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� �� �� �� �� �� �� �� ��������������� Lorem ipsum concursos Lei 13869/2019 - Dos crimes e das penas e do procedimento - Arts. 36 a 39 Legislação Extravagante Sumário Dos crimes e das penas e do procedimento - Arts. 36 a 39 ......................................................................... 3 Apresentação Olá alunos, Sou o Professor Francisco Ubirajara Camargo Fadel das áreas de Direito Penal, Direito Processual Penal e Legislação Penal Especial. Tenho graduação em Direito pela UFPR, com especialização em Ciências Criminais e pós-graduação em Direito Processual pelo IBEJ. Leciono na graduação do curso de Direito, desde 2003, onde também atuei como coordenador e coordenador adjunto durante quase quatro anos. Ministro aulas para cursos preparatórios para concursos públicos, presenciais e online, desde 2011. Atuo também como advogado na área criminal, inclusive Tribunal do Júri. /aprovaconcursos /aprovaconcursos/aprovaconcursos /aprovaconcursos/aprovaquestoes /aprovaconcursos https://open.spotify.com/user/aprovaconcursos http://www.facebook.com/aprovaconcursos http://www.youtube.com/aprovaconcursos http://www.instagram.com/aprovaconcursos http://www.instagram.com/aprovaquestoes http://www.twitter.com/aprovaconcursos 3 Legislação Extravagante Lei 13869/2019 - Dos crimes e das penas e do procedimento - Arts. 36 a 39 Dos crimes e das penas e do procedimento - Arts. 36 a 39 Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole exa- cerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Sujeito ativo: apenas o magistrado. Crime de conduta mista: o legislador exige o fazer seguido de um não fazer. O magistrado precisa decretar a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia exacerbada e, ante a demonstração pela parte de excessividade da medida, o juiz deve deixar de corrigi-la. O delito do art. 36 da Lei de Abuso de Autoridade (abusiva indisponibilidade de ativos financei- ros) pressupõe, objetivamente, uma ação (decretar) seguida de uma omissão (deixar de corrigir). Ativos financeiros: para fins de segurança jurídica, a interpretação é a dada por resolução do BACEN, isto é, títulos de crédito (cheque, duplicata, letra de câmbio e etc.) e direitos creditórios (depósito em conta, aplicação financeira, poupança e etc.). Exacerbadamente implica naquilo que ultrapassa em muito o valor estimado da dívida. É necessário adotar um critério objetivo que respeite a segurança jurídica, no sentido de que o magistrado não cometa uma infração penal ao manter aquela indisponibilidade. O art. 36 menciona valor estimado da dívida e não valor real. A pena é de detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Portanto, a infração é de médio po- tencial ofensivo, não sendo cabível a transação penal. Porém, é possível a suspensão condicional do processo. Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Sujeito ativo: em regra, magistrados que atuam em órgãos colegiados e turmas recursais. Esse artigo é aplicável também a processos administrativos (ministro do TCU, conselheiro do TCE, con- selheiro do CADE e etc.), pois a lei não restringe a demora demasiada e injustificada a processos judiciais. O crime se consuma com a demora injustificada e demasiada, que depende do caso concreto, sendo a tentativa, in casu, inviável. Elemento subjetivo: dolo, acrescido de duas finalidades especiais e CUMULATIVAS: procrastinar o andamento ou retardar o julgamento, para prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou terceiro, ou ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. Não é necessário que o agente consiga procrastinar o andamento do processo ou retardar o seu julgamento; basta que essa tenha sido a razão da atuação do agente público. Crime omissivo e permanente: não basta demorar para que a infração esteja configurada. A conduta de demorar caracteriza um crime permanente. 4 Legislação Extravagante Lei 13869/2019 - Dos crimes e das penas e do procedimento - Arts. 36 a 39 Constatada a demora demasiada e injustificada, o sujeito estará em flagrante delito, já que a situação de flagrância de prolonga no tempo. Competência: o crime é de menor potencial ofensivo, sendo cabível a transação penal e a sus- pensão condicional do processo. Porém, o artigo também engloba casos de agentes públicos que gozam de foro por prerrogativa de função. Portanto, esses casos serão julgados pelo STF, STJ, TRF, dentre outros. Nesses casos será aplicado o rito da Lei 8.038/1990, sendo cabíveis os benefícios da Lei nº 9.099/1995. Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Este artigo pune a afoiteza e má-fé da autoridade responsável pelas investigações, que antecipar a atribuição de culpa antes de formalizada a acusação na petição inicial, seja numa ação penal, seja numa ação civil pública. Visa coibir o prejulgamento na fase pré-processual. O artigo não proíbe a publicidade da condição de suspeito da pessoa objeto de investigação. Prestigia-se o princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da CF/1988. Só pode haver a atribuição de culpa quando já está formalizada a acusação, porque as investi- gações podem chegar a uma conclusão diversa. A antecipação da culpa de alguém gera um atentado à reputação desta pessoa, pois mesmo que posteriormente seja o feito arquivado ou haja uma absolvição sumária a imagem desse sujeito já terá sido prejudicada. Sujeito ativo: qualquer autoridade com competência ou atribuição para presidir investigação penal, civil ou administrativa. Consumação: ocorre com a publicidade antecipada da responsabilidade da pessoa ainda investigada. Elemento subjetivo: dolo mais o especial fim de agir. A atribuição de culpa será por meio de comunicação, inclusive nas redes sociais. DO PROCEDIMENTO Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos nesta Lei, no que couber, as disposições do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. De acordo com o art. 39 da Lei de Abuso de Autoridade, as infrações previstas neste diploma legal devem ser apuradas conforme o procedimento previsto no CPP ou, sendo o caso, de acordo com o disposto na Lei dos Juizados Especiais – 9.099/1995. A depender da situação será aplicada a Lei nº 8.038/90, nos casos em que o sujeito ativo possui foro por prerrogativa de função, por exemplo. Dos crimes e das penas e do procedimento - Arts. 36 a 39
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