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Juliana Yoshie MED103 Semiologia da Linguagem – Estado Mental e Linguagem Área de Broca: responsável pela fala. Área de Wernicke: responsável pela percepção e entendimento do som. Giro angular: responsável pela leitura. Área de Exner: responsável pela escrita. A área de Broca e de Wernicke se encontram no hemisfério cerebral dominante (o contralateral da mão que você mais utiliza). Ou seja, como 98% da população é destra, suas respectivas áreas de Broca e de Wernicke se encontram no hemisfério esquerdo. Nos canhotos, cerca de 60 a 70%, tem o hemisfério dominante não contralateral, isso é, seu hemisfério esquerdo é mais utilizado. Sendo assim, grande parte da população mundial utiliza mais o hemisfério esquerdo do cérebro, mas não anula o resto que utiliza mais o hemisfério direito. Afasia de Broca/motora/eferente: compreensão preservada; fala não fluente; pode ser monossilábico. Afasia de Wernicke/sensitiva/aferente: compreensão pobre; fala fluente, mas sem significado (uma vez que não pode ser propriamente verificada); pode acontecer dele saber que está falando errado mas não para de falar (logorreia). Afasia mista/global: afasia de Broca e de Wernicke. Causas principais: • AVC: caso súbito e intenso. • Demência: progressivo; o final da demência parecer o início de um AVC. Como testar? Secção no Mini Exame do Estado Mental. Há a suspeite já na anamnese. Afasia de Broca: anamnese/nomeando objetos Afasia de Wernicke: solicitar ações fáceis como fechar os olhos ou erguer seu braço; com gestos de sim e não a partir de perguntas fáceis. Escrita: espontânea = frases ou encerreço/Ditado Leitura: abra a boca/coloque a mão no nariz Problemas de linguagem: Afasia: ainda sai som, mas não dá p/ entender nenhuma palavra Disfasia: afasia moderada Disartria: fala enrolado, mensagem não é afetada. Dislalia: temporária, funcional, emocional, “cebolinha”. Afonia: não consegue falar. Disfonia: rouquidão. Anasognosia: o paciente não percebe que está doente. FOCO NO DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO: qual parte do cérebro (sistema nervoso periférico ou sistema nervoso central) está a lesão. Precisa do exame físico para saber, s/ precisar de exame complementar. Após o diagnóstico topográfico, recorre-se ao diagnóstico etiológico. Juliana Yoshie MED103 Exame Neurológico do Estado Mental Domínios Cognitivos: ➢ Memória ➢ Função executiva/atenção ➢ Habilidades visuo-espaciais ➢ Linguagem ➢ Comportamento Síndrome Demencial ➢ Prejuízo em 2 domínios cognitivos ou comportamentais ➢ Declínio em relação a um nível pré- estabelecido (ex.: memória era muito boa e ficou muito ruim; COMPARATIVO) ➢ Impacto importante nas tarefas diárias ou prejuízo social Apraxia e Agnosia ➢ Apraxia ideomotora: não há perda de força mas não sabe mais como fazer ➢ Apraxia ideacional: igual a idemotora mas com ações sequenciadas, ex.: se vestir ➢ Astereognosia: não reconhece obetos ➢ Agrafiestesia: não reconhece letras nem números ➢ Agnosia visual: não reconhecem objetos, apenas ao tocá-los ➢ Prosopagnosia: não há reconhecimento de rostos ➢ Assomatognosia: não reconhece partes do corpo ❖ Alien hand: mão se movimenta sem o indivíduo perceber ➢ Anosognosia: não reconhece a sua própria doença. Como começar o exame Inicia-se pela anamnese; Observar o comportamento e a fala do paciente; Caso não consiga, recorrer ao acompanhante; Sinal de virada de cabeça: paciente inseguro, precisa toda hora confirmar com acompanhante perguntas simples. Pontos importante na anamnese cognitiva: ➢ Idade ➢ Nível de escolaridade ➢ Dominância (destro x canhoto) ➢ Início e progressão ➢ Funcionalidade (atrapalha as funções cotidianas?) ➢ Uso de medicamentos Exame do Estado Mental (Folstein, 1975) ➢ Avaliar as áreas cognitivas ➢ Auxiliar no diagnóstico e acompanhar evolução ➢ Influenciado pela escolaridade ➢ Não faz diagnóstico sem história clínica ➢ Memória, atenção, cálculo, lingual e C. visuo- espacial ➢ Interpretação do resultado: • Efeito teto • Efeito chão • Limitado para outras formas de demência (DFT)
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