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Diferenciar o aprendizado entre crianças

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1- Diferenciar o aprendizado entre crianças, adultos e idosos:
Criança: O cérebro da criança aprende brincando, brincadeiras sensoriais são de extrema importância na infância, especialmente nos primeiros anos de vida. As atividades sensoriais possibilitam que as crianças conheçam o mundo ao seu redor a partir de novas texturas, cores, cheiros e sabores. Cada criança tem alguns sentidos sensoriais mais desenvolvidos que outros, no entanto, cabe aos adultos oferecerem ferramentas para desenvolver todos os sentidos. Desde o nascimento até os cinco anos de idade, as crianças têm uma grande capacidade de absorver e reter novas informações, metaforicamente assemelhando-se a uma “esponja". Isso ocorre porque o cérebro tem a oportunidade de acionar diferentes canais para a entrada de conhecimento, contemplando todos os estilos de aprendizagem. Já está comprovado que desenvolver atividades sensoriais nos primeiros anos de vida da criança ajuda no desenvolvimento cognitivo, linguístico, emocional e social além de acelerar a aprendizagem e estimular a criatividade.
Adulto: O adulto aprende basicamente em duas situações na vida: quando ele quer, ou seja, quando ele deseja alguma coisa, ou quando sente a necessidade desse aprendizado. Adultos buscam conhecimentos que possuam significados em suas vidas e que possam ser aplicados de imediato, sem necessariamente ter uma lógica programática ou serem apresentados através de disciplinas. A grande diferença na aprendizagem para adultos x para crianças, diz respeito ao quanto é importante para o adulto perceber a relevância daquilo que ele vai aprender para a sua vida. Seja pelo desejo ou pela necessidade.
Idoso: Segundo a OMS (2015), existem evidências empíricas suficientes para sustentar que “ao continuar com o processo de aprendizagem, os idosos podem adquirir conhecimentos e habilidades para controlar sua saúde, acompanhar o processo tecnológico da sociedade, e, por exemplo, por meio de trabalho ou voluntariado, se adaptar ao seu processo de envelhecimento (aposentadoria, viuvez ou cuidar de outra pessoa), manter sua identidade e manter o interesse pela vida. Além disso, continuar aprendendo está intimamente relacionado com as habilidades para crescer – no mental, no físico, no socialmente e emocionalmente e para tomar decisões. Assim, a aprendizagem ao longo da vida é um pilar do envelhecimento ativo.
2- Os tipos de memória, destacando a curva de esquecimento:
Para a neurociência, a memória trata-se de toda informação que pode ser armazenada nos circuitos neurais e que tem influência no funcionamento do cérebro depois de ter sido “fixada” na mente. Alguns tipos de memórias são:
Memória de curto prazo: Este tipo de memória é a que retém a informação por menos tempo, até que ela seja esquecida ou guardada. Pode ser categorizada em:
Memória imediata: Retém a informação logo que é recebida. Um exemplo é quando somos apresentados ao nome de uma pessoa que acabamos de conhecer.
Memória de trabalho: Embora muitos pesquisadores a identifiquem como sinônimo de “memória de curta duração”, este conceito é muito simplista. A memória de trabalho é um sistema de multicomponentes, com capacidade limitada, relacionada à manutenção temporária e processamento da informação durante a realização de tarefas diversas.
Memória de longo prazo: A memória de longo prazo é a que retêm recordações de episódios e fatos da nossa vida. São elas:
Declarativa: São as lembranças que fazem parte dos fatos que você consegue contar. As perdas de memórias declarativas são comuns durante o envelhecimento e podem estar relacionadas ao fato de dar menos atenção aos fatos corriqueiros. Ao mesmo tempo, podem estar associadas a doenças como estresse crônico, depressão ou mesmo as temidas demências, como o Mal de Alzheimer.
Não-declarativas: São memórias que não podem ser contadas ou ensinadas oralmente. Um bom exemplo disso é aprender a dirigir. Apesar da teoria, você só vai aprender se experimentar até que consiga realizar a atividade.
Semântica: Envolve os conhecimentos organizadores do mundo, por exemplo, lembramo-nos do dia que o Brasil foi descoberto e quem o descobriu.
Episódica: É a memória autobiográfica e envolve os acontecimentos da vida de uma pessoa, por exemplo, lembrar da sua formatura, do dia do casamento, da entrevista de emprego.
Pioneiro em estudos da memória, Ebbinghaus foi um psicólogo alemão conhecido por sua descoberta da curva do esquecimento e do efeito de espaçamento, além de ter sido o primeiro a descrever a curva de aprendizado. 
Criado em 1885, o conceito de curva do esquecimento aponta que quanto mais o tempo passa, mais esquecemos o que foi visto ou lido por nós. Para ilustrar a teoria, o filósofo montou um gráfico em curva.
A curva do esquecimento ocorre porque o cérebro entende que não é preciso registrar informações que não são usadas. Ou seja, quanto menos aquele conteúdo for visto, menos relevante ele se torna para o cérebro. Logo, é essencial estimular a memória ao longo do tempo para não descartar a informação estudada.

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