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Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 1 curso de escrita cientifica pirâmide de evidência Determinação do grau de evidência dos estudos da medicina baseada em probabilidade / certeza • Topo da evidência = revisão sistemática revisão sistemática Planejamento: ideia, refinamento, protocolo • Refinamento: busca em bancos de dados fidedignos Pergunta da pesquisa: parte mais importante, uma vez que direciona a ideia do estudo • Comparação, associação, reflexão o Reflexão: perguntas mais complexas Revisões sistemáticas qualitativas precisam de um especialista no assunto (reinterpretação dos dados e do estudo) • Síntese mais refinada através do uso da percepção e da interação • PICOT = população, intervenção, controle, outcome (desfecho), tempo o Síntese integrativa • PECOT: intervenção é substituída pela exposição o Associação mais complexa faz com que seja usado para estudos observacionais (EX: coorte, caso controle) Revisão sistemática mista é a mais adequada Métodos: tempo, linguagem, desenho de estudo, elegibilidade, unidade de análise, desfechos • O ideal é que se expanda a pesquisa para outras regiões do mundo • Desenho de estudo: estudo primário e, em geral, a partir de estudos randomizados o Doença, morte, desconforto, insatisfação, dor • Desfecho pode ser primário (veia clínica) ou secundário • Deve-se abordar a eficácia e a segurança Análise estatística: planejamento e amadurecimento científico para alterar o projeto Pandemia de covid-19 dificultou o registro de publicações na Prospero O melhor lugar para procurar trabalhos primários é em campos de dados • Uso de descritores / palavras-chave • Deve-se determinar o que exatamente se quer procurar usar as palavras certas para o trabalho (“vitrine”) o Descritores errados podem atrapalhar na captação de dados e na divulgação da pesquisa • Extração de tópicos da pergunta da pesquisa e uso de sinônimos • Estratégia de busca: tópicos, sinônimos, operadores (integração entre os itens) o Operadores booleanos: and (ligação entre tópicos), or (sinônimos), no (exclusão de tópicos) ✓ And restringe, or expande e no exclui • Caminhos: PubMed, DECS (biblioteca nacional de saúde) • A maioria das doenças tem códigos de pesquisa que podem funcionar como descritores • Sempre deve-se começar a busca por bases públicas (não têm viés de seleção) OBS: o título é a veia marketeira da pesquisa (aquilo que desperta o interesse do leitor) Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 2 • Revisões sistemáticas devem ser buscadas, primeiramente, no Cochrane Literatura cinza = estudos apresentados em público, mas não publicados • Viés é um tipo de erro sistemático • Resultados negativos (ao acaso, por eventos adversos) não costumam ser publicados, mas são importantes para a segurança do paciente Ferramentas para lidar com os dados: Mendeley, Zotero, Endnote, Rayyan • Rayyan: permite convidar o coautor para fazer a primeira seleção de forma cega Seleção das referências: primeira seleção (2 autores independentes), segunda seleção (refinamento interligado) • Na primeira seleção, não é necessário justificar exclusões • Na segunda seleção, a não explicação e justificativa das exclusões caracteriza a criação de vieses Coleta de dados: identificação do estudo (ano, local, tipo de desfecho, fase de desenvolvimento, tipo de pacientes), características da população (desfechos, tipo de intervenção) Risco de viés: baixo, alto, preocupante (gráfico do funil) • Cada escala de análise é usada para um tipo de estudo • Tipos: seleção, desempenho, detecção, perda de seguimento, reportagem (métodos de estudos X resultados), violação, conflito de interesse • Se houver falta de informação em um estudo, pode-se entrar em contato com o autor solicitando ajuda • Deve-se verificar se há registro de perdas Quantitativa: compara 2 ou mais desfechos, heterogeneidade, gráfico em floresta, análise de subgrupo, análise de sensibilidade, análise de regressão, gráfico do funil Avaliação da meta-análise: serve para analisar a certeza da evidência • Análise crítica: depende da leitura e interpretação • Evidência da certeza: verificação do grau (confiança, método, suporte de dados, relevância, coerência) • Tipos de estudos: recíproco, refutação, síntese de argumento linear • Revisão do estudo = GIGO (garbage in + garbage out) Conclusões: pergunta da pesquisa (adequar a natureza e a complexidade), estratégia de busca (banco de dados), análise crítica (certeza da evidência) considerações finais Revisões sistemáticas devem ser feitas em grupos de pesquisadores Para cada tipo de estudo há um checklist