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APS DE PROCESSO DO TRABALHo 2021 FMU

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Respostas I: 
 
1. Agiu corretamente o Magistrado na distribuição do ônus da prova no acaso acima 
apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando 
brevemente a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho. 
 
R: Como aborda a doutrina de Gustavo Filipe Barbosa Garcia, “cabe ao juiz o exame da 
questão em cada caso concreto, fazendo incidir o ônus da prova sobre a parte que tem 
melhores condições, especialmente técnicas, para demonstrar o fato, o que muitas vezes 
resultaria na inversão do ônus da prova, passando a incidir sobre o empregador”. Portanto, o 
magistrado não distribuiu corretamente o ônus da prova, já que deveria ter invertido o ônus 
para o reclamado, uma vez que este possui melhores recursos para provar a demissão por 
justa 
causa. Ainda, conforme o artigo 818, II, da CLT, o ônus da prova será da competência do 
reclamado “quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
reclamante. ” 
 
2. Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor? 
 
R: O advogado protestou para que conste na Ata de Audiência sua indignação quanto à 
permissão de depoimento da testemunha do réu, esta que exerce função de diretor comercial 
com participação acionária na empresa, ficando evidente o seu interesse na demanda. O 
protesto do advogado foi usado como meio de impugnação. Dessa forma, a parte não perderá 
oportunidade de questionar no juízo “ad quem” o pronunciamento judicial defeituoso, para 
que a turma julgadora aprecie o ocorrido. 
 
3. O juiz poderia dispensar o interrogatório das partes? 
 
R: De acordo com o artigo 765 da CLT, o juiz possui liberdade para conduzir a instrução do 
processo. Portanto, desde que fundamente sua decisão, conforme artigo 93, IX, da 
Constituição Federal, o juiz poderia sim dispensar o interrogatório das partes. 
 
4. Explique à luz da doutrina, legislação e jurisprudência os fundamentos que deveriam 
ser utilizados pelo advogado de Genivaldo ao formular a contradita da testemunha. 
 
R: Ao formular a contradita, o advogado do reclamante poderia se utilizar do Código de 
Processo Civil para tal, já que “o direito processual comum será fonte subsidiária do direito 
processual do trabalho”, como aduz o artigo 769 da CLT. Com isso, o advogado poderia 
fundamentar sua contradita da testemunha com base no artigo 447, §3o, II, do Código de 
 
Processo Civil, pois, tendo em vista a posição de cargo de confiança da testemunha da 
empresa, poderia considerá-la como suspeita, já que é notório o seu interesse no litígio. 
 
É de entendimento jurisprudencial do TST acerca do tema: 
 
"CERCEAMENTO DE DEFESA. CONTRADITA. TESTEMUNHA PATRONAL. CARGO 
DE CONFIANÇA. Nos termos do disposto no art. 405, § 3.o, IV, do CPC, não podem depor 
como testemunhas as pessoas que tem interesse no litigio. Assim, não configura cerceamento 
de defesa o indeferimento da oitiva de testemunha indicada pelo empregador, quando o 
magistrado, diante dos elementos dos autos, constata que esta tem nítido interesse no litígio, 
haja vista que, diante do exercício de cargo de confiança, detinha amplos poderes de mando e 
gestão, fazendo-se às vezes do próprio empregador. Precedentes. Recurso de revista não 
conhecido." (TST-RR-2170400-86.2007.5.09.0003, Rel. Min. Delaíde Miranda Arantes, DJU 
de 24/04/2015) 
 
5. Explique o que são razões finais remissivas? Se hipoteticamente os advogados 
optassem por razões finais orais, quais as cautelas que deveriam ser observadas? 
 
R: As razões finais remissivas são aquelas em que o advogado remete-se, em sua 
oportunidade de se manifestar, aos termos de sua inicial ou defesa. Optando por razões finais 
orais, o advogado deve atentar-se a apresentar as motivações da ação, o resumo dos 
procedimentos anteriores, os principais argumentos alegados em curso do processo, os 
detalhes da audiência de instrução e, por fim, seus fatos e fundamentos. 
 
6. Agiu corretamente o juiz ao arbitrar os honorários sucumbências no percentual de 
20% a ser calculado considerando o valor da causa? 
 
R: Não. De acordo com o artigo 791-A da CLT, os honorários de sucumbência serão “fixados 
entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor 
que resultar da liquidação da sentença”. 
 
7. Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissos da 
sentença? Qual o prazo? Se tivesse sido acolhida a medida quais os seus efeitos? 
 
R: Foram utilizados os embargos de declaração, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, conforme 
disposto no artigo 897-A da CLT. Caso acolhidos, o juiz teria deferido a justiça gratuita e a 
ação seria julgada parcialmente procedente, não precisaria, portanto, que o autor recolhesse 
custas para interposição de recurso ordinário. 
 
