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Laís Kemelly – HM VI Ortopedia e Traumatologia Distensão Muscular As fibras musculares geralmente se originam em um osso ou tecido convectivo denso e se inserem a outro osso através de uma inserção tendínea. O comprimento de uma fibra é determinante importante da quantidade de contração possível no músculo. As lesões musculares podem ser causadas por: • Contusões (choque da musculatura sob superfície rígida) • Estiramentos (força tênsil exercida em excesso que leva à ruputura das fibras) • Lacerações Sendo que os dois primeiros são mais comuns. O estiramento geralmente acontece nos músculos: reto femoral, semitendíneo e gastrocnêmio. Classificação Grau I – estiramentos e contusões leves • Lesão de algumas fibras musculares • Edema e desconforto • Nenhuma ou mínima perda de força e restrição de movimentos • Não tem falhas musculares palpáveis Grau II – estiramentos e contusões moderadas • Dano ao músculo com perda de função • GAP (defeito muscular) palpável • Hematoma local com equimose A cicatrização costuma durar de duas a três semanas e o paciente pode retornar à atividade física em torno de um mês. Grau III – estiramentos e contusões graves • Falha evidente na estrutura muscular • Equimose extensa, além do local da ruptura A cicatrização leva de quatro a seis semanas e o paciente precisa de reabilitação intensa, por até 4 meses para retorno às atividades esportivas. Diagnóstico Anamnese com história clínica detalhada do trauma. OBS: se a dor foi súbita, sem história de trauma associada → pensar em síndrome da pedrada. Exame físico com inspeção e palpação dos músculos envolvidos → buscar GAPs e resistência. IMPORTANTEEEE, testar Sinal de Thomson para verificar se houve rompimento de tendão. “Para o teste de Thompson (teste por compressão da panturrilha), o paciente fica na posição prona, e a panturrilha é comprimida para elicitar a flexão plantar. Os resultados incluem: Se a ruptura for completa, a flexão plantar está ausente ou diminuída.” Conduta Medidas gerais → princípio PRICE. • Proteção • Repouso: se o membro lesionado não se movimenta, impedimos uma retração muscular tardia ou formação de um gap maior (piora do que já tá ruim... lesar mais) • Ice (gelo): relaciona-se com hematoma menor e alívio da dor na fase aguda • Compressão • Elevação: acima do nível do coração, diminui a pressão hidrostática e reduz o acúmulo de líquido no espaço intersticial, que pode predispor a uma síndrome compartimental. Objetivo = minimizar o sangramento no sítio da lesão. Doenças Ortopédicas mais Comuns Laís Kemelly – HM VI Ortopedia e Traumatologia Tratamento farmacológico → aliviar dor • AINES, escolhendo conforme o Posologia: quanto menos doses por dia, melhor a adesão ao tto. Preferir doses mais espaçadas (ex. nimesulida 12/12h) o Pct com queixas TGI/idoso: preferência aos inibidores seletivos da COX-2 para diminuir esses efeitos (ex. celocoxibe) • Relaxante muscular → ciclobenzaprina Síndrome do Túnel do Carpo É a neuropatia periférica mais comum, tendo como epidemiologia relevante: • Sexo feminino (4 – 5x mais frequente) • Faixa etária 30 – 60 anos No total, 10 estruturas passam pelo canal carpal, dentre elas o nervo mediano, o qual é responsável pela inervação das áreas em amarelo: A STC acontece quando há uma compressão do nervo mediano, que pode ser decorrente de: • Diminuição do tamanho do túnel • Aumento do diâmetro das estruturas que passam pelo canal carpal o Ex. tenossinovites, que levam a um bloqueio de condução das fibras nervosas, causando dormência e desconforto (manifestação inicial). A continuidade desse bloqueio cursa com morte axonal e dor, pelas alterações isquêmicas que ocorrem. Quadro Clínico • Parestesias dolorosas • Dor em queimação • Despertar noturno • Irradiação para braço e ombro • Perda da força de preensão • Atrofia da musculatura da mão afetada Esses sintomas foram colocados de forma crescente, ou seja, quanto mais pra baixo na lista, mais indicam estágios avançados da doença. Classificação • Grupo I: sintomas leves e intermintentes. • Grupo II: sintomas persistentes, perda da destreza e dificuldade do uso da “pinça”. Dor mais intensa, piora à noite ou ao usar a mão. Leve grau de atrofia tenar e déficit motor no polegar. • Grupo III: sintomas progressivos e antigos, com importante atrofia da eminência tenar; fraqueza da mão, déficit motor acentuado no polegar. O prognóstico é ruim mesmo com tratamento cirúrgico e o dano funcional é frequentemente irreversível. Diagnóstico Anamnese: sintomas típicos Exame físico: teste de Phalen e Tinel + hipotrofia da região tenar em estágios avançados • Teste de Phalen: flexão completa do punho por 60 segundos. Essa posição comprime o nervo mediano. • Teste de Tinel: percussão leve sobre o punho, transmite uma sensação de parestesia na região de distribuição do nervo mediano Laís Kemelly – HM VI Ortopedia e Traumatologia Fotinha da hipotrofia da região tenar. Se precisar solicitar exames complementares (p/ ver abordagem cirúrgica, afastar outras causas), o padrão-ouro é a eletroneuromiografia. Tratamento Terapia conservadora • AINES • Corticoide de depósito (diprospam) Tratamento cirúrgico → para pacientes que não respondem ao conservador OU com progressão do déficit motor. Lombalgia Mecânica O mais importante de tudo aqui é: saber identificar qual paciente você vai internar pra investigar melhor, que são aqueles que tem red flags para uma possível causa secundária dessa lombalgia. A maioria é mecânica? Sim. Mas algumas não e é aí que reside o problema. Red Flags • Sintomas neurológicos • Imunossuprimidos • Dor noturna • Trauma • Sintomas constitucionais • Não melhora com tto clínico em até 6 semanas Tratamento – Medidas Gerais Repouso limitado a 3 – 4 dias, com retorno às atividades de forma mais breve possível + exercícios aeróbicos leves. O repouso prolongado: • Piora função cardiovascular • Descondiciona a musculatura • Fortalece o comportamento de “sentir-se doente” Gelo → crises agudas, diminui edema, dor e espasmo muscular Calor → fase crônica, analgesia e melhora rigidez Tratamento Farmacológico • AINES, escolhendo conforme o Posologia: quanto menos doses por dia, melhor a adesão ao tto. Preferir doses mais espaçadas (ex. nimesulida 12/12h) o Pct com queixas TGI/idoso: preferência aos inibidores seletivos da COX-2 para diminuir esses efeitos (ex. celocoxibe) • Relaxante muscular → ciclobenzaprina
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