específico: PRISMA é fundamental para a realização de revisões sistemáticas Para muitas perguntas ainda não há evidências Não há um número mínimo de artigos para a busca de dados, mas deve-se ter um olhar crítico Objetivo do estudo deve basear a decisão da escala temporal 2 estudos homogêneos = meta-análise Primeiro deve-se ter um julgamento crítico para depois ter um julgamento analítico Revisão narrativa não tem grau de evidência, porque é caracterizada como um resumo Artigo todo só é analisado na segunda seleção desenhos de estudos Classificação: natureza do objetivo de estudo (quantitativa, qualitativa), análise temporal da pesquisa (prospectivo, retrospectivo, OBS: deve-se tomar cuidado com o uso de efeito randômico, uma vez que países diferentes não têm uma maneira fixa de realizar estudos Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 3 transversal), intervenção do pesquisador (observacional, intervenção) • Quantitativa: análise estatística, confirmação de hipóteses • Qualitativa: explicativa, interpretação não numérica, gerar hipóteses • Prospectivo: análise de eventos a partir do momento atual até um ponto no futuro • Retrospectivo: análise de eventos passados • Transversal: análise de eventos em um único ponto no tempo • Observacional: observação dos eventos • Intervenção: intervenção para ocorrência de resultados Estudos primários podem ser observacionais (coorte, caso controle, transversal) ou experimentais, enquanto estudos secundários podem ser não analíticos (revisão bibliográfica, revisão sistemática) ou analíticos (meta-análise) coorte Grupo de indivíduos acompanhado ao longo do tempo em uma tentativa de entender um desfecho a partir de um interesse específico determinado previamente Prospectivo: fator de risco presente X fator de risco ausente, acompanhamento ao longo do tempo para verificação do desfecho • Gera evidência científica em relação à causalidade • Maior controle de seleção • Vulnerável a perdas Retrospectivo: não segue a população, uma vez que vai atrás do dado no passado (uso de dados já registrados) • Pode haver inconsistência e imprecisão de registros • Menor custo e duração Objetivos: medir a incidência de uma condição (análise da relação causal) Aplicação pode ser feita em diversos cenários Vantagens: avaliação de incidência, análise de risco relativo, avaliação da causalidade, mensuração de múltiplos desfechos Desvantagens: só pode ser usado para doenças de baixa frequência ou de longo período de latência, amostra grande caso controle Estudo observacional que usa indivíduos sem a doença como controle para avaliação dos fatores de risco Ideal para doenças raras ou que necessitam de um tempo prolonga de exposição e para a medição da ocorrência de desfechos raros Coleta de dados de interesse é feita no passado Não determina a incidência de uma doença e não é adequado para relacionar causa e efeito Vantagens: doenças raras X amostra menor, explora múltiplas evoluções, baixo custo e tempo, gerarazão de chances com relação ao risco relativo Desvantagens: vieses de aferição (fatos passados), não dá estimativa de incidência, limitado no tempo transversal Única ocasião ou curto período de tempo (“foto”) Entende melhor o problema e as variáveis de padrões Vantagens: fácil de executar, baixo custo, não precisa de segmento, alto potencial descritivo, vários efeitos clínicos, simplicidade analítica, bom para hipóteses etiológicas Desvantagens: não estabelece sequência de eventos, dificuldade de estabelecer relação causal, vulnerável a vieses, inadequado para testar hipóteses OBS: correlação não implica em causalidade Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 4 relato de caso Usado para relatar novas técnicas ou epidemias e doenças atípicas / raras Descrição detalhada de 10 ou menos casos (levantamento de hipóteses) Baixo nível de evidência e confiabilidade Série de casos: série de pacientes com um aspecto de interesse analisado sem um grupo controle Vantagens: descreve um novo método, fornece grande número de informações Desvantagens: não tem comparação, não avalia efetividade, limitado para avaliar condição prognóstica ensaio clínico randomizado Estudo prospectivo que compara um efeito ou valor de uma intervenção Fator de intervenção é distribuído de forma aleatória • Estudo mais forte: randomização independe do pesquisador ou das características (reduz o risco de vieses) • Tipos de randomização: simples (sem restrição), em bloco, estratificada • Mascaramento evita a tendenciosidade na aferição do desfecho o Coleta de dados e avaliação do desfecho é a com menos viés possível Padrão de referência para os métodos de pesquisa epidemiológica (melhor fonte de evidência primária para entender o funcionamento da intervenção) Vantagens: melhor evidência científica, melhor e mais rápida resposta Desvantagens: alto custo, questões éticas específicas, exposição pode ser diferente do mundo real revisão sistemática Agrupamento de informações médicas que se propões a responder uma pergunta clínica específica Explora assuntos definidos e tem um protocolo para uso de informações de melhor qualidade Promove somas estatísticas e pode sugerir novos estudos ou apontar falhas em estudos já apresentados Revisão de um assunto geral e uso de in formações de estudos primários Síntese estatística de dados de meta-análises ou estudos retrospectivos Princípios da Cochrane: objetivos e métodos claros, avaliação da validade, apresentação sistemática e sintética dos estudos • Estudos precisam obedecer princípios, ainda que nem sempre isso seja possível Quanto maior a população incluída, mais representativa e mais próxima da verdade (estudos multicêntricos) Semelhança entre os estudos: desenhos, desfecho, território, doença, intervenções O que esperar: refinar informações específicas, evitar novos estudos (eficiência), capacidade de gerar generalidade e consistência, método pré- estabelecido (confiabilidade), poder, precisão Ciclo: perguntar, adquirir evidências, analisar criticamente, condensar a informação, aplicar, agir • 5 passos na clínica: avaliar o paciente e o cenário, desenvolver a pergunta clínica, adquirir informações relevantes, julgar os estudos, aplicar a evidência OBS: validade interna = extensão com que os resultados apresentam uma verdade para a população (falha mostra que não representa a realidade e não se pode tirar conclusões) OBS: validade externa = o quanto o estudo vira mundo real (falha mostra que não se pode aplicar ao paciente e justifica uma possível baixa adesão) OBS: aplicabilidade dos conceitos de validade: questão clínica, desenho do estudo ideal para a pergunta específica, identificação das limitações de cada estudo e dos resultados da pesquisa Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 5 Desafios: revisões quase sistemáticas, inclusão de diversos tipos de estudos (heterogeneidade), pergunta inespecífica, identificação ineficaz de estudo, coleta de dados enviesada Como desenvolver: diversos modelos para definir a pergunta clínica, busca de evidências (de 3 a 5 bases de dados), critérios de inclusão e exclusão bem definidos para possibilitar a reprodução, definição da análise, análise de sensibilidade, análise de subgrupos • PICOS = paciente / população / problema, intervenção. Comparação, outcome, design de estudo Deve-se entender as restrições e ter avaliadores independentes • Síntese de temas complexos e extensos, resolução de temas conflitantes, aumento do poder estatístico, aumento da precisão da avaliação, determinação de melhores efeitos, identificação de subgrupos Efeito de tamanho: medida de magnitude que compara uma intervenção em relação a outra Forest plot: avaliação gráfica da meta-análise • Análise da linha zero (não efeito, ausência de diferença) • Boxes: quanto maior, maior o peso • Wisker: quanto menor, maior a precisão Bias: erro sistemático baseado no estudo depende da direção dos resultados ou significância (estudos negativos não são publicados) PRISMA: guia para a produção de revisões sistemáticas Aproveitar oportunidades, se envolver o mais rápido possível, desenvolver habilidades, procurar bons mentores de pesquisa, investir em educação e networking intervenção X valores máximos, aplicabilidade (como responde na população, segurança), desfecho principal da intervenção (eficácia) Fase 2 = factibilidade Fase 4 = aplicabilidade no mundo real Diamante: forma gráfica da somatória de todas as evidências Problemas éticos: ausência de justificativas clínicas e de benefícios (maleficência), disponibilidade, suporte para pesquisadores sem que haja necessidade de aplicação na população Data SUS: coortes, série de casos, estudos transversais, caso controle Grade: ferramenta da Cochrane para avaliar a qualidade do estudo e dos desfechos • Análise da qualidade deve começar pela pergunta do estudo Ensaio clínico randomizado é padrão ouro na maioria das situações, mas um caso controle pode ser mais vantajoso em alguns casos Pandemia levou à urgência de publicação e reduziu a revisão pro pares Revisão narrativa é semelhante ao escopo review O primeiro passo para realizar um estudo é adquirir conceitos e habilidades • Leitura sobre desenhos e aplicabilidade Para se estar atualizado na medicina, deve-se selecionar uma área de interesse e assinar plataformas de atualizações (volume