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Resumo anatomia da mama e Câncer de mama

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Rosa: a cor do amor! .
Legenda:
PROTOCOLO
Ministério da saúde:
★ Explicar a anatomia, histologia e citologia mamária .
MAMAS :
- A mama se localiza na parede torácica anterior
sobre a fáscia dos músculos peitorais maior e serrátil.
O leito mamário se estende transversalmente da
margem lateral do esterno até a linha axilar média e
verticalmente da costela II à VI.
-Uma pequena parte da glândula mamária pode
estender-se ao longo da margem inferolateral do
músculo peitoral maior em direção à fossa axilar,
formando um processo axilar ou cauda de Spence.
-Entre a mama e a fáscia peitoral existe uma camada
de tecido conectivo frouxo que forma o espaço
retromamário, esse espaço permite que a mama
tenha algum grau de movimento sobre a fáscia
peitoral.
-As mamas são formadas por tecido glandular e
tecido fibroso de sustentação circundados por uma
camada adiposa, junto com vasos sanguíneos, vasos
linfáticos e nervos e coberta pela pele
Histologia
-As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas
apócrinas modificadas que podem mudar sua
anatomia dependendo da idade da mulher, fase do
ciclo menstrual e status reprodutivo. A glândula é
composta por 15 a 20 lobos secretores que são
separadas por extensões de tecido conjuntivo
fibroso que formam os ligamentos suspensores da
mama(de Cooper).
Cada lobo é formado pelos lóbulos que são
compostos por glândulas tubuloalveolares, os
lóbulos são drenados por ductos, chamados de
ductos lactíferos, os ductos lactíferos convergem
para constituir ductos principais, que apresentam
uma parte dilatada, o seio lactífero, que se abre no
mamilo.
Na parte mais proeminente da mama está a papila
mamária/mamilo, circundada por uma área cutânea
pigmentada circular, a aréola. A aréola contém
muitas glândulas sebáceas e sudoríparas que
secretam uma substância oleosa antimicrobiana ,
que atua como um lubrificante e protetor.
As papilas mamárias/Mamilos são proeminências
cônicas ou cilíndricas situadas nos centros das aréolas formadas principalmente por fibras
musculares lisas circulares que comprimem os ductos lactíferos durante a lactação, elas não
possuem gordura, pelos, nem glândulas sudoríparas. As extremidades das papilas são fissuradas
e os ductos lactíferos abrem-se nelas
-Durante a puberdade (8 a 15 anos de idade), as mamas normalmente aumentam, em parte devido
ao desenvolvimento glandular, mas principalmente por aumento da deposição de gordura. As
aréolas e as papilas também aumentam. O tamanho e o formato da mama são determinados, em
parte, por fatores genéticos, étnicos e alimentares.
-Os alvéolos que secretam leite são organizados de modo semelhante a cachos de uvas. Na
maioria das mulheres, as mamas aumentam ligeiramente durante o
período menstrual em razão do aumento da liberação dos hormônios gonadotrópicos —
hormônio FSH e LH- no tecido glandular.
VASCULATURA DA MAMA:
A vascularização da mama vem de três fontes:
-Ramos da artéria axilar suprem a parte lateral da mama. Estas são as artérias torácica superior,
toracoacromial, torácica lateral e subescapular.
-Ramos da artéria torácica interna, suprem a parte medial da mama, junto com as artérias
mamárias mediais.
-Ramos perfurantes da segunda, terceira e quarta artérias intercostais contribuem com a
vascularização de todo o seio.
-A drenagem venosa da mama se faz principalmente para a veia axilar, mas há alguma drenagem
para a veia torácica interna
DRENAGEM LINFÁTICA DA MAMA:
Os linfonodos dos lóbulos mamários,
mamilo e aréola drenam para o plexo
linfático subareolar. Dali, cerca de 75% da
linfa (principalmente dos quadrantes
laterais da mama) drena para os linfonodos
peitorais, e em seguida para os linfonodos
axilares. O restante drena para os
linfonodos paraesternais.
É por isso que os linfonodos axilares são
os primeiros a serem removidos
cirurgicamente em algumas fases do câncer
de mama
Os linfonodos axilares drenam para os
troncos linfáticos subclávios, que também
drenam os membros superiores. Os
linfonodos paraesternais drenam para os
troncos broncomediastinais, que também
drenam os órgãos torácicos.
Além dos linfonodos axilares e paraesternais, alguma drenagem da mama pode ocorrer através
dos linfonodos intercostais, que estão localizados ao redor das cabeças e colos das costelas. Os
linfonodos intercostais drenam para o ducto torácico ou para os troncos linfáticos
broncomediastinais.
Esquema: (Glândula mamária – Lobos – lóbulos – alvéolos – células secretoras de leite – ductos lactíferos – seio lactífero)
ácinos -> lóbulo -> lóbulo + ducto = lobo
Alterações nas mamas
Durante o período menstrual e a gravidez ocorrem alterações nos tecidos mamários, como a
ramificação dos ductos lactíferos.
As mamas das mulheres multíparas (que deram à luz duas vezes ou mais) costumam ser
grandes e pendulares. As mamas das mulheres idosas geralmente são pequenas em razão da
diminuição da gordura e da atrofia do tecido glandular.
QUADRANTES MAMÁRIOS
O quadrante superior lateral da mama tem a maior parte do tecido glandular, principalmente
devido a uma extensão que segue em direção à axila ou entra nela (processo axilar), e, portanto, é
o local da maioria dos tumores.
★ Explicar o câncer de mama, destacando seus sinais e sintomas .
CÂNCER DE MAMA
DEFINIÇÃO:
-O câncer de mama é uma doença multifatorial, genética (dependente de lesão do DNA) e
epigenética (independente de modificações na sequência do DNA). Desenvolve-se a partir de uma
alteração inicial em uma célula da unidade ductolobular gerando uma proliferação incontrolável
de células anormais, que surgem em função de alterações genéticas, sejam elas hereditárias ou
adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos.
O carcinoma da mama passe por uma fase in situ, onde a membrana basal está preservada,
evoluindo para a ruptura dessa membrana, progredindo para a forma infiltrativa ou
invasiva (carcinoma infiltrante ou invasor). Estudos de biologia molecular apontam para a
possibilidade de o carcinoma invasor ter origem diferente do carcinoma in situ, podendo tratar-se
de entidades distintas e não fases evolutivas de uma mesma doença
-Qnd o tumor está presente ocorre a formação de novos vasos linfáticos peritumorais o que
aumenta as chances de ocorrer metástase. A parede desses vasos é altamente permeável,
podendo permitir a penetração de células malignas no interior do vaso, dando início ao processo
de disseminação tumoral. Uma vez dentro dos canais linfáticos, estas células são transportadas
pela linfa até atingir o primeiro gânglio de drenagem da região tumoral, chamado linfonodo
sentinela. A partir deste, os êmbolos tumorais poderão seguir até atingir as cadeias ganglionares
regionais comprometendo outros linfonodos, principalmente os da cadeia axilar e com menor
frequência os da cadeia mamária interna. Seguindo o fluxo linfático, as células tumorais
embolizadas podem ultrapassar os linfonodos regionais, chegar à circulação sanguínea e atingir
alvos mais distantes, podendo levar a formação de implantes tumorais metastáticos.
