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Aula_4_Certificação_ambiental_na_construcao_civil

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Gestão Ambiental Aplicada à 
Construção de Edifícios
AULA 4 - CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
1
Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios 
Prof. Roberta Vendramini - www.construir.arq.br
Introdução
• Pesquisas mostram que edifícios sustentáveis reduzem em 30% o 
consumo de energia, em 50% o consumo de água, em 35% a emissão 
de CO2 e em até 90% o descarte de resíduos sólidos. (COELHO, 2010)
• Mas qual o principal motivo que leva as empresas a buscarem 
certificação ambiental para seus produtos? Os reais benefícios gerados 
pela mesma ou é apenas uma questão de marketing institucional? E, pela mesma ou é apenas uma questão de marketing institucional? E, 
nesta busca pela certificação, está inclusa a responsabilidade social, 
econômica e ambiental da empresa?
• O objetivo desta aula é apresentar de forma concisa algumas das 
certificações ambientais (e etiquetas) praticadas no mercado da 
construção civil no Brasil: LEED, Aqua, Sustentax, Procel Edifica, FSC e 
Selo Casa Azul CAIXA.
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Figura 01: Sistemas para edificações sustentáveis
Fonte: Coelho (2010)
Legenda – sistemas para edificações sustentáveis:
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1. LEED
O que é
• Leadership in Energy and Environmental Design1 é um sistema 
americano de certificação aplicado pelo USGBC (United States 
Green Building Council2) que leva em conta o impacto gerado Green Building Council2) que leva em conta o impacto gerado 
ao meio ambiente em consequência dos processos 
relacionados ao edifício (projeto, construção e operação).
Fonte: Coelho (2010)
1. Liderança em Energia e Design Ambiental (tradução livre)
2. Conselho Americano de Edifícios Verdes (tradução livre)
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1. LEED
Como funciona
• pontua soluções nos quesitos: espaço sustentável, localização, 
entorno, eficiência no uso de água e de energia, qualidade 
ambiental interna, inovação e processos;
• usa um checklist com as principais exigências das sete 
categorias;
• a pontuação tem classificação em Platinum (platina), Gold
(ouro) ou Silver (prata).
Fonte: Coelho (2010)
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1. LEED
Categorias de análise
• LEED NC (New Construction): novas construções ou grandes 
reformas.
• LEED CS (Core & Shell): envoltória do empreendimento, suas 
áreas comuns e internamente com o sistema de ar áreas comuns e internamente com o sistema de ar 
condicionado e elevadores. É complementado pelo LEED CI 
(Commercial Interior).
• Pré-certificação: para os projetos registrados na modalidade 
LEED CS. Permite a divulgação visando à pré-venda do 
emprendimento.
Fonte: Coelho (2010)
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1. LEED
Categorias de análise
• LEED CI (Commercial Interior): interiores comerciais.
• LEED ND (Neighbourhood): avalia bairros e o 
desenvolvimento de comunidades.
LEED School: baseado no Sistema de Certificação LEED NC • LEED School: baseado no Sistema de Certificação LEED NC 
específico para escolas.
• LEED EB (Existing Building): para edifícios existentes e ajuda o 
proprietário a medir suas operações e fazer melhorias na 
manutenção.
Fonte: Coelho (2010)
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1. LEED
Como participar e quanto custa
• pelo site www.gbci.org e paga a taxa de cadastro de 
US$ 600,00;
• projetos com até 5.000m² pagam mais US$ 2.250,00;• projetos com até 5.000m² pagam mais US$ 2.250,00;
• de 5.000m² até 50.000m² pagam mais US$ 0,45 por m²;
• acima de 50.000m², mais US$ 22.500,00;
• consultoria (não obrigatória): aproximadamente 1% do valor 
da obra.
Fonte: Coelho (2010)
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1. LEED
• Este complexo de escritórios de alto 
padrão em São Paulo recebeu a 
certificação LEED CS - Core and Shell 
Development Project, na categoria 
Gold, que comprova que o 
empreendimento atende a todos os 
Rochaverá Corporate Towers (São Paulo)
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Figura 02: Rochaverá Corporate 
Towers (São Paulo)
Fonte: Coelho (2010)
empreendimento atende a todos os 
requisitos necessários para aliar o 
máximo aproveitamento dos 
recursos naturais com a redução do 
impacto ambiental da construção -
durante a obra e, também, no 
período de funcionamento do 
edifício.
