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1 Keyse Mirelle – 6° Período Otorrinolaringologia – 18/08/2021 ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS FOSSAS NASAIS E DOS SEIOS PARANASAIS NARIZ EXTERNO O nariz externo ele lembrar uma pirâmide, por isso que é chamado de pirâmide nasal. PIRÂMIDE NASAL A pirâmide nasal assim como qualquer pirâmide temos: ▪ 03 faces ▪ 03 bordas ▪ 01 vértice ▪ 01 base Agora vamos falar da pirâmide nasal propriamente dita: - Temos 02 faces laterais ▪ Metade superior – ósseas e fixas (ossos próprios nasais e processo frontal da maxila) e móveis na metade inferior – cartilagíneas (cartilagem lateral superior e cartilagem alar – ou chamada de cartilagem lateral inferior) - A 01 face posterior ▪ Fossas nasais Vamos estar vendo o corneto inferior, corneto médio, septo nasal. Então a própria fossa nasal é a face posterior. OBS: O professor já viu a face posterior de um paciente exatamente assim, porque o paciente teve um tumor de pirâmide nasal e foi retirada toda a pirâmide e ela ficou exatamente como na imagem acima. - Bordas laterais ▪ De cima para baixo (sulco nasopalpebral; nasogeniano; nasolabial) - Borda anterior: é o próprio dorso nasal ▪ Dorso nasal (termina na ponta) ✓ Nariz reto ✓ Nariz grego (não existe depressão ou sulco nasofrontal) ✓ Nariz aquilino (em forma de bico de águia) ✓ Nariz arrebitado (ponta é virada para cima) O dorso nasal começa no vértice, no sulco nasofrontal e termina na ponta nasal. Na imagem abaixo, mostra a divisão já nos tipos de nariz. 2 Keyse Mirelle – 6° Período Otorrinolaringologia – 18/08/2021 - Vértice ▪ Região interciliar (separado do frontal pelo sulco nasofrontal) Obs: Ele não aparece no nariz grego, porque não tem essa depleção. - Base ▪ São as próprias narinas que estão separadas pela columela ou subsepto. OBS: se quiser ser mais específico, o ‘’buraco’’ do nariz são os orifícios narinários. E a columela é chamado de subsepto. ▪ Comprimento do subsepto (ela varia de raça. Então temos um comprimento mais longo na raça branca, curto na negra) ▪ Narinas (elípticas na branca, alongada transversalmente na negra) Na imagem acima temos os três tipos, são eles: caucasiano, oriental e negroide. Obs: Quando pensamos em uma cirurgia de estética nasal devemos observar uma série de fatores, por exemplo um paciente que tem uma característica de nariz negroide ele tem que tomar cuidado, pois nem todo profissional sabe trabalhar com esse tipo de nariz. Outra coisa, devemos tomar cuidado com a pele, se ela é grossa por exemplo. No negroide percebemos que a pele dele é mais grossa do que o do caucasiano, então por exemplo fazemos um enxerto de cartilagem no caucasiano e esse enxerto fica bem evidente e bem cheio, já no negroide possa ser que nem apareça porque a pele grossa porque ela as vezes esconde pequenas alterações que promovemos na estrutura da pirâmide nasal. Esse procedimento é conhecido como rinoseptoplastia. Obs: A septoplastia é uma cirurgia para correção do septo. Já a rinoseptoplastia é a cirurgia estética do nariz, ela na verdade é feita por cirurgiões plásticos e otorrinos (ele faz tanto a parte estética do nariz quanto a parte funcional). Vale lembrar que devemos tomar muito cuidado com a parte funcional do nariz, porque mesmo que faça um nariz ‘’bonitinho’’ se não tiver um bom funcionamento o paciente não vai conseguir respirar bem. - Estrutura Temos a cartilagem lateral superior e inferior (ou alar). FOSSAS NASAIS - Assoalho: abóbada palatina (fica localizado logo acima da boca) - Superior: osso frontal, lâmina crivada do etmoide e parede anterior do esfenoide - Interna: cartilagem quadrangular ou septal e lâmina perpendicular do etmoide (basicamente o septo nasal) - Externa: ossos (maxilar, palatino, etmoide e corneto inferior) e a parede turbinada (03 a 05 cornetos) 3 Keyse Mirelle – 6° Período Otorrinolaringologia – 18/08/2021 Nessa foto conseguimos entender melhor, pois temos o septo nasal ou parede interna (porção medial) e a parede externa que é a parede lateral (porção lateral). Também temos os cornetos, são eles o corneto inferior, o corneto médio. - Cornetos delimitam os meatos (essa parte é muito importante, porque vai indicar as drenagens de cada meato. O meato é o espaço entre o corneto