Imissão na Posse

Prévia do material em texto

Imissão na Posse 
 
 
 
Razão de ser das ações possessórias: proteger a posse de uma ameaça, turbação ou esbulho. 
Pressuposto para que seja possível manejar ação possessória: já ser o possuidor no momento em 
que ocorreu uma das três violações. Se já houver ocorrido antes de se tornar proprietário/possuidor: 
deverá ser manejado pelo proprietário/possuidor Ação de imissão na Posse, uma vez que a Ação de 
Reintegração na Posse não poderá ser manejada por falta da necessidade da tutela 
jurisdicional/interesse de agir. 
A Ação de Imissão na Posse não é um interdito possessório, não é uma ação possessória, ela 
objetiva fazer com que o possuidor possa exercer pela primeira vez os poderes dominiais sobre a 
coisa. 
Na nossa jurisprudência é mais comum de ocorrer no bojo da alienação fiduciária. 
 
Mútuo feneratício R$800.000 (juros compensatórios) 
 
Banco (credor fiduciário – proprietário do bem) Consumidor - R$500.000 (credor fiduciante – posse direta) 
Propriedade resolúvel transferida como garantia 
 
Alienação fiduciária (contrato acessório ao contrato de mútuo; não é um direito real de garantia, é um direito real 
EM garantia, uma vez que é usada como garantia de pagamento) 
 O que fundamenta a posse direta do consumidor nesse imóvel de propriedade do banco? Os 
contratos de mútuo e de alienação fiduciária. 
 Inadimplemento do consumidor: resolução unilateral – fica configurado o esbulho por parte do 
consumidor > Ação de Reintegração da Posse, pois o Banco tinha a posse indireta (Lei 4.514/97). O 
Banco não pode ficar com o imóvel, este deve ser levado a leilão e ocorrerá o abatimento da dívida. 
Assim, quando o terceiro adquire o imóvel, o esbulho já ocorreu, logo ele deverá manejar a Ação de 
Imissão na Posse. 
 A Ação de Imissão na Posse segue o procedimento comum – art. 319 e ss do CPC e o pedido é 
de imissão na posse. Obs: é pacífico que nessa Ação possa ser pleiteada a imissão na posse 
liminarmente, sendo imprescindível a prévia notificação por parte do proprietário (terceiro adquirente); 
se não houve, deve-se caminhar para o pedido definitivo.