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Bases moleculares do câncer

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/
Bas󰈩󰈻 mo󰈗󰈩󰇸󰉊la󰈸󰈩󰈼 do câ󰈝󰇸er  
Al󰉃e󰈹󰈀çõ󰇵s mo󰈗󰈩󰇸󰉊la󰈸󰈩󰈼, ag󰈩󰈝󰉄󰇵s ca󰈸󰇸󰈎n󰈢󰈇ê󰈞ic󰈡󰈻, ma󰈝󰈎󰇿󰇵s󰉃açõ󰈩󰈼 c󰈗í󰈞ic󰈀󰈻 e es󰉃󰈀󰇶󰈏am󰈩󰈝󰉄󰈢  
 
COMPREENDER AS ALTERAÇÕES EM NÍVEL          
MOLECULAR DE CÉLULAS TUMORAIS E          
SUAS REPERCUSSÕES  
 
01- BASES MOLECULARES DA        
CARCINOGÊNESE  
 
Células tumorais originam-se de células          
normais que sofreram alterações no   
 
- DNA (GENÉTICO)  
 
- MECANISMO DE CONTROLE DA        
EXPRESSÃO GÊNICA (EPIGENÉTICA)  
 
→ CARCINOGÊNESE  
 
É um processo complexo  
 
Multifásico  
 
Dependente de fenômenos   
 
GENÉTICOS + EPIGENÉTICOS = Causem no            
surgimento de clones de células          
imortalizadas  
 
Que adquirem a capacidade de se   
 
- Multiplicar autonomamente  
- Invadir os tecidos vizinhos  
- Metástases  
 
SÃO MONOCLONAIS → Formado por um            
clone que venceu o controle de proliferação e                
ficou imortal  
Ela gera SUBCLONES  
 
HÁ 4 CLASSES DE GENES ENVOLVIDAS            
NESSE PROCESSO  
 
→ PROTO-ONCOGENES  
 
Ganho de função  
 
→ SUPRESSORES DE TUMOR  
 
Perde a função ou pode ficar hipossuficiente   
 
 
 
→ REGULADORES DA APOPTOSE  
 
Perdem função, ocasionando menos mortes  
 
→ REPARO DO DNA  
 
Atrapalham a função de reconhecer e            
reparar danos genéticos  
 
A carcinogênese resulta do acúmulo de            
mutações complementares de forma gradual          
ao longo do tempo  
 
A) INICIAÇÃO  
 
1ª MUTAÇÃO   
 
Transformação celular  
 
Mudança celular induzidas pelos agentes →            
modificações genômica  
 
Capacidade de autorrenovação e        
persistência a longo prazo  
 
Ela se torna menos responsiva a inibição da                
proliferação celular, diferenciação e        
apoptose  
 
Porém, ainda não é capaz de gerar tumor  
 
Ação irreversível -- uma vez ou fracionado  
 
Nem toda agressão ao DNA leva a              
transformação celular, pois os genes de            
reparo podem corrigir os defeitos ocorridos  
 
B) PROMOÇÃO  
 
Proliferação ou expansão das células          
iniciadas  
 
Fixação da alteração → FORMAÇÃO DA            
NEOPLASIA  
 
↑ probabilidade de novas mutações  
 
Necessita de promotores → não alteram o              
DNA  
/
São agentes que causam inflamação e            
proliferação celular  
 
Todo agente que produz hiperplasia pode            
comportar-se como promotor  
 
C) PROGRESSÃO  
 
Após seu surgimento, um câncer sofre            
modificações biológicas  
 
Que o tornam mais maligno e agressivo  
 
Mutações sucessivas nas células  
 
Causa da heterogeneidade  
 
Ocorre seleção clonal → Mais fortes            
continuam → Agressividade e malignidade  
 
02- MARCAS CELULARES E MOLECULARES          
DO CÂNCER  
 
As neoplasias malignas apresentam        
FENÓTIPOS  
 
“marcas registradas do câncer”  
 
