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Medicina Veterinária Pré-Anestesia A pré-anestesia é uma etapa um importante de qualquer procedimento cirúrgico, e indispensável, a não ser que seja um caso de emergência. Ela permite melhor conhecimento do caso e prepara o paciente para dar sequência no tratamento. O período em que deve ser iniciado depende de alguns fatores, isso baseado no tipo de cirurgia e do paciente. Dessa forma, entende- se que o anestesista deve se preparar com antecedência (a menos que seja uma emergência), para isso existe alguns critérios a serem analisados antes, para orientar suas escolhas: Conhecer o animal, quanto à espécie, raça, idade, sexo, tamanho, entre outros. Fazer exame clínico completo, com palpação, ausculta, avaliação das mucosas... Pedir exames complementares. Considerar o estado do paciente. È importante conhecer seu paciente e identificar se como esta sua saúde, se possui alguma patologia. Animais com afecções renais, hepáticas e cardíacas devem sempre receber atenção especial, e evitar usar medicamentos que agravem seu estado. Avaliar, juntamente com a equipe cirúrgica/cirurgião, os riscos e benefícios e juntos decidirem se vale a pena prosseguir com a cirurgia. Duração do procedimento. O ideal é que seu efeito dure desde a aplicação, imediatamente antes da intervenção, e que seu efeito se encerre assim que a cirurgia terminar. Localização e extensão da intervenção. É importante ter bom senso na hora de definir o tipo de anestesia. ANAMNESE Como se deve conhecer bem o paciente, é importante questionar o tutor quanto algumas questões da vida do animal. Isso auxilia na decisão dos medicamentos pré-anestésicos e outros. Já passou por alguma cirurgia? Já teve alguma complicação? (em caso de já ter feito uma cirurgia) Possui alguma doença concomitante? Está tomando alguma medicação? (vacinas, outros tratamentos...) Como a imunidade do animal cai, pode ser que outras doenças antes controladas, voltem a agir. Histórico de tosse? Convulsões? Sincope (desmaio)? Alérgico a fármacos? Entre outros. 20-08-2021 Sempre avisar o tutor em caso de complicações durante a cirurgia. - Animais com problemas hepáticos, renais e cardíacos: Evitar fármacos barbitúricos e outros que interfiram nesses sistemas. - Animais hipovolêmicos: Derivados de fenotiazina agravam o quadro. - Em cesáreas: Optar aqueles que atravessem a barreira planetária. Medicina Veterinária CUIDADOS A SE TOMAR Avaliação do paciente para evitar que a cirurgia piore seu estado; Jejum. Antes de toda cirurgia deve ser feito jejum, para evitar que ocorra uma regurgitação durante a cirurgia, pois com isso o bolo vai para o pulmão e pode desencadear uma pneumonia. Logo, é fundamental que o tutor esteja ciente dessa importância contribua com a etapa. O tempo de jejum varia entre as espécies, no qual podemos tirar uma média geral, mas também pode variar a cada animal; Comida Água Roedores 2 a 3h (metabolismo rápido) 1h Onívoros sadios 12 a 16h 2 a 3h Equinos 12 a 18h 4h Ruminantes Período deve ser mais drástico (no mínimo 24h). 6h ATENÇÃO: Em regiões quentes como o Tocantins, não é recomendável fazer jejum hídrico com mais de 2h. Ambiente confortável nesse período, reduzindo seu estresse; Fazer contenção no animal, especialmente naqueles mais agressivos, isso garante também a segurança do profissional. Porém deve ser feito corretamente para não machucar o animal. Com esses cuidados é possível ter uma cirurgia mais segura. Além de quem devemos sempre avaliar os riscos, conforme listados pela ASA (Americam Society of Anestesiologists), e informar o tutor do animal, tendo em mente que toda cirurgia tem um risco, ainda que seja mínimo. REFERÊNCIA Flavio, M. Anestesiologia Veterinária - Farmacologia e Técnicas, 7ª edição. Rio de Janeiro/RJ: Grupo GEN, 2019. Não se faz jejum em filhotes.
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