muito grande de informações) Só se aprende a escrita científica quando se estuda publicações de ato impacto A revisão da escrita deve ser feita um tempo depois para que se consiga localizar inconsistências na forma de escrita Escritores científicos brasileiros não costumam assumir uma postura para não se comprometer • Suavização do texto, escrita em 3ª pessoa OBS: meta-análise = análise estatística de uma grande coleção de dados de estudos primários (fornece medidas de resumo) considerações finais 3 fases principais: perfil de toxicidade de uma intervenção Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 6 Discussões científicas dependem de embates entre artigos Resultados são escritos facilmente depois que o artigo foi revisado • A discussão do resultado depende da leitura de múltiplos artigos Para quem e para que serve o conhecimento produzido na universidade? • Extensão para a comunidade • Qual o compromisso em devolver conhecimento para a comunidade? o A função social da universidade á a transformação dos clímax culturais e da sociedade • Guia a sociedade para um avanço: orientação de políticas públicas, cuidados médicos, tecnologias o Melhoria da qualidade de vida da população: melhora dos indicadores a partir do surgimentoda universidade e da devolução de conhecimentos para a sociedade Ciência e universidade foram colocadas na linha de choque durante a pandemia • Professores e alunos foram introduzidos a uma nova realidade, substituindo o tripé da universidade pelo tripé da quarentena o Tripe universitário está dentro do texto constitucional (ensino, pesquisa e extensão são indissociáveis) ✓ Universidade tem obrigação de promover pesquisa, ensino e extensão ✓ Ensino, pesquisa e extensão são o sentido da universidade Extensão é a devolução do conhecimento para a sociedade (quando o conhecimento vai para a rua e se veste de povo) Algumas universidades têm trazido a prática da extensão para o currículo Universidades públicas têm maestria no ensino, mas deixam pesquisa e extensão em segundo plano, especialmente pela questão de investimentos Negacionismo dos agentes públicos leva à descrença da sociedade na ciência Função social da universidade: gerar um conhecimento de nível universitário e transformar o nível da sociedade • Ensino = replicar e socializar o conhecimento o No âmbito do trabalho: preparo para o exercício profissional • Pesquisa = criar novos conhecimentos o Para o aluno: desenvolvimento da capacidade reflexiva individual • Extensão = disseminar e usar os conhecimentos para a sociedade o No âmbito da sociedade: conscientização e prática da responsabilidade social Psicometria = psicologia + estatística • Criada a partir da teoria da evolução (Darwin) para diferenciar as pessoas boas e ruins, aptas e inaptas, inteligentes e burras Ciclo de retroalimentação da revolução científica: recurso, pesquisa, poder • Para progredir, a ciência precisa muito mais que pesquisa; depende do reforço mútuo de política e economia • Investimento de recursos na esperança de obtenção de novos agentes públicos ou tecnológicos que possam ser utilizados para patrocinadores • Ignoramus: a revolução científica não foi uma revolução do conhecimento, mas uma revolução da ignorância • A grande descoberta que deu início à revolução foi a de que os humanos não têm respostas para as suas perguntas mais importantes o Nas faculdades, sabe-se responder, mas não se sabe perguntar ✓ Só se evolui quando tem dúvida ✓ Não há formação crítica- reflexiva Linhas de pesquisa se associam às linhas de ação pelo ensino Importância dos editais: participação de alunos e professores no crescimento da universidade através do desenvolvimento de projetos Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 7 • É essencial a participação dos alunos ingressos, pois é com o interesse destes que projetos serão aprovados e desenvolvidos Ensino + pesquisa + extensão = formação ampla + visão holística + currículo atraente Termo de anuência: concordância do governo em receber os pesquisadores no local para a pesquisa A pesquisa é uma forma de transformar as percepções em algo palpável Instrumento de argumentação: busca pela melhor evidência e pelo melhor método Senso crítico ao produzir um projeto de pesquisa e ao ler artigos A familiaridade com o meio científico facilita a análise de vieses Primeiro deve-se ter um objetivo para depois transformá-lo no “como” e produzir algo palpável que, de fato, terá algum retorno Promotor de mudança: resultado deve ser produtivo (pesquisa como forma de quebra de paradigmas) Responsabilidade social: pesquisa deve ser sempre feita para o outro • Finalidade e agregação no