Parece que todos os cânceres exibem oito              
alterações fundamentais na fisiologia celular  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) AUTOSSUFICIÊNCIA NOS SINAIS DE          
CRESCIMENTO  
 
Capacidade de proliferação sem estímulos          
externos  
 
Regulada por oncogenes (proto-oncogenes        
mutados)  
 
PROTO-ONCOGENES → Sintetizam proteínas        
reguladoras do crescimento celular  
 
Que em geral acontece assim:   
 
- Ligação FATOR DE CRESCIMENTO +          
RECEPTOR  
 
- Transmissão do sinal até o núcleo  
 
- TRANSCRIÇÃO do DNA  
 
- Ciclo celular → DIVISÃO  
 
Quando sofrem mutação , deixam da          
necessidade de FATORES EXTERNOS para a            
proliferação  
 
E as células que sofrem essa mutação, são                
liberadas dos CHECKPOINTS → Então nada            
as impede de proliferar  
 
ONCOGENES → ONCOPROTEÍNAS →        
AUTOSSUFICIÊNCIA NO CRESCIMENTO   
 
ONCOPROTEÍNAS → Sintetizam fatores de          
crescimento → Que vão atuar nos próprios              
receptores celulares de crescimento        
(AUTÓCRINA)  
Então ela começa a regular seu crescimento  
 
Enquanto nas células “normais”, é uma ação              
parácrina → Uma sintetiza para agir em              
outra  
 
B) INSENSIBILIDADE À INIBIÇÃO DE          
CRESCIMENTO  
 
Os supressores tumorais deveriam aplicar          
freios a essa proliferação excessiva  
 
Porém, quando sofrem mutação, perde essa            
função  
 
As proteínas supressoras tumorais formam          
uma rede → CHECKPOINT  
 
/
Que evitam o crescimento desregulado  
 
RB, p53  
 
Pode levar a célula à:   
 
- Quiescência (TEORIA DA BELA        
ADORMECIDA)  
- Senescência (interrupção permanente)   
- Apoptose  
 
RB  
 
Um regulador negativo  
 
Fundamental na transição do ciclo celular            
G1/S  
 
Está direta ou indiretamente inativado na            
maioria dos cânceres humanos  
 
TP53  
 
É o monitor central do estresse na célula  
 
Regula a progressão do ciclo celular  
 
O reparo de DNA  
 
A senescência celular  
 
A apoptose  
 
Gene que mais frequentemente sofre          
mutação  
 
Regula a passagem de G1/S  
 
C) METABOLISMO CELULAR ALTERADO  
 
Mesmo na presença de oxigênio suficiente  
 
↑ Níveis de absorção de glicose  
 
↑ de conversão de glicose em LACTOSE → Via                  
GLICOLÍTICA  
 
Fermentação anaeróbica → EFEITO        
WARBURG   
 
Usada para visualizar os tumores através da              
tomografia de emissão de pósitrons (PET)  
 
 
 
 
O motivo de utilizarem essa via não              
vantajosa do ponto de vista celular normal é:   
 
A via glicolítica fornece produtos          
intermediários que são importantes para          
síntese de componentes das células tumorais  
 
Diferente da via oxidativa, que não oferece              
esses produtos  
 
D) EVASÃO DA APOPTOSE   
 
O acúmulo de células neoplásicas pode            
resultar também de mutações nos genes que              
regulam a apoptose  
 
A via mais comum para ser impedida é a                  
INTRÍNSECA  
 
Há uma superexpressão da genes          
anti-apoptóticos → Gerando uma sobrevida  
 
Também pode haver supressão de proteínas            
que coordena a resposta apoptótica, com a              
p53  
 
E) POTENCIAL DE REPLICAÇÃO ILIMITADO  
 
Todos os cânceres contêm células que são              
imortais  
 
E que possuem potencial replicativo ilimitado  
 
3 FATORES JUNTOS CONTRIBUEM PARA ISSO:  
 
1- EVASÃO DA SENESCÊNCIA  
 
As células possuem um pico de divisão (70x)  
 
