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Coluna Vertebral INTRODUÇÃO - Eixo do nosso corpo, situado sobre a cintura pélvica. Tem três funções básicas 1. Sustentação de peso (tronco, cabeça e MMSS) 2. -Mobilidade 3. Proteção da medula espinhal Importância cinesiológica e clinica - Lesões na coluna é muito comum por ser uma estrutura muito móvel ESTRTURA ÓSSEA Consiste de 33 ossos, sendo que 24 compõem a coluna flexível 7 cervicais 12 torácicas 5 lombares 5 sacrais (fundidas) 4 coccígenas(fundidas ) ESTRTURA ÓSSEA - VÉRTEBRA Corpo: maior parte da vértebra. O peso do corpo é transmitido através dele Forame vertebral: entre o corpo e o arco posterior. Aloja a medula espinhal Quando tem uma vertebra sobre a outra, vários forames vertebral um acima do outro, forma o canal medular, que é onde passa a medula. Processos transversos: são dois, um de cada lado, dirige-se para fora; Processo espinhoso: apenas um por vértebra, dirige- se para trás – da para palpar com facilidade. Lâminas: são duas, localizadas entre os processos transversos e o espinhoso; Pedículos: são dois, formam a parede lateral do forame vertebral; Processos articulares: em número de quatro, duas superiores e duas inferiores, servem para a articulação das vértebras; Forame intervertebral: formado pela justaposição de dois pedículos. Nos forames intervertebrais vão sair as raízes nervosas, os ramos dos nervos, que vai sair da medula. - Vertebra Cervical Vertebra Torácica Vertebra Lombar ESTRUTURA ÓSSEA A CV possui quatro curvaturas fisiológicas: Lordoses cervical e lombar (se desenvolvem com o crescimento); Cifoses torácicas e sacral (presentes desde o Corpo da vertebra Forame vertebral Processos transverssos Processo espinhoso Forame intervertebral Superfície articular superioro Superfície articular anterior nascimento). Essas curvaturas são de extrema importância para a coluna, pois uma das funções da coluna é transmitir o peso do membro superior e cabeça para os membros inferiores. Se a coluna fosse reta, todo peso aplicado em cima, ele seria transmitido integralmente para os membros inferiores, sem amortecimento desse peso, sem dissipação de força. Essas curvaturas da coluna são exatamente para que funcione como uma espécie de mola, para amortecer esse peso e dissipar essa força de impacto, diminuindo a compressão na coluna. O DISCO INTERVERTEBRAL Situado entre as vértebras: 1) Anel fibroso: malha de anel fibrocartilaginoso localizado na periferia do disco. O anel fibroso é mais rígido, para dar sustentação a esse disco. 2) Núcleo pulposo: um gel constituído de cerca de 80% de água O núcleo pulposo é mais macio, ele ajuda a dar o amortecimento. O tamanho do disco varia de acordo com a região (peso x mobilidade). Varia também em função da hora do dia; A altura do disco é responsável por cerca de 25% do tamanho da coluna; Na sustentação de peso, as forças são transmitidas dos corpos vertebrais para o disco, que, por sua vez retransmite para o anel fibroso e ligamentos; A perda da elasticidade discal faz com que o idoso fique mais propenso às lesões. A lesão do disco ocorre quando esse anel fibroso e esses ligamentos não dão mais conta de segurar essa compressão, aí se rompe. Degeneração discal Herniação de disco ESTRUTURA LIGAMENTAR Possui sete ligamentos: 1) L. Longitudinal anterior: segue do crânio ao sacro, ao longo das faces anteriores dos corpos vertebrais 2) L. Longitudinal posterior: também segue do crânio ao sacro, mas ao longo da face posterior do corpo vertebral 3) L. Supra-espinhoso: liga a ponta dos processos espinhosos, de C7 até o sacro; 4) L. Nucal: vai da base do occipital até C7, sobre os processos espinhosos – Mesma coisa do ligamento supra-espinhoso, a diferença que é na nuca. 5) L. Amarelo: liga as lâminas das vértebras entre si; O disco da coluna lombar é mais robusto que o da coluna cervical, pois a lombar recebe mais peso. Durante o dia ocorre um processo de desidratação do disco, se ele perde agua também perde o volume. É comum que no inicio do dia esteja maior e no final do dia menor. 