nicho científico para não desperdiçar recursos e tempo Pluralidade cultural exige uma comparação entre as realidades • Pesquisa multicêntrica aumenta a representatividade e permite uma percepção mais realista • Redução de vieses e aumento da validade externa O projeto multicêntrico é um projeto de protocolo único produzido em diversos centros • Centro principal / proponente + centros participantes • Projeto de pesquisa deve ser elaborado em conjunto e metodologia deve ser exatamente a mesma para garantir a equivalência dos resultados o Redução da subjetividade dos participantes o Metodologia deve ser possível de reprodução em todos os centros Procedimentos éticos: projeto único que deve ser submetido ao CEP (centro de ética e pesquisa) do centro principal e cadastro dos centros participantes • Após a aprovação, deve-se enviar uma cópia do projeto para cada um dos centros para realização de ajustes e submissão aos respectivos CEPs o A aprovação dos CEPs correspondentes é mais rápida e mais fácil que a do centro proponente • Pesquisa se inicia simultaneamente quando todos os CEPs aprovarem o projeto Pesquisa sem centro proponente: questionário virtual tem uma representatividade mais abrangente e reflete realidades diferentes sem a necessidade de envolver comitês diferentes • Quem responde a pesquisa não é responsabilidade da universidade (responsabilidade individual) Pesquisas multicêntricas representam uma realidade mais fidedigna do Brasil Centros participantes não têm autonomia sobre os dados A reprovação de um centro pode excluí-lo da pesquisa através de uma emenda É mais fácil retirar um centro do que adicionar outro Pode-se remanejar para centros próximos para não precisar excluir da pesquisa Projetos de pesquisas multicêntricos têm diversos autores e colaboradores (é muito difícil manter a pesquisa sozinho) OBS: multicêntrico não é sinônimo de diversos estados; pode ser dentro de um mesmo município, por exemplo Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 8 Uma das primeiras coisas que se deve olhar é o fator de impacto (grau de avaliação internacional) Revistas brasileiras têm melhorado por diversos motivos, dentre eles, a publicação da versão em inglês do artigo • Antes dessa mudança, o fator de impacto ficava abaixo de 1 Analisar os autores do artigo ajuda a sabem quem são os principais estudiosos de determinado assunto • Artigos com autores de outros países melhora a visibilidade da revista Na metodologia sempre há algum ponto de bioestatística: mediana, intervalo quartil, média, desvio-padrão • Todo artigo possui, pelo menos, 1 parágrafo de análise estatística • Sempre que se usa a média, precisa-se usar o desvio-padrão o Desvio-padrão: serve para saber onde se encontra a maioria dos dados • Sempre que se usa a mediana, precisa-se usar o intervalo quartil Tipo / delineamento do estudo = epidemiologia Leitura do resumo é importante para analisar o grau de relevância do assunto Resumo exige objetividade e análise descritiva • Estatística descritiva conta quem é a amostra Conceitos básicos não são explicados, uma vez que representam uma convenção e espera-se que o leitor conheça-os Todo teste estatístico tem como resultado uma probabilidade • Teste exato de qui-quadrado de Person: equipara proporções • Teste exato de Fisher: significância dos dados Não se precisa saber fazer a análise, mas precisa saber para o que serve Na legenda do gráfico, deve-se ter a explicação das siglas para que o leitor não precise voltar no título do artigo A maioria dos artigos possui um parágrafo sobre as limitações • A descrição das limitações mostra que o próprio autor é capaz de identificar os erros de seu estudo e não precisa que a identificação seja feita pelo revisor / editor A análise das conclusões deve levar em consideração a significância para o leitor p-valor = diferença entre o grupo de estudo e o grupo controle A estatística está presente desde a seleção da amostra Métodos: participantes, local do estudo, cálculo do tamanho da amostra, processo de amostragem, instrumentos utilizados, outras variáveis, aspectos éticos Erros tipo 1 e 2 estão presentes no teste de Potsi • Tipo 1: probabilidadede rejeitar a hipótese de forma errada (o quanto se pode errar) • Tipo 2: probabilidade de aceitar a hipótese e ela ser errada o Maior relação com o tamanho da amostra O mais importante é a análise dos objetivos, uma vez que cada estudo exige uma análise estatística diferente Meta-análise só estra na estatística depois do uso do PRISMA e dos testes de homogeneidade artigo original Periódico café é um ponto de informação importante e agrega material para a escrita de artigos