e o espaço lateral). Por exemplo, se eu tenho o corneto inferior o espaço que temos é o meato inferior e assim sucessivamente. ▪ Meato inferior: desemboca o ducto nasolacrimal ▪ Meato médio: canais e óstios de comunicação das cavidades nasais anteriores (seios maxilares, frontais e etmoidais anteriores) ▪ Meato superior: comunicação com seios posteriores (etmoide posterior) Obs: Devemos ter cuidado porque em alguns livros aparece que são os seios posteriores que indicam etmoide posterior e seio esfenoidal. Só que outros livros já indicam que o meato superior na verdade desemboca no etmoide posterior. ✓ A drenagem do seio etmoide posterior se encontra com a do seio esfenoidal através do recesso esfenoetmoidal. Obs: Então, o esfenoide não desemboca no meato superior. Na imagem abaixo temos, o corneto inferior, o meato inferior que está atrás e o ducto nasolacrimal, depois temos o corneto médio e o meato fica localizado atrás e desemboca os seios maxilares frontal e etmoidal anterior. Ademais, no corneto superior temos o meato superior e esse meato será a abertura do óstio do etmoide posterior. Nesse buraquinho (seta vermelha), temos o óstio do seio esfenoidal, sendo assim é notório que ele não está no meato superior, mas sim localizado ao lado, e ai quando juntar (seta azul) com a secreção do etmoide teremos o recesso esfenoetmoidal({ em roxo). E então conseguimos, até mesmo pela drenagem, entender o porque quando temos uma rinossinusite posterior o paciente não tem secreção para frente, mas sim para trás, isso se explica porque ela desce pelo meato superior, recesso esfenoetmoidal e vai por trás do óstio da tuba auditiva (iremos falar dessa tuba na aula de ouvido médio). - Válvula nasal Na rinosseptoplastia devemos tomar muito cuidado na hora de trabalhar com ela, porque as vezes vamos atentar afilar o nariz, ou seja, deixar um nariz mais fino e então vamos trabalhar na válvula nasal, e essa é a porção mais estreita do nariz. Por exemplo, tenho um nariz mais aberto e vou tentar afilar a ponta do nariz e ai vou reduzir o ângulo, sendo assim devemos tomar muito cuidado na redução do ângulo, porque qualquer redução de ângulo geramos uma obstrução nasal muito grande. ▪ Porção mais estreita (limitada pelo septo nasal, borda inferior da cartilagem lateral superior em um ângulo de 10 a 15°) ▪ A válvula nasal é um regulador dinâmico decorrente aérea inspiratória ▪ Percebemos que durante a inspiração (se fizermos uma inspiração de grande volume de ar percebemos que a cartilagem lateral superior se afasta do septo, logo é como se o nariz abrisse, porque é como se estivesse abrindo essa válvula) – de acordo com o volume do ar inspirado, a borda inferior da cartilagem lateral superior se afasta do septo sob efeito da ação muscular voluntária e reflexa ▪ Expiração – abertura é passiva (o ar empurra a porção cartilaginosa e facilita para que se abra e passe o ar) 4 Keyse Mirelle – 6° Período Otorrinolaringologia – 18/08/2021 1° Lamela: processo uncinado 2° Lamela: bula etmoidal 3° Lamela: lamela basal da concha média 4° Lamela: concha nasal superior Dúvida: É por isso que cirurgias estéticas no nariz podem agravar quadros alergênicos? Não, na verdade ela não provoca, mas ela pode provocar algumas sintomatologias. Assim como tem algumas cirurgias nasais que melhoram a sintomatologia. Exemplo: Uma septoplastia, turbinectomia, ou seja, tirar uma parte dos cornetos e o paciente simplesmente melhora o quadronasal, como espirros, obstrução e secreção nasal. De maneira lógica vamos pensar, ao reduzirmos a válvula nasal podemos fazer com que o ar passe de maneira diferente, tenha um turbilhonamento diferente, irritar determinada estrutura. Então podemos pensar que a modificação das estruturas possa gerar algum tipo de alteração e irritabilidade da mucosa, mas na verdade não causa nenhuma alteração alergênica propriamente dita. Até mesmo porque nem toda renite é alérgica. - Mucosa nasal ou pituitária ou membrana de Schneider ▪ Espessa por vascularização abundante, formando lagos artério-venosos eréteis (principalmente ao nível dos cornetos) – Através disso conseguimos entender a obstrução nasal que temos pelos cornetos inferiores porque eles ficam inchados, ou seja, crescem de tamanho. A sua imagem lembra