Os principais sítios de metástases do câncer de mama são ossos, pulmões e pleura, fígado, e
com menor frequência cérebro, ovário e pele.
-O processo de carcinogênese é, em geral, lento, podendo levar vários anos para que uma
célula prolifere e dê origem a um tumor palpável e apresenta os seguintes estágios:
iniciação: fase em que os genes sofrem ação de fatores cancerígenos;
promoção: fase em que os agentes oncopromotores(fatores de risco) atuam na célula já alterada;
progressão: multiplicação descontrolada e irreversível da célula.
*alterações genéticas podem provocar mudanças no crescimento celular ou na morte celular
programada, levando ao surgimento do tumor
História natural: pode ser dividida em fase pré-clínica e clínica
Fase pré-clínica: é intervalo de tempo entre o surgimento da primeira célula maligna e o
desenvolvimento do tumor até atingir condições de ser diagnosticado clinicamente
Fase clínica: se inicia no momento do diagnóstico
-Em alguns casos o tumor pode crescer rapidamente tendo uma maiordisseminação, isso pode
ocorrer por conta do tipo do tumor (diferenciação histológica e presença de receptores
moleculares) e por conta de fatores externos (exposição a estímulos hormonais, resposta imune e
estado nutricional)
EPIDEMIOLOGIA:
-O câncer de mama é o segundo câncer em incidência no Brasil, só perdendo para o câncer de
pele. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2030 serão
diagnosticados 22 milhões de novos casos da doença em todo mundo
-Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início
-Homens também podem ter câncer de mama, mas isso é raro (apenas 1% dos casos).
-Apesar de ser considerada de bom prognóstico, as taxas de mortalidade, em nosso país,
continuam elevadas o que pode ser associado a diagnósticos realizados em estágios avançados
dessa neoplasia
-É uma doença que se diagnosticada e tratada oportunamente apresenta bom prognóstico e
possibilita terapias mais efetivas e menos agressivas
FATORES DE RISCO:
-Sexo: É muito mais frequente no sexo feminino.
-Raça: Tem maior incidência na raça branca
- Idade (incidência aumenta a partir dos 30 anos, com pico entre 50 e 60 anos);
- Estilo de vida (dieta, sedentarismo, obesidade e consumo de álcool);
Mulheres obesas têm mais chance de desenvolver câncer de mama, principalmente quando este
aumento de peso se dá após a menopausa ou após os 60 anos
A associação com a bebida de álcool é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se
bebe maior o risco de ter este câncer
- História familiar de câncer de mama (genes BRCA 1 e BRCA 2);
Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha)
com diagnóstico de câncer de mama ou câncer de ovário
-Dois ou mais casos de câncer de mama ou ovário em parente de segundo grau.
-Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino.
- Influências hormonais (estimulação estrogênica prolongada).
Primeira gravidez após os 30 anos, Nuliparidade, Terapia de reposição hormonal, Menarca
precoce(>12), Menopausa tardia(<56), Anticoncepcional oral (pílula) tomado por muitos ano
-Exposição à radiação:
Radioterapia da parede torácica entre 10 e 30 anos, exposição frequente a radiações ionizantes
(Raios-X)
-Antecedente pessoal de câncer de mama
-Lesões histológicas indicadoras de risco: Doenças benignas com padrão proliferativo e presença
de atipia (como hiperplasia ductal atípica, hiperplasia lobular atípica e carcinoma lobular in situ)
também são fatores de risco.
-Estratégias para reduzir o risco de câncer de mama:
-Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas
alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama.
- A amamentação também é considerada um fator protetor.
-Exercício físico normalmente diminui a quantidade de hormônio feminino circulante. Como este
tipo de tumor está associado a esse hormônio, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter
câncer de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular quando
jovens
Manifestações clínicas:
-Nódulo palpável- geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência
branda, globosos e bem definidos
-Endurecimento da mama.
-Secreção mamilar – especialmente quando é unilateral e espontânea.
*A secreção papilar associada ao câncer geralmente é transparente, podendo também ser rosada
ou avermelhada devido à presença de hemácias. A secreção fisiológica ou de processo benignos
costuma ser bilateral, turvas, algumas vezes amareladas ou esverdeadas, e se exteriorizam na
maioria das vezes mediante manobras de compressão do mamilo
-Eritema mamário.
-Retração ou abaulamento.
-Edema cutâneo semelhante à casca de laranja,
-Inversão, descamação ou ulceração do mamilo.
-Linfonodos axilares palpáveis.
A interferência do câncer na drenagem linfática pode causar linfedema que, por sua vez, pode
resultar em desvio da papila mamária e deixar a pele espessa e coriácea.
A pele proeminente entre poros deprimidos tem uma aparência em casca de laranja (peau
d’orange). Depressões maiores (do tamanho da ponta do dedo ou maiores) resultam da invasão
cancerosa do tecido glandular e fibrose (degeneração fibrosa), que causa encurtamento ou tração
dos ligamentos suspensores da mama. O câncer de mama subareolar pode causar retração da
papila mamária por um mecanismo semelhante, acometendo os ductos lactíferos
Classificação molecular:
Define a presença, nas células do tumor, de proteínas chamadas receptores hormonais (estrogênio e/ou progesterona) e de
proteína HER2 em grande quantidade.
- Luminal A: tumores que apresentam receptores de estrogênio e progesterona positivos (ou seja, há muitos receptores
hormonais presentes), não apresentam a expressão da proteína HER2 (HER2 negativo) e possuem crescimento mais lento das
células.
- Luminal B: também possuem receptores estrogênio e/ou progesterona positivos, não expressam a proteína HER2 (HER2
negativo) e apresentam um nível mais acelerado de proliferação celular.
- HER2: não apresentam expressão dos receptores hormonais (receptores hormonais negativos), mas têm a expressão da
proteína HER2 (HER2 positivo).
- Triplo Negativo: não possuem nem expressão hormonal, nem a proteína HER2, sendo negativo, portanto, para estrogênio,
progesterona e HER2. Ocorrem com mais frequência em mulheres jovens.
Tipos de Câncer:
CARCINOMA DUCTAL IN SITU:
-Lesão precursora de câncer de mama, mas que na maioria das vezes tem prognóstico favorável.
Seus principais tipos são:
A. Cribiforme: Subtipo de melhor prognóstico em relação ao risco de recidiva e invasão.
B. Micropapilar: Geralmente é encontrado associado ao cribiforme.
C. Papilar: Possui bom prognóstico.
D. Comedococarcinoma: É o de pior prognóstico. Evolui para invasão e necrose, por isso o alto
risco de recorrência do tumor na mama ipsilateral após o trata-mento.
-É com base no grau nuclear (pleomorfismo, tamanho e presença de nucléolo) e necrose, Quanto
maior o grau, maior a chance de recidiva e a tendência a focos de inva-são estromal.
CARCINOMA LOBULAR IN SITU:
-não é uma lesão palpável, não há expressão mamográfica geralmente, e não é visível ao exame
histopatológico.
-Sugere influência hormonal em seu desenvolvimento/manutenção, e ocorre principalmente no
período pré menopausa. É um indicador de aumento de risco para o desenvolvimento de um
tumor invasivo
-Representam de 10 a 30% dos carcinomas in situ.
