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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO DEBORA FERREIRA MATOS MARIA EDUARDA RIBEIRO DA SILVA MILENA MOURA REINALDO WALEFF ALVES DE SOUSA RESUMO DO ARTIGO: “ENSAIO DE TRAÇÃO MECÂNICA E ANÁLISE METALOGRÁFICA DO AÇO SAE 1045 – MECHANICAL TRACTION TEST AND METALLOGRAPHIC ANALYSIS OF STEEL SAE 1045” AÇAILÂNDIA 2021 DEBORA FERREIRA MATOS MARIA EDUARDA RIBEIRO DA SILVA MILENA MOURA REINALDO WALEFF ALVES DE SOUSA RESUMO DO ARTIGO: “ENSAIO DE TRAÇÃO MECÂNICA E ANÁLISE METALOGRÁFICA DO AÇO SAE 1045 – MECHANICAL TRACTION TEST AND METALLOGRAPHIC ANALYSIS OF STEEL SAE 1045” Trabalho apresentado à disciplina: Resistência dos materiais e estática das construções I, do curso de Engenharia Civil, da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão. Prof.: Ludimilla da Silveira Ferreira AÇAILÂNDIA 2021 1 INTRODUÇÃO O aço SAE 1045 é classificado como um aço para construção mecânica, sendo ele um importante material utilizado no setor de civil, a matéria-prima responsável pela fabricação de eixos, cilindros e diversos equipamentos, como, de ferrovias, engrenagens, virabrequins, além de ser usado para a fabricação de produtos da indústria do petróleo e de máquinas que necessitam de peças com elevada resistência mecânica. No entanto, para lidar corretamente com este metal é de extrema importância que possamos entender as suas característica e o seu comportamento, para que consigamos prever seu desempenho mediante a circunstâncias. Pra que tais ações sejam premeditadas é necessário expor o metal a uma serie de ensaios, os mesmo analisaram os componentes estruturais e mecânicos, de modo a evitar falha. O ensaio de tração é um dos mais importantes ensaios, pois os produtos são formados por deformação plástica, que ocorre devido a imperfeições existentes na estrutura cristalina dos materiais, são essas imperfeições que possibilitam o deslizamento do plano atômico, de modo que metais e ligas se formem. Através desse ensaio revela-se o comportamento do material em relação à aplicação de carga através do diagrama tensão versus deformação. Ao obtemos uma amostra com forma e tamanho estipulados pela norma da NBR 6152, podemos fazer um experimento e analisar as propriedades de materiais, como a resistência mecânica, elasticidade, ductilidade, dureza, fragilidade, limite elástico e resiliência, essa amostra é gradativamente puxado pela carga axial até quebrar. No entanto, a fluidez da diferença do plano do cristal podem ser afetados por fatores como composição e processamento do aço. Existe uma relação direta entre as características microestruturais do material e suas propriedades mecânicas, isso pode ser visto na Figura 1, onde cada tipo de aço tem um comportamento de padrão de tensão de deformação diferente, de acordo com a sua porcentagem de carbono. Após o ensaio metalográfico podemos determinar e analisar a microestrutura do aço, esse ensaio consiste no estudo de produtos metalúrgicos, com o auxílio de um microscópio, para determinar sua composição e textura, acentuando assim suas diferentes partículas. Figura1 – Gráfico tensão x deformação para diferentes tipos de aço Fonte: Leite et al.,2017. 2 OBJETIVO O objetivo do trabalho é a realizar do ensaio de tração de aço SAE 1045; estabelecer um diagrama de tensão-deformação por meio da matriz de dados de teste no Excel; interpretar diagramas e realizar cálculos para analisar o desempenho mecânico e; realizar análise metalográfica no material testado e compará-lo com o seu comportamento mecânico. 3 METODOLOGIA 3.1 ENSAIO DE TRAÇÃO Inicialmente, realizou-se a aferição das medidas do corpo de prova por meio de um paquímetro para obter as dimensões iniciais e a área, para que assim fosse possível posteriormente realizar os cálculos das propriedades mecânicas. Logo após, acoplou-se as amostras na maquina de testes EMIC, adicionando-se o extensômetro, sendo este responsável pela captação da deformação da amostra (FIGURA 2). Após o rompimento do material, foi dimensionado o comprimento final e a área.. Figura 2 – Máquina de tração e o corpo de prova Fonte: Leite et al.,2017. Conectou-se a maquina a um microcomputador por meio de sensores responsáveis por computadorizar o ensaio. Através dos dados obtidos, foi possível determinar a tensão nominal e o módulo de elasticidade, além da ductilidade, como mostra as equações de tensão (1), módulo de elasticidade (2) e ductilidade (3). 𝜎 = 𝑃/𝐴𝑜 (1) 𝜎 = 𝐸. 