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A doença cárie, com seus diferentes graus de desmineralização do esmalte, é um dos possíveis efeitos adversos do tratamento ortodôntico, devido ao maior acúmulo de placa dentária e à maior dificuldade na higienização bucal em virtude da aparatologia ortodôntica utilizada nos dentes. Dental caries, and its different degrees of enamel’s demineralization, is one of the possible adverse effects of the orthodontic treatment, due to the great accumulation of dental plate and to the enormous difficulty in the buccal hygienic cleaning because of the fixed orthodontic appliances in teeth. Therefore, the present study displays, through a bibliographical revision, the utility of the Resin-Modified Glass Ionomer Cement – RMGIC – as material for bonding brackets in the orthodontic treatment, and it emphasizes its characteristic of fluoride release for the buccal cavity, as well as it describes other referring characteristics to this material and its possible advantages and disadvantages in relation to others materials used with the same purpose. In this way, this study points the contribution of the RMGIC as a prophylactic measured in relation to the caries and for the maintenance of the patient’s buccal health during the corresponding period to the orthodontic treatment. INTRODUÇÃO Este trabalho é uma revisão da literatura sobre a aplicação do cimento de ionômero de vidro modificado por resina – CIVMR – enquanto material de colagem dos bráquetes com o objetivo de prevenir possíveis cáries oriundas da utilização da aparelhagem ortodôntica fixa. Este estudo se justifica à medida que pode trazer uma contribuição efetiva aos pacientes submetidos ao tratamento ortodôntico fixo, uma vez que o Brasil está entre um dos dez países com maior prevalência de cárie no mundo (SEIXAS, 2008), ao mesmo tempo em que, paralelamente, há uma crescente procura pelo tratamento ortodôntico fixo pela população. Além dos fatores causadores da doença cárie, pode-se citar os fatores predisponentes, como a aparelhagem ortodôntica fixa, a qual facilita o acúmulo de placa dentária e dificulta a remoção da mesma pelos métodos usuais de higiene oral. Com o propósito de alcançar uma oclusão estável e funcional, aliada a uma estética facial aceitável, e à manutenção da saúde oral do paciente, o ortodontista possui a seu dispor uma grande variedade de aparelhagens, dentre as quais um dos instrumentos mais utilizados para a movimentação dentária é o bráquete. evolução dos bráquetes também foi acompanhada pelo desenvolvimento de novos materiais específicos para sua colagem no dente, apresentando não somente características de resistência ao cisalhamento e tensão, como também sendo capaz de oferecer um mecanismo de prevenção à doença cárie e seus diferentes níveis de desmineralização (GORTON; E este efeito indesejável pode ser agravado em casos de higiene oral deficiente, intervalos longos entre as consultas, e pouca cooperação do paciente em utilizar dentifrícios e bochechos fluoretados ao longo do tratamento ortodôntico (GORTON; Logo, além do trabalho preventivo-educativo que o ortodontista deve desenvolver junto a seu paciente, o profissional também deve utilizar todos os recursos odontológicos disponíveis com a finalidade de evitar ou minimizar possíveis efeitos cariogênicos ao longo do tratamento (BRUNHARO; Este trabalho objetiva demonstrar a importância da utilização do CIVMR como material de colagem em ortodontia justamente pela sua capacidade de liberação de flúor, que, em conjunto aos cuidados de higiene e alimentação do paciente, permitem o desenvolvimento de um tratamento ortodôntico menos sujeito a intercorrências pela doença cárie. odontologia, ao longo do século XX, firmou-se enquanto uma profissão da área da saúde, com o objetivo principal de aliviar a dor do paciente e de tratar as lesões cariosas pelo método restaurador, visto que a doença cárie está presente em todas as populações do mundo e é considerada o principal fator da dor e perda dos dentes (FEJERSKOV, 2005). Apesar das estratégias preventivas da cárie ainda se basearem