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Julia Paris Malaco – UCT16 SP4 – tuberculose A tuberculose é uma doença pulmonar crônica e sistêmica grave. A tuberculose (TB) é uma doença granulomatosa crônica com um estágio latente único normalmente causada pelo bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) Mycobacterium tuberculosis (Mtb). O local afetado com mais frequência pela doença é o pulmão; locais extrapulmonares que também podem ser afetados são os gânglios linfáticos, a pleura, os ossos e as articulações. A TB é transmitida de pessoa para pessoa por inalação de gotículas infecciosas produzidas por pacientes com TB pulmonar (TBP). É importante que a infecção pelo M. tuberculosis seja diferenciada da doença ativa. A maioria das infecções é adquirida pela transmissão de pessoa a pessoa de organismos veiculados pelo ar, de um caso ativo para um hospedeiro suscetível. Na maioria das pessoas saudáveis, a tuberculose primária é assintomática, apesar de poder causar febre e derrame pleural. Geralmente, a única evidência da infecção, se alguma permanecer, é um nódulo pulmonar pequenino e fibrocalcificado no local da infecção. A M. tuberculosis é um bacilo acido álcool resistente (BAAR) Bastonetes delgados Aeróbicos Parede celular cerácea (ácidomicólico) Ácido resistentes Fracamente Gram-positivas Transmissão: É importante que a infecção por M. tuberculosis seja diferenciada da doença. A infecção é a presença dos organismos, os quais podem ou não causar doença clinicamente significativa. A maioria das infecções é adquirida através de transmissão pessoa a pessoa de organismos veiculados pelo ar, de um caso ativo para um hospedeiro suscetível. Na maioria das pessoas, a tuberculose primária é assintomática, apesar de poder causar febre e efusão pleural. Geralmente, a única evidência da infecção, se alguma permanecer, é um nódulo pequeno e fibrocalcificado no local da infecção. TB primária: geralmente assintomática. Sintomas que podem aparecer o Febre o Efusão pleural Evidencia da doença: o Nódulo pequeno e fibrocalcificado no local da infecção Patogenia A evolução da infecção em uma pessoa imunocompetente não previamente exposta depende do desenvolvimento da imunidade antimicobacteriana mediada por células T. Essas células T controlam a resposta do hospedeiro às bactérias e também resultam no desenvolvimento de lesões patológicas, tais como granulomas caseosos e cavitação. A infecção pelo M. tuberculosis cursa em etapas, da infecção inicial dos macrófagos até uma resposta subsequente de TH1, com ambas contendo bactérias e causando danos teciduais (Fig. 8-24). Cedo na infecção, o M. tuberculosis se multiplica essencialmente de forma incontrolada dentro dos macrófagos, enquanto mais tarde, na infecção, a resposta celular estimula os macrófagos a controlarem a proliferação da bactéria. Os macrófagos são as células primárias infectadas por M. tuberculosis. Precocemente na infecção, o bacilo da tuberculose se multiplica essencialmente de forma incontrolada, enquanto tardiamente na infecção, a resposta celular estimula os macrófagos a conter a proliferação da bactéria. Julia Paris Malaco – UCT16 Entrada nos macrófagos: M. tuberculosis penetra em macrófagos por endocitose mediada por diversos receptores dos macrófagos: receptores manose se ligam à lipoarabinomanana, um glicolipídio na parede celular bacteriana, e receptores do complementos se ligam a micobactérias opsonizadas. Replicação nos macrófagos: O M. tuberculosis uma vez dentro do macrófago inibe a maturação do fagossomo e bloqueia a formação do fagolisossoma, permitindo que a bactéria se multiplique de forma descontrolada dentro da vesícula, protegida dos mecanismos microbicidas dos lisossomos. O M. tuberculosis bloqueia a formação do fagolisossomo através da inibição de sinais de Ca2+ e do recrutamento e montagem de proteínas que medeiam a fusão fagossomo- lisossomo. Portanto, durante o estágio inicial da tuberculose primária (< 3 semanas) em um indivíduo não sensibilizado, as bactérias se proliferam nos macrófagos alveolares pulmonares e nos