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M expressão facial - GRAYS

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Fonte: GRAY´S ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO. 40 Ed. 
 
➢ Os músculos da expressão facial são: 
M. orbicular da boca; 
M. levantador do lábio superior; 
M. levantador do lábio superior e da asa do nariz; 
M. zigomático menor; 
M. zigomático maior; 
M. levantador do ângulo da boca; 
M. risório; 
M. bucinador; 
M. abaixador do ângulo da boca; 
M. abaixador do lábio inferior; 
M. mentoniano; 
M. platisma; 
M. orbicular do olho; 
M. occipitofrontal; 
M. prócero; 
M. corrugador do supercílio; 
M. nasal. 
MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL 
 
 
✓ LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR 
O levantador do lábio superior origina-se da maxila e osso zigomático acima do forame 
infraorbital. Suas fibras convergem para a substância muscular do lábio superior entre a 
tira lateral do levantador do lábio superior e asa do nariz e o zigomático menor. 
 
Suprimento vascular: O levantador do lábio superior é suprido pela artéria facial e o 
ramo infraorbital da artéria maxilar. 
Inervação: O levantador do lábio superior é inervado pelos ramos zigomático e bucal do 
nervo facial. 
Ações: O levantador do lábio superior eleva e inverte o lábio superior. Agindo com 
outros músculos, ele modifica o sulco nasolabial. Em alguns rostos, este sulco é uma 
característica altamente típica e, frequentemente, é aprofundado em expressões de 
tristeza ou de seriedade. 
 
 
✓ LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA 
 
O levantador do ângulo da boca origina-se da fossa canina da maxila, imediatamente 
abaixo do forame infraorbital e insere-se em e abaixo do ângulo da boca. Suas fibras 
misturam-se com outras fibras musculares (zigomático maior, abaixador do ângulo da 
boca, orbicular da boca). Algumas fibras superficiais curvam-se anteriormente e fixam-
se ao assoalho dérmico da parte inferior do sulco nasolabial. O nervo infraorbital e vasos 
acompanhantes entram na face através do forame infraorbital entre as origens do 
levantador do ângulo da boca e levantador do lábio superior. 
 
Suprimento vascular: O levantador do ângulo da boca é suprido pelo ramo labial 
superior da artéria facial e ramo infraorbital da artéria maxilar. 
Inervação: O levantador do ângulo da boca é inervado pelos ramos zigomático e bucal 
do nervo facial. 
Ações: O levantador do ângulo da boca levanta o ângulo da boca no sorriso e contribui 
para a profundidade e o contorno do sulco nasolabial. 
 
 
 
 
✓ ABAIXADOR DO LÁBIO INFERIOR 
 
O abaixador do lábio inferior é um músculo quadrilátero que surge a partir da linha 
oblíqua da mandíbula, entre a sínfise mentual e o forame mentual. Ele passa para cima 
e medialmente para a pele e mucosa do lábio inferior, misturando-se com seu 
semelhante contralateral e com o orbicular da boca. Abaixo e lateralmente, é contínuo 
com o platisma. 
 
 
Suprimento vascular: O abaixador do lábio inferior é suprido pelo 
ramo labial inferior da artéria facial e o ramo mentual da artéria 
maxilar. 
Inervação: O abaixador do lábio inferior é inervado pelo ramo mandibular do nervo 
facial. 
Ações: O abaixador do lábio inferior move o lábio inferior para baixo e um pouco 
lateralmente na atividade mastigatória e pode ajudar na eversão do lábio inferior. 
Contribui para as expressões de ironia, sofrimento, melancolia e dúvida. 
 
✓ ABAIXADOR DO ÂNGULO DA BOCA 
 
O abaixador do ângulo da boca tem uma origem longa e linear a partir do tubérculo 
mentual da mandíbula e sua continuação, a linha oblíqua, inferior e lateral ao abaixador 
do lábio inferior. Converge em um fascículo estreito que se mistura no ângulo da boca 
com o orbicular da boca e risório e algumas fibras continuam em direção ao levantador 
do ângulo da boca. O abaixador do ângulo da boca é contínuo, abaixo, com o platisma e 
as fáscias cervicais. Algumas das suas fi bras podem passar abaixo do tubérculo mentual 
e cruzam a linha média entrelaçando-se com os seus companheiros contralaterais, 
formando assim o mentual transverso (o “sling mentual”). 
 