Após isso, param de se dividir            
(SENESCÊNCIA)  
 
Acredita-se que ocorra por conta o RB , que                
impede a continuação da divisão celular G1/S  
 
Devido ao acúmulo de danos ao DNA ao                
longo do tempo  
 
Mas nos tumores, esse supressor tumoral            
está mutado… Então não há CHECKPOINT  
 
Logo, a célula não fica senescente   
 
 
 
 
/
2- EVASÃO DA CRISE MITÓTICA  
 
A cada divisão celular ocorre o            
encurtamento do TELÔMERO  
 
Extremidade livre de um cromossomo →            
ESTABILIDADE ESTRUTURAL PARA O DNA  
 
Garante que cada ciclo replicativo seja            
completado  
 
Quando o TELÔMERO É DESTRUÍDO  
 
As partes expostasdo DNA são detectadas  
 
A p53 faz interromper o crescimento e pode                
levar à apoptose  
 
Se a p53 não for funcional , pode ocorrer uma                  
combinação não homóloga de duas partes            
descobertas de dois cromossomos  
 
Causando um dano em bola de neve → CRISE                  
MITÓTICA → Morte celular  
 
Em algumas céls é expressa a TELOMERASE              
→ Que reconstrói os telômeros e sobreviver  
 
3- AUTORRENOVAÇÃO  
 
As células-tronco teciduais expressam a          
telomerase  
 
Evitam as alterações genéticas e          
epigenéticas que desencadeiam a        
senescência  
 
E possuem a capacidade de autorrenovação  
 
Ou seja, ao menos uma das células filhas                
será uma célula tronco  
 
São as chamadas células-tronco do câncer  
 
Dando uma capacidade proliferativa        
ilimitada para o câncer  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
F) ANGIOGÊNESE  
 
O tumor não consegue evoluir mais do que                
1-2 mm se ele não tiver fatores que induzam a                    
angiogênese  
 
É o processo de desenvolvimento de novos              
vasos sanguíneos a partir dos vasos            
sanguíneos existentes  
 
Quando começa a crescer, o tumor entra              
quase em uma “hipóxia”  
 
Então libera o HIF (Fator induzido por              
hipóxia)   
 
Que responde liberando VEGF (FATOR DE            
CRESCIMENTO DO ENDOTÉLIO CAPILAR)  
 
O VEGF causa Vasodilatação e aumento da              
permeabilidade  
 
Então ocorre a separação dos PERICITOS            
(Estabilidade vascular)   
 
Migração e proliferação das células          
endoteliais   
 
Guiadas por células orientadoras        
(SINALIZAÇÃO NOTCH)  
 
Recrutamento de novos pericitos  
 
Supressão da proliferação  
 
FUNÇÕES: O2, Nutrientes e fatores de            
crescimento para as células tumorais          
adjacentes (IGF e PDGF)  
 
CARACTERÍSTICAS: Tortuosos (padrão      
aleatório), ↑ permeabilidade e ↑ dilatação  
 
Esses elementos favorecem a metástase  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
/
G) INVASÃO E METÁSTASE  
 
São resultados de interações entre as células              
dos tumores e os estroma normal  
 
Principal causa de morbimortalidade  
 
- INVASÃO DA MATRIZ EXTRACELULAR  
 
Se inicia com a menor adesão celular  
 
Então ocorre degradação da membrana          
basal e do tecido conjuntivo intersticial            
(proteólise)  
 
Fuga do mecanismo de morte causado pela              
não adesão celular  
 
Invasão  
 
- DISSEMINAÇÃO VASCULAR  
 
Ao atingirem a corrente sanguínea, as células              
vasculares ficam sujeitas as forças mecânicas            
exercidas dentro do vaso  
 
Podendo ser destruídas  
 
Dentro da circulação, tendem a formar            
aglomerados (MASSAS TUMOR-PLAQUETAS)  
 
