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ALVEOLITE É a complicação pós-operatória mais frequente envolvendo o alvéolo dentário. Caracterizada por dor localizada que se potencializa entre o 3º e 4º dia pósoperatórios, irradiando na região. A infiltração traumática, rápida ou com volume excessivo de líquido poderá produzir necrose tecidual e, assim, gerar uma infecção. Como outras causas temos falhas na cicatrização, abordagens invasivas/traumáticas e falta de cuidado no período pós-operatório por parte do paciente. Devemos também estarmos atentos aos pacientes com comprometimento sistêmico (como diabetes, HIV+ com carga viral detectável, fumantes, geriátricos e algum outro tipo de imunodepressão), pois estes desenvolvem infecção pósoperatória com maior frequência. Ao exame clínico, observamos os sinais típicos de infecção: surgimento de febre, aumento do edema, eritema da pele, gosto desagradável na boca e piora da dor três a quatro dias após a cirurgia. Ao exame físico intrabucal, podemos observar ferida óssea alveolar exposta com odor fétido, presença de secreção purulenta advinda do alvéolo dentário e ferida cirúrgica desprotegida total ou parcialmente do coágulo. COMO PREVENIR? Cirurgia mais atraumática possível. Manter a biossegurança e evitar a contaminação na ferida cirúrgica. Irrigação abundante da ferida operatória após o procedimento cirúrgico (principalmente nos casos de exodontia de 3ºs molares e abordagens mais traumáticas). Bochecho com clorexidina aquosa 0,12% no pré-operatório imediato e nos 7 dias pós- operatórios. Orientações adequadas para o paciente quanto ao seu pós-operatório. COMO AGIR FRENTE A UM CASO DE ALVEOLITE? 1. Avaliação do caso para verificar a gravidade da infecção. 2. Prescrição de antibioticoterapia. 3. Orientar o paciente a realizar irrigação do alvéolo com água oxigenada diluída de 4 a 5x/dia por 4 dias. (1 porção de água oxigenada 10 volumes a cada 3 porções de água.) 4. Reavaliar o paciente em 4 dias. 5. Se necessário, manter água oxigenada por 7 dias. Em alguns casos, o tratamento com antibioticoterapia não será suficiente COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIA - Presença de ampla necrose tecidual no alvéolo dentário. - Presença de ALVEOLITE SECA Coágulo ausente ou extremamente desorganizado. Ao exame clínico, observamos um alvéolo “vazio”. Pela ausência de tecido no interior do alvéolo, as paredes ósseas ficam expostas e geram dores intensas e resistentes à analgesia convencional. COMO AGIR FRENTE A CASOS DE ALVEOLITE SECA OU COM AMPLA NECROSE TECIDUAL? 1. Anestesia local. 2. Remoção de sutura. 3. Irrigação, curetagem e limpeza da ferida. 4. Nova sutura do alvéolo. 5. Prescrição de antibioticoterapia.
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