nos padrões de incidência da doença no século passado, toda a evolução tecnológica e estudos laboratoriais no campo da odontologia, e a melhor compreensão da formação dentária e dos efeitos do flúor sobre o tecido dentário, juntas, propiciaram o desenvolvimento de novos métodos preventivos e tratamentos menos invasivos da doença cárie (FEJERSKOV, 2005). cárie dentária é uma doença crônica, logo, de progressão lenta, na maioria dos indivíduos, que afeta os tecidos duros dentários (esmalte, dentina e cemento) e que, por não ser auto-limitante, pode progredir até a total destruição da estrutura dentária na ausência de tratamento adequado (FEJERSKOV, 2005). No entanto, muitos outros métodos estão sendo desenvolvidos para auxiliar no diagnóstico da cárie, como transluminação por fibra óptica, exame endoscópico, utilização de elásticos separadores, uso de luz difusa, iluminação ultravioleta, penetração de corantes, penetração de iodo, resistência elétrica, ultra-som, radiografia digitalizada e xerorradiografia (PITTS, 1991). Essas características se referem à lesão de cárie encontrada na superfície do esmalte denominada de mancha branca, a qual vem a ser o efeito deletério mais comumente encontrado no esmalte após o tratamento ortodôntico fixo. ortodontia, desde sua origem no século XVIII na Europa, vem passando por transformações e aperfeiçoamentos em diferentes países e culturas, mas sempre com o mesmo propósito de propiciar uma oclusão estável e funcional, aliada a uma estética facial aceitável (PROFFIT et al, 1991), visando ainda a manutenção da saúde oral do paciente. Brunharo et al, em 2002, ressaltaram que estes aprimoramentos se fazem necessários ao constatar que, apesar de todo um esforço educativo por parte do profissional e da disciplina nos rituais de higienização de alguns pacientes, os bráquetes e toda a aparelhagem ortodôntica fixa aumentam a susceptibilidade do paciente ortodôntico ao risco de desenvolvimento da doença cárie à medida que propiciam o acúmulo de placa dentária e dificultam uma higienização satisfatória (Figura 1). No entanto, no caso de pacientes ortodônticos, é mais frequentemente observado na cervical e no terço médio da superfície vestibular dos incisivos laterais superiores, dos caninos inferiores e dos primeiros pré-molares (DERKS et al, 2004). Em geral, estas lesões apresentam características clínicas referentes a uma lesão de cárie controlada, com superfície dura e brilhante, sem cavitação, mas que possui uma opacidade interior, e que tendem a evoluir para uma cavitação caso não sejam tomadas medidas preventivas. Um estudo de Mattousch et al (2007) reforça este dado ao examinar a presença de manchas brancas no esmalte de 51 pacientes, utilizando iluminação fluorescente (Quantitative Light-Induced Fluorescence - QLF), imediatamente após a remoção do bráquete e após seis semanas, seis meses, e dois anos, verificando que estas não regrediram, mas que a maioria se manteve estável (MATTOUSCH; De acordo com outro estudo, de Boersma et al(2005), 97% dos pacientes avaliados imediatamente após a remoção do aparelho ortodôntico apresentaram uma ou mais descalcificações, visualizadas pela QLF, as quais permaneceram inalteradas até uma nova análise após seis semanas. higiene bucal, orientada pelo dentista, em conjunto aos cuidados profissionais, é o método mais eficaz contra o acúmulo de placa bacteriana, e os recursos mais utilizados são a escova dental convencional e o fio dental (LOE, 2000). Contudo, por ser o paciente de ortodontia fixa enquadrado na classificação de alto risco à doença cárie, devido à aparelhagem utilizada e à dificuldade que esta proporciona na remoção mecânica da placa bacteriana que se forma na superfície dentária, devemos cercar este paciente de cuidados especiais antes mesmo deste apresentar sinais clínicos de doença, em uma atitudepreventiva (BRUNHARO; prevenção da doença cárie durante o tratamento ortodôntico inclui não somente a instrução de higiene oral e indicação de produtos específicos para higiene oral à base de flúor, como também inclui orientar o paciente em relação à dieta e adotar certos