espaços aéreos, resultando em bacteremia e semeadura de múltiplos locais. Apesar da bacteremia, a maioria das pessoas nesse estágio é assintomática ou possui uma doença branda semelhante à gripe. A maquiagem genética do hospedeiro pode influenciar o curso da doença. Em algumas pessoas com polimorfismos no gene NRAMP1, a doença pode progredir devido à ausência de uma resposta imune eficaz. A NRAMP1 é uma proteína transmembrana encontrada nos endossomos e lisossomos que bombeiam cátions divalentes (p. ex., Fe2+) para fora do lisossomo. A NRAMP1 pode inibir o crescimento microbiano através da limitação da disponibilidade de íons necessários para a bactéria Reposta TH1: Cerca de 3 semanas após a infecção, uma resposta T-auxiliar 1 (TH1) é montada, a qual ativa macrófagos para se tornarem bactericidas. A resposta é iniciada por antígenos micobacterianos que penetram em linfonodos de drenagem e são revelados para células T. A diferenciação das células TH1 depende de IL-12, a qual é produzida por células apresentadoras de antígenos que encontraram a micobactéria. O M. tuberculosis produz diversas moléculas que são ligantes para TLR2, e a estimulação de TLR2 por estes ligantes promove a produção de IL-12 por células dendríticas Ativçao dos macrófagos mediada por TH1 e morte das bactérias: Células TH1 maduras, tanto nos linfonodos quanto nos pulmões, produzem IFN-γ. O IFN-γ é o mediador crítico que permite que os macrófagos contenham a infecção por M. tuberculosis. O IFN-γ estimula a formação do fagolisossomo nos macrófagos infectados, expondo as bactérias a um ambiente ácido inóspito. Primeiro, o IFN-γ estimula a maturação do fagolisossoma nos macrófagos infectados, expondo as bactérias a um ambiente ácido, oxidante e letal. Segundo, o IFN-γ estimula a expressão da óxido nítrico sintetase induzível, que produz óxido nítrico (NO). O NO se combina com outros oxidantes para criar intermediários reativos do nitrogênio, que parecem ser particularmente importantes para matar as micobactérias. Terceiro, o IFN-γ mobiliza os peptídios antimicrobianos (defensinas) contra as bactérias. Finalmente, o IFN-γ estimula a autofagia, um processo que sequestra e então destrói as organelas danificadas e as bactérias intracelulares, como o M. tuberculosis. Inflamação granulomatosa e dano tecidual: Além de estimular os macrófagos a destruir a micobactéria, a resposta TH1 orquestra a formação de granulomas e necrose caseosa. Os macrófagos ativados pelo IFN-γ se diferenciam em “histiócitos epitelioides” que caracterizam a resposta granulomatosa, e podem se fusionar para formar células gigantes. Em muitas pessoas essa resposta estaciona a infecção antes de uma distruição tecidual ou doença significativa. Em outras pessoas, a infecção progride devido a idade avançada ou imunossupressão, e a resposta imune contínua resulta em destruição tecidual devido a caseação e cavitação. Macrófagos ativados também secretam TNF, o qual promove o recrutamento de mais monócitos. A importância do TNF é ressaltada pelo fato de que pacientes com artrite reumatoide que são tratados com antagonistas de TNF possuem um risco aumentado de reativação da tuberculose Outras células imunes: Além da resposta TH1, as células T-NK que reconhecem antígenos lipídicos micobacterianos ligados ao CD1 em células apresentadoras de antígenos, ou células T que expressam um receptor γδ de células T, também produzem IFN-γ. Entretanto, está claro que as células TH1 possuem um papel central nesse processo, já que defeitos em qualquer umdos passos na geração de uma resposta TH1 resultam na ausência de resistência e progressão da doença Em resumo, a imunidade ao M. tuberculosis é primariamente mediada pelas células TH1, as Julia Paris Malaco – UCT16 quais estimulam os macrófagos a destruir as bactérias. Essa resposta imune, embora largamente eficaz, ocorre à custa da hipersensibilidade e acompanha a destruição tecidual. A reativação da infecção ou reexposição aos bacilos em um hospedeiro previamente sensibilizado resulta em uma rápida mobilização de uma reação defensiva, mas também em elevação