-Microscopia: multicêntrico, acometendo várias unidades lobulares, preenchendo os dúctulos de
células, pouco coesas, de baixo grau nuclear. As células são pequenas, redondas ou poligonais e
citoplasma bem delimitado (às vezes, com aspecto em anel de sinete). Mitoses raras.
-CARCINOMA LOBULAR INVASOR:
-É um grupo de tumores epiteliais malignos que transpassam a membrana basal da unidade
ducto lobular terminal, invade o estroma e tem potencial para produzir metástases.
-Representa 10% dos carcinomas invasores da mama e possui taxa de sobrevida maior que o
carcinoma ductal invasor, possui maior tendência à bilateralidade e taxa elevada de recidiva
sistêmica tardia, com metástases em diferentes sítios (cavidade abdominal, pleura e pulmões).
-Clinicamente, apresenta-se como massa palpável ou lesão difusa que produz pouca alteração na
textura da mama, o que dificulta sua detecção por exames de imagem.
B) Microscopia: Células relativamente pequenas, homogêneas, com nucléolo ovalado e com
padrão de crescimento difuso, caracteristicamente infiltrando o estroma sob a forma de “fila
indiana” (ocorre pela perda na expressão de E-caderina, responsável pela adesão entre células
para formar a glândula); podem estar presentes células em anel de sinete; presença de
desmoplasia (tumor produz tecido conjuntivo).
CARCINOMA DUCTAL INVASOR:
-É o tipo mais frequente de câncer de mama. Tem comportamento mais agressivo, com sobrevida
de 5 anos em 60% das pacientes.
-A lesão é bem visualizada na mamografia e manifesta-se por densidade irregular, margens
espiculadas e microcalcificações frequentes. Para o prognósticoo mais importante é o grau de
invasão.
-Microscopia: Células formam estruturas glandulares. O aspecto varia desde células com núcleos
pequenos, regulares, cromatina homogênea e poucas mitoses, a células com núcleos grandes,
irregulares, polimorfismo celular e mitoses atípicas. O grau de formação glandular, o pleomorfismo
nuclear e o índice mitótico são parâmetros utilizados em um sistema de gradação desses tumores,
com importante valor prognóstico (classificação de Nottingham).
CARCINOMA INFLAMATÓRIO:
-É um câncer mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva
-Possui infiltração no sistema linfático regional e à distância. É caracterizado por edema, eritema,
calor e endurecimento da pele, com aspecto em “casca de laranja”. Pode ou não haver nódulo
palpável.
TRATAMENTO/ESTADIAMENTO :
-É realizado em Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e Centros
de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), que fazem parte de hospitais de nível
terciário, esses locais têm a função de determinar a extensão da neoplasia (estadiamento), tratar,
cuidar e assegurar a qualidade da assistência oncológica.
-O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, as características biológicas do
tumor e as condições da paciente (idade, se já passou ou não pela menopausa, doenças
preexistentes e preferências).
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
- Tratamento local: cirurgia e radioterapia.
- Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
TRATAMENTO LOCAL:
RADIOTERAPIA: é um tratamento à base de aplicação de radiação no local/região que o tumor se
localiza. Se feita:
- Antes da operação: reduz o tamanho do tumor; Após: evita a volta da doença.
A radiação bloqueia o crescimento das células, e deve ser utilizada apenas na área afetada,
evitando atingir o tecido normal. As aplicações duram cerca de 15 minutos e devem ser feitas
diariamente, variando de 25 a 30 aplicações.
TRATAMENTO CIRÚRGICO:
-A cirurgia para o tratamento do câncer de mama pode ser conservadora ou radical.
Conservadora(retirada apenas do tumor): retira-se apenas uma parte da mama
(quadrantectomia), a cirurgia deverá ser complementada pela radioterapia.
A cirurgia conservadora da mama é indicada nas seguintes situações:
1 - Tumores unicêntricos
2 - Tumores até 4 cm a depender da relação tumor/mama
3 - Tumores sem componente intraducto extenso
4 - Desejo da paciente,
5 - Condições de realizar tratamento radioterápico complementar,
6 - Na possibilidade de se obter margens livres de tumor.
Radical: retira-se toda a mama.
As possibilidades de tratamento cirúrgico do carcinoma invasivo da mama englobam
basicamente:
Mastectomia radical com ou sem reconstrução:
Madden- remove a mama e o conteúdo axilar níveis I, II e III de Berg.
Patey- inclui o músculo peitoral menor
Halsted-inclui o músculo peitoral maior e menor.
É indicada, em geral, em tumores acima de 4 cm, multicêntricos ou multifocais extensos, em
casos de microcalcificações suspeitas extensas e difusas, relação tumor/ mama desfavorável, na
impossibilidade de conseguir margens livres na cirurgia conservadora, quando não é possível
realizar radioterapia complementar, e em pacientes do sexo masculino.
Os cirurgiões preferem realizar uma incisão (corte) diagonal. Isto garante que a cicatriz não
fique visível com o uso de blusas decotadas e permite que uma prótese se encaixe mais
facilmente. Frequentemente, a reconstrução imediata da mama retirada é realizada como parte
do mesmo procedimento cirúrgico. Isto elimina a necessidade de uma prótese.
Esvaziamento axilar e biópsia de linfonodo sentinela:
O esvaziamento do conteúdo axilar é realizado quando: há comprometimento
clínico/radiológico/citológico/histológico da axila
-Pode ocasionar edema linfático de membro superior (linfedema). O sintoma inicial é a sensação
de peso no braço e o tratamento preconizado é a terapia física complexa, que compreende,
dependendo da fase do linfedema, os cuidados com a pele, a drenagem linfática manual, a
bandagem compressiva e os exercícios ativos.
Os linfonodos estão localizados em tecido gorduroso e são difíceis de ser visualizados, logo o
cirurgião retira uma porção do tecido gorduroso e o patologista separa cuidadosamente os
linfonodos do resto do tecido
A biópsia do linfonodo sentinela (LS) é de suma importância em tumores iniciais de mama,
onde não há comprometimento clínico da axila. Ele permite avaliar o status axilar com menor
morbidade para a paciente. O LS é o primeiro linfonodo que recebe a drenagem linfática da
mama.
É feito o Mapeamento dos Linfonodos. Esta é uma maneira pela qual seu médico pode detectar
o padrão de drenagem linfática do seu tumor e identificar o(s) linfonodo(s) mais provável(is) de ter
células cancerosas, se elas saíram da mama
Indicações para biópsia do LS: ausência de comprometimento axilar e tumores abaixo de 5 cm
de tamanho.
-mastectomia simples/total com ou sem reconstrução:
Remove toda a mama(incluindo o mamilo e a aréola ao redor) e preserva o conteúdo axilar.
Tem as mesmas indicações da cirurgia radical, mas ocorre nos tumores abaixo de 4 cm e
sempre com axilas clinicamente negativas e para câncer não-invasivo . Pode ser realizada
também no tratamento do carcinoma ductal in situ.
é realizado, geralmente,(câncer que não infiltrou e não destruiu células ou tecidos sadios).
