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Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia do Sistema Nervoso - Fernanda Daumas HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO INTRODUÇÃO • As células do sistema nervoso são os neurônios e células da glia. NEURÔNIOS • Possuem função de recepção, integração e moto- ras. E são a unidade estrutural e funcional do SN. ESTRUTURA DOS NEURÔNIOS CORPO CELULAR OU SOMA • Poligonal, mas pode ser redondo também e cada ponta emerge u tronco da arvore dendrítica. Cada dendrito faz contato e recebe informações. • Na microscopia o nucléolo fica bem evidente e o núcleo com coloração clara e central, além do cito- plasma mais escuro. • O reticulo endoplasmático granular (corpúsculo de Nissl) apresenta manchas basófilas espalhadas pelo pericario estendendo-se até os dendritos • Grandes cisternas de golgi espalhados e mitocôn- dria • Ao seu redor pode conter células da glia • Pode conter estruturas amareladas chamadas lipo- fuxina que são substancia que eles produzem e não conseguem digerir e armazém ao longo da sua vida útil DENDRITOS • Prolongamentos do corpo celular especializados na recepção de estímulos. Em geral são ramificados. • Ele vai afinando e diminuindo de calibre a partir do momento que se afasta do corpo celular. • São múltiplos • Abundancia de mitocôndrias • Caminhando em direção a extremidade distal, há poucas ou nenhuma organela • Sua base contem organelas exceto golgi além de fi- lamentos intermediários(pontos) e citoesque- leto(argolas) • Em cada espicula há protrusão do dendrito onde ocorre as sinapses • Abundante quantidade de organelas semelhante ao corpo celular; predomínio de microtúbulos a quantidade de neurofilamentos • Contorno regular em dendritos maiores e confor- mação irregular nos menores • Olhando a morfologia do dendrito podemos saber se ele recebe mais ou menos informações NEURÔNIOS E CÉLULAS DA GLIA Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia do Sistema Nervoso - Fernanda Daumas HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AXÔNIO • Sai do corpo celular. • É único e raramente se ramifica. • Mantem seu calibre até o final do axônio for- mando as terminações axonais. • Especializado na transmissão do impulso nervoso. • Origina-se no segmento inicial do axônio, locali- zado no cone de implantação no corpo celular; • Cone de implantação é uma região piramidal do corpo localizado no lado oposto aos dendritos, na porção inicial do axônio; • Prolongamento único delgado que mantem sua es- pessura • Sua espessura está diretamente ligada a veloci- dade da propagação do impulso • Podem ser mielinizados ou não é sua porção inicial não tem bainha de mielina • As células da glia estão associadas aos neurônios de várias formas, uma delas é em forma de um ‘’rolo de papel’’ em que a glia envolve o axônio formando a bainha de mielina, mas também os axônios podem apenas passar pela célula da glia e não formar mielina e são chamados amilelínicas. • No SNP os neurônios sempre estão acompanhados das glia enquanto no SNC ele pode estar sozinho. Isso ocorre pois no SNP os neurônios percorrem grandes distancias • No seu entorno podemos ver partes esbranquiça- das que são as sinapses além de prolongamentos de células neurais além de células da glia e não matriz celular, o conjunto de prolongamentos+ cé- lulas da glia é chamado de neuroglia • Na microscopia podemos ver o neurônio e um es- paço esbranquiçado onde está a gordura da bainha de mielina • As sinapses podem ocorrer encima do corpo celu- lar(axossomatica), no dendrito nas espinhas den- dríticas(axodendriticas), também de um axônio em outro axônio(axoaxonicas), com musculo e glându- las. Na imagem observa-se o axônio envolvido por bainha de mielina (parte esbranquiçada). SINAPSE MUSCULAR Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia do Sistema Nervoso - Fernanda Daumas HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO • No terminal axonal chama atenção as vesículas transmissoras que interagem com receptores da célula muscular Quando o neurônio é muito grande é muito comum que ele precise reciclar suas estruturas como citoesqueleto re- fazendo proteínas, sendo assim o neurônio