da necrose tecidual. Assim como a hipersensibilidade e a resistência estão correlacionadas, da mesma forma a perda de hipersensibilidade (indicada pela negatividade à tuberculina em um indivíduo previamente positivo para tuberculina) pode ser um sinal ameaçador de que a resistência ao organismo esvaiu-se. Aspectos clínicos A tuberculose clínica é separada em dois tipos fisiopatológicos importantes: a tuberculose “primária”, que ocorre em hospedeiro não imune, e a tuberculose “secundária”, que ocorre no hospedeiro que é imune ao M. tuberculosis. Tuberculose primária: É a forma da doença que se desenvolve em uma pessoa previamente não exposta e, portanto, não sensibilizada. Na maioria das pessoas, a infecção primária é contida, mas, em outras, a tuberculose primária é progressiva. O diagnóstico de tuberculose primária progressiva em adultos pode ser difícil. Em contraste com a tuberculose secundária (doença apical com cavitação; veja posteriormente), a tuberculose primária progressiva mais frequentemente se assemelha a uma pneumonia bacteriana aguda, com consolidação dos lobos inferior e médio, adenopatia hilar e efusão pleural; a cavitação é rara, especialmente em pessoas com imunossupressão severa. A disseminação linfadeno-hematogênica pode resultar no desenvolvimento da meningite tuberculosa e tuberculose miliar. A maioria dos casos de TB primária não é reconhecida clinicamente exceto pela conversão do TT. Pode ocorrer febre, falta de ar, tosse não produtiva e, raramente, eritema nodoso. Crepitações e sibilos localizados podem estar presentes. As radiografias de tórax mostram pequenas opacidades irregulares nos campos pulmonares médios, muitas vezes, com linfadenopatia hilar unilateral. Pode também encontrar-se atelectasia do lobo superior ou médio como resultado de compressão brônquica por gânglios aumentados ou derrame pleural transitório. Na maioria dos indivíduos (com exceção da imunossupressão), as manifestações da TB primária se resolvem sem tratamento, em simultâneo com o desenvolvimento de uma resposta imune adaptativa. Durante o período subsequente de latência clínica, a prova de infecção primária pode ser encontrada como uma pequena cicatriz calcificada no parênquima das áreas pulmonares médias (complexo de Ghon), por vezes associada a achados semelhantes nos gânglios hilares (complexo de Ranke). Uma pequena cicatriz causada por uma lesão estacionária nos ápices do pulmão é chamada foco de Simon. Tuberculose Primária Progressiva: A falha em desenvolver imunidade adaptativa é mais comum em crianças pequenas, idosos e imunocomprometidos. A TB primária progressiva manifestada como meningite tuberculosa pode desenvolver-se neste cenário. A infecção primária também pode progredir para TBP entre os primeiros um a dois anos. Neste caso, a TBP é geralmente localizada no lobo superior e cavitada, distante do local de infecção primária. Dados recentes indicam que em áreas de alta prevalência a maioria dos casos de TBP representa doença primária progressiva. Clinicamente, não é possível distinguir entre TB primária progressiva e “pós-primária” ou por reativação da TB. Tuberculose secundaria: A tuberculose secundária é o padrão da doença que surge em um hospedeiro previamente sensibilizado. Ela pode seguir logo após a tuberculose primária, porém mais comumente ela aparece muitos anos após a infecção inicial, usualmente quando a resistência do hospedeiro está enfraquecida. Ela mais comumente deriva da reativação de uma infecção latente, mas também pode resultar de uma reinfecção exógena no caso de uma redução da imunidade do hospedeiro ou quando um grande inóculo de bacilos virulentos inunda o sistema imune do hospedeiro. A reativação é mais comum em áreas de baixa prevalência, enquanto a reinfecção desempenha um importante papel em regiões de alto contágio. A tuberculose pulmonar secundária classicamente envolve o ápice dos lobos superiores de um ou ambos os pulmões. Devido à preexistência de hipersensibilidade, os bacilos elicitam uma imediata e marcada resposta tecidual que tende a isolar o foco de infecção. Como