Fonte: Coelho (2010)
2. Aqua
Rochaverá Corporate Towers (São Paulo)
• foram adotados elevadores com sistema de antecipação de chamada e 
regenerador de energia para reduzir o consumo;
• o ar-condicionado utiliza um sistema descentralizado, que possibilita seu 
desligamento quando não há usuários em um determinado ambiente;
para otimizar o funcionamento do sistema de refrigeração do edifício, • para otimizar o funcionamento do sistema de refrigeração do edifício, 
houve um estudo detalhado da fachada, que ganhou planos inclinados e 
ficou com 59% de sua superfície opaca e 41% translúcida;
• uso de vidros de alto desempenho;
• esquadrias com o máximo de estanqueidade;
• medição individualizada de água e energia elétrica;
• somente a redução no consumo de energia elétrica deste empreendimento 
chega a 15%. 
Fonte: Coelho (2010)
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2. Aqua
O que é
• a certificação Aqua (Alta Qualidade Ambiental) é um processo 
de gestão de projeto implantado pela Fundação Vanzolini com 
o objetivo de obter a qualidade ambiental de um o objetivo de obter a qualidade ambiental de um 
empreendimento de construção ou de reabilitação;
• é baseado na certificação francesa Démarche HQE.
Fonte: Coelho (2010)
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2. Aqua
Como funciona
Avalia:
• programa: definição das necessidades e o desempenho do 
projeto;
• concepção: o sistema de gestão proposto é mantido e há 
correção de eventuais desvios;
• concepção: o sistema de gestão proposto é mantido e há 
correção de eventuais desvios;
• realização: a meta é alcançar o máximo de eficiência com a 
menor presença de desvios;
• operação: obra até sua conclusão;
• em cada uma das etapas, o empreendimento passa por 
auditorias e recebe uma certificação daquela fase.
Fonte: Coelho (2010)
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2. Aqua
Categorias de análise
• todo o processo conta com catorze categorias ou objetivos 
distribuídos em quatro bases de ação: ecoconstrução, 
ecogestão, conforto e saúde;
• o empreendedor é pontuado por três níveis de desempenho: 
excelente, superior e bom;
• Para obter a certificação deve alcançar pelo menos três níveis 
“excelente” e quatro “superior”.
Fonte: Coelho (2010)
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2. Aqua
Como participar e quanto custa
• pelo site www.vanzolini.org.br;
• empreendimentos até 1.500m² pagam R$ 17.500,00;
• acima de 1.500m², R$ 1,609 por m²;
• uma edificação com 10.000m², por exemplo, pagaria R$ 
31.178,00 (R$ 17.500,00 dos 1.500m² e R$ 13.678,00 dos 
8.500m² restantes).
Fonte: Coelho (2010)
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Prof. Roberta Vendramini - www.construir.arq.br2. Aqua
• Desde outubro de 2010, o Brasil 
mantém a primeira loja de varejo a 
receber a Certificação Aqua: 
unidade da Leroy Merlin em Niterói 
(RJ).
• Em todo o mundo, a Leroy Merlin 
mantém 800 lojas e a de Niterói é a 
Loja Leroy Merlin - Niterói (RJ)
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Figura 03: Loja Leroy Merlin - Niterói (RJ)
Fonte: Coelho (2010)
mantém 800 lojas e a de Niterói é a 
primeira a ser certificada. A obra 
levou 130 dias para ser concluída e 
todo o projeto - desde seu 
programa, concepção até a 
realização - exigiu oito meses de 
trabalho. Com a certificação, o custo 
da obra teve um acréscimo de 8%, 
mas se calcula que o retorno 
financeiro deve acontecer em seis 
anos.