até mesmo a estrutura do pênis, pois quando ele fica ereto é por conta que ficam engorgitado de sangue e o mesmo acontece com os cornetos, inclusive existe pacientes que durante o ato sexual, assim como o pênis que acaba ficando ereto, os cornetos também acabam inchando e o paciente tem uma obstrução nasal. ▪ Camada epitelial cilíndrica ciliada vibrátil (pode sofrer metaplasia para epitélio estratificado ciliar, cuboide, estratificado epidermóide), membrana basal, túnica própria, globet cells (produtoras de muco), camada periosteal (vasos calibrosos e lacunas cavernosas). Obs: A camada epitelial cilíndrica ciliada vibrátil é como se fosse a limpeza, logo ela é muito importante, pois ‘’varre’’ a sujeira do nariz. Nesses cílios temos um muco por cima e depois os cílios, então ao vibrar ele vai jogar toda a impureza que ficou preza no muco para a mesma direção. Sendo assim, tudo será jogado na rinofaringe para obter a limpeza da fossa nasal. SEIOS PARANASAIS - Nem todos os seios são da face (por isso que o correto é falar seios paranasais e não seios da face), pois temos seios no fundo do nariz, são eles etmoidal, esfenoidal posterior. - Cavidades simétricas (isso não quer dizer que são iguais, pois podemos ter um seio maior que o outro), situadas ao lado das fossas nasais - Seios anteriores (frontal, maxilar e etmoide anterior) - Seios posteriores (etmoide posterior e esfenoide) Nessa imagem temos, os seios maxilares (seta verde), o ducto nasolacrimal (seta vermelha) que vai sair no meato inferior, seios frontais (seta azul) e os etmoidais (seta marrom). Na imagem ao lado temos uma imagem na visão lateral, vemos o seio frontal, maxilar, etmoide (anterior e posterior) e esfenoidal (seta cinza). 5 Keyse Mirelle – 6° Período Otorrinolaringologia – 18/08/2021 A função dos seios paranasais é: - Diminuir o peso da face e do crânio - Câmaras suplementares de aquecimento e umidificação, devemos lembrar que o nariz tem uma importância grande em aquecer e umidificar o ar inspirado. - Caixa de ressonância durante a fonação, logo percebemos na rinossinusite que quando temos muita secreção até a própria voz se modifica um pouco, porque muda essa ressonância. Vale ressaltar que a ressonância da fonação ocorre em vários setores diferentes e os seios paranasais participam disso também. Obs: Falaremos de fonação na aula de laringe. SEIO MAXILAR - Recém nascidos é apenas um divertículo - Desenvolvimento completo aos 12 anos Na primeira imagem vemos os seios maxilares, no corte axial. Vemos o septo nasal e a estrutura da pirâmide nasal. Na região posterior temos a rinofaringe, chamada de cavo. Na segunda imagem temos os seios maxilares, células etmoidais, vemos os cornetos inferior (azul) e médio (amarelo). As vezes ocorre desses cornetos ficarem inchados em uma TC e na outra ele vai estar bem mais murcho. Observamos um ponto importante dos seios maxilares que é a raiz dentária (vermelho), ela entra para dentro dos seios maxilares, então tem dentes que vai para dentro dos seios maxilares. Então se o dentista fizer uma extração ou algum procedimento nessa região vai acontecer de gerar uma fissura e pode causar rinossinusite (acontece do paciente ter uma rinossinusite crônica que é uma rinossinusite dentária) e as vezes até joga material para dentro dos seios o qual pode até promover a formação de uma bola fúngica. SEIO FRONTAL - Só se individualiza após o nascimento - Maturação completa aos 10-12 anos, embora continue crescendo até os 20 anos - Podem estar ausente nos adultos ou desenvolvimento exagerado. Esse desenvolvimento exagerado, tem paciente que tem esses seios pequenos (em vermelho), mas há outros que cresce bastante (por exemplo na imagem 3). Na imagem B, temos o septo dividindo o seio direito do seio esquerdo, vemos o corneto inferior e médio (amarelo), o septo nasal (vermelho). Essa lâmina é a lâmina papirácea (azul) que divide a órbita da fossa nasal. SEIOS ETMOIDAIS ANTERIOR E POSTERIOR - Início do desenvolvimento >2° ano, maturação completa de 12-13 anos. Temos na imagem os seios etmoidais (seta branca) e as células etmoidais (logo abaixo), percebemos que os seios etmoidais são várias células que se aglomeram. Temos a concha inferior e a concha media, percebemos que a concha média (seta amarela) é uma diferente da outra, pois tem uma bolha de ar dentro, também chamada de concha média Bulhosa, isso aumenta o risco de rinossinusites, por acaba diminuindo o espaço do meato médio e favorece as infecções, por conta que diminui a drenagem. Temos na segunda imagem os seios etmoidais anteriores (seta vermelha) e os posteriores (seta azul)), temos os seios esfenoidais (seta verde) também. 