resultado, os linfonodos regionais são menos prontamente envolvidos inicialmente na doença secundária do que o são na tuberculose Julia Paris Malaco – UCT16 primária. Por outro lado, a cavitação ocorre prontamente na forma secundária. De fato, a cavitação é quase inevitável em tuberculoses secundárias negligenciadas, e a erosão das cavidades em uma via aérea é uma importante fonte de infecção porque a pessoa agora tosse escarro que contém bactérias. A tuberculose secundária localizada: assintomática. Quando aparecem manifestações - início insidioso sintomas sistêmicos: o Mal estar o Anorexia o Perda de peso o Febre o Sudorese noturna Provavelmente relacionados a citocinas liberadas por macrófagos ativados (p. ex., TNF e IL-1), frequentemente aparecem precocemente no curso. Evolução: o Elevação da quantidade de escarro (primeiramente mucoide e depois purulento) o Hemoptise o Dor pleurítica (pode resultar da extensão da infecção para as superfícies pleurais) o Manifestações extrapulmonares (dependem do sistema de órgãos envolvido) Diagnóstico O diagnóstico da doença pulmonar é baseado em parte na história e nos achados físicos e radiográficos de Cicatriz/granuloma – TB primaria Consolidação – TB primaria progressiva Cavitação – TB secundaria O diagnóstico pode ser feito por cultura (padrão ouro), escarro, PCR. A confirmação é feita com a identificação do bacilo da tuberculose O prognóstico é geralmente favorável se as infecções são localizadas nos pulmões, exceto quando elas são causadas por cepas resistentes às drogas ou ocorrem em indivíduos idosos, debilitados ou indivíduos imunossuprimidos, os quais estão sob alto risco para o desenvolvimento da tuberculose miliar. Todos os estágios de infecção pelo HIV estão associados a um aumento do risco de tuberculose. O uso de terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) reduz o risco de tuberculose em pessoas com infecção pelo HIV, mas mesmo com HAART, pessoas infectadas pelo HIV são mais propensas a adquirir tuberculose do que as não infectadas. Uma baixa contagem de CD4 antes do início da HAART é um importante fator de risco para o desenvolvimento da tuberculose, a qual ressalta o papel da resposta imune em manter a reativação do M. tuberculosis sob controle. As manifestações da tuberculose diferem, dependendo do grau de imunossupressão. Pessoas com uma imunossupressão menos intensa (contagem de células T CD4+ > 300 células/mm3) apresentam uma tuberculose secundária usual (doença apical com cavitação). Pessoas com imunossupressão mais avançada (contagem de células T CD4+ < 200 celulas/mm³) apresentam um quadro clínico que se assemelha à tuberculose primária progressiva. Outras características atípicas de tuberculose em pessoas HIV positivas incluem uma frequência elevada de esfregaços de escarro e testes de tuberculina falso-negativos (o último devido à “anergia”) e a ausência de granulomas característicosnos tecidos, particularmente nos estágios tardios do HIV. Morfologia TB primaria: Tipicamente, o bacilo inalado se implanta nos espaços aéreos distais da parte inferior do lobo superior ou na parte superior do lobo inferior, usualmente próximo à pleura. Sensibilização se desenvolve inflamação branco-acinzentada com consolidação formação do foco de Ghon. Na maioria dos casos, o centro desse foco sofre necrose caseosa. Os bacilos da tuberculose, tanto livres como no interior de fagócitos, são drenados para os nodos regionais, os quais também frequentemente sofrem caseação. Essa combinação de lesão Julia Paris Malaco – UCT16 parenquimatosa pulmonar e envolvimento nodal é referida como complexo de Ghon. Imunidade mediada por células controle da infecção fibrose do complexo de Ghon Calcificação(complexo de Ranke) Reação inflamatória granulomatosa característica, que forma tanto tubérculos caseosos quanto não caseosos Tuberculose secundária: A lesão inicial é normalmente um pequeno foco de consolidação, com menos de 2 cm de diâmetro. Tais focos são áreas branco-acinzentadas nitidamente circunscritas e firmes, que possuem uma quantidade variável de caseação