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As mulheres que treinam intensamente e enfatizam a perda de peso, muitas vezes acabam por adotar transtornos alimentares prejudiciais. Esse comportamento pode resultar no que conhecemos como “tríade da mulher atleta” ou simplesmente “tríade da mulher”, pois não acomete somente atletas. Introdução oscila provavelmente entre 25 e 65%; no máximo, 5% da população geral das mulheres em idade fértil apresentam essa condição. Definição Esse termo descreve um conjunto de distúrbios que acarretam em amenorreia e, consequente, osteoporose. Acomete principalmente atletas de esportes relacionados com o peso corporal e tem como fator de risco a perda de peso rápida e excessiva, reduzindo o percentual de gordura corporal abaixo do recomendado para mulheres. Densidade Óssea A densidade óssea está relacionada intimamente com a regularidade menstrual e o número total de ciclos menstruais. A interrupção prematura da menstruação remove o efeito protetor do estrogênio sobre o osso, tornando essas mulheres jovens mais vulneráveis à perda de cálcio, com redução concomitante da massa óssea. A menor densidade óssea causada pela amenorreia prolongada ocorre em múltiplos locais, incluindo as áreas ósseas sujeitas regularmente a maior força e carga de impacto durante o exercício. Simultaneamente, o problema agrava-se nos indivíduos que sofrem déficit de energia devido a uma dieta inadequada. A prevalência de amenorreia em atletas nos esportes relacionados com o peso corporal (corridas de longa distância, ginástica, balé, chefe de torcida, patinação artística, fisiculturismo) Amenorreia Esgotamento de energia AmenorreiaOsteoporose A amenorreia persistente que começa em uma idade precoce reduz os benefícios da atividade física regular sobre a massa óssea; e faz aumentar também o risco de lesões musculoesqueléticas, particularmente as fraturas de estresse repetidas, durante a participação do exercício. Uma perda de 5% na massa óssea eleva o risco de fraturas de estresse em cerca de 40%. O restabelecimento das menstruações normais promove alguma recuperação na massa óssea, sem, porém, chegar aos níveis conseguidos com a menstruação normal. O tratamento não farmacológico bem-sucedido da amenorreia nas atletas utiliza uma abordagem comportamental em quatro fases além de intervenções dietéticas e relacionadas com o treinamento: • Reduzir o nível de treinamento em 10 a 20%; • Elevar gradualmente o aporte energético total; • Aumentar o peso corporal em 2 a 3%. • Manter a ingestão de cálcio em 1.500 mg/dia. Os lipídios, muitas vezes vistas de forma negativa, são de grande importância para o nosso corpo em suas proporções corretas. Eles fornecem 80 a 90% das necessidades energéticas de uma pessoa bem nutrida em estado de repouso, promovem proteção aos órgãos vitais e isolamento térmico, além de funcionarem como carreador de vitaminas. Em uma atividade física de longa duração, o catabolismo das gorduras fornece porcentagem maior de energia, coincidindo com a baixa do glicogênio. A gordura corporal é uma influência crítica para o desenvolvimento de amenorreia na mulher atleta. Importância dos lipídeos Referências • McArdle, D.W; Katch, L.F; Katch, L. V. Fisiologia do exercício. Energia, nutrição e desempenho humano. 8ª. Ed. Rio Janeiro, Guanabara Koogan, 2016. • PARDINI, Dolores P.. Alterações hormonais da mulher atleta. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 45, n. 4, p. 343-351, Aug. 2001 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ttext&pid=S0004- 27302001000400006&lng=en&nrm=iso>. access on 19 Mar. 2021.
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