Suprimento vascular: O abaixador do ângulo da boca é suprido pelo ramo labial inferior 
da artéria facial e o ramo mentual da artéria maxilar. 
Inervação: O abaixador do ângulo da boca é inervado pelos ramos mandibular e bucal 
do nervo facial. 
Ações: O abaixador do ângulo da boca move seu ângulo para baixo e lateralmente na 
abertura bucal e na expressão de tristeza. Durante a abertura da boca, o sulco 
mentolabial torna-se mais horizontal e sua parte central aprofunda-se. 
 
✓ ZIGOMÁTICO MAIOR 
 
O zigomático maior origina-se do osso zigomático, imediatamente em frente da sutura 
zigomaticotemporal, e passa para o ângulo da boca, onde se mistura com as fibras do 
levantador do ângulo da boca, orbicular da boca e faixas musculares mais 
profundamente situadas. 
 
Suprimento vascular: O zigomático maior é suprido pelo ramo labial superior da artéria 
facial. 
Inervação: O zigomático maior é inervado pelos ramos bucais zigomáticos e bucais do 
nervo facial. 
Ações: O zigomático maior move o ângulo da boca para cima e lateralmente como no 
riso. 
 
✓ ZIGOMÁTICO MENOR 
 
O zigomático menor origina-se da superfície lateral do osso zigomático imediatamente 
atrás da sutura zigomaticomaxilar, e passa para baixo e medialmente para a substância 
muscular do lábio superior. Superiormente é separado do levantador do lábio superior 
por um estreito intervalo triangular, e inferiormente mistura-se com este músculo. 
 
Suprimento vascular: O zigomático menor é suprido pelo ramo labial superior da artéria 
facial. 
Inervação: O zigomático menor é inervado pelos ramos zigomático e bucal do nervo 
facial. 
Ações: O zigomático menor eleva o lábio superior, expondo os dentes maxilares. 
Também auxilia no aprofundamento e elevação do sulco nasolabial. Agindo juntos, os 
principais elevadores do lábio – levantador do lábio superior e asa do nariz, levantador 
do lábio superior e zigomático menor – ondulam o lábio superior no sorriso e na 
expressão de presunção, desprezo ou desdém. 
 
✓ MENTUAL 
 
O mentual é um fascículo cônico que se situa ao lado do frênulo do lábio inferior. As 
fibras originam-se na fossa incisiva da mandíbula e descem fixando-se à pele do queixo. 
 
Suprimento vascular: O mentual é suprido pelo ramo labial inferior da artéria facial e 
ramo mentual da artéria maxilar. 
Inervação: O mentual é inervado pelo ramo mandibular do nervo facial. 
Ações: O mentual levanta o lábio inferior, enrugando a pele do queixo. Levanta a base 
do lábio inferior e, portanto, auxilia na protrusão e eversão do lábio inferior na ingestão 
de bebidas e também na expressão de dúvida ou desdém. 
 
✓ BUCINADOR 
 
O músculo da bochecha, o bucinador, é um músculo quadrilátero fino que ocupa o 
intervalo entre a maxila e a mandíbula. Seus limites superiores e inferiores são fixados 
às superfícies externas dos processos alveolares da maxila e mandíbula, 
respectivamente, opostas aos dentes molares, e sua margem posterior é anexada à 
margem anterior da rafe pterigomandibular. Além disso, algumas fibras saltam da faixa 
tendínea fina que liga o intervalo entre a maxila e o hâmulo pterigóideo, entre a 
tuberosidade da maxila e a extremidade superior da rafe pterigomandibular. Em seu 
caminho para o palato mole, o tendão do tensor do véu palatino penetra a parede da 
faringe no pequeno espaço situado atrás desta faixa tendínea. 
A parte posterior do bucinador situa-se profundamente, interna ao ramo mandibular e 
no plano da lâmina pterigóidea medial. Seu componente anterior curva-se para fora 
atrás do terceiro molar, situando-se na submucosa da bochecha e lábios. As fibras do 
bucinador convergem para o modíolo perto do ângulo da boca. Aqui, as fibras centrais 
(pterigomandibulares) entrecruzam-se, as debaixo cruzam para a parte superior do 
orbicular da boca, e as de cima cruzam para a parte inferior. As fibras mais altas 
(superiores) e mais baixas (mandibulares) do bucinador continuam para a frente 
entrando em seus lábios correspondentes sem interseção. Como o bucinador cursa 
através da bochecha e do modíolo, números substanciaisde suas fibras são desviados 
internamente anexando-se à submucosa. 
 