cuidados no ato da montagem e no manejo clínico do aparelho ortodôntico fixo (BRUNHARO; Aparelho e acessórios ortodônticos Apesar da instalação do aparelho ortodôntico fixo não danificar as estruturas dentárias e periodontais, o ortodontista pode tomar certas precauções para minimizar o efeito retentivo de resíduos alimentares e placa bacteriana (BRUNHARO; As bandas ortodônticas devem ser bem adaptadas ao dente para diminuir a linha de cimentação, e, de acordo com Brunharo et al (2002), devem ficar subgengivais nos adolescentes, sem causar injúria ou isquemia nos tecidos gengivais, e devem ficar supragengivais nos adultos. Em relação aos bráquetes, o material de colagem deve ficar bem adaptado à base, e, após posicionar e pressionar o bráquete no dente na posição desejada, deve-se remover o excesso de material antes da polimerização, no caso dos materiais fotopolimerizáveis, e depois da polimerização, no caso dos materiais autopolimerizáveis, com auxílio de uma broca multilaminada de ponta romba em baixa rotação (BRUNHARO; Como estes acessórios e técnicas geralmente estão presentes em alguma etapa do tratamento, sugere-se ao paciente reforçar os cuidados quanto à higiene oral e quanto à dieta, e sugere-se ao ortodontista, por exemplo, optar por amarrilhos metálicos no lugar das amarrações elásticas quando possível (BRUNHARO; importante ressaltar que, para o paciente se sentir estimulado e disposto a adquirir novos hábitos à sua rotina, o ortodontista exerce um papel fundamental e, como destacou Brunharo, em 2002, deve estar capacitado a dar instruções científicas sobre formação de placa bacteriana e sua relação com a cárie e doença periodontal, enfatizando a necessidade da remoção da placa. Estas orientações motivam ainda mais o paciente quando acompanhadas de recursos audiovisuais explicativos, como macromodelos que permitem a visualização da técnica de escovação, substâncias evidenciadoras de placa, e folhetos ilustrativos com informações sobre o aparelho e higiene direcionados aos pais e ao paciente (BRUNHARO; Mais importante do que a presença de flúor nos tecidos dentários, é a presença do flúor nos fluidos da cavidade bucal, agindo diretamente no fenômeno de desmineralização e remineralização (processo Des-Re) (BENSON et al, 2005). Apesar de não ser um substituto para a remoção mecânica da placa, o flúor funciona no controle químico da placa bacteriana devido à sua ação bactericida, e deve assim ser usado como auxiliar neste processo de prevenção de acúmulo de placa (BENSON et al, 2005). Estas opções compreendem gel e verniz fluoretados e à base de clorexidina, selante ao redor dos bráquetes com ou sem flúor, elastômeros que liberam flúor, escovas dentárias elétricas, e materiais para colagem de bráquetes que liberam flúor, como é o caso do cimento de ionômero de vidro modificado por resina (CIVMR) (DERKS et al, 2004). Um estudo in vitro de Demito et al (2004) avaliou a eficácia de um verniz fluoretado (Duraflor, Pharmascience Inc.) na prevenção da desmineralização do esmalte adjacente a bráquetes ortodônticos colados com uma resina composta autopolimerizável (Concise; Os resultados mostraram que, apesar de todos os espécimes do estudo apresentarem algum nível de desmineralização do esmalte, as lesões cariosas do grupo controle (sem verniz) apresentaram uma profundidade 38% maior em relação ao grupo experimental. partir desses dados, concluiu-se que a aplicação de verniz fluoretado ao redor dos bráquetes é um protocolo preventivo adicional durante o tratamento ortodôntico que não requer cooperação do paciente e que deve ser considerado pelo ortodontista, sendo recomendado a reaplicação deste material a cada 03 meses (DEMITO et al, 2004). No entanto, seu uso por pacientes ortodônticos sob a forma de bochecho é limitado devido aos efeitos colaterais, mesmo que reversíveis, após uso prolongado – descolorações nos dentes, em restaurações e no dorso da língua, descamação e sensibilidade oral, gosto amargo e interferência na sensação gustativa por algumas horas após o bochecho (VASCONCELOS, 2001). ortodontista deve estar atento a alguns fatores que