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Ascaridíase - Ascaris lumbricoides

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Ascaris lumbricoides
Ascaridíase é a parasitose causada pelo helminto Ascaris lumbricoides que é encontrada em quase todos os países do mundo, e ocorre com frequência variada em virtude das questões climáticas, ambientais e o grau de desenvolvimento socioeconômico da população. 1,5 bilhão de pessoas infectadas no mundo, sobretudo na faixa etária de menores de 12 anos. 
CLASSE: Nematoda
ORDEM: Ascaridida
FAMÍLIA: Ascarididae
GÊNERO: Ascaris
ESPÉCIE: A. lumbricoides/ A. sunn (a diferença entre elas são pequenas alterações morfológicas indistinguíveis a olho nu e a quantidade de ovos liberados por dia. A. lumbricoides são 200 mil ovos por dia e o A. sunn 1 milhão de ovos por dia)
Fatores que interferem na prevalência: a quantidade de ovos liberados, a viabilidade desses ovos (se mantem viáveis por ate 1 ano), concentração de indivíduos sobrevivendo nas regiões precárias de saneamento básico sobretudo nas regiões periféricas, temperatura e umidade com média elevada. 
BIOLOGIA DO PARASITO:
Os adultos eles são robustos, apresentam extremidade anterior afilada, tanto o macho quanto a fêmea, diferenciando apenas pela extremidade posterior. A femea é reta e o macho é ventralmente encurvada. 
Existem diferencias com relação ao tamanho:
A femea: possui de 30 – 40cm podendo atingir até 60cm
O macho: entre 15-30cm 
As fêmeas ainda possuem órgão genital duplos, com exceção da vagina e da vulva. Então possuem: 2 úteros, 2 receptáculos seminais, 2 ovidutos, 2 ovários. Então ocorre a eliminação dos ovos um a um. 
Os machos possuem o testículo filiforme enovelado e tubular, canal deferente, vesícula seminal e canal ejaculador. No final da extremidade posterior se encontram 2 espículos quitinosos, que são fundamentais para aumentar a dilatação da vagina e permitir a copulação. 
Os ovos: possuem um formato oval quase esférico, possuem uma tripla membrana. A mais externa é a membrana mamilonada/albuminosa, a média é a camada proteica e a mais interna é a lipídica que é impermeável a água. 25% de lipídios e 75% de proteínas. 
A massa germinativa que se encontra dentro sofrerá suscetíveis divisões até a larva, então o ovo se tornará infectante quando esta larva se diferenciar para a larva L3.
O Ascaris é um geohelminto, então ele precisa de solo argiloso, umidade elevada, temperatura entre 25 e 30°C, ausência de exposição direta a luz solar. As formas larvares são: L1, L2 e L3.
L1 e L2: São larvas rabditoides; esôfago curto; robusto; dividido em três porções: Istmo, Corpo e Bulbo. 
L3: Larva filarióide; esôfago longo, retilíneo; sem dilatações aparentes, FORMA INFECTANTE
O Ascaris é encontrado preferencialmente em nível das alças jejunais (90%), Íleo (10%), mas pode também ser encontrada em nível do duodeno, estômago, etc. Os adultos se mantém fixados a nível da luz intestinal pelos lábios, pois possuem três lábios retráteis que auxiliam nessa fixação e também permanecem contraindo a sua musculatura, então a força muscular contra a parede do intestino confere a ele resistência ao movimento peristáltico intestinal, e dessa maneira ele permanece parasitando o intestino do hospedeiro. 
CICLO BIOLÓGICO: 
O ciclo biológico se inicia com o hospedeiro ingerindo esses ovos contendo a larva L3, a L3 ela será eclodida a nível do intestino, porém ela precisará dos estímulos do PH ácido, do Ph básico a nível do suco pancreático, o CO2, sais biliares... e com a eclosão, a L3 possui a capacidade de penetrar ativamente na mucosa da região cecal, então isso só é permitido por causa do esôfago retilíneo que não vai conferir resistência aos movimentos serpentiformes. 
Uma vez caindo na corrente sanguínea, a larva L3 é aeróbia, necessita de oxigênio para sofrer as maturações necessárias, então ela cairá no fígado e depois atingira o pulmão. No pulmão ela se transformará em larva L4, ultrapassa a parede alveolar e se transformará em L5. Uma vez L5 ela inicia a migração para o intestino, passando pela traqueia, laringe, atingindo o intestino. No intestino teremos a femea ou o macho, porém a maturação sexual ocorrerá após 60 dias. Após a maturação sexual ocorre a liberação de ovos diariamente nas fezes. 
Pelo caminho da larva é possível utilizar uma rota que não atinja a rota convencional, que seria tingir os pulmões, então diante disso poderão surgir localizações ectópicas. 
