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Resistência a drogas antimicrobianas

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Ana Beatriz Mendes - @_bia.mendes 
Resistência a drogas antimicrobianas: 
A resistência a drogas antibacterianas pode ser codificada pelo cromossomo bacteriano ou em 
plasmídeos. Genes de resistência podem ser transferidos entre bactérias por meio de transdução, 
conjugação, transposição ou transformação. 
Os mecanismos que produzem resistência a drogas antibacterianas incluem a produção de enzimas 
pelas bactérias que destroem ou inativam as drogas e a redução da permeabilidade das células 
bacterianas. As bactérias também podem desenvolver rotas metabólicas alternativas para substituir 
aquelas inibidas pelas drogas. Os antibióticos podem ser eliminados da célula, ou o sítio-alvo da droga 
pode ser estruturalmente alterado. 
1- Natural/ intrínseca: Linhagem resistente; bactéria fora do espectro da droga; 
Ex. Macrolídeos – ausência do sítio de ação nos ribossomos Gram-negativas. 
2- Adquirida: Linhagem resistente e sensível; mutações/ recombinação genética/ aquisição de 
genes de resistência – plasmídeo; resultante de um processo SELETIVO- antb seleciona em 
favor das linhagens resistentes. 
A resistência a determinado antimicrobiano pode constituir uma propriedade intrínseca de uma 
espécie bacteriana ou uma capacidade adquirida. Para adquirir resistência, a bactéria deve alterar 
seu DNA, material genético, que ocorre de duas formas: 
 
 
 
Os genes de resistência quase sempre fazem parte do DNA de plasmídeos extracromossômicos, que 
podem ser transferidos entre microrganismos. Alguns genes de resistência fazem parte de unidades 
de DNA denominadas transposons que se movem entre cromossomos e plasmídeos transmissíveis. O 
DNA estranho pode ser adquirido mediante transformação, resultando em trocas de DNA 
cromossômico entre espécies, com subsequente recombinação interespécies. 
Principais mecanismos: 
1- Redução da permeabilidade da membrana: permeabilidade limitada constitui uma propriedade 
da membrana celular externa de lipopolissacarídeo das bactérias Gram-negativas. A 
permeabilidade dessa membrana reside na presença de proteínas especiais, as porinas, que 
estabelecem canais específicos pelos quais as substâncias podem passar para o espaço 
periplasmático e, em seguida, para o interior da célula. A permeabilidade limitada é responsável 
pela resistência intrínseca dos bacilos Gram-negativos à penicilina, eritromicina, clindamicina e 
vancomicina e pela resistência de Pseudomonas aeruginosa ao trimetoprim. As bactérias 
utilizam esta estratégia na aquisição de resistência. Assim, uma alteração na porina específica 
1. indução de mutação no DNA nativo; 
2. introdução de um DNA estranho - genes de resistência - que podem 
ser transferidos entre gêneros ou espécies diferentes de bactérias. 
Ana Beatriz Mendes - @_bia.mendes 
da membrana celular externa de P. aeruginosa, pela qual o imipenem geralmente se difunde, 
pode excluir o antimicrobiano de seu alvo, tornando P. aeruginosa resistente ao imipenem. 
2- Inibição enzimática/ Inativação: mais comum; as enzimas destroem ou modificam o 
antibiótico. As β-lactamases hidrolisam a ligação amida do anel beta-lactâmico, destruindo, 
assim, o local onde os antimicrobianos β-lactâmicos ligam-se às PBPs bacterianas e através 
do qual exercem seu efeito antibacteriano. 
3- Promoção do efluxo da droga: O bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular 
para o extracelular, isto é, o seu efluxo ativo, produz resistência bacteriana a determinados 
antimicrobianos. A resistência às tetraciclinas codificada por plasmídeos em Escherichia 
coli resulta deste efluxo ativo. 
4- Alterações nos alvos proteicos: A alteração do local-alvo onde atua determinado antimicrobiano, 
de modo a impedir a ocorrência de qualquer efeito inibitório ou bactericida. Com a mudança 
estrutural do alvo, o antibiótico perde a capacidade de se ligar ao sítio.

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