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Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII Sistema reprodutor feminino Consiste no trato genital inferior (vulva e vagina) e no trato genital superior VULVA (GENITÁLIA EXTERNA FEMININA) Inclui o monte pubiano, os lábios maiores (grandes lábios), os lábios menores (pequenos lábios), o clitóris, o vestíbulo, o bulbo vestibular e as glândulas vestibulares maiores MONTE PUBIANO Área arredondada de pele, coberta de pelos e formada por tecido adiposo cutâneo Situada acima da sínfise púbica e o osso púbis adjacente Adultos: cobertura de pelos grossos usualmente é delimitada acima por um limite horizontal Após menopausa: pelos púbicos se tornam mais delgados e o tecido labial se atrofia levemente LÁBIOS MAIORES 2 proeminentes pregas longitudinais de pele, coberta externamente por pelos e lisa e rosada na superfície interna Se estendem para trás do monte pubiano até o períneo Formam os limites laterais da vulva Anteriormente se unem comissura anterior Posteriormente fundem-se com a pele adjacente comissura posterior se sobrepõe ao corpo perineal e é o limite posterior da vulva distância de 2,5-3 cm até o ânus Processo vaginal persistente e hérnia inguinal congênita pode atingir um lábio LÁBIOS MENORES 2 pequenas pregas cutâneas, desprovidas de gordura, situadas entre os lábios maiores Se estendem lateralmente a partir do clitóris, obliquamente para baixo e para trás, flanqueando o orifício vaginal Camada superior de cada lábio passa acima do clitóris formando uma prega, capuz ou prepúcio recobre glande do clitóris Camada inferior, de cada, passa abaixo do clitóris formando o frênulo do clitóris VESTÍBULO Abertura entre os lábios menores Contém: orifícios vaginal e uretral externo, aberturas das 2 glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) e de numerosas glândulas mucosas vestibulares menores URETRA Se abre no vestíbulo cerca de 2,5cm abaixo do clitóris e acima da abertura vaginal através do meato uretral curta fenda sagital, distensível e com formato variado BULBOS DO VESTÍBULO 2 massas alongadas de tecido erétil, situadas a cada lado do vestíbulo, com 3cm de comprimento Flanqueiam o orifício vaginal e se unem anteriormente a ele através de uma estreita comissura do bulbo Extremidades posteriores: contato com glândulas vestibulares maiores Extremidades anteriores: unidas pela comissura do bulbo e ao clitóris por 2 faixas de tecido erétil Superfícies profundas: contato com a face inferior do diafragma urogenital Superficialmente coberta pelo músculo bulboesponjoso posteriormente GLÂNDULAS VESTIBULARES MAIORES (DE BARTHOLIN) 2 pequenas massas arredondadas ou ovais que flanqueiam o orifício vaginal, em contato com as extremidades posteriores dos bulbos do vestíbulo Cada uma abre na parte posterolateral do vestíbulo por um ducto de 2cm no sulco entre hímen e o lábio menor São compostas por tecido tubuloacinar e secretam um muco claro ou esbranquiçado com propriedades lubrificantes Estimuladas pela excitação sexual Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII CLITÓRIS Estrutura erétil parcialmente envolvida pelos lábios menores Tem uma raiz, um corpo e uma glande 2 corpos cavernosos: compostos por tecido erétil, envolvidos em tecido conjuntivo fibroso denso e separados medialmente por um incompleto septo fibroso pectiniforme cada corpo cavernoso preso a seu ramo isquiopúbico por um pilar que se estende a partir da raiz do clitóris Tecido conjuntivo fibroso forma um ligamento suspensor preso superiormente à sínfise púbica. Glande do clitóris: pequeno tubérculo arredondado de tecido erétil esponjoso na extremidade do corpo do clitóris e conectado aos bulbos do vestíbulo por delicadas faixas de tecido erétil. Seu epitélio tem uma alta sensibilidade cutânea, importante em respostas sexuais SUPRIMENTO VASCULAR ARTÉRIA Suprida por ramos pudendos externos superficial e profundo da artéria femoral + da artéria pudenda interna a cada lado VEIAS Drenagem da pele vulvar: através das veias pudendas externa para a veia safena magna Drenagem do clitóris: através de veias dorsais profundas para a veia pudenda interna, + de veias dorsais superficiais para as veias pudenda externa e safena magna VAGINA Tubo fibromuscular revestido por um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado Se estende a partir do vestíbulo até o útero Sua extremidade superior: circunda a projeção vaginal da cérvice uterina recesso entre cérvice e vagina fórnice Sobe posterior e superiormente em um ângulo de 90° com o eixo uterino Parede anterior: tem ~7,5 cm de comprimento e está relacionada à base da bexiga, em suas porções média e superior, e à uretra (porção inferior) Superfícies internas das paredes anterior e posterior se encontram e formam a fenda transversal Parede posterior (9cm de comprimento): - ¼ superior: coberta por peritônio, - Região intermediaria: separada do reto