TRANSMISSÃO:
· Água e alimentos ou vetores mecânicos contaminados com ovos contendo a larva L3 (aves, vento, chuva);
PATOGENIA:
Os efeitos das migrações das larvas em infecções leves são inaparentes, porém em infecções moderadas ou intensas é possível observar: 
Lesões hepáticas:
· Focos hemorrágicos e necróticos;
· Hepatomegalia;
· Hepatite larvar;
Lesões pulmonares: 
· Quadro de pneumonite aguda, que caracteriza a síndrome de LOEFFER
· Sindrome de LOEFFER: febre + tosse + eosinofilia
· Broncopneumonia;
· A pneumonia se torna difusa e bilateral, podendo ser FATAL
PATOGENIA:
Nas infecções moderadas ou intensas os adultos tendem a produzir uma ação tóxica, fruto da liberação dos antígenos inerentes ao seu metabolismo com reação do sistema imunológico, representado por uma reação de hipersensibilidade com alterações cutâneas, crises urticariformes, tendendo a infecções concomitantes. 
Ação espoliadora: é fruto destas excretas que inibem as enzimas e cofatores enzimáticos, então o individuo não conseguira absorver adequadamente estes nutrientes. Além disso, haverá uma competição pelo quimo intestinal, já que o áscaris se alimenta desse material. Então o individuo parasitado sofrerá de uma desnutrição proteico-calórica, tendo um depauperamento físico e mental e um menor desenvolvimento ponderal e consequentemente impactos na cognição.
Ação mecânica: Ocorre diante da infecção moderada a intensa. Pode ser observado irritação e obstruções como aumento dos movimentos peristálticos intestinais na tentava de expulsar esses adultos, então o individuo apresnetara: desconforto abdominal, cólicas intermitentes e constipação intestinal.
· Já nas infecções mais graves, teremos uma dilatação da parede intestinal com ruptura dos tecidos e poderá também perfurar o diafragma ocorrendo o quanto mais grave, translocação bacteriana tendendo a peritonite e um desfecho FATAL.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: 
Fase inicial: representada pela migração larvária
· Urticária: edema; febre.
· Nível pulmonar: Tosse paroxística; Crises de asma, bronquite; Pneumonia intestinal; Insuficiência respiratória;
· Nível hepático: Hepatite larvar.
Ascaris ERRÁTICO: pode ser fruto da localização ectópica ou em decorrência de algum medicamento ou alimento que irritou o adulto, ou em decorrendo da competição por espaço ou por alimentos. Então o individuo pode apresentar o áscaris ocupando várias áreas do corpo e isso trás consequência principalmente um sintomatologia órgão específico:
· Agitação; cefaleia; sonolência;
· Epilepsia; meningite; miocardite; (localização ectópica)
· Invasão do canal lacrimal; conjuntivite;
· Apendicite; obstrução do colédoco, abcesso hepático, pancreatite, colecistite.
FASE CRÔNICA:
· Dores abdominais (cólicas, náuseas, vômitos, diarreia);
· Abdome proeminente;
· Obstrução total ou parcial do intestino;
· Perfuração intestinal;
· Peritonite;
Diagnóstico clinica: Difícil de ser realizado em decorrência da especificidade da sintomatologia, porém é comum associar sinais e sintomas com imagem de radiografia para se tiver uma maior certeza do que se trata. Pode ser encontrado o áscaris ao ser eliminado espontaneamente pelo ânus ou boca
Laboratorial: métodos diretos e indiretos
Direto é quando ocorre o encontro da forma evolutiva do parasita e o indireto é quando pesquisa-se antígeno e anticorpo. 
· Análise microscópica – uma simples observação do bolo fecal ou uma tamisação quando ocorre o peneiramento desse material, nessa técnica é possível encontrar o espécime adulto.
· Análise microscópica – sedimentação espontânea (HOFFMAN); Métodos de contagem (kato-katz).
· Pesquisa de larvas – Escarros ou aspirados do estômago
· Métodos imunológicos 
Tratamento: Albendazol, mebendazol, levamisol e pamoatode pirantel; ivermectina; cambedazol; praziquantel e tiabendazol;
OBS: Quando ocorre a suspeita de oclusão e suboclusão é comum utilizar Piperazina que induz a paralisia flácida nos adultos + óleo mineral na tentaiva de desfazer a oclusão de maneira mais espontânea, porém caso não tenha sucesso deve-se realizar uma intervenção cirúrgica para a retirada e desobstrução da luz intestinal. 
PROFILAXIA: 
· Tratamento da população;
· Educação sanitária e ambiental;
· Incentivo financeiro na pesquisa de desenvolvimento de fármacos;
· Saneamento básico;

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