- SAÍDA DO TUMOR + IMPLANTAÇÃO EM              
OUTRO TECIDO  
 
 
→ GENÉTICA MOLECULAR DO        
DESENVOLVIMENTO DE METÁSTASES  
 
1- EVOLUÇÃO CLONAL  
 
De acordo com a heterogeneidade do tumor  
 
Forma um subgrupo de subclones  
 
Que desenvolveram um padrão de expressão            
gênica, que as permitem concluir a metáste   
 
Isso devido ao acúmulo de mutações   
 
2- ASSINATURA METASTÁTICA  
 
Existe um padrão “assinatura” de expressão            
gênica na maioria das células tumorais  
 
O que as permite fazer metástase  
 
3- JUNÇÃO DAS DUAS  
 
Há uma assinatura metastática  
 
Mas ela sozinha não é suficiente  
 
Aí as mutações que vão se acumulando ,              
fazem com que ocorra a metástase  
 
4- VARIANTES METASTÁTICA  
 
Não apenas características genéticas da          
célula vão favorecer a metástase  
 
Mas fatores do microambiente  
 
Como a MEC e angiogênese  
 
MEC → Amplifica o sinal proteolítico e libera                
fatores angiogênicos  
 
Favorecendo a metástase  
 
H) EVASÃO DA DEFESA DOS HOSPEDEIROS  
 
O sistema imunológico faz a vigilância            
imunológica  
 
A procura de células que saiam do padrão                
reconhecido pelo corpo  
 
E se encontrar antígenos não pertecentes ao              
nosso corpo, elimina  
 
MHC classe I (apresentadora de antígeno) da              
célula ajuda o Linfótico T nessa tarefa  
 
Apresentando:  
 
- PRODUTOS DE GENES MUTADOS  
 
- PROTEÍNAS SUPEREXPRESSAS  
 
- ANTÍGENOS PRODUZIDOS POR VÍRUS  
 
- ANTÍGENOS ONCOFETAIS (ptns      
expressas em altos níveis por céls            
tumorais e tecidos fetais)  
 
- GLICO-LIPO-PROTEÍNAS DA    
SUPERFÍCIE CELULAR ALTERADOS  
 
 
 
 
 
/
MECANISMOS EFETORES ANTITUMORAIS  
 
- LINFÓCITO T CITOTÓXICO  
 
Reagem contra o antígeno induzindo aa            
morte celular  
 
- CÉLULAS NK  
 
Também destroem as céls por lise  
 
- MACRÓFAGOS  
 
Podem destruir a célula tumoral pelo mesmo              
mecanismo de destruíção de microrganismo  
 
MECANISMO DE EVASÃO  
 
- FALHA NA PRODUÇÃO DE ANTÍGENOS            
TUMORAL  
 
Elas não possuem antígenos  
 
Logo não são reconhecidas pelos linfócitos  
 
- MUTAÇÃO NO MHC  
 
Então não há apresentação do antígeno  
 
Logo os linfócitos também não reconhecem  
 
- PROTEÍNAS IMUNOSUPRESSORAS/      
INIBITÓRIAS  
 
Fatores liberados que diminuem a função            
linfocitária  
 
Logo não há destruição do tumor  
 
E também pode inibir -- ATIVA E DESATIVA O                  
LINFÓCITO  
___________________________________________________  
 
A aquisição das alterações genéticas e            
epigenéticas que conferem essas marcas   
 
Pode ser acelerada pela instabilidade          
genômica e pela inflamação promotora do            
câncer  
___________________________________________________  
 
 
 
 
 
 
I) INSTABILIDADE GENÔMICA  
 
Normalmente, as células contém p53   
 
Que podem retardar o ciclo celular, dando              
tempo de reparar  
 
Ou induzindo a apoptose em lesões            
irreparáveis  
 
Se há falha nesse mecanismo, a célula              
progride  
 
J) INFLAMAÇÃO CAPACITORA DE CÂNCER  
 
Os cânceres infiltrados provocam uma          
reação inflamatória crônica  
 
Recrutando células de defesa  
 
Que podem ajudar a proliferação do tumor  
 
Pois, as células de defesa podem  
 
- LIBERAR FATORES DE CRESCIMENTO (EGF e              
protease → MEC)  
 