podem alterar a resistência ao cisalhamento e a resistência da descolagem, como a preparação da superfície do esmalte, o tipo de agente de união, a concentração e o tempo do ataque ácido, o uso do selante, a contaminação pela saliva, o tipo de bráquete utilizado e a presença de esmalte aprismático de acordo com a idade do dente (BISSAGIO, 2003). cimento de ionômero de vidro, utilizado inicialmente como material restaurador e posteriormente para cimentação de bandas ortodônticas, surgiu como mais uma alternativa para colagem de bráquetes devido à sua propriedade de adesão química ao esmalte, dentina e metais, e ainda com a vantagem de liberar íons flúor, auxiliando na prevenção de lesões cariosas ao redor dos bráquetes durante o tratamento ortodôntico (BISSAGIO, 2003). De acordo com O’Brien et al (1989), fatores relacionados à composição, ao tipo, tamanho, dureza e quantidade de partículas de carga presentes na matriz do compósito determinam suas propriedades físicas e mecânicas. cimento de ionômero de vidro foi formulado e desenvolvido por Wilson e Kent com uma proposta de associar as qualidades do cimento silicato de liberar flúor e proporcionar boa estética, às propriedades das resinas compostas, de proporcionar boa estética e boa resistência, e às propriedades dos cimentos de policarboxilato, de criar boa adesão à estrutura dentária (WILSON; Devido à sua grande força compressiva, adesividade à estrutura dental, liberação de íons flúor, biocompatibilidade e estética razoável, este cimento é utilizado nas cavidades Cl III e V, como base para restaurações de resina composta, como selantes de sulcos e fissuras, como base de coroas, bem como para colagem e cimentação de acessórios ortodônticos (BISSAGIO, 2003). Compômero Os compômeros, também conhecidos como adesivos híbridos, são uma combinação de ionômero de vidro e uma matriz de resina, e mostra-se vantajoso por ser disponibilizado em um único frasco, sendo que o monômero ácido-polimerizável se polimeriza através de reação cruzada, iniciada pela exposição da luz e pela contaminação pela saliva (MILLER, 1996). Histórico Em 1972, foram introduzidos os cimentos de ionômero de vidro (CIV), primeiramente, como material de restauração direta, com propriedades de união química ao esmalte, à dentina, ao aço inoxidável, e ser capaz de liberar íons flúor para proteção contra a doença cárie. Cimentos de Ionômero de vidro auto e fotopolimerizáveis são utilizados pela maioria dos ortodontistas (KEIM et al, 2002) para cimentação de bandas porque são mais resistentes do que os cimentos de fosfato de zinco e de policarboxilato, com menos desmineralização ao final do tratamento (FRICKER, 1998; Em resposta à necessidade de um aperfeiçoamento do produto original, Antonucci et al introduziram em 1988 o cimento de ionômero de vidro modificado por resina (CIVMR), ao adicionar uma pequena quantidade de resina e um agente fotoiniciador ao CIV convencional. Em contraste, os cimentos de ionômero de vidro modificado por resina (CVIMR), também chamados de cimento de ionômero de vidro reforçado por resina (CIVRR), são híbridos dos seus dois grupos originais e incorporam uma reação ácido-base no processo de presa (MCCABE, 1998; Sendo o pó um vidro contendo flúor, alumínio e silicato, e o líquido um monômero complexo que contém ácido poliacrílico, o qual reage com o vidro e com o esmalte, podendo ser ativado quimicamente ou pela luz (SILVERMAN et al, 1997). Fuji-Ortho (GC America, IL) (Figura 5) é um exemplo de CIVMR autopolimerizável,cujo líquido é constituído por ácido poliacrílico, água, um ativador e o hidroxietilmetacrilato (HEMA), que reagem num tempo de presa de cinco minutos, sendo indicada a colocação do arco de nivelamento logo após a colagem (SILVERMAN et al, 1997). fotopolimerização das resinas (compósitos) pela luz visível mostra inúmeras vantagens para o profissional, uma vez que é fácil de manusear, permite maior tempo de trabalho, diminui as chances de deslocamento do bráquete enquanto toma presa, permite uma limpeza mais fácil e uma polimerização mais rápida do compósito (OWENS; Visando estas vantagens, o