Relações: Posteriormente, o bucinador situa-se no mesmo plano que o músculo 
constritor superior da faringe, que se origina na margem posterior da rafe 
pterigomandibular, onde é coberto pela fáscia bucofaríngea. 
Superficialmente, o corpo adiposo da bochecha separa a parte posterior do bucinador 
do ramo da mandíbula, masseter e parte do temporal. 
Anteriormente, a superfície mais superficial do bucinador está relacionada com o 
zigomático maior, risório, levantador e abaixador do ângulo da boca e ducto parotídeo. 
É cruzado pela artéria facial, veia facial e ramos dos nervos facial e bucal. A superfície 
profunda do bucinador está relacionada com as glândulas bucais e membrana mucosa 
da boca. O ducto parotídeo penetra o bucinador oposto ao terceiro molar superior, e 
situa-se na superfície profunda do músculo antes de abrir em direção à boca, oposto ao 
segundo molar maxilar. 
Suprimento vascular: O bucinador é suprido por ramos da artéria facial e pelo ramo 
bucal da artéria maxilar. 
Inervação: O bucinador é suprido pelo ramo bucal do nervo facial. 
Ações: O bucinador comprime a bochecha contra dentes e gengivas durante a 
mastigação e ajuda a língua no direcionamento dos alimentos entre os dentes. Quando 
a boca fecha, os dentes deslizam sobre a mucosa bucolabial, que deve ser 
progressivamente retraída a partir de suas superfícies oclusais pelo bucinador e outros 
músculos fixados na submucosa. Quando as bochechas são distendidas com ar, o 
bucinador expulsa-as entre os lábios, uma atividade importante quando se tocam 
instrumentos de sopro, e que representa o nome do músculo (em latim, buccinators = 
trompetista). 
 
✓ PLATISMA 
 
O platisma é descrito como um músculo do pescoço (Cap. 28), mas é considerado aqui 
como um contribuinte para o complexo muscular do orbicular da boca. Tem partes 
mandibular, labial e modiolar. A parte mandibular fixa-se à margem inferior do corpo da 
mandíbula. Posteriormente a esta inserção, um feixe substancial achatado separa e 
passa superomedialmente para a margem lateral do abaixador do ângulo da boca, onde 
algumas fibras se juntam a este músculo. O restante continua abaixo do abaixador do 
ângulo da boca e reaparece na sua margem medial. Aqui eles continuam dentro do 
tecido da metade lateral do lábio inferior, como músculo labial direto, parte labial do 
platisma. A parte labial ocupa o intervalo entre o abaixador do ângulo da boca e o 
abaixador do lábio inferior e está no mesmo plano que estes músculos. As margens 
adjacentes de todos os três músculos misturam-se e têm inserções labiais semelhantes. 
A parte modiolar do platisma constitui todos os feixes restantes posteriores à parte 
labial, com exceção de alguns fascículos finos que terminam diretamente na derme ou 
submucosa bucal. A parte modiolar é posterolateral ao abaixador do ângulo da boca e 
passa superomedialmente, abaixo do risório, até as inserções modiolares apicais e 
subapicais. 
 
✓ RISÓRIO 
 
O risório é um músculo altamente variável entre um ou mais fascículos delgados e um 
leque superficial fino e amplo. Sua inserção periférica pode incluir alguns ou todos os 
seguintes: arco zigomático, fáscia parotídea, fáscia sobre o masseter anterior à parótida, 
fáscia que encerra a parte modiolar do platisma e fáscia sobre o processo mastoide. Suas 
fibras convergem para inserções apicais e subapicais no modíolo. 
 
