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Complicações crônicas do diabetes Incluem distúrbios da microvasculatura, distúrbios da motilidade gastrointestinal, complicações macrovasculares e úlceras nos pés. As pessoas com diabetes também são mais suscetíveis a infecções. O nível de hiperglicemia crônica é o melhor fator indicador de complicações diabéticas, portanto, o controle glicêmico é um objetivo primário no tratamento do diabetes. Complicações microvasculares. As complicações microvasculares do DM estão relacionados à síntese dos produtos finais da glicosilação avançada (FGA), conforme refletido na determinação da hemoglobina A1c. Os FGA induzem a lesão vascular ao estimular um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ERRO). Acredita-se que os ERRO lesionem as células endoteliais ao diminuírem a produção de um fator de relaxamento endotelial vascular, óxido nítrico, ocasionando a disfunção endotelial. No DM tipo 2, a lesão induzida pelos FGA pode ser composta pelo aumento do estresse oxidativo, inflamação sistêmica crônica e dislipidemia associada à síndrome metabólica. Os tipos de complicações microvasculares que ocorrem no DM podem incluir neuropatia, retinopatia (com perda de visão e cegueira), distúrbios da motilidade gastrointestinal e nefropatia crônica. Complicações macrovasculares. Em complicação da lesão vascular causada pela hiperglicemia e pela síndrome metabólica, pessoas com DM apresentam risco aumentado de complicações macrovasculares como doença arterial coronariana, doença vascular cerebral e acidente vascular encefálico e doença vascular periférica. Ulceras do pé diabético. Problemas nos pés são comuns entre pessoas com diabetes e podem se tornar graves, causando ulceração, infecção e necessidade de amputação. Nessas pessoas, as lesões dos pés representam os efeitos da neuropatia e da insuficiência vascular. Pessoas com neuropatias sensoriais apresentam comprometimento da sensibilidade à dor e muitas vezes não tem consciência do constante traumatismo dos pés pela ação de sapatos de tamanho inadequado, suporte inadequado do peso, objetos rígidos ou pedras nos sapatos e até infecções como o “pé de atleta”. A neuropatia reduz a percepção da dor e, assim, as lesões e infecções frequentemente não são percebidas. A neuropatia motora pode levar à fraqueza dos músculos intrínsecos dos pés e resultar em deformidades podais com áreas focais em alta pressão. Quando esse foco de pressão anormal está associado à perda da sensibilidade. Podem ocorrer úlceras nos pés. Os sítios comuns de traumatismos são a parte posterior do calcanhar, a área metatársica plantar ou o primeiro digito, que suporta o peso durante a caminhada. Infecções. As infecções são uma preocupação primaria para portadores de diabetes, com determinados tipos de infecções tornando-se cada vez mais frequentes. A presença de complicações vasculares diabéticas, em adição à contribuição da hiperglicemia e da alteração da função dos neutrófilos. Os déficits sensoriais podem levar uma pessoa com diabetes a não perceber pequenos traumatismos e infecções. A doença vascular pode comprometer a circulação e o suprimento de células sanguíneas, bem como de outras substancias e da cicatrização efetiva. A hiperglicemia e a glicosúria podem influenciar o crescimento de microrganismos e aumentar a gravidade das infecções.
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