- REMOVER SUPRESSORES DE        
CRESCIMENTO (Removendo mais ainda a          
adesão)  
 
- AUMENTAR A RESISTÊNCIA PARA A MORTE              
CELULAR (Impedem a morte induzida pela            
falta de adesão)  
 
- INDUZIR A ANGIOGÊNESE (VEGF)  
 
- ATIVAR A INVASÃO E METÁSTASE (Por              
remodelação da MEC)  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
/
CONHECER OS PRINCIPAIS AGENTES        
CARCINOGÊNICOS E SEU MECANISMO DE          
AÇÃO  
 
01- CARCINOGÊNESE QUÍMICA  
 
Substâncias químicas segura ou        
presumivelmente cancerígenas encontram-se      
amplamente distribuídas na natureza  
 
- ALGUNS SÃO MUITO POTENTES  
 
- OUTROS FICAM EM CONTATO COM          
SERES HUMANOS POR MUITO TEMPO  
 
Dependendo dessas duas variáveis, têm          
maior ou menor importância prática  
 
Os cancerígenos químicos são divididos em            
duas grandes categorias:   
 
- DIRETOSNão precisam sofrer reações químicas antes            
de causarem danos  
 
- INDIRETOS  
 
Sofrem alterações antes de causarem danos  
 
O metabolismo dos carcinógenos é feito por              
diversas enzimas, como as do   
 
CITOCROMO P-450 → FÍGADO → ATIVAÇÃO,            
DESATIVAÇÃO DE FÁRMACOS, SÍNTESE DE          
HORMÔNIOS  
 
Alguns fármacos (FENOBARBITAL) aumentam        
a síntese dessas enzimas → AUMENTANDO A              
CHANCE DE TUMORES  
 
Os carcinógenos químicos diretos ou          
indiretos atuam sobre o DNA e causam              
mutações  
 
Os genes mais frequentemente afetados por            
carcinógenos químicos são  
 
- RAS  
- P53  
 
 
 
 
 
 
O principal mecanismo de ação dos            
carcinógenos químicos é a formação de   
 
COMPOSTOS COVALENTES COM O DNA  
 
Que aumentam a probabilidade de          
ocorrerem erros durante a replicação  
 
Alguns compostos químicos podem inibir a            
ação de enzimas reparadoras também  
 
Dividido em duas etapas:  
 
A) INICIAÇÃO  
 
Exposição das células a uma dose suficiente              
de agentes carcinogênicos  
 
Tornando-a potencialmente capaz de dar          
origem a um tumor  
 
Porém, sozinha não é suficiente para a              
formação do tumor  
 
O DNA cria uma ‘memória’   
 
E mesmo após muito tempo após iniciado,              
pode desenvolver um tumor  
 
B) PROMOÇÃO  
 
Os promotores podem induzir o surgimento            
de tumores nas células iniciadas  
 
02- CARCINOGÊNESE POR RADIAÇÃO  
 
Tanto as radiações   
 
- excitantes (ultravioleta)   
- Ionizantes (raio-x)  
 
Podem provocar tumores  
 
Podem ativar oncogenes e/ou desativar          
supressores de tumor  
 
Podem ocorrer muitos anos ou décadas            
depois da exposição  
 
 
 
 
 
 
 
 
/
A) RAIOS ULTRAVIOLETAS  
 
A exposição, principalmente em pessoas com            
menos melanina está associada a uma            
incidência aumentada de   
 
- Carcinoma de células escamosas,   
- Carcinoma basocelular   
- Melanoma da pele  
 
Encontrados predominantemente em      
pessoas expostas à luz solar por período              
prolongado (lavradores, marinheiros etc. )  
 