Suprimento vascular: O risório é suprido principalmente pelo ramo labial superior da 
artéria facial. 
Suprimento nervoso: O risório é suprido pelos ramos bucais do nervo facial. 
Ações: O risório puxa o canto da boca lateralmente em inúmeras atividades faciais, 
como sorrir forçado e gargalhar. 
 
✓ ORBICULAR DO OLHO 
 
O orbicular do olho é um músculo elíptico, plano, largo, que circunda a circunferência 
da órbita e espalha-se para as regiões adjacentes das pálpebras, região temporal 
anterior, bochecha infraorbital e região superciliar. Tem partes orbitais, palpebrais e 
lacrimais e um pequeno feixe ciliar. A parte orbital origina-se do componente nasal do 
osso frontal, do processo frontal da maxila e do ligamento palpebral medial. As fibras 
formam elipses completas, sem interrupção na face lateral, onde não existe inserção 
óssea. As fibras orbitais superiores misturam-se com a parte frontal do occipitofrontal e 
corrugador do supercílio. Muitos deles são inseridos na pele e tecido subcutâneo da 
sobrancelha e constituem os abaixadores do supercílio. Inferior e medialmente, as 
elipses sobrepõem-se ou misturam-se, em certa medida, com músculos adjacentes 
(levantador do lábio superior e asa do nariz, levantador do lábio superior e zigomático 
menor). Na periferia extrema, setores de elipses completas e, por vezes, incompletas, 
têm uma ligação areolar frouxa com a extensão temporal da aponeurose epicraniana. 
A parte palpebral surge a partir do ligamento palpebral medial, principalmente a partir 
da sua superfície superficial, e do osso imediatamente acima e abaixo do ligamento. As 
fibras varrem toda a extensão das pálpebras, anteriores ao septo orbitário, entrelaçando 
na comissura lateral para formar a rafe palpebral lateral. Um pequeno grupo de fibras 
finas, próximas da margem de cada pálpebra por trás dos cílios, constitui o feixe ciliar. 
A parte lacrimal origina-se da parte superior da crista lacrimal, e a superfície lateral 
adjacente, do osso lacrimal. Ela passa lateralmente atrás do saco lacrimal (onde algumas 
fibras estão inseridas na fáscia associada) e divide-se em tiras superiores e inferiores. 
Algumas fibras estão inseridas no tarso das pálpebras, perto dos canalículos lacrimais, 
mas a maioria continua adiante na frente do tarso e entrelaça na rafe palpebral lateral. 
 
Suprimento vascular: O orbicular do olho é suprido pelos ramos das artérias facial, 
temporal superficial, maxilar e oftálmica. 
Inervação: O orbicular do olho é suprido pelos ramos temporal e zigomático do nervo 
facial. 
Ações: O orbicular do olho é o músculo esfíncter das pálpebras e desempenha um papel 
importante na expressão facial e em vários reflexos oculares. A porção orbital em geral 
é ativada sob controle voluntário. A contração das fibras orbitais superiores produz 
sulcamento vertical acima da ponte do nariz, estreitamento da fissura palpebral e 
acúmulo e protrusão das sobrancelhas, o que reduz a quantidade de luz que entra nos 
olhos. O fechamento do olho é amplamente afetado pelo abaixamento da pálpebra 
superior, mas também há elevação considerável da pálpebra inferior. A porção 
palpebral pode ser contraída voluntariamente, para fechar as pálpebras suavemente 
como no sono, ou reflexamente, para fechar as pálpebras como proteção no piscar. A 
parte palpebral tem fascículos do abaixador superior e elevador inferior. A parte lacrimal 
do músculo move as pálpebras e as papilas lacrimais medialmente, exercendo assim 
tração na fáscia lacrimal, e pode ajudar na drenagem de lágrimas pela dilatação do saco 
lacrimal. Também pode influenciar os gradientes de pressão no interior da glândula e 
ductos lacrimais. Essa atividade pode ajudar no fluxo sinuoso das lágrimas através da 
córnea, direcionar o ponto lacrimal para o lago lacrimal e excretar secreções das 
glândulas ciliares e tarsais. Quando todo o músculo orbicular do olho se contrai, a pele 
é jogada para pregas que irradiam a partir do ângulo lateral das pálpebras. 
Essas pregas, quando permanentes, provocam rugas na meia-idade (os chamados “pés 
de galinha”). 
 