6 Keyse Mirelle – 6° Período Otorrinolaringologia – 18/08/2021 SEIO ESFENOIDAL - Crescimento> 09 meses até a fase adulta No número 4 e na seta verde escura temos o seio esfenoidal. Frontal (azul); Etmoidal anterior (amarelo); Etmoidal posterior (vermelho); Esfenoidal (laranja); Corneto médio (roxo); Corneto inferior (azul claro); Região do cava (adenoide fica nessa região; verde claro) SEIOS PARANASAIS Nessa imagem temos o Palato (azul), corneto inferior (vermelho), corneto médio (amarelo), corneto superior (laranja). A secreção do seio esfenoidal (rosa) sai do óstio na região do meato médio (cinza), os seios frontais (azul escuro) também vão descer para a região do meato médio e os etmoidais anteriores também vão para o meato médio e logo vamos resultar na secreção podendo vim para trás ou para frente. O etmoide posterior pode desembocar na região do meato superior que vai se juntar com a secreção vinda do esfenoide, essa região é o recesso esfenoetmoidal (roxo) e vai passar por trás do óstio tubário. EPITÉLIO OLFATÓRIO É importante entendermos que no nosso olfato, o ar entra dentro do nariz e a gente sente o cheiro das coisas, então não é no nariz inteiro que está localizado o epitélio olfatório. O epitélio olfatório fica na porção superior (circulo vermelho) do nariz, então o ar pode passar por onde está a seta verde e não iremos sentir cheiro de nada, mas sentiremos o cheiro se o ar subir. E aí nós vamos ter o bulbo olfativo, o nervo olfatório e temos as fibras olfatórias que adentram para dentro do nariz através da lâmina crivada do etmoide. É importante para entendermos quando o paciente sofre um acidente e bate a cabeça, o cérebro dele vai para frente e para trás, então por conta desse movimento essas fibras cortam e o paciente perde o olfato. Obs: No caso da covid a perda de olfato é uma inflamação do nervo olfatório. E ai pode ter tanto anosmia como também algumas mudanças no olfato, mas normalmente é mais comum acosmia (sente um cheiro desagradável, podre). Obs: No início da COVID tínhamos muito anosmia, mas com o tempo houve mudança do olfato, inclusive observamos algumas alterações do vírus. No início não tínhamos muita tontura por covid, hoje já vemos muito mais.IRRIGAÇÃO DO SEPTO NASAL 7 Keyse Mirelle – 6° Período Otorrinolaringologia – 18/08/2021 O professor não vai perguntar qual artéria irriga cada área. Mas ele vai querer saber que existe a área de Little onde tem o plexo de Kiesselbach. Esse plexo é extremamente importante, porque a maioria dos epistaxes (sangramento nasal) eles são por conta de sangramento nessa área do plexo de Kiesselbach, ou seja, na área de Little. Essa região é muito vascularizada, onde temos em (S) vasos bastantes superficiais e aglomerados e é uma região bem anterior, então é de onde vem a maioria dos sangramentos. Ademais, nessa região quando se junta ‘’meleca’’, crosta nasal ela costuma ficar em cima dessa região. Então ao futucar o nariz, é uma lesão mecânica digital fazemos geralmente em cima da região, sangra porque machucamos a mucosa em cima do vaso e ele fica mais friável, e não por ter tirado a ‘’meleca’’. Na imagem acima, é uma representação do plexo de Kiesselbach que é responsável pelo sangramento da parte anterior, costumam ser sangramentos mais leves e alto limitados. E o plexo de Woodruff que é responsável pelo sangramento da parte posterior, costumam ser sangramentos mais volumosos e dão mais trabalho. FISIOLOGIA DAS FOSSAS NASAIS - Filtragem ou purificação ▪ Ação mecânica ✓ Vibrissas ✓ Função ciliar ✓ Reflexo esternonutatório (espirro) ▪ Ação química ✓ Bactericida (muco nasal) - Filtragem ou purificação, o principal responsável é: ▪ Cílio vibráteis ✓ Cada célula – cerca de 08 cílios ✓ 160-250 batimentos/min ✓ Velocidade em direção à rinofaringe de 0,25-0,75 cm/min ✓ Funcionam normalmente em meio úmido, na presença de muco, pH 6,8-7,4, temperatura