tem muito ri- bossomo para muita síntese de proteína. No caso do neurô- nio que precisa sintetizar muita proteína, seu núcleo será mais claro que o citoplasma pois há intensa produção de RNAm para o citoplasma, no núcleo o DNA está menos compactado para a síntese de RNA e por isso a cor fica clara, ao contrário das outras colorações nos tecidos con- juntivos, epitelial, etc. DIVISÃO FUNCIONAL DOS NEURÔNIOS NEURÔNIOS MOTORES OU AFERENTES • Transmite impulso do SNC para os órgãos efetores. ESTRUTURA • Possui a forma do neurônio dos livros com um corpo celular, vários dendritos e um axônio longo fazendo contato com a célula alvo. Devido a essas características o chamamos de neurônio multipo- lar. NEURÔNIOS SENSORIAIS OU AFERENTES • Percebe o ambiente através dos nossos sentidos (tato, olfação, gustação, sabor, aroma, etc.) e transmite o impulso das áreas cutâneos e órgãos para o SNC para fazer o entendimento do que aconteceu. Cada sentido possui um neurônio dife- rente para aquela reação. • Como ele traz informação da periferia seu corpo celular fica nos gânglios • As respostas reflexas não passam pelo SNC. ESTRUTURA • Seu copo celular possui 2 prolongamentos e todos eles têm característica de axônio. • Ele pode ser unipolar ou pseudounipolar NEURÔNIOS DE ASSOCIAÇÃO OU INTERNEURÔNIOS • São neurônios que fazem conexão entre neurônios diferentes. A quantidade desses neurônios e o tipo dessas ligações representam nossa diferença como indivíduo e espécie. ESTRUTURA • Podem ter as mais variadas formas. • Sua forma piramidal é muito comum no córtex ce- rebral; neurônio piriforme; neurônio granular em geral forma associações conectando neurônios próximos, esse processo ocorre por exemplo ao espetarmos o pé: o neurônio sensorial leva infor- mação para o SNC que passa para o neurônio mo- tor e por sua vez precisa contrair o musculo para levantar o pé e inibir o musculo do relaxamento do musculo. Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia do Sistema Nervoso - Fernanda Daumas HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO No sistema nervoso somático(voluntario) o neurônio sen- sorial recebe a informação, passa para o SNC que processa informação e passa para o neurônio motor realizar a ação. No sistema nervoso autônomo(involuntário) o neurônio sensorial recebe a informação, passa para o SNC processa- la e um neurônio motor controla as vísceras. Ele pode ser: simpático (prepara para luta ou fuga) ou parassimpático (anabolismo, digestão, etc.) CELULAS DA GLIA (suporte para os neurônios) ficam em volta dos neurônios permitindo um suporte mais rápido para suas necessidades, já que a maioria dos neurônios mo- tores são longos e até que a célula chegasse ao neurônio quando houvesse necessidade ele já teria morrido GLIA • Função de sustentação metabólica, mecânica e proteção. • As células da glia podem ser dividas da seguinte forma: células do SNC e SNP. EXCLUSIVAS DO SNC ASTRÓCITOS • Possuem formato de estrela e relativamente grande para uma célula da glia; • Capturam íons e resto do metabolismo dos neurô- nios • Podem ter dois formatos principais ASTROCITOS FRIBROSOS • Estão principalmente na substância branca; • São prolongamentos finos, longos e não ramifica- dos • Os seus prolongamentos entram em contato com as sinapses (como na substancia branca não há si- napse não há necessidade de prolongamentos para acompanhar as sinapses) • Os prolongamentos dos astrócitos emitem pés que se ligam aos vasos e regulam a formação da bar- reira hematoencefálica(filtra o que pode ir para o sistema nervoso e são vasos semespaços entre eles com junções celulares altamente impermeá- vel) essa seleção é necessária pois como o SN não se regenera, qualquer patógeno que entre ali pode causar grande dano • A presença do astrócitos indica que aquele local é o SN e que precisa dessa seleção de entrada ASTROCITOS PROTOPLASMÁTICOS • Estão na substancia cinzenta e ficam do lado no neurônio que ele está acompanhando a sinapse; o astrócito capta o neurotransmissor liberado para que ele não fique na região solto e joga-o de volta para o neurônio pré-sináptico. Ele também capta potássio do lado de fora da célula pois se houver muito ela dispara o tempo todo, então