✓ CORRUGADOR DO SUPERCÍLIO 
 
O corrugador do supercílio é um pequeno músculo piramidal localizado na extremidade 
medial de cada sobrancelha, situando-se abaixo da parte frontal do occipitofrontal e 
orbicular do olho, com o qual é parcialmente mesclado. Origina-se no osso na 
extremidade medial do arco superciliar e suas fibras passam mais lateralmente e 
ligeiramente para cima, exercendo tração na pele acima do meio da margem 
supraorbital. 
 
Suprimento vascular: O corrugadordo supercílio é suprido pelos ramos das artérias 
adjacentes, principalmente a partir das artérias temporal superficial e oftálmica. 
Invervação: O corrugador do supercílio é inervado por ramos temporais do nervo facial. 
Ações: O corrugador do supercílio coopera com o orbicular do olho movendo as 
sobrancelhas medialmente e para baixo para proteger os olhos do sol brilhante. Ele 
também está envolvido no movimento de franzir as sobrancelhas. A ação combinada 
dos dois músculos produz rugas principalmente verticais sobre a tira supranasal da testa. 
 
✓ ORBICULAR DA BOCA 
 
O orbicular da boca é assim chamado porque já se acreditou que a fissura oral era 
circundada por uma série de elipses completas de músculo estriado, que agiam em 
conjunto como um esfíncter. No entanto, atualmente reconhece-se que o músculo na 
verdade consiste em quatro quadrantes substancialmente independentes (superior, 
inferior, esquerdo e direito), sendo que cada um deles contém uma parte periférica 
maior e uma parte marginal menor. As partes marginal e periférica são adjuntas ao longo 
de linhas que correspondem externamente às linhas de junção entre a zona do 
vermelhão do lábio e a pele. Assim, o orbicular da boca é composto por oito segmentos, 
sendo que cada um deles é nomeado sistematicamente de acordo com sua localização. 
Cada segmento assemelha- se a um ventilador que tem seu tronco no modíolo e está 
aberto em segmentos periféricos quase fechados nos segmentos marginais. 
Parte periférica 
A parte periférica tem, em cada quadrante, um pedúnculo lateral fixado à face labial do 
modíolo sobre sua espessura completa, desde o ápice até a base, incluindo o corno 
superior ou inferior correspondente. Acredita-se que a maioria dessas fibras do tronco 
origina-se no interior do modíolo (embora seja possível que algumas sejam 
continuações diretas de outros músculos modiolares). A opinião consensual é de que as 
fibras do tronco são reforçadas diretamente pelas fibras do bucinador (fibras superiores 
e fibras centrais inferiores que se cruzam), levantador do ângulo da boca e parte 
superficial do zigomático maior no lábio superior, e a partir do bucinador (fibras 
inferiores e fibras centrais superiores que se cruzam) e abaixador do ângulo da boca no 
lábio inferior. 
As fibras do orbicular da boca entram em suas respectivas áreas labiais superiores e 
inferiores e desviam-se para o lado, formando lâminas musculares triangulares. Estas 
são mais espessas nas junções entre a pele e a zona do vermelhão e tornam-se 
progressivamente mais finas à medida que atingem os limites da região labial (conforme 
definido anteriormente). A maior parte de cada lâmina entra no lábio livre, onde as suas 
fibras se agregam em feixes cilíndricos orientados paralelamente à zona do vermelhão. 
As fibras dos músculos labiais diretos passam para suas inserções submucosas entre 
estes feixes cilíndricos e entre a parte periférica e a parte marginal. No lábio superior, 
as fibras mais altas correm próximo ao sulco nasolabial, algumas das quais se fixando ao 
sulco, e outras à asa do nariz e septo nasal. No lábio inferior, as fibras mais baixas 
atingem e fixam-se ao sulco mentolabial. Acredita-se que uma pequena proporção do 
corpo principal das fibras termine no tecido conjuntivo labial, derme ou submucosa à 
medida que ela atravessa o seu quadrante de lábio livre. 
A maioria das fibras continua em direção ao plano mediano e cruza cerca de 5 mm em 
direção à metade oposta do lábio. Neste ponto, as fibras dos dois lados entrelaçam-se 
no seu caminho para suas inserções dérmicas, criando as cristas da depressão infranasal 
do lábio superior e a depressão menos acentuada correspondente no lábio inferior. 
 