originais Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 9 Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical jornauls = modelo dominante na área da saúde composto por introdução, metodologia, resultados e discussion • Introdução: o que já se sabe sobre o assunto, o que vai apresentar, hipótese (pode ser confirmada ou negada) o Justificativas são o que vão chamar a atenção do leitor e podem ser garantidas pelo uso de conectivos o Não se deve adiantar a resposta da hipótese • Metodologia: o que se fez para desenvolver o trabalho o Todo artigo, para ser considerado científico, deve ser reproduzível o Deve ser separada em estações: onde, quando, qual a análise estatística • Resultados: resumo do que se encontrou ao longo da pesquisa o Não se deve repetir os números das tabelas o Fazer múltiplas comparações • Discussão: retomada dos achados fundamentais e resposta da hipótese o O que as informações que se conseguiu vão provar o Usar a 1ª pessoa do plural Revisão de literatura é importante para o texto, porque mostra as perguntas que ainda precisam ser respondidas Ter várias referências não significa ter maior qualidade Sempre falar as limitações do estudo sem ser de forma genérica (nenhum estudo é perfeito) Falar as perspectivas futuras e quais perguntas ainda permanecem sem respostas Reforçar os pontos positivos • Para um texto ter um bom impacto, ele precisa ser citado várias vezes Deixar para escrever a introdução no final, já que é um apanhado da literatura • O mais importante é ter a metodologia bem estabelecida Linguagens rebuscadas demais atrapalham mais que ajudam • Linguagem acadêmica já é muito rebuscada Uma boa discussão exige atenção aos resultados, porque tudo precisa estar conectado e seguir uma linha de raciocínio Gráficos e tabelas precisam de uma explicação em forma de texto, porque a interpretação costuma ser muito difícil para o leitor O melhor é fazer o resultado separado da discussão para facilitar para o leitor estudo clínico Considerado o padrão-ouro em evidência científica Julga-se a força de uma associação por meio da robustez de sua evidência Estudo experimental que avalia a eficácia de dois tratamentos para saber qual é melhor • Exigência de um grupo controle / placebo o Grupo controle precisa ser de pacientes que estejam realmente controlados para não afetar os resultados Randomização: sujeitos do estudo (pacientes voluntários) são atribuídos a diferentes grupos de estudo e intervenção é diferencial (abrange o cegamento) • Tipos: randomização simples (sequência de números), em grupo (pequenos grupos por análise combinatória), estratificada (características alocadas de maneira igual, de modo que cada grupo exige diferentes randomizações) • Processo geralmente é muito simples: primeiro, exige uma sequência de alocação e depois faz-se a implementação da alocação Estudo clínicos não são protegidos pelo viés • Intenção de tratar: análise dos pacientes de acordo com os grupos pré-designados o Não se deve mudar o paciente do grupo designado • Pacientes perdidos devem ser incluídos na análise e nos grupos originais Cegamento: uma ou mais partes são mantidas inconscientes do tipo de tratamento a ser utilizado (evita vieses) • Ocultação da alocação aumenta a eficácia Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 10 o Envelopes são abertos apenas pelo clínico recrutador o Equipe muito grande de auxílio à ocultação • Single = 1 parte é cegada (paciente) • Duplo cego = 2 partes são cegadas (médico e paciente) o Randomizado duplo cego é a “nata” da evidência • Triplo cego = nenhuma das partes sabe qual é a alocação o Necessidade de um comitê de auxílio • Método fica falho para estudos que requerem intervenção cirúrgica Viés de desempenho: diferenças sistemáticas entre os grupos no cuidado prestado ou na exposição a outras fatores Viés de detecção: diferenças sistemáticas entre os grupos na forma como os resultados foram determinados Fases de um estudo clínico: • Fase 0: primeiros testes clínicos feitos em humanos para verificar como o organismo reage ao medicamento • Fase 1: pequeno número de pessoas para achar a melhor dose da medicação • Fase 2: fornecimento da medicação se o tratamento surtir efeito o Pode ser randomizada e comparativa • Fase 3: aumento da amostra de forma randomizada para investigar a efetividade • Fase 4: amostra de tamanho populacional para investigação do efeito a longo prazo o Condições diferentes Fases 0 e 1 visam evitar colocar um número muito grande de pessoas em risco Vantagens: reduz o risco de viés, relevante, topo da pirâmide de evidência, mede precisqmente a eficácia Desvantagens: não pode ser