8. Qual a medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida 
processual em relação à omissão? Qual o prazo e o marco inicial desse prazo? Quais 
os seus pressupostos genéricos? 
 
R: Após indeferimento dos embargos de declaração, o autor deverá apresentar Recurso 
Ordinário, tendo o prazo de 8 (oito) dias úteis a contar da intimação da decisão, segundo o 
artigo 895, I, da CLT. Entende-se como seus pressupostos genéricos o cabimento, 
legitimidade e interesse em recorrer, tempestividade, preparo e regularidade formal. 
 
9. Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 8? 
Quais as obrigações da parte que avia essa medida em face da decisão denegatória? 
Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa 
medida? 
 
R: Com a denegação do recurso ordinário, é cabível o agravo de instrumento, com fulcro no 
artigo 897, alínea b, da CLT. Ao apresentar o agravo de instrumento, a parte deverá juntar 
cópias da decisão agravada, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e 
agravado, da certidão da intimação, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, 
do depósito recursal referente ao recurso que pretende destrancar e da comprovação do 
recolhimento das custas. A medida judicial será interposta ao juízo “a quo” e será conhecida 
pelo juízo “ad quem” (TRT ou TST). 
 
Tal medida serve para destrancar o Recurso Ordinário para que este seja apreciado em 2o 
grau. 
 
10. Considerando-se que o Tribunal deu provimento a medida judicial que combateu a 
decisão denegatória da medida principal, bem como provimento parcial a própria 
medida principal, reconhecendo o direito às horas extras e o direito de Genivaldo 
receber valores relacionados ao empréstimo sem apresentar tese explícita, o que 
resta do ponto de vista processual para que Genivaldo possa defender seus interesses 
com relação a justa causa e a litigância de má fé? Apresente a(s) medida(s), prazo(s), 
finalidade(s) e pressuposto(s) especifico(s) ao caso concreto. 
 
R: Visando garantir a defesa de seus interesse, o advogado de Genivaldo deverá interpor, 
vislumbrando o disposto no artigo 896 da CLT, o recurso de revista, no prazo de 8 (oito) dias, 
para as razões e contrarrazões, com o intuito de modificar a decisão do Tribunal, tendo em 
vista a interpretação corretas das leis pelos tribunais trabalhistas. 
 
Pode-se aplicar o pressuposto específico do interesse recursal, uma vez que a decisão não 
proporcionou tudo o que a parte poderia obter. 
 
11. Como o Tribunal reformou a sentença com relação ao empréstimo, qual ou quais a 
medidas que a empresa pode adotar? Qual ou quais os seus prazos, pressupostos, 
efeitos, juízo de admissibilidade, julgamento e fundamento jurídico? 
 
R: Com base nos artigos 899 e 895, II, da CLT, a medida que a empresa pode adotar é a 
interposição de recurso ordinário com efeito devolutivo, no prazo de 8 (oito) dias úteis. O 
juízo de admissibilidade deve ser “a quo” e o de julgamento “a quem”. 
 
Respostas II: 
 
1. Agiu corretamente o juiz na homologação dos cálculos?Explique. 
 
R: O juiz acertou na homologação dos cálculos, pois após a apresentação da contestação aos 
cálculos, o juiz possui a faculdade de homologar um dos cálculos. 
 
2. Qual a medida jurídica que pode utilizada pela empresa e/ ou por seu sócio em razão 
da penhora? Em que prazo? Qual o fundamento a ser utilizado pela empresa e/ou 
por seu sócio nessa medida? 
 
R: A medida judicial cabível são os embargos à penhora, com base o disposto no artigo 884, 
§3o, da CLT, no prazo de 5 (cinco) dias. O sócio pode alegar que seu automóvel, por ser bem 
particular, não pode ser objeto de constrição, bem como alegar que é um bem impenhorável, 
com fulcro no artigo 833 do Código de Processo Civil. 
 
3. Qual o recurso cabível da decisão proferida que manteve a penhora do carro? Qual o 
prazo, quais os requisitos desse recurso? 
 
R: O recurso cabível é a impugnação à sentença de liquidação, tendo prazo de 5 (cinco) dias, 
iniciando-se a partir da garantia do Juízo, conforme o artigo 884 da CLT. A impugnação deve 
conter de forma fundamentada a matéria impugnada, com indicação dos itens e valores objeto 
de discordância, a teor do artigo 525 do Código de Processo, aplicado subsidiariamente ao 
processo do trabalho por força do artigo 769 da CLT. 
 
4. Na hipótese de não provimento desse recurso pode a empresa

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