RESSALTAR A IMPORTÂNCIA DE CONHECER A            
PROFISSÃO DO PACIENTE  
 
A melanina absorve essa luz , por isso em                
indivíduos com menos melanina, a incidência            
é maior  
 
UVA x UVB x UVC  
 
Sendo, que o mais preocupante é o UVB  
 
São os mais implicados na formação de              
tumores da pele  
 
O alvo principal dessa radiação é o DNA  
 
Com a exposição, os raios UVB causam   
 
DEFORMAÇÃO NA FITA DE DNA →            
IMPEDINDO QUE OS PARES SE LIGUEM            
CORRETAMENTE  
 
Normalmente a célula vence isso por meio da                
exclusão de NUCLEOTÍDEOS AFETADOS   
 
E renovação das BASES → REGENERANDO O              
DNA  
 
Com a exposição excessiva, essa via de              
reparo é superada  
 
Levando a uma sobrevivência celular com            
defeitos genéticos  
 
Podendo levar ao Câncer  
 
 
 
 
 
 
 
B) RAIOS IONIZANTES  
 
Associação entre RAIO X nas duas primeiras              
décadas de vida com leucemias e câncer de                
tireoide  
 
O efeito carcinogênico das radiações          
ionizantes também parece estar ligado ao            
seu potencial mutagênico  
 
Provoca alterações cromossômicas   
 
- Translocações  
- Quebras  
- Mutações puntiformes  
- Deleções  
 
03- CARCINOGÊNESE MICROBIANA  
 
Poucos vírus foram associados ao câncer            
humano  
 
E apenas uma bactéria  
 
A) VÍRUS DE RNA  
 
- HTLV 1  
 
Vírus da Leucemia de Células T Humanas              
Tipo 1  
 
↑ da sinalização pró-crescimento →          
sobrevivência celular  
 
Instabilidade genômica  
 
B) VÍRUS DE DNA  
 
- HPV  
 
Implicados principalmente na gênese do          
carcinoma de células escamosas do colo do              
útero  
 
IST  
 
TIPOS DE ALTO RISCO (HPV 16 E 18) E TIPOS                    
DE BAIXO RISCO  
 
Eles expressam proteínas que   
 
- INATIVAM SUPRESSORES DE TUMOR,   
- INIBE APOPTOSE   
- COMBATEM A SENESCÊNCIA   
 
 
/
- VÍRUS EPSTEIN BARR   
 
Membro da família de herpesvírus  
 
Carcinoma nasofaríngeo  
 
- VÍRUS DA HEPATITE B E C  
 
Carcinomas hepatocelulares  
 
Inflamação crônica mediada      
imunologicamente  
 
A morte dos hepatócitos levando à            
regeneração e, com o tempo, dano genômico  
 
C) H. PYLORI  
 
Adenocarcinoma/ linfoma gástrico  
 
Inflamação crônica   
 
Proliferação celular gástrica reparadora  
 
ELUCIDAR O MECANISMO DAS        
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS LOCAIS E A          
DISTÂNCIA DO TUMOR  
 
As neoplasias benignas e malignas causam            
transtornos variados  
 
EXTREMOS  
 
Problemas estéticos (benignos de pele) até a              
morte (malignos)  
 
01- EFEITOS LOCAIS  
 
Dependem em grande parte da sede e das                
dimensões do tumor  
 
Quando localizados perto ou dentro de            
canais ou tubos , podem causar  
 
A) OBSTRUÇÃO  
 
- LIQUOR → Hidrocefalia  
 
- TUBO DIGESTIVO → Obstrução intestinal,            
estenose pilórica  
 
- VIAS URINÁRIAS → Hidronefrose  
 
- VIAS BILIARES → Icterícia  
 
B) COMPRESSÃO E DESLOCAMENTO DE        
ESTRUTURAS  
 
Como tumores intracranianos, que ao          
crescerem provocam HIPERTENSÃO      
CRANIANA  
 