Fonte: Coelho (2010)
2. Aqua
Loja Leroy Merlin - Niterói (RJ)
A loja com mais de 17 mil m2 oferece 50% de economia de água e 17% de 
energia elétrica em relação a um empreendimento convencional deste 
porte e, também:
• o uso de piso de concreto polido, que dispensa cera ou removedor e 
requer pouca água para a limpeza; 
• a criação de um depósito de 150 mil litros de água de reuso para os vasos • a criação de um depósito de 150 mil litros de água de reuso para os vasos 
sanitários, limpeza da loja e manutenção dos jardins; 
• reaproveitamento do piso do antigo estacionamento que havia no local de 
implantação da loja; 
• uso de tintas à base de água; 
• válvulas sanitárias de duplo fluxo nos banheiros; 
• mictórios que não utilizam água e nem produtos químicos na descarga; 
• ar-condicionado com ajuste automático de temperatura; 
• coletores solares para aquecimento da água e iluminação da fachada com 
leds, que gastam três vezes menos energia. 
Fonte: Coelho (2010) 19Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios 
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3. SustentaX
O que é
• é um selo desenvolvido pelo Grupo Sustentax para identificar e atestar a 
qualidade ambiental de produtos e serviços por construtoras e 
incorporadoras;1
• foi criado para aumentar a produtividade e reduzir os custos de concepção • foi criado para aumentar a produtividade e reduzir os custos de concepção 
e implantação de green buildings. Ele facilita a introdução de materiais, 
equipamentos e prestadores de serviços social e ambientalmente corretos 
no crescente mercado de construções sustentáveis, permitindo a rápida 
identificação por parte de projetistas, arquitetos, construtores, 
compradores e demais interessados;2
• tintas, pisos, válvulas de descarga, torneiras e até tecidos para decoração 
foram os primeiros produtos atestados com o Selo Sustentax. 2
1. Coelho (2010)
2. Grupo Sustentax (2011)
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3. Sustentax
Como funciona
• Atesta a conformidade dos procedimentos e desenvolvimento 
do projeto, seleção de materiais; o comprometimento com 
práticas socioambientalmente corretas; com a práticas socioambientalmente corretas; com a 
responsabilidade social e a disseminação de práticas que 
geram economia, evitam desperdícios e aumentam a 
produtividade.
Fonte: Coelho (2010)
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3. Sustentax
Categorias de análise
• diagnóstico do local de implantação do projeto;
• sistemas e componentes hidráulicos;
• armazenamento e coleta seletiva de resíduos;
interferência na construção existente;• interferência na construção existente;
• reutilização de móveis e outros componentes;
• uso de materiais reciclados, regionais e renováveis;
• uso de madeira certificada;
• seleção de tintas, colas, carpetes, laminados, etc;
Fonte: Coelho (2010)
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3. Sustentax
Categorias de análise
• armazenamento de materiais poluentes;
• uso de iluminação natural, acessibilidade e ergonomia;
• atendimento de questões de acústica;
• compromisso com questões socioambientais;• compromisso com questões socioambientais;
• controle de erosão e sedimentação;
• racionalização do uso da água;
• qualidade ambiental interna;
• gerenciamento dos resíduos da construção civil.
Fonte: Coelho (2010)
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3. Sustentax
Como participar e quanto custa
• pelo site www.selosustentax.com.br;
• uma análise do produto pode levar até um ano e o custo • uma análise do produto pode levar até um ano e o custo 
médio para obtenção do selo é de R$ 600,00 por mês;
• a cada dois anos o selo é revisto e, se a empresa deixar de 
cumprir as exigências, perde o mesmo.
Fonte: Coelho (2010)
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4. Procel Edifica
O que é
• é um subprograma do Procel (Programa Nacional de 
Conservação de energia) do Governo Federal;
• tem como missão promover a eficiência energética nas 
edificações brasileiras, contribuindo para a conservação de 
• tem como missão promover a eficiência energética nas 
edificações brasileiras, contribuindo para a conservação de 
energia elétrica;
• não é uma certificação e, sim, uma etiquetagem.