Parte marginal 
A parte marginal do orbicular da boca é desenvolvida em uma extensão única nos lábios 
humanos e está estreitamente associada à fala e à produção de alguns tipos de tons 
musicais. Em cada quadrante, a parte marginal consiste em uma única (ocasionalmente 
dupla) faixa de fibras musculares de diâmetro estreito alojadas no interior dos tecidos 
de cada zona do vermelhão. Na sua extremidade medial, as fibras marginais encontram-
se e entrelaçam-se com suas semelhantes contralaterais e, em seguida, fixam-se à 
derme da zona do vermelhão poucos milímetros além do plano médio, de modo 
semelhante à parte periférica. Em suas extremidades laterais, as fibras convergem e 
fixam-se à parte mais profunda da base modiolar ao longo de uma faixa horizontal 
nivelada com o ângulo da boca. 
As relações entre a parte marginal e a parte periférica são complexas. 
Em um corte de espessura completa de um lábio superior perpendicularmente à zona 
do vermelhão, os feixes cilíndricos de fibras periféricas formam um S, com uma 
convexidade externa acima e uma convexidade interna abaixo: a analogia clássica é com 
a canela da perna e a parte curvada inicial de um gancho. Além da parte periférica, a 
forma de gancho é completada pelo perfil triangular obtuso da parte marginal, que 
ocupa o núcleo da zona do vermelhão com sua base adjacente à parte periférica e seu 
ápice atingindo a região acima e anteriormente em direção à junção entre a zona do 
vermelhão e a pele. Em um corte semelhante através do lábio inferior, feixes da parte 
periférica formam uma curva contínua que é côncava em direção à superfície externa. 
Ela é encimada pelo perfil triangular achatado da parte marginal, que se curva 
anteriormente, sendo que seu ápice se aproxima novamente do vermelhão/junção 
cutânea. 
 
Assim, ao longo das zonas de vermelhão de ambos os lábios, a parte marginal situa-se 
substancialmente anterior aos feixes adjacentes da parte periférica. No entanto, à 
medida que os músculos são rastreados lateralmente além da zona do vermelhão e em 
todo o ângulo bucal, esta relação modifi ca-se e a parte marginal torna-se invertida à 
medida que se envolve progressivamente ao redor da extremidade adjacente da parte 
periférica, atingindo sua superfície profunda (submucosa), e mantém esta posição 
até sua fixação à base modiolar. 
 
Suprimento vascular: O orbicular da boca é suprido principalmente pelos ramos labiais 
superior e inferior da artéria facial, os ramos mentual e infraorbital da artéria maxilar e 
o ramo facial transverso da artéria temporal superficial. 
Suprimento nervoso: O orbicular da boca é suprido pelos ramos bucal e mandibular do 
nervo facial. 
Ações: As ações do orbicular da boca são consideradas em detalhes na próxima seção. 
 
✓ MÚSCULO PRÓCERO 
 
O prócero é um músculo piramidal pequeno que se situa perto e muitas vezes 
parcialmente misturado com o lado medial do ventre frontal do músculo occipitofrontal. 
Ele origina-se em uma fáscia aponeurótica fixada ao periósteo que cobre a parte inferior 
do osso nasal e ao pericôndrio que cobre a parte superior do processo lateral da 
cartilagem do septo nasal e a aponeurose da parte transversa do músculo nasal. Está 
fixado na pele da região da glabela, sobre a parte inferior da testa, entre as 
sobrancelhas. 
 
Suprimento vascular: O músculo prócero é suprido principalmente por ramos da artéria 
facial. 
Inervação: O músculo prócero é suprido pelos ramos temporal e zigomático do nervo 
facial (um suprimento a partir do ramo bucal também tem sido descrito). 
Ações: O músculo prócero puxa o ângulo medial da sobrancelha para baixo e produz 
rugas transversais sobre o dorso do nariz. É ativo no franzimento da testa e durante a 
“concentração” e ajuda a reduzir os reflexos da claridade da luz do sol. 
 
