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Tuberculose: Causas, Sintomas e Diagnóstico

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TUBERCULOSE 
 
PAOLA LAYSSA CHAVES SANTOS 
 
O QUE É ? 
 Tuberculose (TB) é infecção crônica e progressiva, frequentemente com um período de latência 
seguindo a infecção inicial. É uma doença transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, 
embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada peloa bactétia 
Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. Mycobacterium tuberculosis ,do qual os seres 
humanos são o principal reservatório, a doença asemelhan-se às vezes na resulta de M. bovis, 
M. africanum e M. Microti, que juntas com M. tuberculosis são conhecidas como o complexo 
Mycobacterium tuberculosis. 
 Tuberculose ocorre quase exclusivamente por inalação de partículas em suspensão (núcleos de 
gotículas) que contêm o M. tuberculosis. A disseminação ocorre principalmente durante tosse, 
canto e em outras manobras respiratórias forçadas que a pessoa com TB pulmonar ou laríngea 
ativa e cujo escarro contém microrganismos significativos. Cerca de 10 milhões de pessoas 
adoecem por tuberculose no mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito, 
anualmente. 
SINTOMAS 
 Suspeita de TB é maior em pacientes com febre, tosse por > 2 a 3 semanas, sudorese noturna, 
perda ponderal e/ou linfadenopatia e em pacientes com possível exposição à tuberculose. A 
tuberculose pode ser minimamente produtiva de escarro amarelo ou verde, frequentemente ao 
levantar de manhã, mas a tosse pode ficar mais produtiva com a evolução da doença. Hemoptise 
só ocorre com tuberculose cavitária, devido a danos granulomatosos nos vasos, mas às vezes 
por causa de crescimento fúngico na cavidade. Febre baixa, suores noturnos, dispneia, tosse na 
forma seca ou produtiva são sintomas clássicos da doença. 
 Na coinfecção pelo HIV, muitas vezes a apresentação clínica é atípica por causa da deficiência 
de DTH; é mais provável que os pacientes tenham sintomas extrapulmonares ou disseminação 
da doença. TB extrapulmonar causa várias manifestações sistêmicas e localizadas, dependendo 
dos órgãos afetados. 
OBS: Caso apresente sintomas de tuberculose, é fundamental que o indivíduo procurare unidade 
de saúde mais próxima da residência para avaliação e realização de exames. Se o resultado for 
positivo para tuberculose, deve se iniciar o tratamento o mais rápido possível e segui-lo até o 
final. 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico para tuberculose pode ser feito por: 
→ Baciloscopia 
→ Teste rápido molecular 
→ Cultura para microbactéria 
→ Radiografia de tórax 
→ Cultura e coloração álcool-ácido resistente 
→ Teste cutâneo tuberculínico (TCT) e ensaio de liberação de gama interferon (IGRA) 
→ Teste baseado em ácido nucleico 
 Radiografias de tórax ao avaliar sintomas respiratórios (tosse durando > 3 semanas, hemoptise, 
dor torácica, dispneia), doença inexplicada, febre de origem desconhecida (FOD) ou teste 
cutâneo tuberculínico positivo. Em adultos, um infiltrado multinodular acima ou atrás da 
clavícula é mais característico de TB ativa; ele sugere reativação da doença. Ele é mais bem 
visualizado na incidência apicolordótica ou por tomografia computadorizada do tórax. 
 O diagnóstico clínico pode ser considerado, na impossibilidade de se comprovar a tuberculose 
por meio de exames laboratoriais. Nesses casos, deve ser associado aos sinais e sintomas o 
resultado de outros exames complementares, como de imagem e histológicos. 
 Xpert MTB/RIF é um teste rápido automatizado de amplificação de ácidos nucleicos (NAAT) 
que pode identificar simultaneamente o DNA de M. tuberculosis em uma amostra de escarro e 
detectar resistência à rifampin (rifampicina) em até 2 h. O Xpert MTB/RIF é mais sensível do 
que a baciloscopia e tão sensível quanto a cultura para o diagnóstico da TB. 
 Os testes moleculares em fita podem identificar a presença de M. tuberculosis e a resistência à 
rifampina e à isoniazida. Mas a sensibilidade é menor do que a do Xpert MTB/RIF. Esse teste 
só é feito nas amostras de baciloscopia positivas. 
TRANSMISSÃO 
 A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e ocorre a partir da inalação de aerossóis 
oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa 
(pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos. 
A infecção requer inalação de partículas suficientemente pequenas para atravessar as defesas 
respiratórias superiores e se depositar profundamente no pulmão, geralmente nos espaços aéreos 
subpleurais dos lobos medianos ou inferiores. Gotículas maiores tendem a se alojar nas vias 
respiratórias proximais e normalmente não resultam em infecção. 
 A Infecção latente ocorre após a maioria das infecções primárias. Em cerca de 95% dos casos, 
após aproximadamente 3 semanas de intensa multiplicação, o sistema imunitário suprime a 
replicação bacilar, geralmente antes que sintomas ou sinais apareçam. Focos dos bacilos no 
pulmão ou em outros locais se transformam em granulomas de célula epitelioide, que podem ter 
centros caseosos e necróticos. Raramente, o foco primário progride de modo imediato, causando 
doença aguda com pneumonia (às vezes cavitária), derrame pleural e alargamento de mediastino 
ou de linfonodo hilar (que pode comprimir os brônquios em crianças). Calcula-se que, durante 
um ano, numa comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em 
média, de 10 a 15 pessoas.Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos 
dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da 
doença. A tuberculose NÃO se transmite por objetos compartilhados como talheres, copos, 
entre outros. 
 
PROGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 O tratamento da tuberculose dura no mínimo, seis meses, é gratuito e disponibilizado no 
Sistema Único de Saúde (SUS), deve ser realizado, preferencialmente em regime de Tratamento 
Diretamente Observado (TDO). O TDO é indicado como principal ação de apoio e 
monitoramento do tratamento das pessoas com tuberculose e pressupõe uma atuação 
comprometida e humanizada dos profissionais de saúde. A pessoa com tuberculose deve ser 
orientada, de forma clara, quanto às características da doença e do tratamento a que será 
submetido. Orientar sobre o uso dos medicamentos, duração e regime de tratamento, benefícios 
do uso regular dos medicamentos, possíveis consequências do uso irregular dos mesmos e 
eventos adversos. 
 A maioria dos pacientes com TB pode ser tratada ambulatorialmente, com instruções sobre 
como prevenir a transmissão geralmente incluindo: 
→ Ficar em casa 
→ Evitar visitantes (exceto para membros da família previamente expostos) 
→ Ao tossir, cobrir a boca com lenço ou mão 
Os fármacos de primeira linha isoniazida (INH), rifampicina (RIF), pirazinamida (PZA) e 
etambutol (EMB) são usadas em conjunto no tratamento inicial. Isoniazida (INH) por via oral, 
1 vez/dia; tem boa penetração nos tecidos (incluindo no LCR) e é altamente bactericida. 
Rifampicina (RIF), administrada por via oral, é bactericida. é bem absorvida, penetra bem nas 
células e no LCR e tem ação rápida. Rifabutina é usada para pacientes que tomam fármacos 
(agentes particularmente antirretrovirais) que apresentam interações inaceitáveis com RIF. 
Rifapentina é empregada em certos esquemas de 1 vez/semana, mas não é usada em crianças ou 
pacientes com HIV ou tuberculose extrapulmonar. Também é utilizada em um esquema com 
DOT, 12 doses, uma vez/semana com INH para profilaxia contra TB. 
 Logo nas primeiras semanas de tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser 
orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente da 
melhora dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença 
e resultar no desenvolvimento de tuberculose drogarresistente. 
 Para limitar a transmissão e o desenvolvimento de cepas resistentes a fármacos, otratamento é 
monitorado por meio de programas de saúde pública a fim de assegurar a adesão, até mesmo se 
o paciente estiver sendo tratado por um médico da iniciativa privada. Cuidados para com a 
tuberculose (inclusive teste cutâneo, radiografias de tórax e fármacos) estão disponíveis 
gratuitamente em serviços de saúde pública, na maioria dos estados, para reduzir barreiras ao 
tratamento. 
 
FATORES DE RISCO 
Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa e à exposição ao bacilo, o 
adoecimento por tuberculose, muitas vezes, está ligado às condições precárias de vida. Assim, 
alguns grupos populacionais podem apresentar situações de maior vulnerabilidade. 
 
 
 
 
 PROFILAXIA 
 A vacina do bacilo Calmette-Guérin (BCG), feita de uma cepa atenuada de M. bovis , é 
administrada a > 80% das crianças do mundo, em especial em países de alto risco. A eficácia 
média global é provavelmente de apenas 50%. BCG reduz claramente a taxa de TB 
extratorácica em crianças, especialmente meningites por tuberculose, e pode prevenir a infecção 
por TB. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 04 anos, 11 meses 
e 29 dias. A vacina BCG protege a criança das formas mais graves da doença, como a 
tuberculose miliar e a meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades 
básicas de saúde e maternidades. 
 Outra maneira de prevenir a doença é a avaliação de contatos de pessoas com tuberculose, que 
permite identificar a Infecção Latente pelo Mycobacterium tuberculosis, o que possibilita 
prevenir o desenvolvimento de tuberculose ativa. 
 Os riscos e benefícios da profilaxia devem ser cuidadosamente avaliados antes de tratar idosos. 
A INH causa hepatoxicidade em até 4 a 5% dos pacientes com > 65 anos de idade (em 
comparação com < 1% dos pacientes com < 65 anos). Como resultado, a quimioprofilaxia 
costuma ser administrada para idosos somente se a induração depois do TST aumentar ≥ 15 mm 
a partir de uma reação previamente negativa. Contatos íntimos de um caso ativo e outros de alto 
risco com TST ou IGRA negativo também devem receber tratamento preventivo, a menos que 
contraindicado. 
EPIDEMIOLOGIA 
A TB é uma das 10 principais causas de morte 
Principal causa de morte por um único agente infeccioso em pessoas vivendo com HIV 10 
milhões de pessoas adoeceram por TB 
1,2 milhão de mortes estimadas em pessoas com HIV negativo 
251 mil mortes estimadas em pessoas com TB-HIV 
500 mil casos de RR-TB, dos quais 390 mil eram MDR-TB Fonte: Global Tuberculosis Report 
(WHO, 2019) 
 73 mil casos novos de TB diagnosticados 
Cerca de 4,5 mil mortes por TB 
De acordo com a nova classificação da OMS 2016-2020, o Brasil ocupa a 20ª posição na lista 
dos 30 países prioritários para TB e a 19ª posição na lista dos 30 países prioritários para TB-
HIV 
4ª causa de mortes por doenças infecciosas 1ª causa de morte dentre as doenças infecciosas 
definidas em pessoas com Aids 
 
 
CURVA EPIDÊMICA DA INSIDENCIA DE TUBERCULOSE 
ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2016 
 
 
 
 
- PADRÃO EPIDÊMICO DA CURVA 
PROPAGADA 
- Os casos se prologam por vários períodos; 
- Presença das ondas epidêmicas; 
- Oscilação de casos da doença; Progressão 
mais lenta da doença com altos e baixos;

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