Fonte: Coelho (2010)
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4. Procel Edifica
Como funciona
• aplica-se somente aos edifícios comerciais, de serviços e 
públicos;
• são avaliados três sistemas individuais: envoltória, iluminação 
e condicionamento de ar;
são avaliados três sistemas individuais: envoltória, iluminação 
e condicionamento de ar;
• é feita uma classificação geral, que pode ser acrescida de 
bonificações relacionadas ao uso eficiente da água, emprego 
de fontes alternativas de energia ou qualquer inovação 
tecnológica que promova a eficiência energética.
Fonte: Coelho (2010)
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4. Procel Edifica
Categorias de análise
• os níveis de energia variam de A, mais eficiente, até E, menos 
eficiente;
• a avaliação é feita em duas etapas: fase de projeto e edifício 
construído, após o alvará de conclusão da obra;
• a avaliação é feita em duas etapas: fase de projeto e edifício 
construído, após o alvará de conclusão da obra;
• o projeto do edifício pode ser avaliado segundo o método 
prescritivo ou pelo método da simulação termoenergética 
computacional.
Fonte: Coelho (2010)
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4. Procel Edifica
Como participar e quanto custa
• construtora ou proprietário de algum edifício novo comercial, 
de serviço, público ou que tenha passado por retrofit com, no 
mínimo, 500m², devem encaminhar o projeto a um 
laboratório de inspeção credenciado pelo Inmetro;
• os projetos podem ser encaminhados para o Labee, 
laboratório designado pelo Inmetro para realização da 
etiquetagem;
• estima-se que o valor global varie entre R$ 15.000,00 e R$ 
20.000,00.
Fonte: Coelho (2010)
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4. Procel Edifica
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Figura 04: Procel Edifica - Etiquetagem do Salvador Norte Shopping, em outubro de 2010
Fonte: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (2011) 
4. Procel Edifica
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Figura 06: Procel Edifica - Etiquetagem do Salvador Norte Shopping, em outubro de 2010
Fonte: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (2011) 
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5. FSC
O que é
• a certificação florestal FSC (Forest Stewardship Council) é uma ferramenta 
voluntária que atesta a origem da matéria-prima florestal em um produto. 
A certificação garante que a empresa ou comunidade maneja suas 
florestas de acordo com padrões ambientalmente corretos, socialmente 
justos e economicamente viáveis; 
• o FSC não emite certificado, mas credencia organizações independentes • o FSC não emite certificado, mas credencia organizações independentes 
(certificadoras) para fazer auditoria de acordo com padrões do FSC. Para 
que sejam credenciadas, as certificadoras devem atender às normas 
internacionais e serem reconhecidas pelo FSC Internacional;
• o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal – FSC Brasil é uma organização 
não-governamental independente e sem fins lucrativos, com estrutura de 
governança própria, cuja missão é promover o bom manejo das florestas 
brasileiras conforme os Princípios e Critérios do – FSC que conciliam 
interesses ambientais com os benefícios sociais e a viabilidade econômica; 
Fonte: Arantes (1996)
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5. FSC
Como funciona
• contato inicial - a operação florestal entra em contato com a 
certificadora ;
• avaliação - consiste em uma análise geral do manejo, da 
documentação e da avaliação de campo. O seu objetivo é preparar a 
operação para receber a certificação. Nessa fase são realizadas as 
consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se 
manifestar; 
consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se 
manifestar; 
• adequação - após a avaliação, a operação florestal deve adequar as 
não conformidades (quando houver);
• certificação da operação - a operação florestal recebe a certificação. 
Nessa etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo público;
• monitoramento anual - após a certificação é realizado pelo menos um 
monitoramento da operação ao ano. 
Fonte: Arantes (1996)
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5. FSC
Categorias de análise
Para promover o manejo responsável das florestas do mundo, o FSC 
desenvolveu 10 princípios que definem manejo florestal 
responsável. Esses princípios são globais, aplicados a qualquer 
floresta no mundo:
• Princípio 1: Obediência às leis e aos princípios do FSC.• Princípio 1: Obediência às leis e aos princípios do FSC.
• Princípio 2: Direitos e responsabilidades de posse e uso.
• Princípio 3: Direitos dos povos indígenas.
• Princípio 4: Relações comunitárias e direitos dos trabalhadores.