-Mastectomia segmentar/mastectomia parcial, quadrantectomia ou nodulectomia:
retira apenas o tumor e uma pequena quantidade de tecido mamário ao redor. O tamanho do
tumor é o principal fator que determina se este tipo de cirurgia é apropriado.
Às vezes, uma biópsia de linfonodo sentinela com ou sem esvaziamento linfonodal axilar é
recomendada. Os linfonodos são retirados através de outra incisão (corte), na axila.
Uma mastectomia segmentar geralmente é seguida de cinco ou seis semanas de radioterapia.
-Adenomastectomia: remove a mama, poupa a pele e preserva o CAM. Em alguns casos pode-se
optar por retirar o mamilo, preservando apenas a aréola.
Nessa cirurgia alguns fatores são importantes para a segurança oncológica: localização do
tumor, quanto mais distante do CAM, melhor; tamanho do tumor e comprometimento axilar.
Recomenda-se distância acima de 2,5cm do tumor para o CAM a fim de obter maior segurança.
Essa cirurgia também pode ao não estar associada ao esvaziamento axilar
Pode ser realizadas no tratamento do carcinoma ductal in situ podem
- mastectomia poupadora de pele com reconstrução imediata:
Retira o complexo aréolomamilar (CAM), porém preserva mais pele para uma reconstrução
imediata, favorecendo o resultado estético
-adenomastectomia (preserva CAM - complexo aréolomamilar) com reconstrução imediata
*A espessura do retalho deve ser mantida até 5 mm a fim de manter a segurança oncológica
Pode estar associada ou não ao esvaziamento axilar, a depender do seu status.
pode ser realizadas no tratamento do carcinoma ductal in situ
- cirurgia conservadora com ou sem reconstrução com técnicas de oncoplastia:
A cirurgia oncoplástica se traduz em uma série de técnicas cirúrgicas que visam melhorar o
resultado estético das cirurgias tradicionais do câncer de mama, através de rotação de retalhos
e manutenção da segurança oncológica.
TRATAMENTO SISTÊMICO:
-Será determinado de acordo com o risco de recorrência (idade da paciente, comprometimento
linfonodal, tamanho tumoral, grau de diferenciação) e as características tumorais
-A terapia apropriada baseia-se principalmente na mensuração dos receptores hormonais
(receptor de estrogênio e progesterona), quando a hormonioterapia pode ser indicada, e também
do HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2), para consideração de terapia biológica anti-HER-2.
Na doença localmente avançada, o tratamento deve ser inicialmente sistêmico, e o tratamento
cirúrgico estará indicado após resposta adequada com redução do tumor.
Havendo metástases a distância, o tratamento cirúrgicotem indicações restritas, sendo o
tratamento sistêmico a principal opção, nesses casos é fundamental que a decisão terapêutica
busque o equilíbrio entre a resposta tumoral e o possível prolongamento da sobrevida, levando-se
em consideração os potenciais efeitos colaterais decorrentes do tratamento
! O local das aplicações adquire uma coloração parecida com a de uma queimadura de sol
Quimioterapia: uso de medicamentos extremamente potentes no tratamento do câncer. Também é
usado para completar a cirurgia, podendo começar antes ou após a operação.
A quimioterapia age em todo o corpo, visando evitar a volta do tumor e o aparecimento em
outros órgãos. A quimioterapia age sobre as células tem um crescimento e multiplicação
acelerados, como as do câncer. Acontece que existem outras células do corpo que possuem estas
mesmas características, causando os famosos efeitos colaterais, tais como anemia e diminuição
da resistência a infecções causadas pela ação nas células produtoras dos glóbulos sanguíneos
vermelhos e brancos, queda de pêlos e cabelos devido à ação nas células do folículo piloso,
náuseas, vômitos e diarréia, em decorrência da ação nas células do aparelho digestivo, além da
dificuldade de engravidar e parada da menstruação, já que as células do sistema reprodutor
também são afetadas.
Sistema de Informação do Controle do Câncer de Mama:
- O Brasil dispõe de um sistema de informação que permite organizar e gerenciar as ações de
detecção precoce do câncer de mama.
-O sistema está presente nos serviços de radiologia mamária e patologia que atendem pelo SUS
(módulo do prestador de serviço), e nas coordenações de controle de câncer de mama (módulo de
coordenação).
-As primeiras informações inseridas no sistema são geradas na atenção básica, com a requisição
do exame de mamografia. Na clínica radiológica, as informações do formulário de requisição e o
resultado são incluídos no sistema e a mulher recebe o laudo para retorno à unidade. Os serviços
de patologia mamária geram informações sobre o cito e o histopatológico de mama. Todos os
prestadores usam o sistema para emitir laudos padronizados e gerenciar o desempenho do
serviço
-Na coordenação do programa (estadual, regional, municipal ou intramunicipal), é possível
caracterizar a população assistida, analisar o perfil das alterações da mama, avaliar a produção
das unidades de saúde e dos prestadores e monitorar as mulheres com exames alterados,
procurando garantir a realização dos exames diagnósticos e encaminhamento dos casos
confirmados.
Sinais de alerta p/ câncer de mama:
-Nódulo mamário geralmente indolor( tamanho, consistência, contorno, superfície, mobilidade e
localização);
*O câncer de mama geralmente se caracteriza como uma massa dura e irregular que, quando
palpada, se diferencia do resto da mama,
-Alteração unilateral na pele da mama, como eczema, edema cutâneo semelhante à casca de
laranja, retração cutânea, distorções ou ulceração do mamilo;
-Descarga papilar sanguinolenta, aquosa ou serossanguínea unilateral e espontânea.
*Secreções poliductais, bilaterais e que saem apenas com a expressão mamilar são associadas a
condições benignas
-Homens com massa unilateral de consistência firme com ou sem distorção de mamilo ou
associada ou não a mudanças na pele
-Alterações no bico do peito (mamilo);
-Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoç
FATORES PREDITIVOS DE RESPOSTA E PROGNÓSTICOS:
1 - Clínicos: Idade, estado menstrual, raça, obesidade
*pessoas abaixo de 35 anos têm-se tumores mais agressivos
*O prognóstico é pior na pré-menopausa e em obesas.
2- Morfológicos: Linfonodos regionais, tamanho tumoral, subtipo histopatológico, grau
histológico, grau nuclear, invasão vascular-linfática
*Quanto maior o número de linfonodos comprometidos maior o potencial de metastatização
*O tamanho tumoral está relacionado ao risco de recorrência local e a distância, quanto maior o
diâmetro, maior o risco
3 - Genéticos: Oncogene HER-2, genes supressores TP53, BRCA1-2, assinaturas genéticasinfiltrantes
*O oncogene HER-2 estimula a proliferação tumoral, a angiogênese e a capacidade de
metastatização. Quando esse oncogene está amplificado no tumor, altera a proliferação
celular, sua sobrevida, a motilidade e aderência celular.
*As mutações dos genes BRCA1 e 2 elevam significativamente o risco de desenvolvimento de
câncer ao longo da vida.
4 - Hormonais: Receptores de estrogênio e progesterona
*receptores de estrogênio e progesterona, são marcadores de bom prognóstico quando
presentes e preditivos de boa resposta á terapia hormonal adjuvante.