generalizado, complexo e caro (requer fundo de pesquisa), questões éticas Consentimento do paciente: processo contínuo em que o paciente precisa entender tudo o que será realizado • Deve ser feito em local privativo para preservar a integridade do paciente • Não se pode apressar o paciente • TCLE precisa conter todas as informações que uma pessoa precisa saber para topar ou não participar de um estudo: teste que envolve a pesquisa, uso de dados do prontuário, objetivos do estudo, tratamentos, possibilidade de randomização, continuidade do processo, responsabilidades do participante, aspectos experimentais, possíveis riscos, gasto envolvido, fornecimento pelo estudo, participação voluntária, possibilidade de desistência, possíveis situações para desligamento • Para crianças, é apresentado para os pais ou guardião legal • Pandemia: possibilidade de aplicação por telefone ou email • Aplicação por forms deve ser apresentada para o CEP também Toda pesquisa tem um centro por trás que investiga e aplica as consequências de acordo com a gravidade • Tipos de problemas: fabricação, falsificação, plágio Protocolo de pesquisa = metodologia • Partes importantes: o que, por que, onde, quando, em quem Submissão na plataforma Brasil pelo orientador Avaliação da farmacologia do tratamento como descrição das medidas protetivas Associação das perguntas em tabelas para evitar informações soltas • Noção de teoria auxilia na assertiva das perguntas Metapesquisa é definida como o ato de fazer pesquisa em pesquisa • Supõem-se um ato oportunista Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 11 Surge como uma preocupação de cientistas com a saúde do ecossistema científico (evidências de todos os tipos) É intrínseco à ciência que ela seja reprodutível Tudo o que se faz parte do pressuposto da incerteza (efeito aleatório) Ciência determinística (variáveis externas, a priori, não interferem na decisão) e ciência probabilística (precisa-se chegar na verdade de alguma maneira) A ausência de relato não quer dizer a ausência de ação, mas causa dúvidas acerca dela Metapesquisa diz respeito a uma cadeia de problemas que podem ser resolvidos fazendo pesquisa em pesquisa Questions, conduction, regulations, availability, report Evidências que a metapesquisa produz não impacta só a pesquisa, mas tudo o que está abaixo dela Metapesquisa é translacional Em tomada de decisão, o médico não é soberano, mas apenas um consultor Escândalos de pesquisasmédicas malfeitas exigem a análise do que aconteceu Enxurrada de coisas que adentram a literatura por pessoas sem treinamento • O ruído de informações é insustentável: há muito, ruim e sem razões História vai muito além: definições do que são prioridade de pesquisa, desfechos experimentais, métodos, análises, disponibilidade da informação • Acessibilidade da informação: de nada adianta estar bem-feito se o consumidor não tiver acesso Medicina baseada em evidências é para tomada de decisões, não para guiar pesquisas Desfecho primário é definido no registro, mas não é discutido como primário na publicação final (hipótese não confirmada) • Não reportar porque não teve resultados Desfechos que não estavam no protocolo e são colocados na publicação final (criação pela combinação) criam amarras • Qualquer ensaio clínico tem que ter registro de tudo o que será feito a priori • Trocas que ocorrem depois = desvio de integridade o Não se pode relatar o que não fez Editor, muitas vezes, não consegue filtrar os desvios na última análise Desfechos relatados, mas incompletos para serem reportados (intervalo de confiança) • Estudos com intervenção precisam de registro dos resultados de forma completa • Desperdício de dinheiro, tempo e pessoas Entrar em contato com o pesquisador costuma aumentar os registros, mostrando que as informações existem A única desculpa é a falta de planejamento, poque há diversos guidances que norteiam os resultados Disciplinas formais exigem laboratórios, linhas de pesquisa e orientadores / professores para que dê certo Ser open access é promover equidade de uma maneira que nem todos percebem • Revistas open access pegam a sua evidência para levar o artigo adiante Editores ainda são os guardiões da evidência Política de equidade tem sido muito forte no nível editorial e de autoria Quando encontrar coisas mal escritas, deve-se escrever para o autor ou analisar nas plataformas o que se pode fazer Registro do estudo com protocolo e análises interinas After publication é uma etapa nova das pesquisas que diz que uma vez publicado o manuscrito, independente da forma que foi, deve-se corrigir o que foi publicado
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