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Sistema Nervoso Autônomo: manifestações fisiológicas (pressão arterial, metabolismo, temperatura corporal, digestão, sudorese, evacuação). Sistema Nervoso Somático: manifestações comportamentais que são características de cada tipo de emoção; controle da musculatura esquelética, responsável pela nossa locomoção e por outros movimentos voluntários. As emoções podem ser classificadas em positivas e negativas. Conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas morfologicamente e funcionalmente, relacionadas com as emoções e a memória. Emoções Memória Áreas Corticais Áreas Subcorticais Córtex Cingular Anterior Córtex Insular Anterior Córtex Pré-frontal Orbitofrontal Hipotálamo (parte) Área Septal Núcleo Accumbens Habênula Amígdala Áreas Corticais Áreas Subcorticais Hipocampo Giro Denteado Córtex Entorrinal Córtex Para-hipocampal Córtex Cingular Posterior Fórnix Corpo Mamilar Trato Mamilotalâmico Núcleos Anteriores do Tálamo Emanuely Campana - Psicologia UVV Relaciona-se com o processamento das emoções; evocação de memórias tristes. A ablação da parte anterior do giro do cíngulo (cingulectomia) já foi empregada no tratamento de psicóticos agressivos. Essa ablação serve para domesticar os animais. Envolvido com a capacidade de sentir empatia; conhecimento da própria fisionomia como diferente da dos outros; sensação de nojo ao ver imagens de fezes, vômito; percepção dos componentes subjetivos das emoções. O circuito – orbitofrontal-estriado-tálamo-cortical – formado pelo núcleo caudado, globo pálido, núcleo dorsomedial do tálamo e área basal está envolvido no processamento das emoções, supressão de comportamentos socialmente indesejáveis, manutenção da atenção. Parte do diencéfalo, se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico. Regulação dos processos emocionais, coordenador das manifestações periféricas das emoções através de suas conexões com o sistema nervoso autônomo. Sua estimulação pode desencadear o comportamento de ataque agressivo. Situada abaixo do rostro do corpo caloso, anteriormente à lâmina terminal e à comissura anterior. Tem conexões com a amígdala, hipocampo, tálamo, giro do cíngulo, hipotálamo e formação reticular, através do feixe prosencefálico medial. Lesões bilaterais em animais causam “raiva septal” – hiperatividade emocional, ferocidade e raiva diante de condições que normalmente não modificam o comportamento do animal. Atua na regulação de atividades viscerais – sua estimulação altera a pressão arterial e o ritmo respiratório. Um dos centros de prazer no cérebro – sua estimulação causa euforia. Sua destruição causa reação anormal aos estímulos sexuais e à raiva. Situado entre a cabeça do núcleo caudado e o putâmen. Faz parte do corpo estriado ventral. É o mais importante do sistema mesolímbico – sistema de recompensa ou do prazer do cérebro. Situa-se no trígono das habênulas, no epitálamo, abaixo e lateralmente à glândula pineal. Constituída pelos núcleos habenulares medial e lateral. Conexões com os núcleos septais e sistema mesolímbico – participa da regulação dos níveis de dopamina nos neurônios desse sistema. A estimulação dos núcleos habenulares resulta em ação inibitória sobre o sistema dopaminérgico mesolímbico e sobre o sistema serotoninérgico de projeção difusa – desenvolvimento de transtornos de humor. A estimulação elétrica no núcleo lateral da habênula ajuda no tratamento de casos graves de depressão. É ativada pela não recompensa – frustração. Emanuely Campana - Psicologia UVV Tem 12 núcleos que são divididos em três grupos. Grupo corticomedial: recebe conexões olfatórias e parece estar envolvido com os comportamentos sexuais. Grupo basolateral: recebe a maioria das conexões aferentes da amígdala. Grupo central: dá origem às conexões eferentes. A amígdala tem 14 conexões aferentes e 20 eferentes. Grande diversidade de neurotransmissores – acetilcolina, GABA, serotonina, noradrenalina, substância P e encefalinas. Processamento das emoções e desencadeadora do comportamento emocional. Processamento do medo. Reconhecimento de faces com expressões emocionais. A estimulação do grupo basolateral causa reações de medo e fuga, do grupo corticomedial causa reação defensiva e agressiva. Maior concentração de receptores para hormônios sexuais do SNC – sua estimulação reproduz uma variedade de comportamentos sexuais e sua lesão provoca hipersexualidade. Pacientes com lesões bilaterais da amígdala não sentem medo. Pacientes com prosopagnosia continuam a reconhecer expressões faciais de emoção. O medo resulta da ativação geral do sistema simpático e liberação de adrenalina pela medula da glândula suprarrenal. A informação visual ou auditiva é levada ao tálamo e depois às áreas primárias e secundárias. A partir daí a informação segue por dois caminhos. Via direta: informação visual é levada e processada na amígdala basolateral, passa à amígdala central, que dispara o alarme, sob responsabilidade do sistema simpático; mais rápida; permite resposta imediata ao perigo; é inconsciente. Via indireta: a informação passa ao córtex pré-frontal e depois à amígdala; mais lenta; por ela que o medo se torna consciente, pois os impulsos chegam ao córtex pré-frontal, onde as informações recebidas e seu contexto são analisados. Formado por neurônios dopaminérgicos que vão da área tegmentar ventral do mesencéfalo, passando pelo feixe prosencefálico medial, até os núcleos septais e núcleo accumbens, que se projetam para o córtex pré-frontal orbitofrontal. Há projeções diretas da área tegmentar ventral para a área pré-frontal e projeções de retroalimentação entre esta área e a tegmentar ventral. Esse sistema premia com sensação de prazer os comportamentos importantes para a sobrevivência, mas também é ativado por situações cotidianas que causam alegria. A dependência química ocorre pela estimulação exagerada dos neurônios desse sistema, o que resulta em gradual diminuição da sensibilidade dos receptores e redução de seu número. Há evidências de base neurobiológica em transtornos como ansiedade, depressão, TDAH, esquizofrenia. As respostas autonômicas e comportamentais que ocorrem na reação normal ao medo têm o papel de preparar o organismo para situações de emergência. Ansiedade: expressão inapropriada de medo, que pode ser desencadeado por recordações ou perigos pouco definidos, ativando a amígdala. Quando desencadeada de forma crônica, se transforma em estresse, causando danos ao organismo. Neurônios hipotalâmicos, em resposta a estímulos da amígdala, (1) liberam o hormônio adrenotropicocórtico (ACTH), que induz a (2) liberação do cortisol pela adrenal. A exposição crônica ao cortisol pode levar à disfunção e à morte dos neurônios hipocampais. O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é regulado pelo hipocampo, que tem efeito inibitório sobre esse eixo. A degeneração do hipocampo torna a resposta ao estresse mais acentuada, tendo maior liberação de cortisol e maior lesão do hipocampo. Emanuely Campana - Psicologia UVV
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