pela escavação retouterina e pela fáscia de Denonviller - ¼ inferior: separada do canal anal pelo corpo perineal fibromuscular Lateralmente: músculo levantador do ânus (é composto por 3 músculos e ajuda na contensão urinária) e fáscia pélvica Ureteres passam próximos aos fórnices laterais e, ao entrarem na bexiga, encontram-se anteriormente à vagina e são cruzados pela artéria uterina ipsilateral Vagina se abre externamente pelo introito sagital, abaixo do meato uretral Hímen: delgada prega de membrana mucosa situada justamente no orifício vaginal anel himenal normalmente se rompe após o 1º intercurso sexual Remanescentes do ducto de Gartner são ocasionalmente vistos ao se projetarem através dos fórnices laterais ou partes laterais da vagina; podem causar cistos (cistos de Gartner). SUPRIMENTO VASCULAR ARTÉRIAS Derivadas das artérias ilíacas internas Artérias vaginais formam 2 vasos longitudinais medianosartérias ázigos da vagina descem sobre a vagina e suprem a membrana mucosa Ramos uterino, pudendo interno e retal médio da artéria ilíaca também podem contribuir para o suprimento sanguíneo VEIAS Veias vaginais, uma a cada lado, formam-se a partir de plexos laterais que se conectam aos plexos uterino, vesical e retal, e drenam para as veias ilíacas internas. Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII ÚTERO Órgão muscular de paredes espessas Local da nidação e menstruação Posteriormente à bexiga e ao espaço uterovesical e anteriormente ao reto e à escavação (fundo de saco) retouterina Dividido em 2 regiões principais: corpo e cérvice Adultas nulíparas: cérvice se dobra para a frente em relação ao eixo da vagina (anteversão), e o corpo do útero se dobra para a frente em relação à cérvice (anteflexão) 10 a 15% das mulheres: todo o útero se inclina para trás em um ângulo com a vagina e é dito como retrovertido (retroversão). CORPO DO ÚTERO 2/3 superiores do útero Formato piriforme Se estende do fundo superiormente até a cérvice inferiormente Cavidade do corpo mede 6cm a partir do óstio externo da cérvice até a parede do fundo Próximo a sua extremidade superior cornos uterinos entrada das tubas uterinas Inferoanteriormente a cada corno ligamento redondo Inferoposteriormente a cada corno ligamento ovariano Fundo: superior aos pontos de entrada das tubas, coberto por peritônio e em contato com as alças do intestino delgado e colo sigmoide (quando distendido) Peritônio de cada margem lateral do corpo reflete ligamento largo se estende em direção à parede pélvica Superfície anterior: coberta por peritônio reflete sobre a bexiga prega uterovesical ao nível do óstio interno (margem mais inferior do corpo) Superfície posterior: cobertura peritoneal continua até a cérvice e a parte superior da vagina, e em seguida é refletida em direção ao reto criando escavação retouterina (de Douglas) Posterior ao útero: colo sigmoide e ocasionalmente a parte terminal íleo Falha na fusão dos ductos paramesonéfricos (de Müller) útero sem formato piriforme. Presença de septo útero septado; ou de fenda parcial dividindo o útero (útero bicornual); Exemplo mais extremo: vagina septada, 2 cérvices e 2 úteros distintos, cada com 1 tuba uterina (útero didelfo) CÉRVICE 1/3 inferior do útero Cérvice de mulher adulta e não grávida: + estreita e cilíndrica que o corpo do útero, medindo 2,5cm de comprimento Extremidade superior: comunica com o corpo do útero através do óstio interno da cérvice Extremidade inferior: se abre na vagina através do óstio externo da cérvice Mulheres nulíparas: óstio externo tem abertura circular após 1º parto fenda transversal 2 cristas longitudinais: originam pequenas pregas palmadas oblíquas que sobem lateralmente como os ramos de uma árvore (“árvore da vida do útero”) pregas de paredes opostas se interdigitam fechar o canal cervical. Istmo (porção mais estreita): terço superior da cérvice é incorporado pelo corpo do útero durante 2º mês de gestação formando o segmento uterino inferior; istmo sofre alterações menstruais. Extremidade externa da cérvice entra na extremidade superior da vagina partes vaginal e supravaginal (separada anteriormente da bexiga pelo paramétrio) SUPRIMENTO VASCULAR ARTÉRIAS Advém da artéria uterina, que se origina da divisão anterior da artéria ilíaca interna Artéria uterina cruza o ureter anteriormente no ligamento largo antes de se ramificar à medida que atinge o útero ao nível da junção cervicouterina Ramo principal: sobe anastomosa com ramos da artéria ovariana (gonadal) Outro ramo desce para suprir a cérvice e se anastomosa com ramos da artéria vaginal forma as artérias ázigos da vagina Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII VEIAS Veias uterinas se estendem lateralmente nos ligamentos largos, seguem adjacentes às artérias e passam sobre os ureteres. Drenam para as veias ilíacas internas Plexo venoso uterino se anastomosa com os plexos venosos vaginal e ovariano CLÍNICA – CULDOCENTESE É a punção do fórnice vaginal posterior com a utilização de agulha para obtenção de líquidos do fundo de saco para cultura e testes de detecção de sangue de gestação ectópica ou cisto ovariano. TUBAS UTERINAS (TROMPAS DE FALÓPIO) Situadas na pelve menor, presas a parte superior do corpo do útero e seus óstios abrem na cavidade uterina Responsável pela condução do oócitos Onde ocorre a fecundação As fímbrias e toda mucosa que reveste a tuba são recobertas por epitélio ciliado cujos cílios batem em direção à ampola. Inferior: ovário Medial: útero Posterior: intestino e ureter Lateral: fimbrias Segue lateral e superiormente e se divide em 4 partes contínuas (intramural; istmo; ampola e o infundíbulo) Intramural: tem 0,7 mm de largura, 1cm de comprimento e se localiza em meio ao miométrio Istmo: tem 1,5mm de largura, 3cm de comprimento, contorno arredondado e consistência muscular firme Ampola (porção mais larga da tuba): tem diâmetro luminal máximo de 1cm, 5m de comprimento, parede delgada e superfície luminal pregueada. Se abre no infundíbulo, em forma de trompete ou funil, no óstio abdominal. Fímbrias: numerosas pregas digitiformes, com 1mm de largura, presas às extremidades do infundíbulo. fímbria ovariana (+longa e ramificada que as outras) encontra-se aplicada ao polo tubário do ovário. Na ovulação: fímbrias incham e se estendem captura do ovócito liberado. CLÍNICA Laqueadura das tubascontrole da natalidade Quando o blastocisto formado se implanta na túnica mucosa da tuba uterina, gravidez ectópica tubária local mais comum é na ampola SUPRIMENTO VASCULAR ARTÉRIAS 1/3 lateral da tuba: suprido pela artéria ovariana, que continua no mesossalpinge para se anastomosar com ramos derivados da artéria uterina. 2/3 mediais da tuba: supridos pela artéria uterina VEIAS 1/3 laterais da tuba: drenados pelo plexo pampiniforme das veias ovarianas, que se abrem na veia cava inferior do lado direito e na veia renal do lado esquerdo 2/3 mediais da tuba: drenados pelo plexo uterino para a veia ilíaca interna. OVÁRIOS Tecido conjuntivo fibroso denso no qual os ovócitos estão embebidos. Gônada feminina responsável pelo desenvolvimento de oócitos e produção de hormônios sexuais Adulto não gravídico: situados na pelve menor a cada lado do útero, suspensos na cavidade pélvica pelo mesovário *mesovário: curta prega peritoneal que prende o ovário à parte dorsal do ligamento largo e conduz vasos sanguíneos e nervos para o hilo do ovário. Após o início da ovulação regular sua superfície lisa passa a ser distorcida devido a formação de tecido cicatricial Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII Mulheres maduras sob o ponto de vista reprodutivo: 4 × 2 × 3 cm mais do que dobram seu tamanho durante a gestação. Recém-nascido: 1,3 × 0,6 × 0,4 cm. Antes da menarca: 1/3 do tamanho normal do ovário de um indivíduo adulto em vida reprodutiva Após a menopausa: reduz para 2,0 × 1,5 × 0,5 cm, e ainda Menopausa tardia: reduz mais ainda para 1,5 × 0,75 × 0,5 cm. Superfície lateral: contato com o peritônio parietal na fossa ovariana. Superfície medial: útero e para os vasos uterinos no ligamento largo Acima da extremidade superior: fímbrias + porção distal da tuba uterina. Borda anterior: voltada para o folheto posterior do ligamento largo e contém o mesovário. Borda posterior (livre): parte superior da artéria e da veia ilíacas internas, e o ureter. Lado direito (superior e lateralmente ao ovário) junção ileocecal, o ceco e o apêndice vermiforme cistos no ovário simulam apendicite Lado esquerdo: colo sigmoide passa sobre o polo superior do ovário e se une ao reto Mesossalpinge (divisão do ligamento largo) se localiza abaixo da tuba uterina. Na vida embrionária e fetal inicial: ovários estão na região lombar, próximo aos rins descem gradualmente ao longo do gubernáculo e param na pelve menor. *raramente: ovários descem ao longo de todo o trajeto dos gubernáculos encontrados nos lábios maiores. Durante a gravidez: levantados em uma posição alta na pelve ~14 semanas de gestaçãoestruturas parcialmente abdominais. Por volta do 3º trimestre, estruturas totalmente abdominais verticalmente atrás e lateralmente ao útero gravídico SUPRIMENTO VASCULAR ARTÉRIAS GONADAIS Artérias ovarianas são ramos da aorta abdominal e se originam abaixo das artérias renais. Cada uma desce por trás do peritônio e cruza a artéria e a veia ilíacas externas para entrar na cavidade pélvica verdadeira onde se divide em um ramo para o mesovário que supre o ovário, e um ramo que se continua para dentro do ligamento largo do útero, abaixo da tuba uterina, e supre a tuba. VEIAS GONADAIS Veias ovarianas emergem do ovário como o plexo pampiniforme no mesovário e no ligamento suspensor 2 veias emergem do plexo e se juntam em um vaso único antes de entrar na veia cava inferior do lado direito ou na veia renal do lado esquerdo.
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