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RESENHA FILME – UM GOLPE DO DESTINO O filme se trata da vida de um médico cirurgião importante, que embora fosse muito inteligente, possuía uma relação com paciente muito distante e superficial, dando importância apenas aos dados, fichas e casos, esquecendo que havia uma vida por trás daquela situação. A relação do médico com sua profissão era de muito focada, acarretando problemas com sua família passando a ser um homem sozinho, sem lazer e sem descanso. Como um golpe, igual o nome do filme, o doutor principal se torna paciente devido um tumor laríngeo, e passa a ser tratado por uma médica bem parecida com ele profissionalmente, dessa forma ele começa entender como deixava a desejar com seus pacientes, deixando de lado a parte humanizada essencial em todo profissional de saúde. Com isso, o doutor passa por diversas mudanças em seu interior, agora no lugar de paciente sentiu necessidade de mais que um tratamento, mas atenção, empatia e humanidade para que recebesse bem os cuidados médicos. Claro que inicialmente o médico resistiu aos seus pensamentos de mudanças, e teve algumas negações mesmo estando no lugar de paciente, porém acaba criando novas concepções sobre o sistema de saúde, de atendimento e normas de trabalho. Ademais, o que mais o enriqueceu foi seu crescimento quanto ser humano, suas questões quanto a vida, solidariedade, dores, e um acontecimento muito importante no filme foi o falecimento de uma amiga, onde o protagonista se sente impotente, nada poderia duminuir a dor de uma perda e como todo mundo ele também possuia limitações. O filme me trouxe uma reflexão sobre o exercício da profissão, falhas que acontecem que não são percebidas diariamente, onde um paciente pode ser tratado por um longo período de tempo conosco, mas nós acabamos deixar passar despercebido suas dores internas, seus medos, problemas e angústias. Focando em seu corpo biologicamente, as vezes não entendemos o porquê um paciente não evoluí, sendo imprescindível a visão biopsicossocial, onde todos os aspectos de um indivíduo devem ser tratados e levados em consideração. No ramo da fisioterapia podemos encontrar na maioria das vezes pacientes traumatizados, sensibilizados e revoltados com suas situações de vida, às vezes sem esperanças não enxergam a importância de passar pelo processo de reabilitação, isso dificulta e retarda sua nas atividades de vida. Por isso, é de extrema importância termos empatia e atenção aos sinais que os pacientes podem nos passar, visando auxiliar em todos os aspectos de saúde, ouvindo, ajudando e o encaminhando se necessário. Pois, uma pessoa só é considerada saudável quando seus aspectos biológicos, psicológicos e sociais estão em equilíbrio, e nós profissionais de saúde em formação temos que ter isso sempre em mente. Algo muito interessante no filme, foi que ao final deste processo o médico impõe que seus residentes passem pelos mesmos procedimentos que seus futuros pacientes poderão sofrer, porque viu em sua experiencia que a teoria não é o suficiente para entender o sofrimento do doente.
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