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EMBRIOLOGIA 	 INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
QUARTA A OITAVA SEMANA			 Nº 4
MOORE. Embriologia Clínica. 6ª edição, 2000 - UniBH 
Todas as principais estruturas, internas e externas, se estabelecem da quarta a oitava semana – organogênese – início da formação dos sistemas.
Ao final da 8ª semana o embrião possui aspecto nitidamente humano.
O desenvolvimento é dividido em fases, sendo a primeira a do crescimento (mitoses e elaboração de produtos celulares), a segunda a da morfogênese (organização celular para a formação dos órgãos) e a terceira a da diferenciação (maturação dos processos fisiológicos a partir da comunicação celular por contato, com tecidos e órgãos aptos a exercerem funções especializadas).
Durante tal período como o desenvolvimento dos tecidos ocorre rapidamente, é também o com maior risco do desenvolvimento de grandes anomalias congênitas. Esse risco aumenta com o uso de teratógenos, ou seja, agentes tais como drogas e vírus.
DOBRAMENTO DO EMBRIÃO:
- Caracteriza um acontecimento importante para o estabelecimento da forma do corpo. É o dobramento medial e horizontal do disco embrionário trilaminar decorrente do rápido desenvolvimento do embrião principalmente da placa neural (SNC) ocorrendo simultaneamente nas extremidades caudal e cefálica.
- O dobramento ventral, primeiro a ocorrer, produz as pregas cefálica e caudal que se deslocam ventralmente enquanto há o alongamento cefálico e caudal. 
1- A primeira torna-se mais espessa no início da 4ª semana, formando o primórdio do encéfalo. À medida que cresce projeta-se dorsalmente à cavidade amniótica, anteriormente à membrana bucofaríngea e ao coração em desenvolvimento. Simultaneamente há a formação do septo transverso que ficará caudalmente ao coração onde formará o tendão central do diafragma. Parte do endoderma do saco vitelino é incorporado pelo embrião formando o intestino anterior (entre o encéfalo e o coração). A membrana bucofarígea o separa do estomedeu (boca). As cavidades celômicas extra e intra-embrionárias comunicam-se livremente. Migração ventral dos órgãos.
 2- A segunda decorre do crescimento da parte distal do tubo neural, medula espinhal, no qual há a projeção caudal sobre a membrana cloacal (ânus). Parte da camada endodérmica é envolvida formando o intestino posterior (cólon descendente), onde sua porção terminal dará origem a cloaca (reto e bexiga). O pedículo do embrião prende-se à superfície ventral, e a alantóide é parcialmente incorporada pelo embrião.
	- O deslocamento horizontal ocorre devido ao crescimento da medula e dos somitos que forçam o dobramento medialmente formando-se um cilindro. Leva a formação das pregas laterais e a incorporação do endoderma formando o intestino médio (intestino delgado, etc) que reduz a ligação entre esse e o saco vitelino. A comunicação entre eles fica restrita ao pedículo vitelino e entre o âmnio e a superfície do embrião se reduz formando a região umbilical. Com a transformação do pedículo do embrião no cordão umbilical, a fusão das pregas laterais reduz a área de contato entre as cavidades celômicas intra e extra-embrionárias e o âmnio passa a revestir o cordão umbilical.
	- A proliferação cardíaca contribui para o fechamento do embrião e o saco vitelino diminui, por não ter função de nutrição – constrição do saco vitelínico devido ao rápido crescimento, a partir do 26º dia.
DERIVADOS DAS CAMADAS GERMINATIVAS: a partir das três camadas germinativas que se formaram durante a gastrulação, são originados os vários sistemas e órgãos (organogênese).
CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO: o desenvolvimento embrionário é, na sua essência, um processo de crescimento e de aumento crescente da complexidade estrutural e da função. Inicia-se com o crescimento proporcionado pelas mitoses e sua complexidade é feita pela morfogênese e diferenciação. As células iniciais são pluripotentes, ou seja, capazes de seguir uma ou mais vias de desenvolvimento reagindo a estímulos de indução proporcionados pela interação entre células em um determinado tempo. A morfogênese é uma das principais responsáveis pela modelagem do embrião já que controla o movimento das células e assim a interação entre as mesmas. 
QUARTA SEMANA:
- Início: embrião quase reto com 4 a 12 somitos. Tubo neural forma-se a frente dos somitos e está amplamente aberto nos neróporos rostral (anterior) e caudal (posterior). Dia 24 - arcos faríngeos visíveis (primeiro mandibular e segundo hióideo). 
- Embrião levemente encurvado devido às pregas caudal e cefálica. Coração forma grande saliência e bombeia o sangue.
- Dia 26 - três arcos faríngeos visíveis e neuróporo rostral se fechou. Presente cauda curva. Formação dos membros superiores (pequenas intumescências na parede ventrolateral do corpo).
- Fim: quatro arcos farígeos, brotos dos membros inferiores, fossetas óticas (primórdio da orelha interna) e local do placódio do criatalino. Com cauda adelgaçada e neuróporo caudal fechado.
- Obs: os arcos braquiais irão formar a área respiratória e a face.
QUINTA SEMANA:
- Destaca-se o crescimento da cabeça que é bem maior que o restante do corpo. Ocorre principalmente pelo desenvolvimento do encéfalo e das saliências faciais. Por essa razão a face logo entra em contato com a saliência cardíaca.
- O segundo arco faríngeo dobra-se sobre os demais formando uma depressão ectodérmica lateral de ambos os lados denominada seio cervical.
SEXTA SEMANA:
- Membros superiores começam a desenvolver o cotovelo e as placas das mãos formando os raios digitais (morte de algumas células para a separação dos dedos que já estão se formando). Os membros inferiores desenvolvem-se um pouco depois.
- Em torno do sulco, ou fenda faríngea, entre os dois primeiros arcos, desenvolve-se o meato acústico externo e nas saliências o pavilhão auditivo. O olho já é bem evidente.
- Cabeça ainda muito maior em relação ao tronco, porém o tronco e o pescoço começam a se endireitar. O embrião apresenta movimentos espontâneos, como contrações musculares do tronco e dos membros e respostas reflexas ao toque. 
SÉTIMA SEMANA:
- Aparecem chanfraduras entre o raio digital dando a forma de dedos. Aparecimento dos raios digitais nos membros inferiores.
- Intestinos penetram no celoma extra-embrionário na porção proximal do cordão umbilical, formando uma hérnia umbilical normal do embrião. A comunicação entre o saco vitelino e o intestino fica restrita ao pedículo vitelino. Saco amniótico recobre todo o embrião.
- No fim dessa semana, começa a ossificação dos ossos dos membros superiores.
OITAVA SEMANA:
- Dedos das mãos e dos pés completamente separados e podem ser reconhecidos. Início da ossificação dos membros inferiores pelo fêmur. Primeiros movimentos voluntários dos membros inferiores.
- Todos os sinais da cauda já desapareceram (células entram em apoptose). As mãos e os pés aproximam-se ventralmente. O plexo vascular do couro cabeludo apareceu e forma uma faixa próxima ao topo da cabeça.
- Características próximas ao de um bebê, porém com a cabeça ainda desproporcional ao restante do corpo. Região do pescoço bem definida e com pálpebras mais evidentes se fechando.

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