5 - Enzimáticos: Sistema ativador e inibidor do plasminogênio, catepsina D, 6 - Indicativos de
proliferação: Ki67(MIB-1), fração de células em fase S,
7 - Circulatórias: marcadores de angiogênese, células tumorais no sangue e medula óssea.
Prevenção primária:
-Educação em saúde, educação para controle do peso corporal e a prática regular de atividade
física.
-Controle dos fatores de risco reconhecidos
-Fatores relacionados ao estilo de vida como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo
excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal, podem ser controlados e contribuir para
diminuir a incidência do câncer de mama
- é possível prevenir 28% dos casos de câncer de mama por meio da alimentação, nutrição,
atividade física e gordura corporal adequada.
★ Descrever como é realizado o autoexame da mama e o exame clínico .
Autoexame da mama:
-Não é recomendado que a realização sistemática do autoexame pois não há comprovações de
que haja redução da mortalidade além de fazer com que um número maior de biópsias sejam
feitas p/ achados benignos. A palpação ocasional da mama pode ser realizada, serve a título de
autoconhecimento
-O que é recomendado é que a mulher tenha um autoconhecimento de si e consiga identificar
sinais anormais qnd eles surgirem para isso a mulher tem saber identificar o que é normal e o que
não é, cabe ao profissional orientar a mulher sobre esse assunto.
-Durante a palpação da mama, observe o surgimento de nódulos, note sua consistência,
mobilidade, limites, localização, tamanho.
*Nódulos que surgem antes da menstruação e desaparecem após a mesma, geralmente não têm
valor clínico importante.
sinais de alerta são:
• Nódulo ou espessamento que pareçam diferentes do tecido das mamas;
• Mudança no contorno das mamas (retração, abaulamento);
• Mudanças no mamilo (retração e desvio);
• Secreção espontânea pelo mamilo, principalmente se for unilateral
! Caso a mulher observe algum sinal de alerta ou alteração persistente, esta deve ser orientada a
procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência.
AUTOEXAME NO ESPELHO:
-Coloque as mãos na cintura e observe o formato, tamanho e contorno de suas mamas (observe
se estão iguais, simétricas). Veja se existem pregas, depressões ou alterações na pele da mama,
aréola e mamilo, colocar as mão p/o alto observando as msm características. Observe se as
mamas estão alinhadas, assim como as aréolas e mamilos. Eles deverão sempre estar na mesma
linha. Observe se o sutiã faz marca só em uma mama, e qual é o local para verificar se há edema
(inchaço)
AUTOEXAME NO CHUVEIRO:
-Ensaboe bem as mamas e axilas, deste modo suas mãos percorrerão melhor e facilitará o exame.
Coloque o braço atrás da nuca, coluna reta e com a ponta dos dedos percorra todas as áreas da
mama em movimentos circulares de fora para dentro, procurando por espessamentos ou caroços,
esse procedimento pode ser feito fora do chuveiro
MOVIMENTOS CIRCULARES
Devem ocorrer da parte externa superior da mama (perto da axila) em direção ao mamilo, de
modo firme, mas delicado
MAMILOS E ARÉOLAS
Pressione suavemente os mamilos e observe com cuidado a presença de secreções e a presença
de lesões na sua pele sensível, assim como nas aréolas.
AXILAS
Elas também fazem parte do tecido mamário, e devem ser examinadas do mesmo modo que as
mamas. Realize movimentos circulares da mama para axila, observando a presença de caroços na
região
DEITADA
Coloque um apoio sob oombro direito (pode ser um travesseiro ou toalha) e a mão direita atrás
da cabeça. Examine sua mama direita com a mão esquerda, repetindo os movimentos circulares.
Repita esse passo com o lado esquerdo
-estratégia de breast awareness:
-orientar a população feminina sobre as mudanças habituais das mamas em diferentes
momentos do ciclo de vida e a divulgação dos principais sinais do câncer de mama.
Estimula as mulheres a procurar esclarecimento médico sempre que houver qualquer
dúvida em relação a alguma alteração das mamas e a participar das ações de rastreamento do
câncer de mama
-Estimula-se que cada mulher realize a autopalpação das mamas sempre que se sentir
confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do
cotidiano), sem qualquer recomendação de técnica específica, valorizando-se a descoberta casual
de pequenas alterações mamárias.
Exame clínico da mama
-Avaliar sinais e sintomas referidos por pacientes a fim de realizar o diagnóstico diferencial entre
alterações suspeitas de câncer e aquelas relacionadas a condições benignas.
-é uma oportunidade para o profissional de saúde informar a população feminina sobre o câncer
da mama, sinais de alerta, fatores de risco, detecção precoce e a composição e variabilidade da
mama normal
- Todas as usuárias, mesmo aquelas fora de faixa etária alvo para o programa de rastreamento (50
a 69 anos) que comparecerem a consulta com médico ou com o enfermeiro na APS deverão ter
suas mamas examinadas como parte da atenção integral que o serviço deve oferecer ao usuário.
- O exame das mamas tbm deve ser realizado junto com o exame ginecológico
-Examinar as mamas por completo: avaliando-se superiormente até a clavícula, inferiormente até
o limite inferior da topografia das costelas, medialmente até o esterno e, lateralmente, até a linha
axilar média.
-Etapas do exame: inspeção estática, inspeção dinâmica, palpação da mama e das cadeias
ganglionares da axila e fossas supra e infra-claviculares e expressão
-Inspeção estática: tem o objetivo de identificar visualmente sinais sugestivos de câncer ou
outras alterações
Posição: mulher sentada com braços pendentes ao lado do corpo
Avaliação: contorno da mama e ulcerações, assimetria das mamas, diferenças na cor da pele,
textura e padrão da circulação venosa.
!Procura-se discrepancias anormais entre uma mama e outra
!comparar as mamas observando possíveis assimetrias, diferenças na cor da pele, textura, e
padrão de circulação venosa
-Inspeção dinâmica:
Modo de fazer: pedir para que a mulher levante e abaixe os braços lentamente e contraia os
músculos peitorais (comprimir as palmas das mãos uma contra outra diante do tórax ou contra o
quadril)
Avaliação:
-Palpação: consiste em examinar todas as áreas do tecido mamário e linfonodos. Cada área de
tecido deve ser examinada aplicando-se três níveis de pressão em sequência: leve, média e
profunda, correspondendo ao tecido subcutâneo, ao nível intermediário e mais profundamente à
parede torácica.
Deve-se realizar movimentos circulares com as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos da mão como
se estivesse contornando as extremidades de uma moeda.
Posição: mulher sentada- Palpar cadeias ganglionares axilares e supraclaviculares
Posição: mulher deitada em decúbito dorsal com as mãos na cabeça- palpa-e as mamas com
movimentos circulares com as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos
Expressão: comprimir suavemente a região areolar e observar se há saída de alguma secreção
A saída da secreção pode ser provocada pela compressão digital de um nódulo ou área de
espessamento, que pode estar localizado em qualquer região da mama.
A descrição da descarga deve informar se é uni ou bilateral, uni ou multiductal, espontânea ou
provocada pela compressão de algum ponto específico, coloração e relação com algum nódulo ou
espessamento palpável.