Compressão ou infiltração em NERVOS          
SENSITIVOS → DOR  
 
C) ULCERAÇÕES E HEMORRAGIAS  
 
Principalmente quando localizados no tubo          
digestivo ou na pele  
 
Causando anemia e deficiência de ferro  
 
D) TORÇÃO  
 
Em tumores de órgãos móveis, como os              
OVÁRIOS  
 
02- EFEITOS SISTÊMICOS  
 
A) PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS  
 
Tumores de glândulas endócrinas podem          
causar tanto   
 
- Redução   
- Aumento de hormônios  
 
B) CAQUEXIA  
 
Uma das consequências mais dramáticas do            
câncer  
 
Marcada por:   
 
- Definhamento progressivo  
- Fraqueza generalizada  
- Anemia  
- Emagrecimento acentuado  
 
Tumores no tubo digestivo podem contribuir            
para esse estado  
 
E também, pacientes com câncer          
desenvolvem HIPERCATABOLISMO    
(degradação)  
 
TNF-a, IFN-y e IL-6 são liberados pelas células                
tumorais  
 
Têm papel importante no aumento do            
catabolismo nos tecidos muscular e adiposo  
/
 
TNF-a também causa redução no apetite  
OUTROS FATORES QUE CONTRIBUEM :  
 
- Alterações no centro do apetite  
- Desconforto causado por tumores  
- Estado emocional   
- Efeitos colaterais do tratamento  
 
C) SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS  
 
Constituem manifestações clínicas que não          
podem ser explicadas apenas pela existência            
de um tumor em determinada sede  
 
Ou por substâncias produzidas no órgão de              
origem da neoplasia  
 
As vezes são a primeira manifestação de um                
câncer  
 
Podem ser até as responsáveis pela morte do                
paciente  
 
- MANIFESTAÇÕES ENDÓCRINAS  
 
Produção ectópica de hormônio  
 
- SÍNDROME DE CUSHING   
 
Carcinoma de pequenas céls do pulmão  
 
Produzem ACTH → Estimula produção de            
CORTISOLHIPERCORTISOLISMO  
 
- HIPERCALCEMIA  
 
Devido a produção de subs que se              
assemelham ao PTH  
 
Há reabsorção óssea excessiva  
 
Aumento do cálcio na circulação  
 
- MANIFESTAÇÕES HEMATOLÓGICAS  
 
- ↑ eritropoetina = eritrocitose  
 
- Anemia (com causa ou sem causa)  
 
- Hipercoagulabilidade → formação de          
trombos  
 
 
 
ENTENDER OS ESTÁGIOS DE        
CLASSIFICAÇÃO TUMORAL, COMO SÃO        
DEFINIDOS E SUA IMPORTÂNCIA PARA O            
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO DO        
PACIENTE  
 
Feito o diagnóstico de uma neoplasia  
 
A preocupação mais importante é saber se              
ela é benigna ou maligna  
 
É essencial estabelecer também o estádio            
evolutivo em que ele se encontra  
 
Para orientar o tratamento e fazer a previsão                
de sobrevida do doente  
 
Por isso, foram estabelecidos alguns          
parâmetros  
 
CLASSIFICAÇÃO  
 
A) ASPECTOS MORFOLÓGICOS  
 
Existe boa correlação entre diferenciação          
citológica e histológica de uma neoplasia e              
seu prognóstico  
 
Diferenciação e índice mitótico são          
observados  
 
2 CATEGORIAS: Baixo grau e alto grau  
 
4 CATEGORIAS : I, II, III E IV sendo  
 
I - bem diferenciados e com ↓ índice mitótico  
 
IV - Anaplásicos  
 
ESTADIAMENTO  
 
Visa estabelecer o grau de desenvolvimento e              
disseminação de um câncer no indivíduo  
 
A fim de sobretudo orientar as medidas              
terapêuticas e estabelecer seu prognóstico  
 
O sistema mais empregado no estadiamento            
de neoplasias é o TNM  
 
T - Tamanho do tumor  
 
N - Metástase em linfonodos  
 
M - Metástase em outros órgãos

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