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ATIVIDADE CLASSICISMO O soneto a seguir, de Camões, serve de base para as questões de 1 a 3. Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, justamente choro e rio, O mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio, Agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando; Numa hora acho mil anos, e é jeito Que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém por que assim ando, Respondo que não sei; porém suspeito Que só porque vos vi, minha Senhora. 1. Nesse soneto, Camões trata do amor. a) Como o eu lírico caracteriza seu estado de espírito? b) Qual o recurso utilizado, no soneto, para simbolizar o estado em que se encontra o eu lírico? Justifique. 2. Apenas na última estrofe a causa do sofrimento do eu lírico é explicitada. Explique. 3. No soneto, as contradições provocadas pelo amor revelam uma visão positiva ou negativa desse sentimento? Justifique sua resposta com base na visão de amor característica do Classicismo. As questões de 4 a 7 referem-se ao texto a seguir. Soneto à maneira de Camões (Sophia Andresen) Neste soneto, a autora portuguesa estabelece um diálogo com a produção camoniana. Esperança e desespero de alimento Me servem neste dia em que te espero Já não sei se quero ou se não quero Tão longe de razões é meu tormento. Mas como usar amor de entendimento? Daquilo que te peço desespero Ainda que mo dês – pois o que eu quero Ninguém o dá senão por um momento. Mas como és belo, amor, de não durares, De ser tão breve e fundo o teu engano, E de eu te possuir sem tu te dares. Amor perfeito dado a um ser humano Também morre o florir de mil pomares E se quebram as ondas no oceano. 4. O tema desse soneto é o amor. Como o eu lírico caracteriza, na primeira estrofe, seu estado de espírito em razão desse sentimento? 5. Podemos afirmar que, na segunda estrofe, o eu lírico apresenta uma determinada “visão” do amor. Qual é ela? 6. Nas duas últimas estrofes, o eu lírico tem uma visão positiva ou negativa desse sentimento? Justifique sua resposta com elementos do poema. 7. O título do poema sugere a intenção da autora, uma poeta portuguesa contemporânea, de estabelecer um diálogo com a obra de Camões. Explique que aspectos formais e temáticos revelam essa relação com a lírica camoniana. 8. Leia o texto abaixo para poder responder à próxima questão. “Os teólogos, portanto, tinham toda a preocupação voltada para as almas e para Deus, ou seja, para o mundo transcendente, o mundo dos fenômenos espirituais e imateriais. Os humanistas, por sua vez, voltavam-se para o aqui e agora, para o mundo concreto dos seres humanos em luta entre si e com a natureza, a fim de terem um controle maior sobre o próprio destino. Por outro lado, a pregação do clero tradicional reforçava a submissão total do homem, em primeiro lugar, à onipotência divina, em segundo, à orientação do clero e, em terceiro, à tutela da nobreza, exaltando no ser humano, sobretudo, os valores de piedade, da mansidão e da disciplina. A postura dos humanistas era completamente diferente, valorizava o que de divino havia em cada homem, induzindo-o a expandir suas forças, a criar e a produzir, agindo sobre o mundo para transformá-lo de acordo com sua vontade e interesse.” (SEVCENKO, p. 15) No texto, a característica marcante do movimento humanista-renascentista é: a) espírito crítico voltado para o estímulo às mudanças. b) supremacia do mundo espiritual sobre o material. c) valorização da piedade, da mansidão e da disciplina. d) defesa da Igreja e da cultura medievais. e) reprodução da crença dogmática dos teólogos medievais. 9. A obra épica de Camões, Os Lusíadas, é composta de cinco partes, na seguinte ordem: a) Narração, Invocação, Proposição, Epílogo e Dedicatória. b) Invocação, Narração, Proposição, Dedicatória e Epílogo. c) Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração e Epílogo. d) Proposição, Dedicatória, Invocação, Epílogo e Narração. 2º Tri SHAKESPEARE, William. A tempestade. (Qualquer edição integral) MELANDER, Otto. “A Mulher e o Cachorro”, in Mar de Histórias vol. 2: do fim da Idade Média ao Romantismo. Tradução e Organização de Aurelio Buarque de Holanda Ferreira e Paulo Ronai. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 3ºTri AUSTER, Paul. No País das Últimas Coisas. Tradução de Luiz Araújo. São Paulo: Editora Best Seller. AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. (Qualquer edição integral)
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