ideal 18-37° (imobilizando-se <07° e >43°) Na imagem acima, temos os cílios que vão para região de muco, onde temos a camada gel (muco mais grosso) e a camada sol (muco mais aquoso). O cílio se localiza dentro da camada sol e ele se movimenta, porque em alguns ele toca na camada gel e em outros ele não toca isso acontece por conta dele fazer o movimento para alcançar e empurrar a camada gel. Então, acaba que sempre teremos a movimentação desse muco para um sentido específico, geralmente, para jogar todas as impurezas na rinofaringe. Obs: Eles não batem de forma aleatória. OBS: A rinossinusite viral pode causar e levar a imobilidade desses cílios e então dificultar a limpeza. FISIOLOGIA DAS FOSSAS NASAIS 8 Keyse Mirelle – 6° Período Otorrinolaringologia – 18/08/2021 Na imagem acima, quando temos essa secreção (seta azul) não significa que ela vai descer e sair por conta da gravidade, sendo assim, os batimentos ciliares irão retirar todas as impurezas e secreção para dentro do óstio. Então tudo que jogar vai para dentro do óstio? Sim, mas ele vai se movimentando sempre para o mesmo lado. Se eu pegar a sujeira e colocar na (seta vermelha) ela vai descer, mas se eu colocar (seta amarela) ela vai rodar todo o seio e voltar. Então sempre faz um movimento específico para um determinado ponto. Então a gravidade não influencia e ele sempre vai movimentar para o mesmo lado, mesmo que movimente o seio todo. - Aquecimento do ar ▪ Irradiação de calor das lacunas arteriovenosas e intensa vascularização da mucosa ▪ O nariz participa da função termorreguladora do organismo - Umedecimento ▪ Impregnação de vapor d’água (secreção mucosa, transudação serosa e secreção lacrimal) - Bactericida ▪ Fermento bactericida e imunoglobulina A (IgA) secretora, presente no muco - Trajetória do ar inspirado ▪ Curva (mais importante) – vértice (meato médio) e extremidades (coanas e narinas) – fazendo o seguinte movimento que está em amarelo. ▪ Inferior (corrente inspiratória secundária) – segue o corneto inferior – fazendo o movimento em verde ▪ Superior (corrente olfativa) – se dirige à abóbada nasal – fazendo o movimento em vermelho. Obs: O paciente que tem uma grande obstrução nasal resolvemos quando tiramos uma parte do corneto inferior e então o ar vai passar nessa trajetória inferior e o paciente melhora da obstrução nasal. Obs: O que foi citado acima é algo bem simplificado, porque normalmente o ar ele se movimenta dentro de toda cavidade nasal na forma de turbilhonamento. - Trajetória do ar expirado ▪ Sentido inverso, passando pelos meatos. Ao atingir a válvula nasal, parte retorna formando um redemoinho. RESUMO: As diversas saliências promovem um retardamento na velocidade e mudança na direção do ar (inspiração e expiração), ocorrendo turbulência e contato mais demorado com a mucosa. Logo, ele aquece e umidifica esse ar. Mucosa nasal sofre discretas alterações de vasodilatação de um lado, alternando com vasoconstrição do lado oposto. Alterações cíclicas da permeabilidade nasal. Logo, isso explica aquela congestão nasal que ocorre apenas de um lado, podendo ter variações de horas de pessoa para pessoa. - Insuficiência respiratória nasal ▪ Ordem anatômica ▪ Ordem funcional ✓ Distúrbios vasomotores de origem neurovegetativa ✓ Insuficiência hepatorrenal ✓ Insuficiência cardiovascular ✓ Distúrbios hormonais Obs: Então isso explica que nem sempre um processo de insuficiência respiratória nasal ela é só por ordem anatômica. Sendo então possível ocorrer outros distúrbios também. Exemplo: Toda vez que pedalo, na primeira hora de exercício por conta dos reflexos neurológicos ou distúrbios hormonais acontecia uma obstrução do nariz do professor. Consequentemente ele não conseguia respirar quase nada. E além disso, ele tem desvio de septo, o qual do lado direito é maior, e após a pandemia por conta da mascara o desvio aumentou e atualmente ele respira muito mal pela fossa nasal direita. Obs: Septoplastia é a cirurgia para correção de septo. Outra é a Turbinectomia é a redução do tamanho dos cornetos. Vale ressaltar que se tiver um desvio de septo obstrutivo, várias vezes, só melhora a obstrução nasal se fizer também a turbinectomia e retirar parte dos cornetos.
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