam creatinina 1,0, glicemia de jejum de 145 mg/dl e HBA1C: 8,0%. Vemos que é uma paciente com sobrepeso, que tem DM há muito tempo (isso interfere na consulta). Lembrar das medicações contraindicadas em caso de disfunção renal. Quais as possibilidades de tratamento? Tem IC, logo, o melhor para ela é ISGLT-2, mantém a Metformina pois a função renal está normal e tem um pouco de resistencia. Não melhorando vai associando.
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