✓ MÚSCULO NASAL 
 
O músculo nasal consiste nas partes transversa e alar. A parte transversa (“compressor 
das narinas”) está fixada na maxila lateral à fossa incisiva e à parte alar. Suas fibras 
passam para cima e medialmente, e expandem-se em uma aponeurose fina que se 
funde com o seu homólogo através do dorso do nariz. As aponeuroses fundidas 
misturam-se com as aponeuroses do músculo prócero e com fibras do músculo 
levantador do lábio superior e da asa do nariz. Fibras da parte transversatambém 
podem se misturar com a pele das pregas nasolabial e alar. A parte alar (“dilatador 
posterior das narinas”) está fixada na maxila acima do incisivo lateral e do canino, lateral 
à inserção óssea do músculo abaixador do septo nasal, e medial à parte transversa, com 
a qual se funde parcialmente. Suas fibras passam anterossuperiormente e são fixadas à 
pele da asa do nariz acima do ramo lateral da cartilagem alar maior, e na região posterior 
da parte móvel do septo nasal. A parte alar ajuda a formar a parte superior da crista do 
filtro. 
 
Suprimento vascular: O músculo nasal é suprido pelos ramos da artéria facial e pela 
artéria infraorbital, ramo da artéria maxilar. 
Inervação: O músculo nasal é inervado pelo ramo bucal do nervo facial. Também pode 
ser suprido pelo ramo zigomático do nervo facial. 
Ações: A parte transversa comprime as narinas na junção do vestíbulo do nariz com o 
restante da cavidade nasal. As partes alares movem as partes alar e posterior da 
columela para baixo e lateralmente; assim, ajudam no alargamento das narinas e no 
alongamento do nariz. Elas são ativadas imediatamente antes da inspiração. 
 
✓ OCCIPITOFRONTAL 
 
O occipitofrontal cobre a cúpula do crânio a partir das linhas nucais mais altas até as 
sobrancelhas. É uma camada musculofibrosa ampla constituída por quatro partes 
quadrilaterais musculares finas, duas occipitais e duas frontais, conectadas pela 
aponeurose epicraniana. Cada parte occipital (occipitalis) surge por meio de fibras 
tendíneas dos dois terços laterais da linha nucal mais alta do osso occipital e a região 
adjacente da parte mastoide do osso temporal e estende-se para a frente juntando-se 
à aponeurose. O intervalo entre as duas partes occipitais é ocupado por uma extensão 
da aponeurose epicraniana. Cada parte frontal (frontalis) é aderente à fáscia superficial, 
especialmente das sobrancelhas. Embora a parte frontal não tenha inserções ósseas 
próprias, suas fibras juntam-se com aquelas dos músculos adjacentes – prócero, 
corrugador do supercílio e orbicular do olho – e sobem juntando-se à aponeurose 
epicraniana na frente da sutura coronal. 
 
Suprimento vascular: O occipitofrontal é suprido pelos ramos das artérias temporal 
superficial, oftálmica, auricular posterior e occipital. 
Inervação: A parte occipital do occipitofrontal é suprida pelo ramo auricular posterior 
do nervo facial e a parte frontal é suprida pelos ramos temporais do nervo facial. 
Ações: Agindo de cima, as partes frontais levantam as sobrancelhas e a pele sobre a raiz 
do nariz (p. ex., em expressões de surpresa e horror). 
Agindo de baixo, as partes frontais levam o couro cabeludo para a frente, jogando a 
testa em direção às rugas transversas. As partes occipitais levam o couro cabeludo para 
trás. Agindo alternadamente, as partes frontal e occipital podem mover todo o couro 
cabeludo para trás e para a frente. 
Variações Uma tira muscular fina, transverso da nuca, está presente em 25% das 
pessoas. Origina-se na protuberância occipital externa ou a partir da linha superior da 
nuca, seja superficial ou profunda ao trapézio. É frequentemente inserida com o 
auricular posterior, mas pode 
 
✓ LEVANTADOR DO LÁBIO SUPEIOR E ASA DO NARIZ 
 
É medial ao levantador do lábio superior, origina-se da maxila próximo ao nariz e insere-
se na cartilagem alar do nariz e na pele do lábio superior -pode auxiliar na dilatação das 
narinas.

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