6) L. Interespinhal: une os processos espinhosos entre si; 7) L. Intertransversais: entre os processos transversos. MOVIMENTOS ARTICULARES Ocorrem por deformação dos discos e por deslizamentos intervertebrais Com exceção da 1° e 2° articulações, a mobilidade de cada vértebra é pequena, mas a combinação oferece grande ADM. Quatro fatores limitam os movimentos 1- A tensão ligamentar; 2- A orientação das facetas articulares; 3- O contato entre os processos espinhosos; 4- A presença das costelas. A coluna torácica é a menos móvel comparada com a cervical e a lombar. Tem dois fatores importantes que vão limitar o movimento, primeiro os processos espinhosos são bastante inclinados para baixo, se chocam facilmente com o processo espinhoso com a vertebra de baixo quando se faz movimento de extensão. Além disso, tem a presença das costelas que estão ligadas as vertebras, que também limitam o movimento. Flexão: inclinação para a frente. É mais livre nas regiões cervical e lombar e mais limitada na torácica. O movimento de flexão é um dos que causam mais herniamento posterior do disco. Pode incluir movimento da pelve. Extensão: retorno da flexão. A continuação além da posição anatômica é chamada de hiperextensão. É também mais livre nas regiões cervical e lombar. Na torácica é menos livre porque tem o contato precoce dos processos espinhosos, pois uma das causas que vai limitar a extensão do meu tronco é o contato de um processo espinho com o outro. Quando se joga o corpo para trás, aproxima o processo espinhoso e pressiona a região posterior do disco jogando ele para frente. Flexão lateral (inclinação): inclinação para os lados direito ou esquerdo. É mais livre nas regiões cervical e lombar e mais limitada na torácica. É acompanhada de rotação no sentido contrário. Rotação: é uma torção em torno do eixo longitudinal da coluna, para direita ou para esquerda. É mais livre nas regiões superiores da coluna, inclusive na torácica. É acompanhada de algum grau de inclinação ANTERIORES QUE ATUAM SOBRE COLUNA LOMBAR (FLEXORES) Funções: sustentação de vísceras, respiração, postura e movimentação; Estão dispostos em diferentes direções e camadas; São genericamente chamados de abdominais; Não possuem conexão direta com a CV; São em número de quatro. RETO ABDOMINAL Músculo superficial que se estende verticalmente ao longo da face anterior do abdômen. É formado de duas bandas (direita e esquerda) separadas pela linha alba. Possui três interseções tendinosas; Origem: Crista do púbis; Inserção: Quinta, sexta e sétima cartilagens costais; Inervação: Nervo intercostal (T7 a T12); Ação: Flexor primário da CV. A contração de um reto abdominal contribui na flexão lateral do mesmo lado. Auxilia a expiração forçada. OBLÍQUO EXTERNO Cobre toda a região antero-lateral do abdômen; Localiza-se entre o reto abdominal e o grande dorsal; Origem: Oito costelas inferiores; Inserção: Cristas ilíacas, crista do púbis e na linha alba; Inervação: Nervo intercostal (T8 a T12); Ação: Motor primário da flexão, flexão lateral para o mesmo lado e rotação para o lado oposto. OBLÍQUO INTERNO Situado embaixo do oblíquo externo, com suas fibras quase perpendiculares a deste músculo; Origem: Fáscia lombar, ligamento inguinal e crista ilíaca; Inserção: As fibras abrem-se em leque em direção a linha alba, 8ª, 9ª e 10ª costelas; Inervação: Nervo intercostal (T8 a T12); Ação: Motor primário da flexão, flexão lateral para mesmo lado e rotação para o mesmo lado. QUADRADOLOMBAR Músculo profundo da parede abdominal posterior; Para haver movimento, é necessário ter músculos que atuam sobre a coluna. Se estão na região anterior, quando se contraem realização uma flexão de tronco. Oblíquo externo Oblíquo interno Origem: Crista ilíaca; Inserção: Processos transversos das três ou quatro vértebras lombares superiores e 12ª costela; Inervação: Nervo torácico lombar (T12 a L1); Ação: motor primário da inclinação (eleva a pelve – marcha do hemiplégico). Se o tronco está fixo e esse músculo contrái, ele eleva a pelve. Pacientes que já sofreram AVC ou AVE, quando andam elevam a pelve, quando vai dar o passo ele faz a elevação da pelve. Essa marcha é chamada de Marcha do Quadrado Lombar ou Marcha do Hemiplegico. Ele eleva a pelve pois tem dificuldade para fletir o joelho, então como não consegue fletir o joelho durante a marcha, é necessario elevar a pelve para não arrastar o pé no chão. ANTERIORES QUE ATUAM SOBRE A COLUNA CERVICAL A principal ação destes músculos é a flexão da cabeça e do pescoço, mas devido a sua localização lateral, podem afetar a inclinação. ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO Músculo anterior mais superficial do pescoço. Formam o “V” deste segmento; Origem: face anterior do esterno, terço interno da clavícula; Inserção: Processomastóideo do crânio e base do occipital; Inervação: Nervo acessório espinhal; Ação: motor primário da flexão, flexão lateral para o mesmo lado, rotação para o lado oposto e extensão. Assessora a inspiração forçada. É o musculo mais importante da nossa cervical. Torcicolo – é uma condição que acomete o musculo esternocleidomastoideo, é como se fosse uma contratura muscular desse músculo. ESCALENOS São três: o anterior, o médio e o posterior; Origem: processos transversos das vértebras cervicais; Inserção: Primeira costela (anterior e médio) e segunda costela (posterior); Inervação: Nervos cervicais; Ação: motores primários da flexão lateral do pescoço (também elevam as costelas - inspiração). São conhecidos por ajudar bastante na respiração, na inspiração forçada. Quando o contrai, ele vai elevar as costelas elevando a capacidade torácica, fazendo com que entre mais ar. POSTERIORES QUE ATUAM SOBRE A COLUNA LOMBAR (EXTENSORES) Divididos em dois grupos: os eretores da coluna (mais superficial) e o grupo posterior profundo. O grupo eretor da coluna (paravertebrais) é uma grande massa muscular que se origina na área sacral, sobre a coluna vertebral, e divide-se, ao nível da lombar, em três grandes colunas. MÚSCULO ÍLIOCOSTAL o O mais lateral o Subdivide-se em lombar e torácico MÚSCULO LONGUÍSSIMO o A coluna intermediária o Subdivide-se em três partes: do tórax, do pescoço e da cabeça MÚSCULO ESPINHAL o A coluna medial o Subdivide-se em do tórax, do pescoço e da cabeça. Todos esses músculos estendem a coluna quando agem bilateralmente e causam flexão lateral quando agem unilateralmente; O grupo posterior profundo inclui quatro pequenos músculos por cada segmento da coluna vertebral. INTERTRANSVERSAIS Localizados entre os processos transversos das vértebras, do Atlas até T1 e de T12 à L5. Motores primários da hiperextensão (quando agem em conjunto) e flexor lateral (quando agem isolado); INTERESPINHAIS Localizados entre os processos espinhosos. Vai do Áxis à T2 e de L1 ao sacro. Motor primário da extensão e da hiperextensão da Coluna. ROTADORES Vai do processo transverso de uma vértebra ao processo espinhoso da vértebra acima. São motores primários da rotação para o lado oposto (quando agem isolados), da extensão e da hiperextensão (quando agem bilateralmente); MULTÍFIDOS Situados acima dos rotadores, iniciam-se no sacro e nos processos transversos das vértebras lombares e torácicas, indo para o processo espinhoso de todas as vértebras. São motores primários da inclinação e rotação para o lado oposto, da extensão e da hiperextensão. POSTERIORES QUE ATUAM SOBRE A CERVICAL E A CABEÇA Semi-espinhal da cabeça; Longuíssimo da cabeça; Esplênio da cabeça; Motores primários da extensão e hiperextensão da cabeça. Quando contraem-se isolados fazem inclinação e rotação para o mesmo lado. São conhecidos genericamente como eretores da cabeça e do pescoço; Esplênio do pescoço; Intertransverais Rotadores Multífidos Longuíssimo do pescoço; Semi-espinhal do pescoço; Motores primários da extensão e hiperextensão da coluna cervical. Inclinam e rodam o pescoço para o mesmo lado, quando atuam isoladamente. Semi-espinhal do pescoço; Longuíssimo do pescoço.
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