𝜀 (2) 𝐴𝐿% = ( 𝐿𝑓−𝐿𝑜 𝐿𝑜 ) 𝑥 100 (3) 3.2 METALOGRAFIA Para a realização da metalografia, inicialmente cortou-se a amostra do aço que foi utilizada no teste de tração, com a cortadora AROCOR 40, da marca AROTEC [1]. Logo após, prensou-se a amostra com a pressão de 150 kgf/cm2, na maquina ARATEC PRE 40MI [2], por um período de 15 minutos. Em seguida, realizou-se o lixamento da peça com o auxílio da lixadeira (AROTEC) ALM-04 [3], utilizando as lixas com as respectivas granulometrias: 600, 800, 1000 e 1200 mesh. O polimento da amostra foi feito na maquina Politriz da marca AROTEC [4]. Posteriormente, efetuou- se o ataque químico com a solução de Nital 2% Álcool etílico 95% + ácido nítrico [5]. Após isso, a amostra foi lavada e secada com um secador, e a caracterização microestrutural foi feita através de um microscópio BX41M-LED da marca OLYMPUS [6] com a lente de 100x. As maquinas utilizadas são representadas na Figura 3. Figura 3 – Máquinas utilizadas no ensaio de metalografia . Fonte: Leite et al.,2017. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES De acordo com a tabela 1, tem-se as dimensões da amostra, antes e depois do ensaio. Tabela 1 – Dimensões do corpo de prova do aço 1045, antes e depois do ensaio de tração. Condições Comprimento Diâmetro Inicial 121,10mm 9,99mm Final 124,30mm 8,62mm . Fonte: Leite et al.,2017. Foi observado, que o comprimento e diâmetro inicial ficaram aproximados dos estipulados de acordo com a NBR 6152, ocasionando numa discrepância mínima de valores, que ocorreram por causa de possíveis erros de leitura com o parquímetro. Além disso, após a tração sofrida pela amostra, ocorreu um alongamento e diminuição do diâmetro da peça, conhecido como estricção. Na figura 4, tem-se o gráfico tensão × deformação, feito no Excel a partir da matriz de dados, contendo a força e o alongamento do ensaio, no qual foram manipulados através dos cálculos apresentados nas equações 1 e 2, para a obtenção de valores da tensão e deformação no decorrer do ensaio. Além disso, a figura 5 também apresenta o gráfico tensão × deformação, no qual foram fornecidos pela máquina, após o experimento. Figura 4 – Gráfico tensão x deformação construído no Excel . Fonte: Leite et al.,2017. Com a comparação dos gráficos é possível identificar a semelhança entre ambos, havendo mínima discrepância entre os valores, no qual foram obtidos através do dimensionamento da amostra e dos desvio padrão dos cálculos. A tabela 2 evidencia a comparação dos valores das propriedades mecânicas, entre os cálculos realizados através da matriz de dados e os fornecidos pelo maquinário. Tabela 2 – comparação dos valores de resistência mecânica obtidos entre a EMIC e no Excel. Dados Ductilidade (%) Tensão de resistência (Mpa) Módulo de elasticidade (GPa) Limite de escoamento (MPa) EMIC 22,5 823 27 218,43 778,71 Excel22,74 823,27 222,30 774,89 . Fonte: Leite et al.,2017. Realizando a comparação entre os dados da tabela 2, observa-se que os valores de tensão de resistência são iguais em ambos testes, e o restante obtiveram valores aproximados. Isto ocorreu devido aos desvios surgidos e as dimensões capturadas pelo paquímetro na realização dos cálculos. Com a análise metalográfica tornou-se possível observar a microestrutura do aço 1045, como é mostrado na figura 6, no qual as partes claras representam a estrutura ferritica F, e a parte escura refere- se a perlitica P. Figura 5 - Imagem metalográfica do aço SAE 1045. Fonte: Leite et al.,2017. Através da figura 7, nota-se a presença significativa de perlita no aço, mistura eutetoide, no qual é constituída por lâminas alternadas de ferrita e cementita, sendo a espessura das lâminas de ferrita (α-Fe) superior aos da cementita (Fe3C). A perlita tem como característica maior dureza e resistência, já a ferrita mais dúctil que a cementita, ocasionado na elevada resistência do aço 1045, sem a perda da ductilidade. Por obter tais características macroestruturais, o aço possui elevada resistência mecânica em relação aos aços de baixo carbono convencionais, sem perder também a ductilidade. A quantidade de ferrita, cementita e perlita no material, será influenciada diretamente em relação ao percentual de carbono presente no aço, contudo, quanto maior for a quantidade de carbono, maior será a sua resistência mecânica. Pode-se observar isto na tabela 3, no qual compara os valores das propriedades mecânicas obtidos pela matriz de dados, em relação ao aço 1020, que também foi ensaiado nas mesmas condições do aço 1045. Tabela 3 – comparação dos valores da resistência mecânica dos aços 1020 e 1045 Aços Ductilidade (%) Tensão de resistência (MPa) Módulo de elasticidade (GPa) Limite de escoamento (MPa) 1020 10,91 512,85 192,33 470,55 1045 22,74 823,27 222,30 774,89 Fonte: Leite et al.,2017. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em virtude do tema abordado, percebe-se que o carbono existente no ação, influencia nas suas propriedades mecânicas, por exemplo, a resistência a tração e ductilidade. Diante disso, o aço 1045 pode abosorver maior quantidade de energia antes da ruptura, isso quando nivelado com aços que apresentem menor porcentagem de carbono em sua composição. REFERÊNCIA LEITE, Sueli Souza et al. Ensaio de tração mecânica e análise metalográfica do aço SAE 1045. Revista Engenharia em Ação UniToledo, v. 2, n. 1, 2017.
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