é preciso manter as concentrações normais • Células estreladas com citoplasma abundante e núcleo grande; • Muitos prolongamentos curtos, ramificados e es- pessos e suas extremidades formam os pés vascu- lares • Eles tocam os vasos sanguíneos, mas também as sinapses Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia do Sistema Nervoso - Fernanda Daumas HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO Na substância cinzenta precisa ter corpo celular do neurô- nio, além de sinapses e pode conter axônios com mielina, mas poucos, já na substância branca temos os axônios e substância branca MICRÓGLIA • Reconhece moléculas e faz Fagocitose de fragmen- tos, estruturas lesadas do SNC ou patógenos, fa- zendo a proteção do SN. Após fagocitar ela libera citocinas para recrutar mais moléculas para ajudar no combate do patógeno • A fagocitose pode ser de um patógeno que ocorre com inflamação ou então de células que estão em apoptose para fazer a limpeza do tecido e ocorre sem inflamação. A micróglia reconhece uma célula apoptótica devido a exposição de fosfatidilserina no lado externo da membrana plasmática da cé- lula. • Células pequenas e escuras; • Citoplasma escasso; • Núcleo oval a triangular; • Prolongamentos irregulares e curtos. Esses prolon- gamentos ficam procurando patógenos e células apoptóticas e quando encontra ele fica na sua forma ameboide (ativada). Após esse processo ela pode emitir inflamação ou não. ** • Ovoides quando ativadas OLIGODENDRÓCITOS • Produção de bainha de mielina no SNC formada por voltas sucessivas da membrana do oligoden- drócito sobre o axônio • Não se pode ver na microscopia perto do neurônio Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia do Sistema Nervoso - Fernanda Daumas HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CÉLULAS EPENDIMARIAS • Função de revestimento dos ventrículos encefáli- cos e canal central da medula formando epitélio colunar simples; • Células epiteliais cuboides; • Podem ter cílios => movimento do LCR; • Algumas células ependimárias modificadas nos ventrículos participam da formação do plexo co- roide (célula ependimárias formando revestimento do ventrículo associado ao vaso sanguíneo que passa na pia mater.) Esse plexo faz secreção e ma- nutenção do LCR ideal a sobrevivência dos neurô- nios EXCLUSIVAS DO SNP CÉLULAS DE SCHANN • Formação da mielina nos neurônios do SNP • Envolvem os axônios Periféricos; • Mielinizantes ou não. • Células achatadas; • Núcleo achatado; • Nódulos de Ranvier: interrupções a intervalos re- gulares na bainha de mielina. Cada nódulo está lo- calizado entre duas células de Schawnn deposi- tando mielina. • Para ocorrer o envolvimento no axônio para for- mar a bainha de mielina a célula precisa expulsar seu citoplasma ficando parecendo uma fita de tão fina, para isso algumas proteínas seguram as mem- branas da célula para que ela fique fina. Elas po- dem ser P0 ou PMP22. Doenças autoimunes que suprimem a formação dessas proteínas provocam uma desmielinizarão dos neurônios, como a escle- rose múltipla. Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia do Sistema Nervoso - Fernanda Daumas HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CÉLULAS SATÉLITE • Circundam os corpos celulares neuronais nos gân- glios • Células pavimentosas análogas às células de • Schawnn. • Fornecem isolamento elétrico aos neurônios. • Consistem em um uma barreira para trocas meta- bólicas dos neurônios ganglionares. GLIA MIELINIZANTE • Duas células podem formar a mielina no SNC é o oligodendrócito e no SNP células de schawnn • A célula de schawnn forma a bainha de mielina en- volvendo sua membrana entorno do axônio em forma de camada, no entanto seu núcleo fica pró- ximo a essa região • O oligodendrócito forma a mielina emitindo pro- longamentos que irão mielinizar neurônios dife- rentes. Sendo assim, as células de schawnn ficam pertos dos neurônios enquanto o oligodendrócito não. No corte histológico podemos ver as células de schawnn e não os oligodendrócitos. MIELINA • Aspecto branco e brilhante e fosco; • Na substancia branca os axônios são mielinizados e na substância cinzenta axônios amielínicos
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