CIVMR polimerizado pela luz visível foi formulado para solucionar os problemas de sensibilidade à umidade dos compósitos e de baixa resistência mecânica e dureza iniciais do CIV, porém mantendo as vantagens clínicas do CIV convencional (OWENS; Estes cimentos aderem às superfícies do esmalte e do bráquete metálico quimicamente através de adesão iônica, e a reação de presa é resultado de 03 etapas: polimerização dos radicais livres da resina composta (matriz HEMA), formando imediatamente uma matriz de resina poli-HEMA, dando uma estabilidade dimensional e uma dureza inicial ao material; De acordo com Cacciafesta et al (1998), neste estágio a contaminação do adesivo pela umidade é encorajada para que ocorra o deslocamento dos monômeros hidrossolúveis que poderiam inibir a presa do ionômero de vidro. Especialmente porque essa capacidade também compreende a recarga e contínua liberação de íons flúor, quando utilizados cremes dentais e enxagüantes bucais fluoretados pelos pacientes ortodônticos ao longo do tratamento, constituindo um forte aliado contra a doença cárie neste período (SWARTZ et al, 1984; Comparação entre os Materiais de Colagem Com tantos materiais para colagem ortodôntica, e diferentes marcas, à disposição no mercado, os ortodontistas se veem muitas vezes em um dilema sobre qual seria o melhor material para seus pacientes (PHITON et al, 2008). Para resolver esta questão, antes de optar por uma única alternativa, o profissional deve conhecer e questionar as propriedades de tais materiais e saber se elas atendem às necessidades do tratamento e do paciente ortodôntico (PHITON et al, 2008). Todavia, algumas desvantagens, como perda de substância dentária após a remoção do bráquete e a desmineralização do esmalte ao redor dos bráquetes colados com este material, levaram a estudos para encontrar uma alternativa menos prejudicial ao esmalte (PASCOTTO, 1999). Uma alternativa encontrada foi utilizar o CIV, e, posteriormente, o CIVMR, como material de colagem baseado nas propriedades de liberação de íons flúor para a cavidade oral e de facilidade na remoção deste material, que implicam em menor efeito desmineralizador do esmalte e menor ação lesiva à estrutura dentária, respectivamente (PHITON et al, 2008). partir das observações acima, a escolha pelo material de colagem seria simples caso não fossem consideradas algumas desvantagens do CIV que ainda são apontadas em diversos estudos, principalmente a menor força de adesão obtida pelos CIVs quando comparados à resina composta (ORTENDAHL; Em 1990, Fajen et al (1990), desenvolveram um estudo in vitro para determinar a força de adesão de três marcas diferentes de cimento de ionômero de vidro – Ketac Cem (Espe-Premier Dental Products Co., Norristown, PA.), Fuji I (GC International Corp, Scottsdale, Ariz.) e Precise (Glenroe Technologies, Inc, Sarasota, Fla.) – sob três condições de esmalte diferentes, incluindo profilaxia, profilaxia seguida de ataque ácido com ácido poliacrílico a 45% e profilaxia seguida de flúor fosfato acidulado a 1,23% (FFA). válido destacar que, diferentemente do Fuji I e Precise, os quais são encontrados na forma convencional de pó de alumínio-silicato e líquido de ácido poliacrílico, o Ketac-Cem tem uma formulação de endurecimento pela água (water-hardening ou CIV anidro), na qual o ácido poliacrílico é congelado a seco e incorporado ao pó de alumínio-silicato, de forma que a manipulação do cimento seja feita apenas com adição de água destilada (MCLEAN; Capelozza et al, em 1997, avaliaram comparativamente, in vitro, a resistência à tração de bráquetes colados com a resina composta Concise (3M) e com o CIVMR Fuji Ortho LC (GC) e, como resultado, não encontraram diferença significativa na resistência à tração entre os materiais testados. Um estudo comparativo entre um CIV fotopolimerizável (Zionomer) e outro autopolimerizável (Ketac-Bond) mostrou, através de testes feitos 01 hora e 24 horas após a colagem dos bráquetes nas peças dentárias, que a força de adesão média do CIV fotopolimerizável é maior do que a do autoplimerizável.
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