! No caso da mulher mastectomizada deve-se palpar a parede do tórax, a pele e a cicatriz
cirúrgica.
Avaliação: Durante a palpação, deve-se observar possíveis alterações na temperatura da pele e a
existência de nódulos. A descrição de nódulos deve incluir informações de tamanho, consistência,
contorno, superfície, mobilidade e localização.
!!! Durante os exames clínicos de rastreamento, se o enfermeiro detectar alguma alteração no
exame físico, deve encaminhar a usuária para o médico da equipe ou ginecologista que é o
responsável por realizar o diagnóstico.
Os principais achados no ECM que necessitam de referência urgente para investigação
diagnóstica são os seguintes (NICE, 2005):
1. Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo, independente da idade.
2. Nódulo mamário persistente por mais de um ciclo menstrual em mulheres com mais de 30 anos
ou presente depois da menopausa.
3. Nódulo mamário em mulheres com história prévia de câncer de mama.
4. Nódulo mamário em mulheres com alto risco para câncer de mama.
5. Alteração unilateral na pele da mama, como eczema, edema cutâneo semelhante à casca de
laranja, retração cutânea ou distorções do mamilo.
6. Descarga papilar sanguinolenta unilateral e espontânea (secreções transparentes ou rosadas
também devem ser investigadas).
7. Homens com 50 anos ou mais com massa subareolar unilateral de consistência firme com ou
sem distorção de mamilo ou associada a mudanças na pele.
Enfermeiro: faz o exame clínico e encaminha achado clínicos por/ o médico
Médico:Diagnostica os achados clínicos e avalia mulheres com queixas relacionadas a patologias
mamárias que não estão incluídas nos critérios de rastreamento
Agente de saúde: Identifica e checa a realização das mamografias durante as visitas domiciliares
Clínico: Fazem parte do diagnóstico clínico a anamnese e o exame físico
Anamnese: história de aparecimento de lesão na mama, com crescimento progressivo, e os fatores
de risco
Exame físico: Análise de sinais suspeitos de lesão maligna.
Inspeção: abaulamento do contorno mamário, retração de pele, edema de pele, hiperemia,
nódulos cutâneos e ulceração
Palpação: nódulo irregular, densidade assimétrica, consistência endurecida do tumor, mobilidade
restrita ou fixa a planos profundos, axilas e/ou fossas supraclaviculares e infraclaviculares
com nódulos endurecidos e/ou coalescidos.
Expressão do mamilo: descarga sanguínea/incolor, unilateral, uniductal, espontânea.
Forma: podemos considerar quatro formas distintas:
Globosa: o diâmetro ântero-posterior é igual à metade do diâmetro da base.
Periforme: o diâmetro anteroposterior é igual ao diâmetro da base.
Discoide ou plana: o diâmetro anteroposterior é menor do que a metade do diâmetro da base.
Pendente: o arco do círculo inferior ultrapassa a base de implantação em mais de 2,5 cm.
★ Descrever as formas de rastreamento de câncer de mama .
-Rastreamento:
Rastreamento: auxilia a detectar precocemente o câncer de mama, para permitir tratamento
menos radical, melhorar a qualidade de vida, reduzir as taxas de mortalidade e morbidade e
reduzir gastos no tratamento. Diagnóstico: confirmar ou não a suspeita de câncer a partir dos
sinais detectados no exame clínico, dos sintomas referidos pela paciente ou de exames de
rastreamento alterados, ele ocorre por meio clínico, radiológico, citológico e histopatológico.
-As principais estratégias de rastreamento são o exame clínico e a mamografia, também pode ser
empregado outros métodos de imagem como a ressonância magnética e a ultrassonografia
Critérios de Inclusão: Todas as mulheres de risco habitual e risco elevado para câncer de mama.
Risco Habitual: O rastreamento na população de risco habitual é realizado em pacientes sem
história familiar, em parentes de primeiro grau para câncer de mama ou ovário ou biópsias
prévias com atipia que possuem entre 50 a 59 anos
Risco alto:
Critérios de Exclusão: Mulheres abaixo de 10 anos (início da idade fértil)
Conduta:
Todas as usuárias, mesmo aquelas fora de faixa etária alvo para o programa de rastreamento (50
a 69 anos) que comparecerem a consulta com médico ou com o enfermeiro na APSdeverão ter
suas mamas examinadas como parte da atenção integral que o serviço deve oferecer ao usuário.
Já rastreamento mamográfico, nas áreas de cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) deve
ocorrer p/ mulheres entre 50 a 69 anos.
-Mulheres de 50 a 69 anos: realizar mamografia a cada dois anos e exame clínico das mamas
anualmente
-Mulheres de 40 a 49 anos: exame clínico anual e a mamografia diagnóstica em caso de
resultado alterado.
*As causas da pior relação risco-benefício do rastreamento em mulheres na faixa-etária de 40 a 49
incluem a maior densidade mamária que resulta em menor sensibilidade da mamografia, menor
prevalência e incidência do câncer de mama e uma maior proporção de cânceres de intervalo, ou
seja, cânceres que surgem entre rodadas de rastreamento.
Conduta:
-Conforme o resultado do ECM e dos exames de imagem, a mulher pode ser encaminhada a um
serviço de referência para prosseguir a investigação diagnóstica ou retornar à rotina do
rastreamento.
-Conduta de lesões palpáveis:
-mulheres - 35 anos: a ultrassonografia é o método de escolha para avaliação das lesões
palpáveis
-Mulheres + 35: recomenda-se a mamografia podendo ser complementada pela ultrassonografia
-Achados benignos sem indicação cirúrgica: acompanhamento de rotina na unidade de atenção
primária
-Achados benignos com indicação cirúrgica (nódulos sólidos acima de 3 cm, descargas papilares
profusas, abscesso subareolar recidivante): encaminhadas para investigação em unidade de
referência na atenção secundária
-Achados clínicos suspeitos: Devem ser encaminhadas para/serviços ambulatoriais de referência
em diagnóstico de mama para realizarem biópsia ( investigação por Punção Aspirativa por Agulha
Fina (PAAF), Punção por Agulha Grossa (PAG) ou Biópsia Cirúrgica)
-Conduta de lesões não palpáveis:
-A conduta vai ser baseada na análise da mamografia de rastreamento com a classificação
BI-RADS
-BI-RADS 0: deverão ser submetidas a novos exames de imagem para reclassificação da lesão e
deliberação da conduta
-BI-RADS 1 e 2: acompanhamento de rotina na APS com repetição do exame de acordo com a faixa
etária.
-BI-RADS 3: devem permanecer em acompanhamento com especialista (atenção secundária) por 3
anos, com repetição do exame a cada 6 meses no primeiro ano e anual nos dois anos seguintes.
Se confirmada a estabilidade da lesão, as mulheres deverão retornar para o acompanhamento na
unidade de atenção primária de acordo com a faixa etária.
A biópsia vai ser indicada nessas lesões quando houver impossibilidade de manter o
acompanhamento, quando a lesão for encontrada em concomitância com lesão suspeita ou
altamente suspeita homo ou contralateral, ou em mulheres com indicação precisa para terapia de
reposição hormonal.