Fonte: Arantes (1996)
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5. FSC
Categorias de análise
• Princípio 5: Benefícios das florestas.
• Princípio 6: Impacto ambiental.
• Princípio 7: Plano de manejo.• Princípio 7: Plano de manejo.
• Princípio 8: Monitoramento e avaliação.
• Princípio 9: Manutenção de florestas de alto valor de conservação.
• Princípio 10: Plantações.
Fonte: Arantes (1996)
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5. FSC
Como participar e quanto custa
• Através do site www.fsc.org.br; 
• Os custos de certificação variam de certificadora para certificadora: cabe à 
organização contratante buscar a certificadora que mais atende às suas 
características e necessidades.
• Avaliação preliminar ou completa: são os custos para a execução da 
avaliação, incluindo tempo técnico e administrativo e despesas da equipe avaliação, incluindo tempo técnico e administrativo e despesas da equipe 
de auditoria no campo.
• Avaliações de monitoramento: anualmente, pelo menos uma avaliação de 
monitoramento deve ser efetuada.
• Taxa anual de certificação: garante a manutenção do sistema de 
certificação como um todo, incluindo a promoção do sistema e os 
monitoramentos não programados.
• Utilização do logotipo FSC: é cobrada pelo FSC uma taxa pelos direitos de 
uso do logotipo.
Fonte: Arantes (1996)
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6. Selo Casa Azul CAIXA
O que é
• é o primeiro sistema de classificação da sustentabilidade de 
projetos ofertado no Brasil, desenvolvido para a realidade da 
construção habitacional brasileira pela Caixa Econômica 
Federal;
• é um instrumento de classificação socioambiental de projetos 
de empreendimentos habitacionais, que busca reconhecer os 
empreendimentos que adotam soluções mais eficientes 
aplicadas à construção, ao uso, à ocupação e à manutenção 
das edificações, objetivando incentivar o uso racional de 
recursos naturais e a melhoria da qualidade da habitação e de 
seu entorno.
Fonte: John e Prado (2010)
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6. Selo Casa Azul CAIXA
Como funciona
• O método consiste em verificar, durante a análise de viabilidade 
técnica do empreendimento, o atendimento aos critérios 
estabelecidos pelo instrumento, que estimula a adoção de práticas 
voltadas à sustentabilidade dos empreendimentos habitacionais.voltadas à sustentabilidade dos empreendimentos habitacionais.
Quadro 01: Níveis de gradação do Selo Casa Azul CAIXA 
Fonte: John e Prado (2010)
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6. Selo Casa Azul CAIXA
Categorias de análise
• busca-se reconhecer os projetos de empreendimentos que 
demonstrem suas contribuições para a redução de impactos 
ambientais, avaliados a partir de critérios vinculados aos 
seguintes temas: qualidade urbana, projeto e conforto, 
eficiência energética, conservação de recursos materiais, eficiência energética, conservação de recursos materiais, 
gestão da água e práticas sociais.
• o Selo Casa Azul possui 53 critérios de avaliação, distribuídos 
em seis categorias que orientam a classificação de projeto 
conforme o Quadro 02: 
Fonte: John e Prado (2010)
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6. Selo Casa Azul CAIXA
Quadro 02: Selo Caixa Azul CAIXA - Resumo Categorias, Critérios e Classificação
Fonte: John e Prado (2010)
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6. Selo Casa Azul CAIXA
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Quadro 02: Selo Caixa Azul CAIXA - Resumo Categorias, Critérios e Classificação (continuação)
Fonte: John e Prado (2010)
6. Selo Casa Azul CAIXA
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Quadro 02: Selo Caixa Azul CAIXA - Resumo Categorias, Critérios e Classificação (continuação)
Fonte: John e Prado (2010)
6. Selo Casa Azul CAIXA
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Quadro 02: Selo Caixa Azul CAIXA - Resumo Categorias, Critérios e Classificação (conclusão)
Fonte: John e Prado (2010)
6. Selo Casa Azul CAIXA
Categorias de análise
• o nível “bronze” do Selo será concedido somente aos 
empreendimentos cujo valor de avaliação da unidade 
habitacional não ultrapassar os limites do Quadro 03;
• Os projetos de empreendimentos com valores de avaliação 
superiores ao limites do Quadro 3 deverão se enquadrar, no 
mínimo, no nível “prata”.