central e fibrose periférica. Histologicamente, as lesões ativas demonstram tubérculos coalescentes característicos com caseação central. Tuberculose pleural A tuberculose pleural é a TB extrapulmonar mais comum no brasil Em pacientes com HIV + a TB mais comum é ganglionar A TB pleural ocorre por extensão direta quando um foco caseoso subpleural libera secreção para o espaço pleural ou por meio de disseminação hematogênica. O seu pico de ocorrência é de três a seis meses após a infecção primária. A manifestação típica é o início abrupto de febre, dor torácica pleurítica e tosse (+15 dias) Ocasionalmente, ocorre uma forma insidiosa que consiste em febre, perda ponderal e mal-estar. Se o derrame pleural for grande o suficiente, a dispneia pode ser observada. O exame físico mostra macicez à percussão e sons respiratórios diminuídos. Acima da área de macicez pode haver egofonia. Radiografias de tórax normalmente mostram derrame pleural unilateral, mais frequentemente no hemitórax direito. A doença bilateral ocorre em 10% dos casos. Os derrames pleurais podem ser moderados, grandes ou raramente maciços. *linfoma é um diagnóstico diferencial* Características da TB pleural Adulto jovem com febre + emagrecimento + dor torácica – pleurítica. Julia Paris Malaco – UCT16 Com raio X mostrando liquido – derrame pleural o Parábola de demoiseau – sugestivo em pacientes com derrame pleural Características do líquido Fazer punção para diferenciar Transudato x Exsudato Exsudato: o Glicose Baixa (bixo se alimenta de glicose); o Aumento de Proteínas (processo inflamatório); o Linfomonocitário (PMN no início) o ADA (adenosina deaminase) > 40, muito sugestivo de TB Diagnostico Baciloscopia: < 5% Teste rápido Molecular (TRM): 30 -50% Cultura: 40 a 50% Biópsia pleural: 80 – 90% (padrão ouro) Tuberculose miliar Fator de risco: criança não vacinada e imunodeprimidos Ocorre quando as bactérias se disseminam através do sistema arterial sistêmico. A tuberculose miliar é mais proeminente no fígado, medula óssea, baço, suprarrenais, meninges, rins, tubas uterinas e epidídimos, mas pode envolver qualquer órgão. Essa TB tem “aspectos de grãos de milho) A TB miliar geralmente se apresenta de forma insidiosa, consistindo em febre, perda ponderal, sudorese noturna e poucos sintomas ou sinais localizados. Pode haver meningite tuberculosa concomitante com sintomas associados. O exame físico pode mostrar tubérculo coroide, linfadenopatia e hepatomegalia. Radiografias de tórax podem mostrar múltiplas opacidades bilaterais pequenas, denominadas infiltrados miliares por causa de sua semelhança às sementes de milheto. Os achados das primeiras radiografias de tórax são geralmente sutis e podem ser evidentes apenas retrospectivamente, após três meses de acompanhamento. Uma variante da TB miliar é a tuberculose ativa disseminada, como pode ocorrer em pacientes infectados pelo HIV ou naqueles tratados com inibidores do TNF. Diagnóstico Aspirado de MO: 60% Biopsia Hepática / pulmonar: 90% (sempre pedir) Tuberculose meningea Julia Paris Malaco – UCT16 Fatores de risco: crianças não vacinadas pela BCG, imunodeprimidos Bixo consegue passar pela barreira hematoencefalica. A meningite TB é normalmente caracterizada por menos de duas semanas de febre, cefaleia e meningismo. Pode haver rebaixamento do nível de consciência, diplopia e, raramente, hemiparesia. O exame físico revela rigidez de nuca e, ocasionalmente, neuropatia de pares cranianos (VI, III, IV, VII em ordem de frequência) e sinais piramidais. Radiografias de tórax podem ser consistentes com a TBP ou a TB miliar. A TC de crânio evidencia realce das meninges basilares pós-contraste, áreas hipodensas compatíveis com infartos, hidrocefalia e, às vezes, lesões inflamatórias focais (tuberculomas). A angiografia por TC pode mostrar aprisionamento de vasos ou vasculite. Características Clínica subaguda Líquor: aumento de proteínas, glicose baixa, predomínio linfomonocitário. TC: Hidrocefalia Diagnóstico Baciloscopia: 15% TRM – TB: 30 a 80% Cultura 50 – 80%
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