-BI-RADS 4 ou 5: encaminhamento para a unidade de referência secundária para realização de
biópsia de preferência a PAG, se for constatado malignidade deverão ser encaminhadas p/
unidade de referência terciária para iniciar tratamento.
Se a PAG for inconclusiva deve-se realizar biópsia cirúrgica
-BI-RADS 6: geralmente não aparecem na AB já que nesse caso a paciente ja esta em estagio
avançado do tumor
Exame clínico:
Durante os exames clínicos de rastreamento, se o enfermeiro detectar alguma alteração no exame
físico, deve encaminhar a usuária para o médico da equipe ou ginecologista que é o responsável
por realizar o diagnóstico.
Enfermeiro: faz o exame clínico e encaminha achado clínicos por/ o médico
Médico:Diagnostica os achados clínicos e avalia mulheres com queixas relacionadas a patologias
mamárias que não estão incluídas nos critérios de rastreamento
Agente de saúde: Identifica e checa a realização das mamografias durante as visitas domiciliares
Mamografias de rastreamento:
- A mamografia é o padrão ouro p/ rastreamento do câncer de mama
- As mamografias de rastreamento são aquelas realizadas em pacientes sem queixas clínicas com
o objetivo de diagnosticar o câncer antes que o mesmo apresente sintomas e, assim, proporcionar
diagnóstico na fase pré-clínica da doença. São solicitados por médicos ou enfermeiros em todos
os níveis de atenção à saúde. O agente comunitário de saúde (ACS) tem o papel fundamental de
identificar, durante as visitas domiciliares, às mulheres incluídas na faixa etária para o
rastreamento mamográfico (50 a 69 anos), bem como checar a realização da mamografia de
rastreamento com intervalo máximo de dois anos.
-Devem ser solicitados no formulário do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) devidamente
preenchido
MAMOGRAFIA:
É realizada por aparelhos de Raio X especialmente desenvolvidos para isso, onde a mulher coloca
os seios entre duas placas de acrílico, que irão comprimir um pouco a mama.
-Deve-se evitar fazer o exame no período menstrual onde as mamas ficam mais dolorosas e
sensíveis, o ideal é realizar o exame uma semana após o período menstrual.A
-Detecta lesões em fase pré-clínica, nódulos a partir de 2 mm e microcalcificações até menores
que 0,5 mm, é capaz de detectar o tumor antes mesmo que ele se torne palpável
-A sensibilidade da mamografia para rastrear câncer de mama aumenta com a idade
(consistência dos seios). Oscila em torno de 77,3% entre 30-39 anos; 86,7% entre 40-49 anos; 93,6%
entre 50-59 anos e 94% entre 60-69 anos³
-Utiliza categorias de 0 a 6 de BI-RADS para descrever os achados do exame e prevê
recomendações de conduta.
!A classificação BI-RADS também pode ser usada para/ ultrassonografia e p/ ressonância
magnética de mamas.
!! Observação Importante: A presença de alteração do exame clínico, mesmo na presença de
mamografia normal, deve ser investigada
Mamografia diagnóstica: são mamografias realizadas em pacientes com queixas ou alterações do
exame e são solicitadas pelo médico para elucidação do diagnóstico da alteração clínica
apresentada.
Deve ser realizada nas mulheres com sinais e/ou sintomas de câncer de mama, tais como
nódulo, espessamento e descarga papilar. Outras situações diagnósticas com indicação de
mamografia são o controle radiológico de lesão provavelmente benigna (Categoria 3 BI-RADS®) e a
avaliação de mama masculina.
A mastalgia, apesar de queixa muito frequente, não representa indicação de mamografia, pois o
sintoma “dor”, além de não representar sintoma de câncer de mama, não tem expressão
correspondente em imagens.
tomossíntese, ou mamografia 3D: possui excelentes resultados, atua muito bem em mamas
densas e na avaliação de sobreposição de imagens
RISCO DA MAMOGRAFIA:
-Resultados incorretos: Suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se
confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse. Câncer
existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à
mulher.
-Tratamento equivocado: Ser diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada parcial ou total da
mama,) quimioterapia e radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em
virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.
-Exposição aos Raios X (raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto
mais frequente é a exposição)
-há também a recomendação para o rastreamento de mulheres com risco elevado de câncer de
mama, cuja rotina de exames deve se iniciar aos 35 anos, com exame clínico das mamas e
mamografia anuais
ULTRASSONOGRAFIA:
-É um exame complementar à mamografia muito útil na análise de mamas densas.
- Auxilia principalmente na evidenciação de nódulos quanto: sua natureza(cístico, sólido, misto)
quanto a morfologia, extensão, transmissão sonora e compressibilidade.
-Avalia o sistema ductal, assim como as distorções do parênquima.
-Pode também detectar lesões não palpáveis
-As principais indicações da ultrassonografia como método diagnóstico são:
• Diagnóstico diferencial entre lesão sólida e lesão cística.
• Alterações no exame físico (lesão palpável), no caso de mamografia negativa ou inconclusiva.
• Na jovem com lesão palpável.
• Nas alterações do exame clínico no ciclo grávido-puerperal.
• Nadoença inflamatória e abscesso.
• No diagnóstico de coleções.
- A complementação da mamografia com a ultrassonografia pode ser considerada obrigatória e
com grande benefício no diagnóstico nas seguintes situações:
- quando há lesão palpável sem expressão na mamografia (pela alta densidade do parênquima
mamário ou localização em “zonas cegas”);
-nos nódulos regulares ou lobulados, que possam representar cisto; e nas lesões densificantes
(assimetria difusa, área densa) que podem representar lesão sólida, cisto ou parênquima
mamário.
-A complementação não está indicada nas lesões Categoria 2, nas lesões Categoria 5, nas
microcalcificações e na distorção focal da arquitetura.
-No grupo de alto risco, a ultrassonografia pode ser utilizada em conjunto com a mamografia,
com a finalidade de melhorar o desempenho do rastreamento
!grupo de risco: mulheres portadoras da mutação nos genes BRCA 1 ou BRCA 2, mulheres com
história de câncer de mama, mulheres com história familiar de câncer de mama em parentes de
primeiro grau na pré-menopausa, mulheres com história de neoplasia lobular in situ, hiperplasia
ductal atípica, hiperplasia ductal atípica e mulheres que fizeram radioterapia torácica antes de 30
anos.
Ressonância nuclear magnética das mamas (RNM) com contraste:
-É um exame complementar indicado para/:
1 - Nas mamas densas;
2 - Em pacientes de alto risco/risco genético para câncer de mama;
3 - Para análise da morfologia das lesões e sua extensão;
4 -Para identificação de multifocalidade e multicentricidade das lesões;
5 - Na avaliação da bilateralidade;
6 - Na avaliação de recorrência local;
7 - Na avaliação de câncer oculto da mama;
8 - No monitoramento de resposta à quimioterapia neoadjuvante;
9 - No planejamento cirúrgico do tratamento do câncer de mama.
!! Em mamas jovens e densas, a RNM complementar à mamografia e ao exame físico aumenta a
sensibilidade de 73% para 99,4%11, para detecção de lesões.
-O ideal é não ser usada isolada pois sozinha possui especificidade baixa.