Fonte: John e Prado (2010)
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6. Selo Casa Azul CAIXA
Quadro 03: Limites de avaliação e localidades para o Selo Casa Azul CAIXA nível bronze
Fonte: John e Prado (2010)
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6. Selo Casa Azul CAIXA
Como participar e quanto custa
• aplica-se a todos os tipos de projetos de empreendimentos habitacionais 
propostos à CAIXA para financiamento ou nos programas de repasse;
• podem se candidatar ao Selo as empresas construtoras, o Poder Público, 
empresas públicas de habitação, cooperativas, associações e entidades 
representantes de movimentos sociais;representantes de movimentos sociais;
• não haverá despesas para o proponente na concessão do Selo, mas 
apenas será cobrada uma taxa de análise de projeto candidato ao Selo 
Casa Azul CAIXA, emitida na entrega da documentação para cobertura dos 
custos da análise técnica, conforme fórmula abaixo: 
Taxa = 40,00 + 7 (n-1) limitada a R$ 328,00,
sendo n = número de unidades
Fonte: John e Prado (2010)
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6. Selo Casa Azul CAIXA 
• A Caixa Econômica Federal 
entregou, no dia 30 de março de 
2011, em Joinville (SC), o 
primeiro Selo Casa Azul CAIXA -
Nível Ouro para o 
Residencial Bonelli (Joinville/SC)
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Figura 04: Residencial Bonelli
Fonte: Pini (2011)
Nível Ouro para o 
empreendimento Residencial 
Bonelli, da Rôgga Construtora e 
Incorporadora.
Fonte: Arquitetura (2011)
Considerações Finais
Residencial Bonelli (Joinville/SC)
• Localizado em Joinville, possui 45 unidades habitacionais e conta com 
bicicletário, local para coleta e armazenamento de materiais 
recicláveis, áreas de lazer e áreas verdes, sistemas economizadores de 
água e energia, e processos para a redução e controle da qualidade 
dos materiais construtivos.
• Além disso, o local do empreendimento não apresenta riscos à saúde 
do morador e o projeto é inserido em malha urbana, com serviços 
essenciais próximos, podendo o morador acessar, à pé, áreas de lazer, 
comércio e outros. O projeto atendeu aos requisitos para o 
desempenho térmico da edificação, considerando o clima do local, e 
prevê a flexibilidade com opções de apartamentos variados, 
adequados às necessidades dos usuários, iluminação e ventilação 
natural de banheiros e adequação às condições físicas do terreno.
Fonte: Arquitetura (2011)
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Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios 
Prof. Roberta Vendramini - www.construir.arq.br
Considerações Finais
• Sem dúvida alguma, os produtos atestados e edificações certificadas 
apresentam diferenciais competitivos, uma vez que atendem a 
requisitos nacionais e internacionais.
• Porem, algumas certificações internacionais não foram adaptadas à 
realidade brasileira, gerando inserção de itens no projeto apenas para 
somar pontos durante a avaliação do produto candidato à certificação. 
Como exemplo, podem ser citadas as tomadas para carros elétricos, Como exemplo, podem ser citadas as tomadas para carros elétricos, 
comuns nos Estados Unidos, mas desnecessárias atualmente no Brasil.
• É necessário estudar as certificações internacionais e torná-las 
coerentes com o mercado brasileiro, a fim de que engenheiros, 
arquitetos, construtoras, incorporadoras, entre outros, busquem a 
certificação motivados principalmente pela responsabilidade social, 
econômica e ambiental. O marketing institucional é importante para a 
competitividade, mas não deve ser o principal objetivo da certificação, 
mas sim uma consequência.
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Gestão Ambiental Aplicada à Construção de Edifícios 
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COELHO, L. Carimbo Verde. Revista Téchne, São Paulo, n. 155, p.33-39, fev. 2010.
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Acesso em: 15 abr. 2011. 53

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