-A ressonância magnética tem sido utilizada em conjunto com a mamografia como modalidade de
rastreamento em pacientes de alto risco
Encaminhamento para Mastologia:
-Qualquer especialidade pode fazer o encaminhamento no formulário GUIA DE CONSULTA ou
FORMULÁRIO ESPECÍFICO com relatório médico com hipótese diagnóstica e CID.
-A marcação é realizada nos Núcleos de Regulação, Controle e Avaliação (NRCA) e Gerência de
Regulação, Controle e Avaliação (GRCA) dos Centros de Saúde ou Hospitais via sistema de
regulação com a seguinte classificação de risco a depender do caso:
-A equipe da APS deverá continuar mantendo vínculo e o acompanhamento da paciente ao longo
da sua doença, por meio de visitas domiciliares e atendimentos na UBS
Conduta Preventiva:
-Amamentação: há diminuição de cerca de 4,3% do risco relativo para câncer de mama a cada 12
meses de lactação
-Maior paridade e a primeira gravidez antes dos 30 anos: também está relacionada à redução do
risco
-Prevenção de obesidade pós-menopausa, sedentarismo e consumo de álcool
-Uso criterioso na utilização de terapia de reposição hormonal
-Não ingestão de álcool
-A relação entre uma alimentação saudável, atividade física e gordura corporal adequada:
estima-se ser possível prevenir 28% dos casos de câncer de mama.
Benefícios Esperados
- Detecção precoce dos casos de câncer de mama resultando em tratamento oportuno o que
diminuirá o uso de terapias mais agressivas e a mortalidade na população feminina do Distrito
Federal.
Monitorização:
- Ocorre por meio do acompanhamento do SISCAN, Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e pelo
Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)
BIÓPSIAS:
-O diagnóstico final do câncer é feito por meio do achado histopatológico
- biópsia cirúrgica (excisional) é considerada “padrão ouro”
*Em câncer de mama em estádios avançados, biópsias minimamente invasivas têm um maior
custo-efetividade por proporcionarem um diagnóstico antes de se iniciar a terapêutica
-A prescrição de diagnósticos complementares (biópsia) vai depender das carcacterísticas da
lesão(lesões palpáveis e lesões não palpáveis) e/ou dos resultados radiológicos.
Escolha do método:
-A escolha do método de biópsia vai depender da classificação radiológica, do tipo e da
localização da lesão, da composição e do tamanho da mama da paciente, do material e dos
equipamentos disponíveis, dos recursos humanos e das características de cada serviço
-Categoria 4 e 5 (BI-RADS®) e, eventualmente Categoria 3 (BI-RADS®): biópsia cirúrgica e biópsia
percutânea (agulha grossa e vácuo)
Punção aspirativa por agulha fina:
-É indicada quando é necessário elucidar a natureza do nódulo, se benigna ou maligna, é
utilizada para fornecer material para estudo citopatológico, ela não fornece diagnóstico de
invasão tumoral.
- É realizada em lesões palpáveis e impalpáveis, guiada por ultrassonografia.
- Possui sensibilidade de cerca de 96%, inclusive em lesões impalpáveis guiados por ecografia
Biópsia percutânea por agulha grossa ou core biopsy(PAG):
-Realizado sob anestesia local, que retira fragmento de tecido mamário para o exame
histopatológico por meio de dispositivo automático para biópsia (pistola)
-pode ser realizado em lesões palpáveis e impalpáveis, de conteúdo cístico ou sólido através da
estereotaxia(é um aparelho especial que permite a biópsia orientada por radiografia)
-A sensibilidade do método varia de 70 a 100% e a especificidade é próxima de 100%
-Utiliza agulhas trucut calibre 12 a 18 acopladas a uma pistola automática, realiza até 10
disparos, um para cada amostra tecidual.
-É indicada quando a PAAF obteve material insuficiente e quando a lesão radiológica sólida
merece investigação tecidual, é uma opção minimamente invasiva para o diagnóstico das lesões
da mama, causa menos trauma, é mais bem tolerado com recuperação rápida da paciente e tem
melhor resultado estético
-Contraindicada em lesões muito próximas à parede torácica, em lesões próximas aos implantes
mamários retroglandulares, e em lesões retroareolares e muito superficiais.
Biópsia percutânea assistida a vácuo(mamotomia):
-Consiste em uma técnica em que a agulha é acoplada a um sistema a vácuo, que suga a
amostra para um receptáculo fora da mama, basta introduzir a agulha uma vez para a retirada
de vários fragmentos. Pode ser guiado por ecografia e por mamografia ou RNM (estereotaxia).
-A sensibilidade do método é de 92,8% e a especificidade chega a 98,2%
-Utiliza agulhas de calibre, variando de 8 a 14 gauges, com amostra tecidual maior que nos
produtos da core biopsy.
-É utilizada em lesões impalpáveis e microcalcificações e nas contraindicações da core
biopsy/PAG.
- tem as vantagens de obter maior número de fragmentos, maiores e mais consistentes, com
melhor desempenho nas microcalcificações, com uma única inserção da agulha. As desvantagens
são o custo elevado e a pequena disponibilidade.
Biópsia cirúrgica/Exérese:
-Mais tradicional e com maior disponibilidade.
-Pode ser incisional, quando há retirada de parte da lesão, e excisional, quando ocorre retirada
total da lesão.
-É indicada quando biópsias percutâneas não podem ser realizadas, na sua indisponibilidade, em
lesões radiais, microcalcificações em áreas extensas, cistos complexos, derrame papilar, distúrbios
da coagulação e na falha dos métodos percutâneos
-Em algumas lesões à biópsias já serve como tratamento
-A biópsia principalmente de lesões não palpáveis deve ser orientada por marcação pré-cirúrgica
(MPC) que guia a retirada do tumor preservando os tecidos saudáveis, A MPC pode ser guiada por
raios X (mão livre, biplanar, estereotaxia), por ultrassonografia e por ressonância magnética e a
marcação da lesão pode ocorrer por fio metálico estéril, carvão líquido estéril ou marcador
radioativo
★ Interpretar o laudo do exame da paciente Aline, propondo intervenções necessárias .
Dados da paciente: tabagista, sedentária, G4P3A1, amamentou todos os filhos em média até 2 anos de idade; Autoexame:
abaulamento e vermelhidãona pele em partes da mama esquerda. Exame clínico das mamas: edema mamário com pele em
aspecto de “casca de laranja”, retração na pele da mama e mudança no formato do mamilo.
Mamografia: suspeita de câncer de mama - categoria BIRADS 5, além de tumor exteriorizado, com drenagem de secreção
serosanguinolenta e de odor fétido pelo mamilo.
-Encaminhamento p/ unidades específica em câncer de mama
-Orientar a paciente sobre seu processo de encaminhamento e sobre sua condição
-
Referências:
-Protocolo de Atenção à Saúde Detecção Precoce do Câncer de Mama
- Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, 2017.
-Cadernos de Atenção Básica-CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DA MAMA
-CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva (INCA)
-Apostila Curso de cancer de mama, Só Enfermagem.
-Moore, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. - Rio de Janeiro: Koogan, 201
-Ken Hub- Anatomia da mama feminina- Autor: Rafael Lourenço MD • Revisor: Nicola McLaren MSc

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